segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

shiva tomando conta


enquanto não consigo tomar a decisão - protelada há quase um ano - sobre a carreira, resolvi ocupar meus dias (no caso, as noites). hoje, era o ´grupo´ de bicicleta, que acabou sendo desmarcado por causa da chuva. entrei em um pequeno pânico. estava morta de cansada, do fim de semana, mas já havia entrado na energia da história. então, decidi retomar o projeto costura. ia dar uma customizada nas camisetas novas. porém, descobri que joguei fora o cabo da máquina de costura. pois é, fiz isso.

enchi a luminária grande de lâmpadas, para ver se a luz (ainda que artificial) melhora o clima aqui. claro que descobri, de quebra, uma caixa de cerveja esquecida na despensa. como o congelador é eficiente, transformei esta segunda em dia de ouvir hinários e beber cerveja - sem churrasco desta vez. meu ciclo novo.

a verdade é que ainda estou exausta de ontem. o fim de semana foi até bem tranquilo, com o documentário da Amy, comidas boas e amor. domingo foi dia de ritual, que parece que fica mais intenso a cada dia que passa. ontem, por exemplo, eu descobri deus.

daí, chego em casa e sou recepcionada pelo gato grande, o que é algo bem incomum. nada de o gato pequeno aparecer. não entrei em pânico, pois ainda estava na força. vasculhei toda a casa, pensando que podia estar machucado em algum canto. dali, peguei o elevador até o sexto andar e fui chamando-o de andar em andar. desci. o porteiro havia-o visto saindo pela portaria. examinamos o jardim e lá estava. ainda participei de breve perseguição, até que conseguimos subir a salvo. o susto foi sendo percebido aos poucos. sinto os efeitos ainda agora.

minha (ex)psiquiatra matriculou-se em minha aula de body pump. foi um pouco desconfortável. acho-a esquisita, sempre achei.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Buda com churrasco

foi uma semana tensa. incluindo resgate emergencial de amiga e telefonemas indevidos. que culminou em um fim de semana intenso. que começou com a exposição Comciência do CCBB - da qual, aparentemente, fui a única a não gostar - e terminou em tirar atrasos.

no sábado, o carro resolveu estragar (sim, novamente..). foi consertado. saí para jantar. muuuuuitas conversas, muitas cenas e mais atrasos tirados..

no domingo, o carro estragou. rá. foi consertado (e continuará sendo - não adianta, universo, não vou render-me). fui à cachoeira. chorei catarticamente embaixo da água. fui almoçar. à noite, conheci um café novo, francês, na Asa Norte. dividi uma garrafa de vinho. quando pensava em pedir comida, avisaram que o estabelecimento fecharia, portanto, toda a padaria estava com 50% de desconto. nem acreditei. pedi tudo que me interessou, para chegar em casa, jantar uma fatia de torta de pêra e ler a mensagem mais linda dos últimos meses. teria fechado lindamente o fim de semana se a diarista nova não tivesse desmarcado outra vez. foi uma noite de pesadelos. mas sem remédios. tive até orgulho.

não vou cair. não vou, não vou.

hoje, estou fazendo churrasco em casa. haha  fritando umas linguiças na air fry, farofa, cerveja. mas, em vez dos pagodes, mantras budistas. porque sou dessas. estou tentando. e tendo paciência comigo mesma.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

grama verdinha

amei o consultório. o local é de difícil acesso, fica longe do trabalho, portanto longe da academia (que é para onde vou depois), é difícil de estacionar (e é difícil de chegar de ônibus), é difícil de passar na catraca (o teclado para a senha dá problema), o lugar é apertado, cheio de gente, a sala é pequena, quente, desconfortável. ela é tosca, mais velha e mulher. exatamente como eu queria. nem acreditei.

acordei com dor em dedos aleatórios (desses que não se usam para nada.. será?) e nas panturrilhas. não entendi. deve ter sido algo durante a noite. essa, como as últimas sete, que foram superadas com remédios, esses que quero\vou largar. estavam lá na mesa de cabeceira. a última caixa. mesmo. promessa.

exercício de paciência e resiliência. não sei onde dará, se será bom, mas preciso experimentar. essa consciência que me tomou nessas últimas semanas, mesmo com substâncias (álcool, remédios), veio dizer alguma coisa. sinto isso.

a grama do vizinho é mais verde. foi o que ela disse.

esbarrei nessa colega de trabalho no mercado. ela estava lá, naquele desânimo habitual, com duas crianças jogando-se no chão, correndo. tentou pedir ajuda a eles para descarregar o carrinho. aquela mulher linda. toda apagada. inclusive, foi uma das pessoas de quem fiz o mapa astral. casou-se muito cedo, teve filhos, está em cargo comissionado. não consegue ir atrás de seus sonho, que é estudar para concurso.

senti-me mal com meus problemas. pensei em por quantas batalhas não passam as pessoas a nossa volta. pensei nas amigas do Daime. nas histórias de sofrimento que tenho ouvido.

todxs sofremos, de um jeito ou de outro. preciso parar de pensar em suicídio. essa energia não vai acabar. existindo reencarnação ou não, tudo vai para algum lugar. como as dívidas que passam dos de cujus para os descendentes. é injusto. ninguém tem culpa. por exemplo, os gatos não têm culpa.

tenho refletido sobre isso. que, se minha vida é chata e sem sentido, a de todo mundo é. a felicidade é sempre tão efêmera. minha única paz é com o chá e minhas corridas. acalentam o coração.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

sonhando em ser planta

podia estar descansando depois de um dia de trabalho, mas estou ouvindo um disco budista, chorando, cozinhando e arrumando a casa. comprei ganchos para consertar os sutiãs (que nem sei mais se têm conserto). comprei potes e óleos essenciais para meus (não) xampus. comecei a terapia. fui a uma entrevista de emprego. troquei as bocas de jacaré (adoro esse nome! haha) para as prateleiras daqui de casa. só falta achar a coragem para pegar a furadeira e pregar tudo. fui à academia. almocei sushi. odeio minha vida. encomendei três camisetas - uma delas de raposa <3

lavei minhas sandálias. piquei um quilo de batata. ganhei um texto chamado ´Onde a ciência e a religião se chocam´. chorei na terapia, chorei em casa, chorei no carro, chorei na rua. estou apaixonada pelo disco novo.

senti muito tesão no ritual de ontem. ao mesmo tempo em que me esquivava de pessoas com essa energia. talvez fosse eu, talvez as pessoas só me sentissem. a novata do meu lado não parava de me fazer perguntas. e eu só queria ficar em silêncio. nem na fogueira consegui ficar. foi a primeira vez, na semana, em que conseguir deitar, de olhos fechados, e sentir paz. pena que acabou tão rápido. quase chorei quando terminou. queria morar lá. agora, acho que entendo essas pessoas que largam tudo e mudam-se para um templo, mosteiro ou sei lá.

quero transformar minha casa em um jardim. deixar a natureza tomar conta. como no filme a que assisti, sobre a paisagista de Versailles. mexeu comigo o pensamento de que a natureza é a religião mais universal. preciso perguntar para essa pessoa quem foi que desenvolveu essa ideia. vou cobrar direitos autorais.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

a vida segue porque precisa

daí que deu certo. trabalhei, atualize-me sobre o Carnaval dos colegas. fui atrás das pendências a resolver. assistir a uns canais de Youtube que sempre me põem para cima. fui ao super, fiz a unha, li um pouco, desci com os gatos, terminei de ver um filme.

encontrei amigos no almoço e no super. fiz uns telefonemas. conversei sobre as coisas que aconteceram, que ainda estou tentando processar. convidaram-me para um retiro na Chapada, com Dalai Lama. será caro, mas confesso que fiquei bem tentada.

a hora de dormir é sempre a pior. ficava com sono, fechava os olhos e vinham imagens que queria evitar. depois de duas horas de fracasso, apelei, bem a contragosto, aos remédios. acordei na angústia de sempre, mas consegui dormir, pelo menos. apesar dos sonhos.

a agenda para hoje já está cheia. tentarei manter-me o mais ocupada possível. e sair mais arrumada e maquiada, até para trabalhar. ver se melhoro, pelo menos, o visual, já que não estou conseguindo comer mesmo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

detox

o negócio é manter a mente ocupada. finalmente, a diarista veio. é o fim das duas semanas de sujeira de obra enquanto eu passava férias em casa. aproveitar o tempo livre meio imprevisto para terminar o trabalho de reorganização da casa. parece que as mudanças estão por vir.

não houve minha aula de quarta-feira na academia. mas não estou queixando-me, pois tudo dói, depois desse Carnaval intenso. muito ciúme, barraco, álcool. só não reclamo porque espero que as reflexões que se impuseram em consequência rendam frutos. havia coisas ruins que precisavam de uma remexida. espero que para o bem.

vamos atualizar as notícias de jornal, fazer a unha, resolver as últimas pendências. domingo tem ritual. sábado tem café da manhã de aniversário. quem tem uma ideia dessas? hehe  farei o possível para não faltar.

hora de desintoxicar. o corpo, a mente e o coração.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

shiva

isto pode parecer uma publicação sobre término. mas é sobre amizade. sobre as pessoas que apareceram neste momento. sobre quem ficou. sobre o que disseram, o que fizeram. alguns sem nem saberem. sobre comprometimento comigo mesma. sobre acolher as falhas. aceitar quem eu sou, com toda a dualidade. com tudo errado que sou. com o amor que existe, a vontade de expressar. com todos os erros. com todas as pessoas que conheci hoje. com a guria que me deixou em casa (um anjo). sobre todas as pessoas que conheci hoje. sobre todas as pessoas que encontrei. o Júnior, do Vale da Lua. a amiga que pagou uma rodada de cerveja para comemorar seu aniversário. os amigos que encontrei no final. o amigo que me chamou para jantar, quando tudo terminou. os amigos que me levaram até lá. a amiga que voltou de viagem e para quem disse, pela primeira vez, que a amo (ainda nem acredito que esta foi a primeira).

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

férias, Carnaval e outras efemérides

o bloquinho de ontem realmente surpreendeu. além da característica pacífica, foi divertido, engraçado, mas acho que a companhia sempre afeta nosso julgamento. fui com essa amiga distante, que passa por processos parecidos com os meus, só que com sucesso. haha

hoje foi dia de finalizar a obra (graças à fé no destino), choraaaaar, escrever cartas de amor não enviadas, limpar a casa, porque, né, diarista resolveu não vir (não estou reclamando, já aceitei que o universo tem planos distintos dos meus para as férias), ir ao mercado e preparar um peixe para a janta (são 17h e estou preparando o jantar, até porque, se houvesse hora certa para jantar, não estaria de férias - é isso que me resta de autonomia, veja só), uma super salada, arroz integral, cerveja e promessas de mais diversão para esta noite.

fora o whatsapp, que nunca esteve tão ativo quanto hoje - por minha iniciativa: se fosse para ficar em casa sozinha, pelo menos, poderia pôr a culpa nos outros. o que creio que não será necessário. :)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

férias?

não, você na faz ideia do que foi meu dia hoje, o primeiro das férias. acordei às 5 da manhã, sem razão nenhuma, e passei mais umas 3 tentando voltar a dormir. tomei banho, preparei o café, choreeeeei (porque sou dramática), fui à academia, deixei o carro no conserto. ainda consegui assistir a um filme (maravilhoso, por sinal - Mistress America), até que o encanador chegou. acho que o vazamento está consertado (espero!). enquanto ele trabalhava, peguei um táxi até o mecânico. parece que o carro deu certo. agora, só falta finalizar o acabamento do banheiro. espero muito que seja só isso e que se resolva amanhã. a diarista vem. tomara que terminem tudo antes de ela ir embora.

tinha imaginado outra coisa para estas férias, o que incluía ficar em casa, organizar a vida. mas, o que fazer, não consigo ler nem fazer mais nada produtivo, já são 19h30. então vamos para o Carnaval.

que era, na verdade, a última coisa que queria fazer. achei tão baixo astral ontem. gás de pimenta, pessoas com energia pesada. é engraçado esse lado meu que o Daime tem exacerbado. há pessoas que têm um cheiro (ruim) tão característico que sei que elas estão por perto antes mesmo de vê-las. tomara que não estejam lá hoje.