sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

violão cósmico


foi uma semana difícil, como seria de esperar. fiquei doente ontem, com intoxicação alimentar. algo não havia descido bem, sabe? acho que foi a passagem do Ludwig, cujo processo começou exatamente na quinta-feira anterior.

fiquei de cama. assisti a dois filmes difíceis (um sobre jovens perdidos e drogados - Heaven knows what - e outro sobre o nazismo - Elser), tive picos de carência, mas recebi visita das duas amigas mais queridas. jantei sopa, ganhei reiki e o abraço mais gostoso, que me fez dormir a noite inteira, tranquila e naturalmente.

hoje, precisei ir à roda de tarô. estava com a ideia fixa de experimentar um em particular, que pensava em comprar, mas que não estava lá. porém, estava outro, que talvez seja exatamente aquele de que precisava.

daí, descobri esse artista lindo e iluminado, Arun, que me trouxe uma paz que não consigo descrever. quero muito testar ouvir nos momentos de ansiedade.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

meu grande amor maduro


Estou morrendo para o passado
E nem anseio pelo o futuro
Minha coroa tem brilho dourado
Provo o néctar do amor maduro

Ludwig foi meu maior amor, meu amor maduro. maduro na idade, ele já no auge de seus 18 anos (88 anos, convertendo para o tempo humano), e na forma. aquele amor absoluto, puro, de doação, sem pedir nada em troca. nossa linguagem não falada, nossa comunicação por toque, sentimentos, pela forma como eu o pegava no colo, como o observava, para entender seu humor do momento, se estava feliz, se estava precisando de alguma coisa. coisa que ele fazia comigo também. como naquelas horas - um pouco mais raras nesses últimos tempos - em que ele me procurava, deitava a meu lado, ronronando e, casualmente, descansava sua pata em cima do meu braço. como que me consolando, reafirmando que não importava o que estivesse acontecendo, que ele continuava a meu lado. 

embora tenha acontecido tudo muito rápido (em 10 dias), as coisas tiveram uma fluência. primeiro porque sinto que eu já estava preparada. além dos bigodes brancos, ele já se locomovia diferente, desde acho que o começo do ano. já estava sentindo que algo havia mudado. daí, 10 dias atrás, ele passou mal, não queria comer, passava o dia deitado. uma amiga querida fez reiki nele, e ele melhorou, voltou a comer, a passear.

quatro dias depois, ele acordou tranquilo, me procurou. servi sua comida e vi-o parado ao lado do fogão, com pouco equilíbrio. às vezes, ele fazia isso de parar, do nada, por alguns segundos/minutos. como se estivesse pensando no que fazer. coloquei-o no sofá. ele esticou o pescoço, jogando a cabeça para trás, e, dessa maneira, passou o dia. vi-o assim na hora do almoço, quando voltei do trabalho e quando voltei da caminhada, à noite. ao dar-me conta de que ele havia passado o dia todo assim, entrei em desespero. levei-o ao vet, que aplicou um sedativo. 

no dia seguinte, tivemos a consulta com a especialista em gatos. mais tarde, veio a tomografia e a notícia do tumor no cérebro. cheguei em casa e comecei a despedir-me. já havia prometido a ele que não o submeteria a tratamentos invasivos nessa fase da vida, que faria de tudo para poupar seu sofrimento, após ter vivido uma vida tão linda e confortável. 

as amigas deram a força de que precisava. mesmo assim, fui dormir com o coração pequeno.

de manhã, soube que ele se levantou sozinho do sofá, deu uma volta pela sala, miou. a amiga acha que ele deve ter tentado ir procurar-me no quarto, cuja porta estava fechada (porque o outro gato não conseguia dormir e, como é típico, pretendia ter companhia a noite toda a qualquer custo..). 

fui fazer o café e minha xícara de gatinho caiu no chão e quebrou. aquela que eu havia ganhado de aniversário da amiga escorpiana.

às 17h, chegamos para a consulta com a oncologista, que confirmou a gravidade do quadro dele. ela disse que ele estava em ataraxia, estágio anterior ao coma. a amiga segurou minha mão. telefonei para a outra. mas, não havia dúvidas. e, assim, tomei a decisão mais difícil que já tive de tomar, pela eutanásia.

foi tudo muito rápido. mais uma vez, agradeci a ele por ter caminhado comigo durante essas quase duas décadas. pedi perdão pelas vezes em que o machuquei. e, ele foi-se já com a anestesia. em alguns segundos. achei ter sentido seu ronronado lindo quando tudo terminou.

passei o resto do dia com essa pessoa muito querida, que me levou para uma caminhada, para um banho de alfazema, que me abraçou a noite toda, que me ouviu. mesmo assim, quase não dormi.

estava ainda em dúvida se ia ao ritual de domingo. no final, fiquei feliz por ter decidido que sim, pois, lá, descobri que aquele era o último do ano, além de a egrégora ser de fechamento, algo que cabia perfeitamente em meu momento atual.

foi um ritual diferente, você não podia ficar deitado. a primeira parte foi de concentração (ficamos sentados), a segunda de bailado (dançar e cantar os hinos) e a última de fogueira e cachimbo. chorei o trabalho inteiro. tive a intuição de que o Ludwig havia sofrido muito nos últimos dias, que sentia muita dor quando era movido (como o foi para chegar às 3 consultas e ao exame). também, que era a isso a que a taróloga se referia sobre um processo meu que estaria prestes a terminar.

ontem, celebrei a cerimônia de cremação. levei as graminhas que ele adorava e incenso. cantamos Recado à mãe divina abraçadas. depois, levei as cinzas para o jardim do bloco D da SQS 212, onde ele passou parte significativa de sua juventude e o que imagino que tenham sido seus melhores e mais longos passeios.

o resto do dia foi de paz. cruzei com alguns gatos pretos durante uma caminhada. conectei-me com um de pelo mais longo, que, de alguma forma, remeteu-me ao Ludwig.

e, assim, fechei esse ciclo. ainda preciso processar a ausência dele no dia-a-dia. como na hora de dormir - costumava deitá-lo no travesseiro a meu lado e dormíamos sempre juntos. de manhã, acordava e ia procurá-lo no sofá. sentava-me com ele no colo, conversávamos, perguntava como ele estava se sentindo, como havia sido sua noite, enchia-o de beijos. daí, levava-o para tomar café da manhã. depois, limpava seus olhos com soro e pingava as gotinhas do abençoado remédio homeopático para os rins, os quais nunca mais deram problema. por último, enchia um tupperware pequenininho com água, que era o melhor presente na opinião dele. hehe ele tinha uma vasilha bem maior com água limpa, mas gostava mesmo era dessa água, que bebia até a última gota, mesmo que passasse o dia parada e já estivesse quente.

hoje, quando acordei, sentei-me no sofá e abracei a mantinha dele, relembrando os últimos dias, quando o levei para o vet enrolado nela. talvez precise fazer isso pelos próximos dias, até gastar. até gastar a dor e conseguir lembrar-me dele lindo, querido, amoroso, iluminado. da forma como ele sempre foi.


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

trago seu amor de volta


já vinha recebendo o chamado do tarô havia um tempo. inscrevi-me em um curso, que veio a ser cancelado. daí apareceu esse de tarô intuitivo. uma imersão de 6 horas que se propunha te ensinar a sentir as cartas, sem precisar do conhecimento formal. foi irresistível. especialmente após ver a foto de uma amiga na edição anterior. organizei todo meu fim de semana para estar de pé às 8h do domingo e fui.

foi lindo. começou com uma meditação. depois, você trabalhava com outra pessoa e precisava sentir a energia dela, dizer o que você percebia. em dado momento, fiz dupla com a professora, que me trouxe notícias boas, sobre a conclusão de meu processo, que estaria muito próxima. ela disse que eu não precisava sentir medo. é engraçado isso de as pessoas sempre verem medo em mim. ele deve ser muito forte mesmo.

o almoço foi uma experiência à parte, com tanta gente interessante. fiquei sabendo tudo sobre o curso de leitura de aura de Piracanga e do caminho de Santiago. me fizeram adivinhar os signos das pessoas (rsrsrs) e fui até bem sucedida, exceto pela geminiana que achei que fosse virginiana (naquele sentido de "já sei que é um signo que adoro.." haha)

à tarde, começamos a ler as cartas. foi emocionante, principalmente a conexão com a sagitariana, de quem consegui sentir uma história bem concreta que havia acabado de concluir-se. fiquei muito empolgada. e, exausta também.

na segunda-feira, não consegui fazer nada. parecia aquelas segundas pós-ritual, de lágrimas e sono. não consegui nem fazer uma caminhada, fiquei prostrada na cama assistindo a filmes. imagino que deve ter sido toda a energia desprendida.

dei-me conta de que o sol está em trânsito por minha casa 12, o que justificaria minha intuição afiada desses tempos e, também, a vontade de ficar mais quieta, em casa. pensei também na minha conexão com sagitário, onde fica meu netuno. talvez seja uma coisa meio espiritual mesmo.

mas, a verdade é que tenho andado sonolenta desde a sessão de Barras. alguma coisa deve ter sido liberada naquele dia 25 de novembro. algo que ainda não assentou..

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

sextil do amor


esta semana, comecei a organizar a vida. na segunda-feira, fiz o almoço, cozinhei as batatas do jantar e fiz uma sopa.

na quarta, fui ver a exposição de Los Carpinteros, no CCBB. gostei de algumas partes, mas confesso que não me chamou muito a atenção.

ontem, fiz a avaliação física para as aulas de corrida. já esperava que o sistema fosse apontar meu sobrepeso. o que me surpreendeu (ainda que tivesse trabalhado para isso) foi saber meu percentual de músculo é maior do que o de uma pessoa média, e que se concentra, sobretudo, no tronco e nos braços. a gordura, por sua vez, está bem distribuída pelo corpo inteiro (mas disso já sabíamos, não é mesmo? hehehe). minha meta será perder gordura abdominal.

daí, com a avaliação em mão, fui ao treino no parque. estava acostumada a correr cerca de 200 metros e descansar. mas sugeriram eu tentar a volta de 4 Km com a coleguinha. resolvi experimentar, na louca. claro que não consegui completar. corri a metade sem parar e caminhei o resto do percurso. fiquei bem feliz em saber que consigo correr (quase morrendo, mas consigo!) 2 Km sem descanso. hoje, estou toda doída, mas super realizada.

esta semana, também, descobri essa rapper feminista, Lay, por quem estou morrendo de amores.

sinto-me inspirada e animada para o fim de semana. principalmente após ter recebido o 13°... hehehehe  nada como deixar as contas quase em dia..

começou meu trânsito bom.. quero aproveitar cada segundo..

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

olhos de águia


foi uma semana de força. depois da tão esperada palestra de Goswami, ganhei, em um sorteio, uma sessão de Barras de Access. até este mês, nunca havia houvido falar. basicamente, trata-se de técnica quântica de cura, que desbloqueia padrões mentais e emocionais, permitindo libertar-nos de pensamentos, ideias e emoções condicionadas, além de atitudes e crenças limitantes, que podem ter sido registrados em qualquer momento de nossa existência. tocam-se 32 pontos na cabeça que armazenam pensamentos e ideias, de forma a eliminar condicionamentos e padrões indesejados. cada ponto desses refere-se a uma área da vida - ex: dinheiro, controle, criatividade, esperanças e sonhos, corpo e sexualidade, tempo e espaço.

como foi minha primeira sessão, o terapeuta não se concentrou em nenhuma área, trabalhou um pouco de todas. não me fez nenhuma pergunta. no final, comentou que houve duas delas das quais sentiu um forte fluxo de energia sair. uma era justamente a questão que eu havia levado para a terapia (esperava que ele fosse perguntar o que eu queria trabalhar). saí de lá maravilhada, apesar do sono intenso que bateu algumas horas depois.. hehe

o outro grande momento foi o ritual sobre Oxum e os animais de poder. Oxum é o orixá das águas doces, dos rios e das cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. foi bem forte sentir essa energia sob a chuva. identifiquei-me com a parte de os filhos de Oxum serem muito chorões e sentimentais, mas não com a característica mais diplomática.. hehe

os animais de poder são entidades, na forma animal, que nos acompanham. podemos invocá-los sempre que precisar. você pode estudar a descrição deles (http://vozdoselementos.com.br/xamanismo/animais-de-poder), mas acho que vale mais meditar e esperar que eles se manifestem intuitivamente.

fiquei surpresa por ter-me aparecido a águia, pois esperava um felino. ela representa a clareza mental, a iluminação, a visão ampla, a coragem. auxilia na tomada de decisões e na definição de metas com clareza e objetividade. no xamanismo, é aviso de iniciação, de limpeza mental, a luz que vem com o nascer do sol.

sinceramente, não consigo enxergar muito isso em mim neste momento, mas quem sabe não é justamente do que estou precisando?

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

se você está pronta, as coisas acontecerão rapidamente

ontem, fui à palestra do incrível Amit Goswami, sobre economia da consciência. ele é conhecido como o primeiro ativista quântico, ou seja, a primeira pessoa a usar a Física Quântica para protestar contra o atual estilo de vida baseado no mercado e em detrimento das causas sociais, do meio ambiente e da felicidade.

ele defende que precisamos ser egoístas (viver conforme as leis de mercado, da competição) e generosos (´selfless´) ao mesmo tempo. a generosidade não pode ser forçada em nós, ela é herdada. só a ignorância nos afasta dessa natureza.

a pessoas seguem o Cristianismo há 2.000 anos, e quantas pessoas são amorosas?

quantum é uma pequena quantidade (de ´grãos´). no século XX, descobriu-se que a energia é formada por esses grãos. se a luz é partícula e onda ao mesmo tempo, a matéria também é.

as ondas pertencem ao domínio da realidade fora do espaço e do tempo. quando as observamos, elas tornam-se partículas.

as ondas de elétrons são ondas de possibilidade. tornam-se partículas apenas quando as medimos.

objetos são ondas de possibilidades em domínio fora do tempo e do espaço.

Einstein quis provar que a Física Quântica estava errada. não aceitava que dois objetos que se movam tão longe, na velocidade da luz, sejam capazes de comunicar-se. o fenômeno chama-se comunicação instantânea: aquela sem a troca de sinais. evidência disso é nossa capacidade de comunicarmo-nos conosco, sem precisar de palavras.

todas as tradições espirituais referem-se à unicidade. alguns a chamam de deus, mas separam-no das pessoas. segundo Elliot, ´human kind can´t take so much reality´. com isso, cria-se o dualismo, segundo o qual existiria um domínio separado de nós: o da potencialidade (onde estaria deus) x o da concretude.

as partículas elementares e suas interações formam os átomos, que formam as moléculas, que formam as células, que formam o cérebro, que forma a consciência.

é nossa consciência que converte a onda de potencialidade em realidade. a escolha é feita por deus por meio de nós - é a chamada escolha criativa.

a conexão de amor é só potencial, precisa ser concretizada.

corpos da consciência: físico ➞ vital ➞ mental ➞ intelecto supramental ➞ sublime (ilimitado)

as pessoas gostam de rosas não pelo cheiro, mas por sua energia vital.

imagine se pudéssemos vender felicidade?

aprender a amar é um processo criativo.

ler é mais relaxante do que ir à academia, pois trata-se de energia não física do significado.

pode reparar como, mesmo com a abundância material, as pessoas estão cansadas da separabilidade, da infelicidade.

eu estou.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

lua em leão

correr na rua. que sensação de liberdade! ontem, fui conhecer o bosque do Sudoeste. foi agradável ver aquele tanto de gente em um lugar tão pequeno. sentia como se fosse conhecendo as pessoas com quem cruzei nas 4 voltas na pista. estou muito animada com esse projeto. apesar de minha pisada ser supinada - parece que precisarei de palmilha.. /:

o fim de semana foi de peça de teatro, música e comida boa. a peça foi muito incrível. estive perto da protagonista e percebi o braço dela todo arrepiado. chorei junto.

estou um pouco desanimada com minha peça. será na semana que vem e, até hoje, não houve um único ensaio. imagine o fiasco que espera. mas eu vou. porque, né, eu sou assim.

desisti e levei minha calça para a costureira. ela disse que tem salvação sim. vai fazer, também, mais uma legging e um short. já estou até empolgada com tantas roupas novas. hihi

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

o sonho é o sopro das estrelas e do infinito, que nos visita toda noite

os dias têm sido intensos.. houve aquele portal do dias das bruxas, com a lua nova em escorpião, uma gripe que me derrubou - e que me fez refletir sobre as coisas (uma delas sendo a forma de conseguir calcular os trânsitos astrológicos por meio de outro programa.. hehe) -, assisti a uma dezena de filmes, fiz massagem tântrica, mudei o cabelo, comecei a fazer aula de corrida no parque..

também, assisti a uma palestra sobre sonhos.. aprendi que há técnicas que ajudam a sonhar com determinado tema.. o exemplo era de uma paciente que queria conversar com o pai, que já tinha morrido..

sonhamos de 3 a 4 vezes por noite, mas só lembramos o último sonho, a não ser que acordemos no meio da noite (daí, no caso, lembramos o último até aquele momento)..

os sonhos nos preparam para transições (ex: mudança de emprego) e podem trazer à tona algo que nos falta.. tipo, você está de dieta e sonha com comida.. hehe  não sei se por influência, mas, esta noite, tive dois sonhos desse tipo..

no sonho, o tempo não é linear, é circular.. isso significa que podemos sonhar com o passado e com o futuro..

ontem, fui caminhar perto de casa e vi um pica-pau..

fui à última (eu juro) aula de costura desse curso.. a calça estava praticamente pronta, só faltava pregar os botões, que deixei para fazer depois, então só fui ao banheiro experimentar, para marcar a altura da barra.. não sei o que houve.. na outra vez, havia gostado dela.. ontem, achei-a horrorosa, caiu super mal.. e, como se isso não bastasse, ao vestir, rasgou um bom pedaço da perna esquerda.. assim, sem fazer nenhuma força.. quase chorei.. saí, enfiei tudo na sacola, inventei para a professora que ia deixar para terminar outro dia e fui-me..

de tanta frustração que passei nesses tempos, passei a levar minhas coisas na costureira.. rsrs não sei nem como nunca havia feito isso antes.. vou começar a vestir coisas feitas para minhas curvas (hihi), nem que tenha de pedir ajuda para outra pessoa.. isso me tem feito feliz.. sinto que estou renovando meu guarda-roupa, enfim

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

voltei

“Tudo que chamamos real é feito de coisas que não 
podem ser consideradas reais.” 
(Nicholas Behr)

soube que o raio do campo energético de nosso coração tem 3 metros de comprimento (ou seja, muito maior do que o cerebral). com isso, imagine o quanto somos conectados uns aos outros, com os campos entrelaçando-se. soube, também, que, no coração, temos células similares aos neurônios.

aprendi o exercício de fechar os olhos e respirar lenta e profundamente como se o coração fosse pulmão, durante 1 minuto. estou viciada nele.

de alguma forma, minha vibração começou a dar certo.

uma amiga relatou que descobriu, com o body talk, que havia vestígios de plástico em seu estômago que causavam sentimentos ruins nela. ela precisou fazer uma lavagem para livrar-se. achei incrível.

finalmente, sinto-me inteira outra vez. consigo respirar, ter calma, conectar-me com as pessoas. o magnetismo voltou. amém.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

motivo + ação => motivação

assisti a uma peça da Trupe de Argonautas chamada Paradoxo Zumbi. a história é uma crítica social e coisa e tal, mas o que chamou a atenção mesmo foi a performance dos atores, tanto na dança quanto nas acrobacias. uma integrante, em particular, destacou-se, com aquele número circense que, normalmente, é feito com tecido, mas que desempenhou em correntes. ao mesmo tempo em que me admirava com a força e o equilíbrio dela, ficava perguntando-me se não doía segurar nas correntes daquela forma.

também, fui conhecer o Vittoria d´Italia. a comida é bem gostosa, com preço justo. 

esta semana, fui fazer minha primeira aula de dança. foi engraçado, para dizer o mínimo. mas achei fenomenal praticar atividade física de forma tão lúdica. estou empolgada, também, para entrar nas aulas de corrida no parque. já conversei com a professora, mas, como os dias têm sido cheios, ainda não consegui organizar-me para ir fazer a aula experimental. está sendo difícil conciliar as atividades noturnas com a nova atividade física. já estava acostumada com o horário do almoço - agora, será um desafio conseguir coordenar tanta coisa no final do dia. isso fora os eventos sociais, que têm aparecido efusivamente. até convite para uma viagem recebi hoje - eu, que sempre quis conhecer a África.

hoje, também, foi o dia de fazer consultas astrológicas no trabalho, em comemoração ao dia do servidor. foi lindo, houve até fila de espera. haha  fiquei sentindo-me A astróloga.

parece que as coisas voltaram a fluir. tenho conseguido resolver as pendências, pessoas têm aparecido. um respiro, enfim.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

inspire, não pire

foi surreal sair da concessionária com o carro novo e chorar de saudades do antigo. fiquei surpresa comigo mesma. relembrei o dia em que o havia buscado na concessionária, a sensação que era dirigi-lo no início, todas as aventuras que passei com ele, as viagens, o tanto de comidas e bebidas que derrubei nele.. rsrs

chegando em casa, tentei acalmar-me, comprei duas cervejas especiais - em homenagem à amiga que está prestes a confeccionar a sua própria -, estacionei embaixo do bloco e comecei a ler o manual (manual que, hoje, sei que custa bem caro, depois de ter jogado fora o do anterior - isso tudo na última mudança, quando supus que nunca precisaria guardar mais nenhum manual na vida..) e fui acalmando-me.. a amiga apareceu, a gente foi a um café.. e, hoje, comecei a sentir o conforto que é dirigir o carro novo..

e, como tudo está mudando, ligaram da academia, ontem mesmo, para avisar que meu contrato (de 2 anos e 3 meses) havia encerrado..

agora, estou quase decidida a fazer dança.. fiquei muito empolgada com a academia de uma amiga.. se o horário for compatível, estou propensa a escolher uma modalidade bem inesperada.. :D

sentindo-me diferente, hoje, resolvi sair para almoçar com o povo do trabalho.. uma mesa de 7 mulheres e um cara gay.. hehe  conversamos sobre cinema e outras coisas interessantes.. não sei por que nunca havia feito isso antes..

preciso aceitar a mudança, desapegar.. não sei de onde vem tanto medo neste corpo.. preciso ativar esse marte na casa 10..

na proposta de fazer coisas diferentes, esta semana, fui correr pelas ruas da cidade.. no caminho, resolvi entrar em uma biblioteca que sempre quis conhecer.. só havia um usuário - por acaso ou não, um cara que eu conhecia.. a gente conversou um pouco, ele contou que a obra era de Niemeyer e ficou perplexo por aquela ser minha primeira vez lá..

entrei, também, na Igrejinha, depois de anos! sentei um pouco, pensei..

no teatro, começamos a escrever o roteiro da apresentação do final do curso.. foi instigante

e, é isso.. as coisas estão indo, renovando-se.. o armário do banheiro caiu esta semana (rsrs), vou comprar outro..

já decidi o próximo corte de cabelo..

agora, só falta acalmar este coração.. que está aflito há muito tempo, vamos combinar.. antes, direcionava-se a essas questões do amor.. daí, desapaixonei-me, e a dor não passou.. como um tapa na cara mostrando que essas dores, ah, são dores da alma. cuja cura é desafio que aceitei como missão de vida.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

dias bons e dias ruins

acabei de refletir sobre outras vezes em que senti isso. percebi que não sabia mais como era porque passei os últimos 15 ou 20 anos namorando. lembrei-me de quando me formei, quando saí da kitnet e fui morar no meu primeiro apartamento. ainda não era tempo de celular, e optei por não informar meu número fixo nem meu endereço a ninguém. arrumei a casa nova, mobilhei-a. ficamos eu e o gato grande naquele apartamento enorme para nós. tínhamos tudo de que precisávamos. mas não bastava.

era tudo um enorme vazio.

claro que a situação atual é diferente. eu tenho um monte de amigos. gente que viria aqui, visitar-me, em qualquer dia da semana. tenho companhia para sair. tenho com quem desabafar, chorar. e, agora, são dois gatos, não um só.

o apartamento bonito, o carro novo que vou buscar amanhã, as aulas de teatro, de costura, de astrologia. no entanto, sinto-me exatamente igual a 20 anos atrás. como se nada tivesse sido construído. com o coração vazio.

acho que mexeu comigo o texto que me reapareceu sobre lua em escorpião: a lua debilitada. emoções profundas e retidas. guarda rancor. dificuldade em superar os traumas. memórias ruins guardadas, que não conseguimos superar. pessoa arisca, que se sente ameaçada por qualquer motivo.

e, eu jurava que havia superado tudo isso. que me havia tornado uma pessoa alegre.

parece que isso nunca vai embora. passam-se os anos. vêm boas memórias, muitos momentos felizes. daí, a vida meio que dá uma pausa e tudo volta. as crises de ansiedade. a falta de propósito. a solidão no meio de um monte de gente.

os astros dizem que é tempo de ficar só, de olhar para dentro. só que isso é tão difícil, porque tudo que vejo é tristeza e desânimo.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

que venha a lua em gêmeos


não se engane pelo nome da música. os últimos dias foram loucos. eu achava que não tinha mais TPM, até ver todo o sangue, resultando de uma sucessão de eventos, que começou com a vinda de minha mãe (e meu pânico de sofrer pelas mesmas razões de décadas). muitos acontecimentos no fim de semana, incluindo a quebra da tela do celular. foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. e, foi bem na virada da lua cheia em áries. confesso que estava desejando isso (para ter desculpa para comprar outro, já que a bateria não anda tão boa), mas achei simbólica a hora em que ocorreu.

estava sentindo-me um pouco agressiva e levando cantadas indesejadas de pessoas aleatórias. não sou de dar foras em pessoas, mas algo aconteceu que me fez perder o controle. aliás, descontrole foi a tônica desses dias. não me reconheci. fazia muito tempo que não fazia coisas assim.

fiquei envergonhada. foi, então, que acordei:

- esqueci-me de pagar o condomínio deste mês

- perdi um compromisso que estava marcado há um mês

- percebi que meu contracheque veio quase 20% mais baixo

- fui tentar entender o que aconteceu, pelo sistema de pagamento, e descobri que minha senha não estava mais válida

- fui cadastrar outra senha e percebi que uma das perguntas de segurança estava com resposta errada

- fui atrás do celular que queria comprar e descobri que ele ainda não foi lançado no Brasil (rsrs)

- e algumas outras coisas que não devem ser mencionadas.

percebi tudo isso, cheguei em casa, terminei o filme de terror que havia começado ontem (terror sempre ajuda nessas horas), fui à aula de costura e decidi dar fim a momento de paralisia e, finalmente, sair desse luto, que já foi chorado demais.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Bach e a paz

depois de 5 meses, ontem, criei coragem para pesar-me. foi um choque: 5Kg a mais do que no dia 14 de julho (o recorde da dieta deste ano hehe). hoje, pesei-me outra vez e a diferença diminuiu para 3,5 Kg.. como um único dia faz diferença! claro que fui à academia, comi direito e bebi só uma cerveja (haha). mesmo assim, acho que chegou a hora de lidar com isso. não só pelas roupas apertando, mas pelo mal estar mesmo que o sobrepeso inflige. as atividades do dia-a-dia parecem ficar custosas. e, beber pode até ser bom quando a gente precisa dar aquela escapada, mas escapar demais nos tira da concentração para fazer as coisas.

sábado foi dia de acabação. então, domingo, tentei ter um dia mais calmo, ir ao super, arrumar a casa e sair para jantar com o amigo-jornalista. foi um pouco melancólico vê-lo passando por todos esses processos. mesmo assim, consegui voltar para casa, terminar o que precisava fazer e dormir cedo e bem.

voltei a meditar também, diariamente (só me esqueci justo no domingo..). preciso acalmar-me, aceitar a mudança. a terapeuta apontou que sou muito desesperada. isso é tão verdade. preciso deixar o tempo passar, as coisas consolidarem-se. dar mais atenção às coisas de que gosto, como o teatro e a costura, ver mais meus amigos, que ficaram tempo demais negligenciados.

não é que tenha sido ruim, sabe? estive consciente das coisas que aconteciam. é só que, agora, vejo vantagens na posição em que me encontro. só preciso de um pouco mais de calma para aproveitar o que é ter uma vida tranquila outra vez.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

eu sou assim, assim, assim

na Astrologia, existem 10 planetas e 4 elementos (fogo, água, terra e ar). no meu mapa, 5 desses planetas estão em signos de fogo, sendo que 4 desses 5 estão em leão, todos juntos (em termos astrológicos: tenho stellium em leão). um desses planetas do stellium é saturno. ele fica coladinho no meu sol (que representa a essência). saturno é o planeta do medo, da cautela. leão é um signo seguro, alegre, que confia no universo. esse saturno atrapalha esse movimento, pois fica igual uma mãe ameaçando "cuidado, esse lugar é perigoso" "vista o casaco, se não vai passar frio" "estude, se não será reprovada". e, ele é particularmente forte no meu mapa porque tenho ascendente em capricórnio, que é regido por saturno.

capricórnio é signo de terra - cauteloso, realista, descrente. além desse ascendente em signo de terra, meu meio do céu (que significa nosso propósito na vida, além de nossa carreira) está em virgem, também de terra. junto com esse meio do céu, está meu marte. marte em virgem denota certa lentidão para tomar decisões - você fica analisando, analisando, esperando o momento certo para agir.

eu acho que isso explica muito da minha confusão mental e emocional. os signos de fogo são os da intuição. eu seria, a princípio, uma pessoa bem intuitiva, com tanto planeta em fogo. mas esse saturno mina minha confiança. os elementos em terra (até júpiter, o planeta da expansão e que rege outro signo de fogo, assim como faz marte, também está em terra) puxam-me para o que é palpável, realista, em contraposição à sensibilidade e à fluidez de fogo. claro que adicionam um elemento pragmático, o que é muito bom. porém, sinto que me impedem de exercer o brilho que meu signo demanda. 

eu reconheço que tenho um super magnetismo, que as pessoas se sentem atraídas (de alguma maneira) por mim, sem saber por quê. é gostoso perceber isso. só que isso não me traz a segurança interior de que preciso para exercer toda essa intuição que sei que está dentro de mim, mas que é contida. nos momentos em que ela vem à tona, tudo é lindo. 

minha busca, agora, é por aprender a dominar a insegurança que saturno me inflige, além daquela trazida pela quadratura entre sol (nossa essência) e lua (as coisas de que precisamos). imagine você precisar de coisas (sei lá, de estabilidade material, por exemplo) e isso se contrapor a quem você é. seria como você só poder realizar-se pessoalmente se abrir mão de algo muito importante para você.

é difícil, minha gente. não é fácil não.

some-se a isso a minha falta de apoio familiar, que me fez entender, desde cedo, que eu não poderia contar com ninguém. foram muitas situações. a maioria delas superadas, claro. mas a dor, ela permanece. os acontecimentos podem até ficar no passado, como lembranças, mas o sentimento fica, todo dia. abre uma feridinha no coração e sai esse monte de dor que estava lá escondidinha. 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

o amor e o tempo

eu sofro, sofro sempre. algumas decisões são muito difíceis. você está convencida delas, mas, ainda assim, precisa lidar com consequências indesejadas. e, eu sou apegada, principalmente às pessoas. a diarista que passou só alguns meses trabalhando lá em casa, que eu mal via, me fez chorar no último dia. imagina um relacionamento. eu sempre fico arrasada. estou feliz em pensar nas consequências positivas disso, mas é muito difícil reprogramar o cérebro e o coração - "a partir de agora, esta pessoa não faz mais parte da tua vida." não daquela mesma forma, pelo menos. eu quero muito que a gente consiga passar logo por esse período, que sejamos amigas, pois quero mantê-la perto. meus sentimentos são enormes ainda. minha vontade era que a gente pudesse consolar uma à outra, fazer programas juntas, até a dor diminuir o suficiente para darmos o espaço necessário. mas sei que as coisas não acontecem do jeito que a gente quer.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

olá, autoestima

foi um fim de semana intenso. conversas intensas. quase não encontrei meu carro hoje. rs

a oficina astrológica foi a mais arrebatadora. me vi inteira naquele mapa. vou até tomar os remédios que me indicaram..

e, assim que saí de lá, perturbada, tomei uma cerveja no caminho e tive de lidar com uma situação que me deu a resposta que eu vinha procurando. sabe aquele momento em que parece que o universo pega a tua mão, te leva para um lugar e te diz "olha o que está acontecendo. o que vai fazer a respeito?"

e eu fiz. não consigo descrever o que senti naquela hora, depois de passar toda a raiva - no caso, de mim mesma, por ter deixado a situação chegar àquele ponto. na terapia passada, havia mesmo comentado que esse era o único aspecto da minha vida que estava longe do meu controle. bem, não está mais.

sinto-me leve, segura, bonita. é como se a autoestima tivesse aparecido, assim, do nada. sinto-me outra pessoa, como se eu estivesse começando a ser a mulher que serei a partir de agora.

domingo, 25 de setembro de 2016

eu te liberto

estou engasgada faz tempo já. eu não sinto mais. mas não sabia como te dizer. passei os últimos 20 dias pensando em como falar, para não te machucar. porque tenho consideração demais por você. e, ia odiar-me por imaginar que te faria sofrer. porque, você sabe, acabou. não há nada errado contigo. você é linda. com todos os teus defeitos. só não dá mais para mim. preciso de coisas que você não pode me dar. não é culpa tua. você simplesmente não tem como. não é possível, só isso. eu te desejo tudo de bom, de verdade. espero que você seja muito feliz, que encontre alguém bem legal pra você. alguém que você possa fazer feliz. alguém que te faça feliz. uma mulher bem linda, bem legal. espero que você consiga sair de casa, ir morar sozinha, consiga crescer. vai te fazer um bem danado. sei que isso não vai acontecer nos próximos 20 anos (rsrs), mas, quando rolar, vai te fazer muito bem. você vai ver. você vai crescer, vai tornar-se a mulher linda potencial que há dentro de você. vai deixar de ser essa menina, insegura, meio boba. por quem eu me apaixonei, é verdade. mas por quem eu também me desapaixonei. e me apaixonei por todas essas outras mulheres. porque eu preciso disso, dessas paixões. que você parou de suprir. mas não pense nunca que foi culpa tua. você é o melhor que você pode ser, acredito muito nisso. mesmo. não te culpo por nada. só te agradeço, por todos os bons momentos que vivemos juntas. agradeço por teu tempo, por ter tido você em minha vida. gratidão. e, agora, eu te liberto, para você ser muito feliz, da forma que não conseguimos ser.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

teatro e atuações

aquela calmaria boa.. fim de semana bom.. que começou com o encontro de comunicação não violenta, que foi bem instrutivo.. sobre formas de aproximação das pessoas, envolvendo olhar nos olhos delas nos primeiros 25 segundos, prestar muita atenção ao que elas falam, dedicar algum tempo a elas, desempenhando uma atividade, por exemplo, e, por último, impor limites.. sinto que peco especialmente nesse último quesito, mas tenho-me esforçado para mudar isso..

daí fui comer pizza de aniversário do sogro e ver uma peça baseada em Hilda Hilst, Para Mahal, de um coletivo de dramaturgia aberta.. nunca havia visto nada parecido.. foi um pouco confuso, mas, no geral, gostei.. depois, emendaram uma festa com o Dj Ops, que trouxe umas combinações bem inusitadas, como a que o amigo-antropólogo definiu como mistura de Pará com Caribe..

no sábado, terminei meu módulo de Astrologia preditiva.. foi muito intenso olhar para 2015 e ver os trânsitos dos planetas marcando os meses mais significativos do ano.. deu até a sensação de que as coisas realmente aconteceram por uma razão, que não foram só acasos, sabe?

à noite, fui conhecer o sushi Nakombi, que havia sido recomendado.. não achei nada de mais, mas claro que é sempre melhor do que ir aos sushis lokos da vida..

no domingo, acordei cedo, fiz as tarefas de casa e preparei um picnic.. passei a tarde no lago, nadei, li, comi, foi um dia muito relaxante.. depois, uma passadinha no bar, porque, né, e uma festa criada em casa de última hora, que foi inesperadamente divertida..

espero que dê a tônica da semana.. sensação boa de paz, de as coisas fluindo para o lugar certo..

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

momento de limpeza

propositalmente, marquei as férias junto com meu ano novo. a primeira semana foi de relaxar, meditar, planejar festa, divertir-me com os desdobramentos dela, aceitar convites inusitados no meio da tarde. a segunda foi de introspecção e arrumação. reorganizei a casa - a parte física. a eletrônica (cds gravados, arquivos digitais) e a emocional (sobretudo, fotos e recordações) deixei para o segundo momento (que espero que seja neste fim de semana, antes que eu desista hehe). deu um alívio, o guarda-roupa e a estante de livros parecem até estar respirando melhor. a sensação de estar em casa está diferente, mais livre, acho.

daí, na segunda-feira, voltei ao trabalho e, meio que no embalo, limpei minha estação, joguei coisas fora, tirei o pó de tudo. comecei a apagar uns e-mails antigos, mas não fui muito longe. acho que só finalizarei quando terminar as coisas de casa primeiro. hehe

começaram as aulas de teatro. de uma forma meio turbulenta e invocando padrões dolorosos do passado recente, mas boas assim mesmo. fiquei bem surpresa e animada por ter conseguido soltar-me. tem sido um exercício bem lúdico e trazido paz e ótimas noites de sono.

no geral, tenho andado satisfeita com minhas percepções. além de compreender melhor as reações emocionais dos outros, tenho acompanhado as reações dos gatos. reclamava que o gato pequeno andava muito agressivo, mas acabei descobrindo que ele estava reagindo a coisas que fiz. por exemplo, no meio da noite, puxei o travesseiro dele, sem perceber, até que ele começou a arranhar a TV (que ele sabe ser algo bem irritante). foi importante saber isso, que ele se chateia com coisas que faço e que poderiam ser evitadas. essa sabedoria que ainda preciso desenvolver para lidar com algumas pessoas com um pouco menos de atrito.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

e ainda faltam 4 dias

está sendo um "inferno astral" meio atípico.. têm acontecido coisas boas e coisas ruins.. o diferente é que está sendo um mês de muita emoção.. lembra um final de temporada de seriado, sabe?

levei uma mordidona do gato pequeno, que deixou minha mão quase imobilizada por 10 dias.. período durante o qual não pude fazer musculação, atendo-me apenas às aulas de corrida.. não sei se essa falta de exercícios influenciou, mas andei super esfomeada esses tempos, até acho que engordei, pela primeira vez em meses :(

a vida loka em que se encontrava minha vida amorosa foi, finalmente, estabilizada.. chega de mulheres loucas apaixonadas (?!), gente esquisita e o que vamos chamar aqui de experiências (inclusive de pansexualidade, a realização de um sonho) hihi

o trabalho passou por mudanças também, até me incluíram em um novo comitê, que já vi que vai me tomar tempo, mas que pode ser interessante.. ainda fui surpreendida com a parabenização por haver sido aprovada no estágio probatório, coisa que achava que havia acontecido há dois meses já.. ainda bem que não fiz nada errado nesse ínterim.. rsrs

ainda tenho tido de lidar com comentários não solicitados em relação a meu cabelo cor de rosa.. claro que geralmente de homens.. na penúltima vez, não me contive e perguntei para a pessoa se ela já havia ido a Nova York.. haha

hoje é o último dia de trabalho desse fim de temporada.. mal posso esperar para os 15 dias na minha casinha, com minhas costuras, os gatos, as visitas há tanto proteladas a amigos e o novo projeto de reorganização da casa..

já está tudo pronto para a festinha da semana que vem.. esse ano que passou merece muito ser comemorado, foram muitas descobertas.. e está na hora, também, de dar as boas vindas para o próximo, que sinto que poderá aprofundar os conhecimentos com os quais comecei a ter contato só agora..

hora de acender uma vela e agradecer

sexta-feira, 15 de julho de 2016

abrindo espaço para o novo


semanas dias em que quero ignorar os acontecimentos mundanos, o jornal, a política, a economia, e afundar nas leituras esotéricas e na arte.

foi a segunda pessoa em alguns dias que achou que eu era designer. achei chic. hihi

uma colega deu dicas de como costurar malha com a máquina de costura comum. já até assisti a um tutorial de uma tia youtuber impaciente que eu amo. acho que serei/sou igual a ela. hehe

mas ainda estou lamentando a saída da jovem gênia professora de costura. aquele olhar crítico e firme, junto com o riso solto e aquele jeitinho de sempre dizer, ao final "nossa, ficou ótimo!", não importando quão tosco ficou o trabalho. hehe

fiquei sinceramente abalada. não me apegar às pessoas é lição que sinto que demorarei anos para aprender.

a professora de corrida elogiou minha velocidade esta semana. fiquei contente que ela percebeu. dobrou desde que comecei, que foi há uns 6 meses, acho. junto com o progresso, vieram as dores os quilos perdidos, mais uma vitória consagrada nesta semana.

comecei um curso de Astronomia. é lindo, e não entendo como demorei tanto tempo para começar.

comprei cinco sutiãs na promoção, ontem. aos poucos, vou renovar esse guarda-roupa. joguei fora tanto o sutiã quanto a blusa que vestia ontem. sensação boa. basta do velho e do gasto.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

as violências do dia-a-dia

o fim de semana foi agitado, para variar. teve encontro do grupo de comunicação não violenta, que sempre me surpreende. ainda vou precisar de muita prática para aprender a comunicar-me com compaixão. percebo confronto até quando estou esforçando-me para ser amorosa, é incrível isso.

no sábado, participei de oficina de revolução solar. fiquei muito animada com os prognósticos para meu próximo ano, que se inicia em cerca de um mês. terei muitos planetas em leão e, como este será o signo de meu ascendente, considera-se que terei um "ano de leão". outra coisa digna de nota é a conjunção da lua com o sol, o que resolve minha grande questão da quadratura natal entre os dois luminares. o brilho extra advém de os dois estarem na casa 12 e mercúrio e vênus estarem na 1. acho que esse posicionamento poderá ajudar muito, principalmente porque mercúrio já estará em virgem.

no campo dos relacionamentos, bem, a energia é pisciana, conforme o universo já vinha indicando. a casa 7 estará em aquário, o que acho que pode resolver algumas de minhas questões (leia-se, carências haha). no mais, temos, lá, netuno em peixes. só me veio à cabeça desilusão amorosa, mas a astróloga acredita que conhecerei alguém que me trará a sensação de encontro de almas. achei a ideia meio romântica, mas bonita assim mesmo.

tudo isso me deu um super gás para continuar meus processos embora esta semana tenha sido cheia de acontecimentos inesperados, como o gás de cozinha acabando (haha) - tanta coisa tem acabado, sinto como se estivesse no fim de um ciclo, sabe? presenciei um pai esmurrando um filho na frente de uma padaria, espisódio bem violento, que afetou muito meu humor naquela noite. a outra situação foi a da guria da academia que tem o costume de chegar ao vestiário e ligar o chuveiro (para esquentar?) enquanto se despe e pega as coisas para o banho, sendo que o chuveiro lá é muito bom, esquenta em dois segundos. fico muito angustiada com a água indo para o ralo, mas não consigo desenvolver uma técnica não violenta para explicar isso para ela. foi a mesma sensação de impotência em relação ao pai agressivo.

de resto, tudo bem. terminei de costurar a saia. ela não está linda como havia previsto (haha), mas, se você não for muito crítica, verá que ela ficou até bem boa. o tecido é bonito. estou, inclusive, empolgada para comprar mais tecido e fazer outra sozinha. farei sem bolsos desta vez. aliás, farei várias, de várias estampas. rsrs

baixei muitos filmes esses dias. é muito gostoso assistir a eles embaixo do edredom, junto com os gatos. essas delícias de inverno que temos de aproveitar logo, antes que o friozinho vá embora.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

do tamanho do universo

foram tantas emoções.. a começar pela sessão de Theta Healing na quinta.. foi lindo demais.. é um estado de meditação profunda em que você entra em contato com o ser divino, sendo que o próprio caminho até lá é uma experiência à parte.. você busca energia no centro da Terra e, de lá, passando por todos os chacras, sobe além da atmosfera, passa pelos planetas, depois, por várias camadas.. uma delas era de gelatina de arco-íris s2 s2 s2, e a última é a de luz aperolada, que te envolve e te cura dos males, reprograma teu código genético, muda teus ancestrais.. além das minhas questões centrais, ainda me ajudaram a desfragmentar minha alma, para deixá-la inteira..

outra coisa digna de nota foi a primeira aula do curso de Astrologia.. foi muito emocionante aprender um pouco sobre Física Quântica, ainda mais relacionada a um de meus assuntos favoritos.. o princípio da não localidade, que Jung denomina sincronicidade, tem-me guiado de maneiras que me surpreenderam..

conheci uma guria que faz perfumes baseados no mapa astral da pessoa, olha que sensacional

foram muitas emoções para um fim de semana só.. hehe

e eis que a semana começou bem..

bati mais um recorde meu na corrida e comecei a costurar uma saia, que está ficando linda.. mal vejo a hora de terminar, para poder sair com ela.. as aulas de costura são só amor.. como tudo que as envolve, como o encontro com a amiga, na segunda-feira, a ida à loja de tecidos, o lanche depois.. esses pequenos prazeres mundanos que nos ajudam a fixar-nos no mundo..

quarta-feira, 15 de junho de 2016

coragem e segurança

ontem, cheguei em casa e percebi um objeto enorme no chão do quarto.. levei um mega susto! mas, era só (?) a sapateira que tombou.. quase chorei imaginando o espelho da "fachada" dela estraçalhado por baixo.. respirei fundo, levantei-a e, tchanam, intacta.. senti como se me tivessem informado que terei 7 anos de sorte.. hehe

daí, recebi visita de amiga, comemos pizza e ouvimos hip hop (que, atualmente, é, tipo, a trilha sonora oficial de minha casa).. depois, um longo banho de banheira a 39 graus (porque combina com o frio), meditação e mais um trecho do livro..

esses dias, também, terminei de assistir a Les Anarchistes, com a diva da Adèle Exarchopoulos e o galã do momento do cinema francês Tahar Rahim. foi muito inspirador. não quero tornar-me anarquista nem nada (rsrs), mas não há como não se apaixonar pela personagem, com toda sua coragem e segurança.

os últimos dias, no geral, têm sido animados.. tenho conhecido muita gente.. nada como a autoestima voltando para o lugar.. até as costuras têm progredido.. consegui finalizar uma saia que estava encostada há meses.. foi muito emocionante ir trabalhar com ela..

daí, aproveitei e fiz ajustes em algumas roupas, inclusive na calça que estou vestindo hoje..

como é boa a sensação de criar..

outra dose extra de energia têm sido as aulas de corrida.. tenho consigo manter a velocidade recorde..

e é assim.. as coisas têm fluído.. a sobriedade tem-me mantido intuitiva.. meio que um poder, sabe?

quarta-feira, 8 de junho de 2016

do be do - ser e fazer

é sempre um mega alívio ver o ponteiro da balança baixar. tudo bem que estou fazendo as coisas de boa, indo à academia, comendo direito. e, sei que o peso é assim, ele oscila, não vai só diminuindo progressivamente. mas, às vezes, angustia imaginar que o plano pode não estar funcionando, sabe? daí, um dia, quando você menos espera, lá está aquele número pequenininho (quer dizer.. rs). dá força para continuar.

principalmente agora que o congelador está cheio de porções de sopa de cenoura e vagem orgânicas. tenho gostado de fazer minha própria comida. além de economizar dinheiro, sei que o que estou ingerindo é saudável mesmo, com pouca gordura, pouco sal etc.

outra coisa que está progredindo é a costura. as aulas têm-me dado mais segurança. uma coisa boba - e super útil - que aprendi é que não preciso encher aqueles carreteizinhos para encaixar na máquina, que posso usar aquele grandão mesmo, dentro de uma xícara. um super trabalho a menos!

                            virando a doida das bolsinhas hehe

os últimos dias têm sido bons e agitados. no fim de semana, conheci mais uma guria do Vale do Amanhecer. está parecendo um chamado. demonstrei todo o interesse, e ela disse que pode levar-me lá. vamos ver.

meu grupo de comunicação não violenta foi bem elucidador. percebi que falta comunicação compassiva comigo. preciso muito desenvolver a fala carinhosa comigo mesma, aprender não ser tão autocrítica, o que, claro, afetará a forma como me relaciono com as outras pessoas.

no sábado, na rua, um cara abordou-me, com humor, pedindo que eu dissesse para a guria que estava com ele que ela não poderia ir para casa naquela hora. eu disse que ela poderia, sim, ir à hora em que ela quisesse, que ela era uma mulher livre. o sorriso que ela me deu marcou muito. não acho que fosse uma situação de cooptação nem nada assim, mas acredito que o feminismo esteja nos detalhes.

na segunda, fui a uma loja maravilhosa de tecidos. lá, conheci uma guria, que, coincidentemente (será?), faz o mesmo curso que eu, só que em outro dia. dei palpite sobre uma saia que ela pretendia fazer, e ela me deu umas dicas sobre modelagem. depois, assisti à palestra sobre Mondrian e De STIJL e a colaboração entre arquitetos, designers e artistas plásticos, no CCBB. foi muito interessante, com muitas fotos e correlações entre as três áreas. até instigou meus futuros projetos artísticos. hehe

só que, por enquanto, vou ater-me à costura. já até comprei tecido para fazer uma legging, assim, na louca. depois, quero começar a fazer calcinhas, só porque estou precisando. haha

é muito gostoso criar, principalmente coisas que você vai poder usar - nem que seja um quadro, para pendurar na parede. dá uma sensação muito louca de propósito.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

florescimento


esta é a semana do meio ambiente, e hoje é dia da educação ambiental. é, também, o fim da minha vacância no MRE. o que significa minha estabilidade na carreira atual e minha decisão definitiva de não voltar para aquele lugar que tanto me fez sofrer. hehe

faz cerca de um ano que desisti de estudar para outros concursos e começar a investir em coisas que realmente me fazem feliz. definitivamente, não é de dinheiro que preciso. já estou matriculada em cursos relacionados a alguns de meus hobbies favoritos, que quem sabe não se tornarão mais do que hobbies um dia? além disso, trabalho com um tema em que acredito e que, finalmente, acho que tem a ver comigo. a jornada dura o dia todo, mas, hoje, sei que tempo é algo que não me falta. 

esta semana, comecei meu curso de corte e costura. foi lindo demais! a professora é uma fofa, e a gerente é muito gata! haha  enchi as duas de perguntas, embolei a linha na máquina várias vezes, mas tirei muitas dúvidas. amei estar naquele ambiente, com música boa e gente que estuda moda ou só é criativa. rola um carão, mas acho que não terei problemas em reverter o clima a meu favor. hihi

estas bolsinhas foram minha primeira obra:


a posição de treino deixou-me com dor nas costas, o que talvez indique que minha postura não tenha sido ideal. agora, estou louca para comprar os tecidos e demais materiais da lista. sinto-me como na escola, quando você recebia aquela lista de papelaria antes de começar o ano letivo.

ontem, saí com a minha colega de trabalho do Reiki. fomos a um restaurante vegano super gostoso, que eu ainda não conhecia. sentamos embaixo de uma árvore e falamos sobre a vida. fiz o mapa astral dela, que é cheio de nuances. já marcamos uma sessão de Theta Healing. ela já me adiantou como funciona, e achei tudo muito fantástico. 

ontem, uma amiga indicou o Mubi, um site de filmes online, uma espécie de Netflix, mas só com filme bom. conta sempre com 30 filmes - é lançado um por dia, da mesma forma como o mais antigo (de 30 dias atrás) é retirado. o filme de ontem, Hips Moves, foi um pouco grotesco, mas nem por isso desinteressante.

comprei uns esmaltes bonitos e lavei o cabelo. fiquei impressionada em perceber que a tinta não saiu e que a cor continua bem viva.

hoje, haverá encontro do grupo de estudos em comunicação não violenta, meu assunto queridinho do momento. acontecerá na casa da feminista mais empolgada com esses temas, que já está organizando um grupo para fazer constelação familiar uma vez por mês, na Chapada, e para fazer um retiro de silêncio no próximo mês. estou mega empolgada, com os cursos e com a ideia de ir à Chapada todo mês. haha

terça-feira, 31 de maio de 2016

angry alright

o fim de semana foi até bem bom. na sexta, aquela baladinha de leve. no sábado, a ayahuasca, que só confirmou todo o movimento que tem acontecido. foi a primeira vez, em muito tempo, em que me senti super bem, tranquila, como se alguma entidade tocasse meu ombro, assegurando-me de que estou no caminho certo, sabe? foi muito empoderador. dormi bem naquela noite.

no domingo, fui à Marcha das Flores, a respeito do recente estupro coletivo no RJ. as feministas vieram buscar-me, e fomos ao Museu, confeccionar cartazes. daí, marchamos, filmamos, batemos muitas fotos, foi muito emocionante. de lá, saímos para almoçar.

à tarde, assistimos a She´s beautiful when she´s angry. O documentário conta a história dos movimentos feministas nos Estados Unidos. foi impressionante e triste perceber como as demandas de décadas atrás permanecem atuais. conversamos muito. desabafamos, falamos sobre o patriarcado, sobre gatos.

a guria da página dos gatos, inclusive, comprometeu-se a ministrar o tal do curso de eneagrama. ela acha que sou o tipo 4, o romântico, dramático. até acho que faz sentido. hehehe

porém, no meio de todo esse drama, gostaria de destacar que tenho praticado atividades físicas todos os dias e que não tenho bebido. foram duas cervejas na véspera do feriado, com a amiga recém-separada, e um chopp no almoço de domingo. e só. parabéns para meu capricórnio e minha força de vontade retornando. hoje, até minha cintura resolveu dar as caras. tô muito orgulhosa. :)

sábado, 28 de maio de 2016

in between

hoje, deu tempo de acordar com calma, arrumar a casa e ir para a aula de corrida. as músicas eram só forró e sertanejo, o que foi uma surpresa, mas confesso que não foi ruim. hehe só músicas de superação, sabe?

tenho prestado mais atenção às letras das músicas, coisa que não fazia há muito tempo - não faço ideia de por quê. ontem, por exemplo, quando saí do salão, claro que tocou The Cure na rádio. foi uma música bem popular, que eu, inclusive, tocava no violão. (isso mesmo.) gente, esse tempo todo, essa era uma música sobre término, e eu nunca havia reparado!

daí, passei na casa de uma amiga, conversamos, ouvimos músicas e tomamos chá. depois, fui a uma baladinha. havia umas gurias bem interessantes, não sabia nem onde fixar o olhar. conheci uma que, aparentemente, já me conhecia. conversamos um pouco. ela é interessante, mas, não sei, ela não vai ser a primeira. não agora, pelo menos. ou, talvez, eu só estivesse louca por uma outra mina, que, né, não me dava nenhuma bola. talvez a conheça da Ayahuasca, ela parece muito familiar.

então, é isso. vamos lá, ver o que o universo guardou para nós neste glorioso dia de hoje.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

partindo


há umas bandas\cantores que me fazem sentir saudade de uma época em que não vivi.

a primeira vez que aconteceu foi há 20 anos. a banda era The Cure. fui apresentada pelo meu primeiro amor lésbico, a libriana rainha gótica hehe. ouvia sem parar. fui comprando um disco após o outro, decorando as letras. até aquela primeira viagem para São Paulo, com a melhor amiga. nunca vou esquecer-me daquele momento, no terraço da casa do amigo dela, eu, com minha camiseta predileta da banda, pintando o cabelo de azul.

nesses últimos tempos, é Raul Seixas. essa música tocou hoje, na rádio. não podia ser mais conveniente.

hoje, aliás, aproveitei meu dia de folga para fazer algo diferente. pulei da cama e corri para a aula de step. consegui fazer só 45min, quase morri. hihi

liguei para o salão, já resignada em terminar a tinta verde que tenho aqui em casa. só que fui procurá-la e, rá, havia acabado. liguei na loja e não havia mais dessa cor. tenho hora marcada para daqui a pouco, e olha a coincidência: não tem verde, mas tem aquela outra cor que eu tinha escolhido.

parece que o dia será hoje, então.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

desintoxicação

sabe aquela sensação de que você está sempre sofrendo por alguém? percebi isso esta semana..

alegria de viver não é para vir dos relacionamentos.. imagina, pôr toda a carga de tua felicidade na mão de outra pessoa?

dei-me conta de que estou há anos nesse ciclo.. meio que saio de uma relação e já emendo outra.. antes da última, tinha acabado de recuperar-me da anterior.. quer dizer, estava *começando* a recuperar-me.. aquele tinha sido o 2o final de semana em que me sentia bem.. não era hora de pular para outro.. a gente devia ter-se conhecido melhor primeiro.. talvez, evitasse algumas confusões com as quais temos de lidar agora..

e, eu sou sempre desse jeito mesmo, intensa, entrego-me completamente.. mesmo que a história seja toda errada.. sou essa romântica inconsequente, sabe? a pessoa lá, cheia de dedos, e eu fazendo planos para o futuro..

acho que, agora, com a consciência disso, vou poder selecionar melhor os objetos de meus afetos.. hehe chega de pessoas indisponíveis, difíceis de lidar, cheias de traumas..

li uma coisa bacana esta semana, que todo mundo tem um lado ruim e que devemos evitar escolher pessoas parecidas conosco nos aspectos sombrios.. precisamos de identidade nas coisas boas.. e é, aí, que a relação prospera, faz bem.. o que me fez lembrar as relações saudáveis que tive no passado, que foram assim..

terça-feira, 24 de maio de 2016

levanta

só vim aqui dizer que está na hora de parar de ser menina e começar a ser mulher. parar de fazer-se de fraca, de imitar a mãe. você não está deprimida, você está chateada com coisas concretas. que vão passar.

vamos lembrar de olhar Marte - que está lindo - no céu, resgatar essa força que existe, que está aí, latente, subutilizada. chega de drama, mulher. tanta coisa boa acontecendo, tanta gente linda esperando para ser conhecida, explorada. a vida é tão bonita, a gente tem tanto caminho a percorrer ainda.

vamos sair dessa situação mais fortes. vamos aprender muito com tudo isso. estudar é chato, cansa, nos faz perder prazeres momentâneos, mas traz tanta sabedoria, segurança e felicidade! vamos estudar a vida. chega de chororô.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

o sofrimento que a gente cria

o fim de semana não foi ruim. tive meus momentos, principalmente, ontem, no final do dia, ao voltar para casa. mas, acho que dá para dizer que o saldo foi positivo.

sábado foi dia da espiritualidade. domingo, de encontrar e conhecer pessoas. acordei cedo, animada para ir à promoção de uma de minhas (ex) lojas favoritas. não encontrei nada. haha  então, passei na padaria, comprei um monte de fritura e levei para o picnic das feministas no parque. estava passando uma bateria de samba. virou nossa música de fundo. soltamos bolhas gigantes de sabão. foi bem lúdico. hihi

de lá, fui almoçar no Piauíndia com uma amiga, que estava com visitas de Recife - entre elas, a escritora de um livro que li recentemente. confesso que a comida não me caiu muito bem (eu que não sou fã de comida indiana). mas fiquei feliz de ter ido, principalmente porque sempre quis conhecer esse tão badalado restaurante.

depois, participei de uma oficina de bambolê. gente, foi tudo de bom! todo mundo rindo, como criança.

daí, fiz umas compras. adquiri um vestido e mais algumas camisetas lindas.

mas, o grande momento, mesmo, foi sábado. conheci duas gurias que trabalham no Vale do Amanhecer, uma leonina e uma aquariana. achei-as super fantásticas e interessantes. a gente falou sobre relacionamentos e chamados espirituais. tive vontade de voluntariar-me para trabalhar no santuário. quem sabe não é meu chamado, com o sol na casa 8? ainda preciso pensar, mas confesso que não é uma ideia exatamente recente.

durante o trabalho, tive algumas reflexões bem produtivas - o que foi bem inspirador, depois de um mês e meio de ausência. acho que a mais importante (será?) foi a relativa a meu apego. percebi que sofro (!) de excesso de liberdade. tenho um emprego super estável, que não me demanda muito, mas que me proporciona todo o dinheiro de que preciso para viver e fazer minhas coisas. tenho um apartamento todo meu. minha família é distante, mora longe, ou seja, não tenho obrigações familiares. não tenho amigos muito carentes, desses que demandam muita atenção. a verdade é que, se eu resolver enclausurar-me durante uma semana (só indo trabalhar, claro), provavelmente, ninguém estranharia. e, percebi que não sei o que fazer com esse excesso de liberdade. 

a ironia é que eu mesma criei essa situação. lembro-me de quando me mudei para meu primeiro apartamento, depois que saí do pensionato. foi um período, digamos, meio dark (rsrs), em que resolvi não divulgar meu endereço nem meu telefone (era época dos telefones fixos..). passei muito tempo ´foragida´. até resolver voltar para o convívio social.

hoje, tenho tudo. tenho toda a autonomia, toda a liberdade de que preciso. e, vira e mexe, percebo-me inventando apegos, amarras. e, isso é muito louco. ser uma mulher livre que se sente prisioneira da própria liberdade.

domingo, 22 de maio de 2016

lei da atração

são altos e baixos. estou forçando-me a fazer coisas legais, para aprender a ser feliz sozinha. nos momentos de muita tristeza, resolvi brincar de mentalizar como quero que seja minha próxima namorada. por isso, começarei a transformar-me na pessoa que vai atraí-la.

o engraçado é que, no meio de todo esse caos, sinto-me bonita. tenho percebido o olhar das mulheres. isso é muito louco. como se sentissem em mim uma presa, pronta para o abate, sabe? hehe

talvez seja aquela coisa de, hmmm, sapatão recém separada, quem ela escolherá agora? sendo que, não, tudo que não quero é envolver-me com alguém neste momento. decidi tirar esse tempo para ficar só. quero curar-me o mais rápido possível, não quero correr o risco de cair em um relacionamento mais ou menos. quanto antes conseguir recuperar-me, mais rápido conseguirei ser feliz.

tanto é que decidi que só vou transar com a pessoa que será minha próxima namorada. vou guardar essa energia toda dentro de mim, para ter força para reconstruir-me.

vou cuidar de mim intensamente. vou cuidar do corpo, da mente e da alma. quero ser uma pessoa plena, segura e linda para ela. quero (vou) ter uma experiência de amor total, de entrega, de sentir-me livre para amá-la com muita intensidade e carinho.

nosso olhar vai prender-se por horas. a gente não vai brigar. a gente vai desentender-se, mas vai conversar e resolver as coisas com tranquilidade, abraçando-se, cuidando uma da outra. ela vai adorar meus amigos, as esquisitices que eu inventar de fazer com o cabelo, vai cozinhar comigo, assistir a um milhão de filmes na cama no fim-de-semana, vai querer passear com os gatos todas as noites em que estiver aqui, vai adorar que eu participe da vida dela, vai me contar o que acontece em seu dia, pedir opiniões sobre as coisas, a gente vai conversar sobre tudo que estiver pensando e sentindo. a gente vai ser aquele casal que todo mundo quer ser.

quero estar pronta para amar essa pessoa. eu quero ser o grande amor dela, quero que nosso amor seja transcendental, que a gente tenha a sensação de nos conhecermos de outras vidas. nossos mapas astrais serão sinástricos, nós seremos diferentes, mas complementares. vamos nos admirar e respeitar profundamente.

não vou aceitar nada menos do que isso. estou disposta a esperar o tempo que for necessário. quando me vir na rua com alguém, pode ter certeza de que se trata do amor da minha vida.

mas, claro que tenho conhecido gente. algumas pessoas até interessantes. o que me faz pensar que é o universo me testando. ou, quem sabe, essa mulher que procuro já está aí, que a gente até já se conheça e que nosso amor esteja só esperando o momento certo para acontecer?

sábado, 21 de maio de 2016

a volta a deus


o dia de ontem não começou tão bem quanto havia terminado o anterior, mas acho que dá para dizer que foi superado. cheguei cedo ao trabalho, tentei concentrar-me no que tinha para fazer. com a dificuldade, resolvi descer do prédio e dar uma caminhada. parei na Catedral de Brasília. ainda não me havia dado conta do quanto era perto. entrei lá, pela primeira vez em anos. acho que desde que vim conhecer a cidade, em uma viagem de infância. sentei-me no banco e desabei. foi catártico. até desconcentrar-me pelas vozes de um batalhão de crianças, que faziam excursão naquele momento. tomaram toda minha atenção, até diverti-me. e, bem assim, quando dei por mim, estava de bom humor outra vez.

voltei para o trabalho e já me esperavam para a reunião. o que a coordenava tinha tatuado, no braço, ´make good art´. achei tão inspirador! lembrei-me de meu plano de aprender a pintar. talvez seja um excelente momento para ir atrás disso, agora que os cursos de astrologia em conformidade com o ativismo quântico e de corte e costura já estão para começar. quero tentar ir nessa oficina amanhã, de manhã, só que será bem no horário do bazar de uma de minhas lojas preferidas.. :$  vamos ver se dá para conciliar. fora o picnic das novas amigas feministas, que me têm feito tão bem nestes tempos!

ontem, ainda consegui ir para a academia, fazer a aula de 1h inteira e sair super feliz, de bom humor. a tarde passou rápido, com as tarefas novas da manhã. daí, foi só o tempo de passar em casa e dar uma ajeitada no visual, ouvindo esse disco maravilhoso dos Raveonettes que o Spotify me indicou. decidi até mudar a cor dos cabelos, estou só esperando o verde sair. já sei qual será o novo tom, mas não posso contar ainda, é surpresa. hehe

vou tatuar os braços também e fazer, finalmente, a sobrancelha. deste ano não passa. é ano de oxalá, e minha revolução solar será em leão. a instabilidade e a tristeza desses últimos meses não fazem o menor sentido em relação ao que leio que o universo guarda para mim.

daí, passei na marcha contra Temer, que estava decepcionantemente vazia. deu um pouco de desalento, mas fiquei feliz por ter ido mesmo assim. depois, no jantar, esse amigo me encheu de elogios, disse que eu estava com um semblante bem sereno, mesmo dadas as circunstâncias. foi a 2a pessoa que me disse isso esta semana. de resto, das coisas que ele me disse, fiquei bem feliz em ouvir a opinião dele sobre eu ser uma pessoa muito alegre, que tem o poder de elevar a autoestima das pessoas. e foi, então, que tive a epifania de que, nos últimos meses, quando me diziam que eu colocava a autoestima das pessoas para baixo (coisa que eu nunca entendia como), na verdade, era a minha que era empurrada para baixo.

uma percepção bem dolorosa, mas que, de alguma forma, aliviou algum nó, propiciando-me uma ótima noite de sono. agora, é preparar-me, porque vou reencontrar minha querida Ayahuasca. quero absorver tudo que ela tem para me dizer. porque, quando ela me disse que eu precisava terminar meu relacionamento, eu virei as costas para ela. pois, agora, é momento de voltar lá, pedir desculpas e começar a exercitar minha gratidão.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

sem estômago

ontem foi um dia difícil, preciso admitir. voltei ao trabalho, achei que estivesse pronta. tive de dar umas voltas, descer na pracinha, sentar no banco, ver as árvores, sentir o vento, respirar.

fui para casa na hora do almoço, para esperar a hora da terapia. não conseguia comer. resolvi beber. bebi 4h de estômago vazio. fiquei visceral, emocionada, puxei o romantismo guardado lá no fundo e enviei mensagens e mais mensagens. disse o que estava engasgado. mexi bem fundo na ferida. ouvi as músicas.

à noite, fui encontrar uma amiga querida, certa de que levaria uma bronca. é muito legal surpreender-se com as pessoas. ela me fez tão bem, mostrou que devo ter paciência comigo.

minha ideia inicial era deixar toda a dor vir à tona, de uma vez, para conseguir superar mais rápido. mas, chega uma hora em que não dá, é demais. acho que esse momento aconteceu ontem.

hoje, acordei aos prantos, juntei todas as memórias e escondi em um canto do armário. não sei mais o que fazer com os planos para o fim-de-semana, mas decidi permitir-me mudar de ideia, se precisar, e deixar para decidir na hora, a depender de meu humor.

sabe, primeiro, arrependi-me das coisas que fiz ontem. depois, lembrei-me daquela ex, que brigou comigo quando expressei como me sentia nas redes sociais e não em mensagem direta para ela, depois que terminamos. não sei se teria mudado alguma coisa na nossa relação, mas guardei esse conselho. então, de certa forma, posso dizer que tudo que precisava foi dito. tudo que estive sentindo.

e, assim, o amor e o sentimento são nossos. a gente deve fazer o que quiser com eles. eu quis dar para ela. e o que foi dado não é mais meu. ela pode até jogar tudo no lixo se quiser. eu fiz porque precisei. e espero que isso ajude a curar-me.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

muita mesmo

o dia foi surpreendentemente bom. não consigo nem acreditar. até elogio ao cabelo ganhei.

não deu para tomar banho de piscina, porque, né, choveu outra vez. três dias de chuva. foram necessários, tenho certeza.

tenho encontrado amor em outros lugares. acho que estava bem carente disso. até chorei com o cara surdo, quando, por dois reais, me deu um coração e a lua. tenho andado sensível (oh, novidade). tenho-me descoberto uma pessoa romântica. dessas que acreditam em amor eterno. que boba que sou.

muita gratidão.

terça-feira, 17 de maio de 2016

dá sim

a verdade é que podia ser bem pior. mas, já tenho um plano. o de amanhã é ir ao Parque Água Mineral. o outro, que é o principal, é passar um fim de semana inteirinho sozinha. não poderá ser este, por conta dos compromissos já assumidos. mas, o próximo. é bom ter uma data. quero ficar só, cuidar da casa, cozinhar todas as refeições, brincar com os gatos, baixar filmes, ouvir música. gente, ouvir música. um prazer tão simples!

hoje, fui visitar a possível nova academia. ela fica encostada no Parque e tem uma super programação de corrida. nossa, corrida, o novo esporte de meu coração. e fica tão perto de casa, que é o mesmo trajeto de bicicleta até o parque. que, aliás, esteve lindo hoje. estou descobrindo essa paixão em mim.

nestes dias, também, tenho descoberto o valor de algumas amizades. não me deixaram só nem por um minuto, nem por uma noite. até rivotril ganhei hoje. haha nunca tinha tomado e foi, tipo, amor à primeira vista. que sensação de paz! fiquei com vontade de inventar algum mal, para conseguir uma receita com um psiquiatra. hoje, pelo menos, consegui novas receitas do remédio para dormir, o qual havia terminado na fatídica noite de sábado para domingo. achava que me livraria de mais essa química. acho até que vou, mas, talvez, este não seja o melhor momento.

vou só esperar terminarem o macarrão em preparo, que sinto que será delicioso, para tomar a droguinha e dormir. não sei explicar bem, mas estou sentindo-me tranquila. as coisas estão acalmando-se. deve ser o novo projeto. estou tão empolgada que não pareço eu mesma. e isso é maravilhoso.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

me empurra

esse remédio tem-me deixado enauseada. e será isto por 14 dias. ca-tor-ze. mas, tudo bem. algo para ajudar meu plano de diminuir a bebida. o ruim é a dificuldade até de comer. mas, fazendo o jogo do contente, vamos comer menos e cortar o álcool. vou aproveitar que até a academia está ajudando esse plano, mudando as aulas da hora do almoço. já estava cansada do body pump (amo a aula, mas ficava sem paciência para algumas mulheres competitivas da turma, sem contar o vídeo de nós treinando que publicaram no facebook e que me matou de vergonha.. :$). as aulas de corrida estavam chatas, acho o professor desanimado, as músicas são sempre as mesmas. até que, esta semana, desmarcaram um almoço comigo e arrastei-me até a academia, até deparar-me com nova professora de corrida. nossa, me joguei, fiz duas aulas seguidas. daí, descobri que, nos outros dias, há aulas de jiu jitsu. confesso que nunca me vi fazendo essa luta, mas por que não, né?

percebo que preciso de novidades na vida, de tempos em tempos. a academia mostra bem isso, essa necessidade de sempre mudar de atividade. comecei com o tênis, depois, veio o spinning, depois, a natação, agora, a corrida.

esta semana, decidi começar a meditar. dei uma enjoada do Daime e tenho sentido necessidade de conectar-me comigo mesma. convidaram-me para a Umbanda, mas sinto que ainda não é a hora. não consigo mais nem ouvir as músicas e os mantras. vou tentar essas meditações guiadas. são só 10 minutos por dia. o que ainda não consegui começar, porque, né, esta semana foi caótica. foi.

tudo parece estar reorientando-se. estou mega interessada na física quântica. quero começar a estudar já. só de ter acesso a ela, parece que as coisas já começaram a mudar. é muito louca essa história de fazer a energia vibrar do jeito que queremos. é tão importante ter consciência das coisas. preciso seguir o conselho da astróloga, de parar de inebriar-me e prestar atenção na vida. caso contrário, nunca sairei do lugar. leão e escorpião são signos fixos. mas eu não. vamos repetir isso todos os dias.

terça-feira, 12 de abril de 2016

voltei a respirar

uma coisa tão simples: cortar o café. acabou a ansiedade. acabou a *necessidade* de beber. porém, a angústia existencial permanece. tento não pensar nela. na maior parte do tempo, funciona.

ontem, passei por uma provação. fui ao bar com uma amiga porque estávamos com desejo de comer empada. hehe  sentamos e pedimos suco de laranja. quem imaginaria. ainda pedi uma garrafa d´água. novos tempos esses.

assisti a um filme lindo, 45 anos. sobre um casal inglês que comemora as bodas de 45, com aqueles dramas básicos do relacionamento. muito lindo e sensível.

agora, é a contagem regressiva para viajar. sonhar com a praia, tirar os biquínis da gaveta, afofar muito os gatos e pensar que, em 3 dias, ficarei rolando em casa, arrumando gavetas. hehe

quarta-feira, 6 de abril de 2016

anjo da guarda

depois dos dias loucos que foram as últimas semanas, fiquei doente. acho incrível isso de a adrenalina manter o corpo alerta, com tudo funcionando em situações de crise e mudanças. daí, é só você relaxar que a imunidade vai lá para baixo.

essa amiga me dizendo que eu estava muito calma para o que estava acontecendo. acho que só cansei mesmo. cansei de agir sempre da mesma maneira e não chegar a lugar nenhum. estava tão cheia disso que estava disposta a largar tudo. que bom que não foi preciso.

até de trabalho mudei. a vida está tão mais leve. tanto que nem é sacrifício tão grande vir trabalhar doente. claro que meu rendimento caiu, mas não queria arrumar um atestado logo no começo. as pessoas são tão legais, quero passar boa impressão.

enquanto isso, estou dando uma pausa na academia e assistindo a todos os filmes gravados. o ruim é que o apetite volta, estando mais tempo em casa. mas não vou desviar-me do projeto de recuperar a saúde. hoje mesmo, decidi que vou arrastar-me até o mercado, comprar frutas e legumes. a vida e os planos não podem parar.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

shiva tomando conta


enquanto não consigo tomar a decisão - protelada há quase um ano - sobre a carreira, resolvi ocupar meus dias (no caso, as noites). hoje, era o ´grupo´ de bicicleta, que acabou sendo desmarcado por causa da chuva. entrei em um pequeno pânico. estava morta de cansada, do fim de semana, mas já havia entrado na energia da história. então, decidi retomar o projeto costura. ia dar uma customizada nas camisetas novas. porém, descobri que joguei fora o cabo da máquina de costura. pois é, fiz isso.

enchi a luminária grande de lâmpadas, para ver se a luz (ainda que artificial) melhora o clima aqui. claro que descobri, de quebra, uma caixa de cerveja esquecida na despensa. como o congelador é eficiente, transformei esta segunda em dia de ouvir hinários e beber cerveja - sem churrasco desta vez. meu ciclo novo.

a verdade é que ainda estou exausta de ontem. o fim de semana foi até bem tranquilo, com o documentário da Amy, comidas boas e amor. domingo foi dia de ritual, que parece que fica mais intenso a cada dia que passa. ontem, por exemplo, eu descobri deus.

daí, chego em casa e sou recepcionada pelo gato grande, o que é algo bem incomum. nada de o gato pequeno aparecer. não entrei em pânico, pois ainda estava na força. vasculhei toda a casa, pensando que podia estar machucado em algum canto. dali, peguei o elevador até o sexto andar e fui chamando-o de andar em andar. desci. o porteiro havia-o visto saindo pela portaria. examinamos o jardim e lá estava. ainda participei de breve perseguição, até que conseguimos subir a salvo. o susto foi sendo percebido aos poucos. sinto os efeitos ainda agora.

minha (ex)psiquiatra matriculou-se em minha aula de body pump. foi um pouco desconfortável. acho-a esquisita, sempre achei.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Buda com churrasco

foi uma semana tensa. incluindo resgate emergencial de amiga e telefonemas indevidos. que culminou em um fim de semana intenso. que começou com a exposição Comciência do CCBB - da qual, aparentemente, fui a única a não gostar - e terminou em tirar atrasos.

no sábado, o carro resolveu estragar (sim, novamente..). foi consertado. saí para jantar. muuuuuitas conversas, muitas cenas e mais atrasos tirados..

no domingo, o carro estragou. rá. foi consertado (e continuará sendo - não adianta, universo, não vou render-me). fui à cachoeira. chorei catarticamente embaixo da água. fui almoçar. à noite, conheci um café novo, francês, na Asa Norte. dividi uma garrafa de vinho. quando pensava em pedir comida, avisaram que o estabelecimento fecharia, portanto, toda a padaria estava com 50% de desconto. nem acreditei. pedi tudo que me interessou, para chegar em casa, jantar uma fatia de torta de pêra e ler a mensagem mais linda dos últimos meses. teria fechado lindamente o fim de semana se a diarista nova não tivesse desmarcado outra vez. foi uma noite de pesadelos. mas sem remédios. tive até orgulho.

não vou cair. não vou, não vou.

hoje, estou fazendo churrasco em casa. haha  fritando umas linguiças na air fry, farofa, cerveja. mas, em vez dos pagodes, mantras budistas. porque sou dessas. estou tentando. e tendo paciência comigo mesma.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

grama verdinha

amei o consultório. o local é de difícil acesso, fica longe do trabalho, portanto longe da academia (que é para onde vou depois), é difícil de estacionar (e é difícil de chegar de ônibus), é difícil de passar na catraca (o teclado para a senha dá problema), o lugar é apertado, cheio de gente, a sala é pequena, quente, desconfortável. ela é tosca, mais velha e mulher. exatamente como eu queria. nem acreditei.

acordei com dor em dedos aleatórios (desses que não se usam para nada.. será?) e nas panturrilhas. não entendi. deve ter sido algo durante a noite. essa, como as últimas sete, que foram superadas com remédios, esses que quero\vou largar. estavam lá na mesa de cabeceira. a última caixa. mesmo. promessa.

exercício de paciência e resiliência. não sei onde dará, se será bom, mas preciso experimentar. essa consciência que me tomou nessas últimas semanas, mesmo com substâncias (álcool, remédios), veio dizer alguma coisa. sinto isso.

a grama do vizinho é mais verde. foi o que ela disse.

esbarrei nessa colega de trabalho no mercado. ela estava lá, naquele desânimo habitual, com duas crianças jogando-se no chão, correndo. tentou pedir ajuda a eles para descarregar o carrinho. aquela mulher linda. toda apagada. inclusive, foi uma das pessoas de quem fiz o mapa astral. casou-se muito cedo, teve filhos, está em cargo comissionado. não consegue ir atrás de seus sonho, que é estudar para concurso.

senti-me mal com meus problemas. pensei em por quantas batalhas não passam as pessoas a nossa volta. pensei nas amigas do Daime. nas histórias de sofrimento que tenho ouvido.

todxs sofremos, de um jeito ou de outro. preciso parar de pensar em suicídio. essa energia não vai acabar. existindo reencarnação ou não, tudo vai para algum lugar. como as dívidas que passam dos de cujus para os descendentes. é injusto. ninguém tem culpa. por exemplo, os gatos não têm culpa.

tenho refletido sobre isso. que, se minha vida é chata e sem sentido, a de todo mundo é. a felicidade é sempre tão efêmera. minha única paz é com o chá e minhas corridas. acalentam o coração.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

sonhando em ser planta

podia estar descansando depois de um dia de trabalho, mas estou ouvindo um disco budista, chorando, cozinhando e arrumando a casa. comprei ganchos para consertar os sutiãs (que nem sei mais se têm conserto). comprei potes e óleos essenciais para meus (não) xampus. comecei a terapia. fui a uma entrevista de emprego. troquei as bocas de jacaré (adoro esse nome! haha) para as prateleiras daqui de casa. só falta achar a coragem para pegar a furadeira e pregar tudo. fui à academia. almocei sushi. odeio minha vida. encomendei três camisetas - uma delas de raposa <3

lavei minhas sandálias. piquei um quilo de batata. ganhei um texto chamado ´Onde a ciência e a religião se chocam´. chorei na terapia, chorei em casa, chorei no carro, chorei na rua. estou apaixonada pelo disco novo.

senti muito tesão no ritual de ontem. ao mesmo tempo em que me esquivava de pessoas com essa energia. talvez fosse eu, talvez as pessoas só me sentissem. a novata do meu lado não parava de me fazer perguntas. e eu só queria ficar em silêncio. nem na fogueira consegui ficar. foi a primeira vez, na semana, em que conseguir deitar, de olhos fechados, e sentir paz. pena que acabou tão rápido. quase chorei quando terminou. queria morar lá. agora, acho que entendo essas pessoas que largam tudo e mudam-se para um templo, mosteiro ou sei lá.

quero transformar minha casa em um jardim. deixar a natureza tomar conta. como no filme a que assisti, sobre a paisagista de Versailles. mexeu comigo o pensamento de que a natureza é a religião mais universal. preciso perguntar para essa pessoa quem foi que desenvolveu essa ideia. vou cobrar direitos autorais.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

a vida segue porque precisa

daí que deu certo. trabalhei, atualize-me sobre o Carnaval dos colegas. fui atrás das pendências a resolver. assistir a uns canais de Youtube que sempre me põem para cima. fui ao super, fiz a unha, li um pouco, desci com os gatos, terminei de ver um filme.

encontrei amigos no almoço e no super. fiz uns telefonemas. conversei sobre as coisas que aconteceram, que ainda estou tentando processar. convidaram-me para um retiro na Chapada, com Dalai Lama. será caro, mas confesso que fiquei bem tentada.

a hora de dormir é sempre a pior. ficava com sono, fechava os olhos e vinham imagens que queria evitar. depois de duas horas de fracasso, apelei, bem a contragosto, aos remédios. acordei na angústia de sempre, mas consegui dormir, pelo menos. apesar dos sonhos.

a agenda para hoje já está cheia. tentarei manter-me o mais ocupada possível. e sair mais arrumada e maquiada, até para trabalhar. ver se melhoro, pelo menos, o visual, já que não estou conseguindo comer mesmo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

detox

o negócio é manter a mente ocupada. finalmente, a diarista veio. é o fim das duas semanas de sujeira de obra enquanto eu passava férias em casa. aproveitar o tempo livre meio imprevisto para terminar o trabalho de reorganização da casa. parece que as mudanças estão por vir.

não houve minha aula de quarta-feira na academia. mas não estou queixando-me, pois tudo dói, depois desse Carnaval intenso. muito ciúme, barraco, álcool. só não reclamo porque espero que as reflexões que se impuseram em consequência rendam frutos. havia coisas ruins que precisavam de uma remexida. espero que para o bem.

vamos atualizar as notícias de jornal, fazer a unha, resolver as últimas pendências. domingo tem ritual. sábado tem café da manhã de aniversário. quem tem uma ideia dessas? hehe  farei o possível para não faltar.

hora de desintoxicar. o corpo, a mente e o coração.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

shiva

isto pode parecer uma publicação sobre término. mas é sobre amizade. sobre as pessoas que apareceram neste momento. sobre quem ficou. sobre o que disseram, o que fizeram. alguns sem nem saberem. sobre comprometimento comigo mesma. sobre acolher as falhas. aceitar quem eu sou, com toda a dualidade. com tudo errado que sou. com o amor que existe, a vontade de expressar. com todos os erros. com todas as pessoas que conheci hoje. com a guria que me deixou em casa (um anjo). sobre todas as pessoas que conheci hoje. sobre todas as pessoas que encontrei. o Júnior, do Vale da Lua. a amiga que pagou uma rodada de cerveja para comemorar seu aniversário. os amigos que encontrei no final. o amigo que me chamou para jantar, quando tudo terminou. os amigos que me levaram até lá. a amiga que voltou de viagem e para quem disse, pela primeira vez, que a amo (ainda nem acredito que esta foi a primeira).

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

férias, Carnaval e outras efemérides

o bloquinho de ontem realmente surpreendeu. além da característica pacífica, foi divertido, engraçado, mas acho que a companhia sempre afeta nosso julgamento. fui com essa amiga distante, que passa por processos parecidos com os meus, só que com sucesso. haha

hoje foi dia de finalizar a obra (graças à fé no destino), choraaaaar, escrever cartas de amor não enviadas, limpar a casa, porque, né, diarista resolveu não vir (não estou reclamando, já aceitei que o universo tem planos distintos dos meus para as férias), ir ao mercado e preparar um peixe para a janta (são 17h e estou preparando o jantar, até porque, se houvesse hora certa para jantar, não estaria de férias - é isso que me resta de autonomia, veja só), uma super salada, arroz integral, cerveja e promessas de mais diversão para esta noite.

fora o whatsapp, que nunca esteve tão ativo quanto hoje - por minha iniciativa: se fosse para ficar em casa sozinha, pelo menos, poderia pôr a culpa nos outros. o que creio que não será necessário. :)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

férias?

não, você na faz ideia do que foi meu dia hoje, o primeiro das férias. acordei às 5 da manhã, sem razão nenhuma, e passei mais umas 3 tentando voltar a dormir. tomei banho, preparei o café, choreeeeei (porque sou dramática), fui à academia, deixei o carro no conserto. ainda consegui assistir a um filme (maravilhoso, por sinal - Mistress America), até que o encanador chegou. acho que o vazamento está consertado (espero!). enquanto ele trabalhava, peguei um táxi até o mecânico. parece que o carro deu certo. agora, só falta finalizar o acabamento do banheiro. espero muito que seja só isso e que se resolva amanhã. a diarista vem. tomara que terminem tudo antes de ela ir embora.

tinha imaginado outra coisa para estas férias, o que incluía ficar em casa, organizar a vida. mas, o que fazer, não consigo ler nem fazer mais nada produtivo, já são 19h30. então vamos para o Carnaval.

que era, na verdade, a última coisa que queria fazer. achei tão baixo astral ontem. gás de pimenta, pessoas com energia pesada. é engraçado esse lado meu que o Daime tem exacerbado. há pessoas que têm um cheiro (ruim) tão característico que sei que elas estão por perto antes mesmo de vê-las. tomara que não estejam lá hoje.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

desengasgando

muitas emoções nesse fim de ano.. mas só falarei das boas.. rs

recesso é sempre maravilhoso. começou com o Natal com ceia inusitada (e muito conveniente, diga-se de passagem) com carne de cordeiro. depois, festa à qual cheguei às 4h30 da manhã. saudades desses tempos.

no dia 25, mais cordeiro e encontro com um dos amigos mais queridos, que estava de passagem pela cidade. conseguimos conversar por 7h seguidas!

no domingo, testamos nova receita de macarrão caseiro, com farinha integral, que deu super certo.

os outros dias da semana usei para consertar coisas em casa. deu até um alívio.

o Réveillon foi na Chapada, em uma casa com 11 pessoas, das quais só conhecia uma. fiz amizade instantaneamente, convencendo 5 pessoas a ir junto a uma cachoeira. hehe

foram vários dias de cachoeiras, incluindo a volta às Almécegas, com aquela trilha monstra, mas com o prêmio de passar a tarde em um de meus lugares favoritos. no geral, foi bom para dissipar um pouco da carga energética estancada. consegui falar coisas que estavam meio engasgadas. aconteceram uns momentos até bem tensos, mas, mesmo assim, acho que dá para considerar o saldo como positivo.

o difícil é sempre voltar - à cidade, à rotina. ontem foi um dia muuuuito lento, mal consegui trabalhar. o bom é que ainda há gente de férias, o que significa disponibilidade para saidinhas. já que não vou conseguir estudar - estou atolada de trabalho acumulado -, vamos descobrir o que há de bom para fazer por aí.