quarta-feira, 29 de novembro de 2017

tarô irritado

uma semana de paz no meio do turbilhão. dei aquele ultimato de cão raivoso. a pessoa tá lá, pensando (ou não).

e eu, tentando acalmar-me.

nesse ínterim, descobri um novo ilê. já marquei minha (primeira) consulta a búzios. a festa já tem data. é do orixá da casa, que, inclusive, nem conhecia. terei de ir.

para treinar, tenho jogado tarô todos os dias. o tarô não me aguenta mais. comecei a alternar os baralhos. mas já percebi alguns padrões - de cartas que se repetem. e, também, de o tarô falar sobre coisas absurdas (estudei que ele faz isso quando está ´irritado´ - tipo, menina, já disse o que tinha de dizer, agora, vou começar a despejar qualquer coisa aqui, até você parar).

preciso de baralhos novos.

enquanto isso, recuperei meu projeto principal e estabeleci a meta de escrever a cada 2 dias (porque preciso de um dia a mais para revisar, arrumar o vocabulário, incrementar as referências, coisas assim).

voltei a sentir-me inteira. com os textos irritados, o tarô irritado. e mais arte na vida. gente, o que é teatro na vida de uma pessoa.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

apanhando com amor

apaixonar-se, ser correspondida, namorar, tudo isso é muito bom. mas produzir, ir atrás dos sonhos também.

tenho refletido sobre a ideia de que há pessoas que não são ansiosas, mas animadas mesmo. desde que me entendo por mim, sou assim.

este ano, particularmente, passei muito tempo apagada, introspectiva, em silêncio. é como se os últimos meses estivessem agindo como compensação. é difícil, muito difícil dormir, estou sempre cheia de ideias, anseios, projetos, paixões.

vira e mexe, nos metemos nessas imbricações emocionais. acho que fazem parte da vida mesmo. inclusive, têm funcionado como momentos de grandes questionamentos, de verificar a distância do discurso para a prática.

tenho sentido minhas sombras bem fortes. antes, pela auto-observação. agora, pela reação das pessoas a minhas atitudes.

é muito difícil ser responsável o tempo todo. mas esta é a vida e o corpo que temos. o que você joga volta para você. tô entendendo. tô recebendo.

sinto que o importante é atravessar os processos com consciência. avaliar os prós e os contras. e fazer o que sugere a intuição. se as coisas não resultarem tão bem, pelo menos você fez o que quis.

aqui jaz. fez sempre o que quis.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

awful


você disse que nunca havia se relacionado com uma leonina. pois vou te explicar.

depois daquele ´tapa na cara´, que me derrubou, sim, levantei, arrumei o cabelo e continuei andando. porque a vida segue. e, assim, em algumas vezes, a gente sobe, em outras, a gente desce. e, ontem, é verdade, fui lá embaixo. entrei em contato com meu diabo. mas, não, não por sua causa, entendo isso. existe nosso carma. quantas vezes não fui essa pessoa que você foi. sei que tudo que aconteceu e está acontecendo comigo é meu. mas, olha, até pra mim, hoje, foi demais. você pode sair distribuindo afetos para quem você quiser. mas não me venha oferecer migalhas. e ser condescendente. pode não ter ficado muito aparente pelo meu semblante calmo e pela voz tranquila, mas essa fui eu sendo descontrolada. e eu só falei aquelas coisas todas porque eram as únicas que eu podia te falar. porque a gente se conhece muito pouco. e achei muito palha a forma como você está lidando com o ´final´ (com o qual, obviamente, ainda estou tendo dificuldades).

foi rápido demais. preciso de tempo, para apreender, entender e reagir. e, olha, eu estava quieta aqui, cozinhando nossas batatas. e me doeu muito a forma como você agiu. daí, ao mesmo tempo em que me senti exitosa por conseguir te atingir, me doeu te ver chateada. porque, até então, estava de boas em te ver esperneando e tentando me magoar. com muito sucesso, por sinal. mas eu estava levando.

confesso que pensei em guardar a resposta por mais uns dias, refletir melhor. mas a lua estava quase saindo de câncer. não teria momento tão bom nos próximos 28 dias. e foi isso.

obrigada por tudo. sinto muito. sinto amor. me perdoa. tuas roupas estão aqui, passadinhas.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

precisando de ar

acordei chorando. sonhei com automóveis, como sempre. saía do bar com as amigas. elas 3 indo em uma direção, eu em outra. não encontrei o carro. chamei o Uber. entrei, mas o motorista não se mexeu. ele tinha um ajudante, que combinava carona com outras pessoas. olhei para o motorista, ué, cheguei primeiro. ele assentiu, mas, com o olhar, expressou que não poderia fazer nada a respeito. era a segunda vez que isso acontecia.

foi a segunda vez que isso me aconteceu este ano, percebo. li, outro dia, que experiências em dupla simbolizam a totalidade.

passei por dois relacionamentos com pessoas que tinham a mesma questão. depois de cada um, fui rejeitada por duas pessoas diferentes da mesma maneira. mas o que todas as 4 tiveram em comum foi escorpião: mercúrio, ascendente, lua e sol. ainda não decifrei a mensagem, mas já vislumbro os padrões.

o carro, que é a carta com que mais sonho. as imagens duplas. escorpião. e minha indecisão.

acabei de ver minhas progressões para este ano: stellium em libra - vênus, mercúrio, marte e plutão. ascendente em aquário. não sei por que não vi antes.