quinta-feira, 22 de setembro de 2011


hoje, acordei e pus música para me arrumar. e fui pensando em você. e nas coisas que você me disse, como se sentir sufocada. que mexeu muito comigo. porque, no fundo, no fundo, queria que você se sentisse como eu me sinto. livre. feliz quando as coisas estão bem e sei que vou te ver, te abraçar. ter vontade de te apresentar para todo mundo, sair com meus amigos, conversar. queria que você aproveitasse nossa relação para aprender alguma coisa sobre a vida. como eu aproveito. no meu caso, encará-la de forma mais leve. sei lá, queria que você aproveitasse qualquer coisa. não tentar me encaixar nesse modelo de relação que você criou. que tentasse construir uma coisa nova comigo. uma que seria só nossa. queria muito. ter contigo algo que nunca tive com ninguém. e que você também não.

Apartment in New York, London and Paris
Where will we rest, we're all living on top of it
It's all that we have the USA our daily bread
And no one is willing to share it

Why can't we see our fortunancy
Living as legends have lived
Bane and dismannered
We coax all the time
Knowing that nothing is left when we die

Come along Fool,
A direct hit to the sense you're disconnected
It's not that it's bad, it's not that it's death
It's just that it's on the tip of your tongue and you're so silent

Wanting to live and laugh all the time
Sitting alone with you tea and your crime
Children with kids and people with parents
Any which way there's no past and no present
When the day comes and all of them bums
Will reveal enchanting persons

Come along Fool,
A direct hit to the sense you're disconnected
It's not that it's bad, it's not that it's death
It's just that it's on the tip of your tongue and you're so silent

When it's a rut and baby's no luck
Half of it's misunderstanding love
The war we have won we're winning again
Within ourselves and within our friends

Come along Fool,
A direct hit to the sense you're disconnected
It's not that it's bad, it's not that it's death
It's just that it's on the tip of your tongue and you're so silent

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

sorte no jogo, azar no amor

Funciona como tantas outras coisas em minha vida: fico segurando, segurando, segurando e, quando não dá mais, explode. Só dá para escrever assim. Às vezes, vai explodindo aos poucos, durante vários dias. Até acabar. Daí volto a segurar de novo. Não dá para escrever simplesmente “por encomenda”.
Agora dá. Depois te ter encontrado todas essas pessoas. Tem sido meio dramático. Gente voltando, gente indo embora. É a carreira da liberdade, da independência, mas também do desapego, da saudade e da solidão. Mas é sempre boa a sensação de descer até a lanchonete e saber que vai esbarrar em alguém que há muito não vê. Ou alguém que conheceu há pouco e que nem sabia que trabalhava lá também. E ir lá comer aquele pão de queijo massudo, de que ninguém gosta. Mas saber que sempre haverá fanta uva light e picolé de leite moça. 
Apesar de todas as baratas. E do mofo. E do ar condicionado que nunca funciona bem. E das pessoas malucas. Tenho me sentido estranhamente feliz. Dessa felicidade emocionada, sabe? Vontade de falar com todo mundo. De sair e também de estudar. Essa segurança inesperada que me acomete em relação a uns assuntos, mas em outros não.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Às vezes, acontecem essas coisas, que trazem à tona o pior das pessoas.. Que, de alguma forma,te fazem perder um pouco do interesse.. É um processo.. O sentimento vai exaurindo-se..

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

apego

novo trabalho, novas colegas de trabalho.. conversa vem, conversa vai, um comentário sobre alguém gay que trabalhou lá e que tinha de lidar com os comentários de um colega homofóbico.. se não foi uma indireta, foi uma oportunidade de sair do armário.. bem assim, no primeiro dia.. vi a expressão de surpresa misturada com admiração dos colegas.. a pergunta seguinte: "você é casada?" e blá blá blá..

e daí fomos lanchar e cada uma contou um pouco de si, daquele jeito e tal, até que uma comenta da aliança da outra, que era bonita, mas que a outra achava que não parecia aliança, então resolvi compartilhar que tive uma dessas que ninguém entendia também e tudo mais.. pergunta seguinte: "o que você fez com a aliança?" senti-me ridícula.

não fiz nada com ela. deixei-a ali, parada, no meio dos brincos e das pulseiras, como se a fosse usar novamente em um dia em que ela combinasse com minha roupa. não sei por quê. e daí vim para casa chorar.

às vezes, é muito difícil voltar a uma situação similar à anterior, sendo que você está diferente. você tem de ter desapego ao mesmo tempo em que precisa encarar o novo. é, tipo, o pior dos mundos: ter de readaptar-se ao que você já sabe e, ainda por cima, aprender a deixar para trás o que já devia ter deixado.