sexta-feira, 12 de setembro de 2014

crônica de um amor louco

estava no super, depois da reunião, já desorientada. não eram nem 11. da manhã. diminuí meu ego para refletir que, na verdade, não sou tipo um Bukowski, mas tipo uma personagem dos livros. mas, não dessas que inspiram, que são famosas. só mais alguém anônima, bêbada, incompreendida.

esses dias, por acaso, descobri o nome de um filme que me havia marcado há muitos anos. Crônica de um amor louco. a ironia é que é baseado em um livro dele. o qual li. provavelmente, muito antes de saber quem ele era. tudo de que me lembrava eram as cenas s&m. principalmente, a do alfinete de segurança. (tradução literal de safety pin. mas, como se chama mesmo isso em Português - sem ambiguidade?). aquela mulher. igual à vizinha louca do pensionato. a gaúcha de Porto Alegre - hoje, casada e evangélica.

passei no pé sujo da quadra ontem. queriam cobrar-me 9 reais por um litrão ou 4,50 por uma lata. fiquei ofendida com a falta de corporativismo. dei as costas e gastei meu dinheiro rosa na mercearia. na japa gata. muito melhor. 3,50 bem gastos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

ação de despejo

como faz para concentrar-se no trabalho depois de um fim de semana desses?

principalmente, depois de uma semana como a que passou. tantas emoções. até visitar um curandeiro passou pela minha cabeça. cuide de meu coração. se possível, jogue fora, ponha outro. outro menos ansioso, menos dramático, menos descontrolado.

até pensamentos suicidas voltaram a ocorrer. não por tristeza, não por tédio, mas por reflexão mesmo. olha o estrago que fizeram aquelas aulas na UnB, aqueles textos, aqueles livros, aquelas noites de vinho, pouco sono, muita música e cafés na madrugada.

esse eterno ciclo capricorniano. vai e volta. penso que deixei para trás até distrair-me e pegar-me, mais uma vez, pensando nas mesmas coisas, tendo os mesmos questionamentos. o que há de errado? não há nada de errado. não com o mundo. nada errado a minha volta.

o trabalho está bom, os estudos voltaram a fluir, a casa está arrumada. mas, claro, não tenho como pagar o aluguel. acho até que pode ser por isso.

sabia que não precisava de terapia.