segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

doze

não entendo. de verdade. aquele filme já estava marcado, para ver com essa amiga. perguntei se você queria ver-me depois. você me deu um "talvez". o filme terminou à meia-noite e meia. não tive coragem de te telefonar àquela hora.

no sábado, havia a confraternização. estava marcada já há semanas. então, te perguntei se você queria ir ao cinema no domingo. você disse "talvez".

no domingo, você me perguntou se iríamos mesmo ao cinema. confirmei. você queria ver o filme que vi na sexta. e, fica furiosa por ter-se guardado para vê-lo comigo. sendo que isso não havia sido combinado. nem teria como. você criou essa expectativa. nosso compromisso era de "talvez" ir ao cinema. e, assim, vendo o quanto você ficou transtornada com a situação, ainda me dispus a ir ver de novo, contigo. mas, você não quis. e, me xingou. e, descobriu que me odeia.

assim, na verdade, até entendo. era só o pretexto. ainda que completamente forjado.

só achei que não precisava. não precisava receber aquelas 12 mensagens. doze. me esculhambando. porque fui ver o filme com minha amiga. que, inclusive, você conhece. cujo nome só não mencionei porque, você sabe, sempre que você se envolve com alguma amiga minha (ou amigo), alguma coisa de ruim acontece comigo.

e, foi isso. passei a semana passada inteira tentando conversar. você aparece no dia com mais de uma hora de atraso, bêbada. daquele jeito.

você não queria conversar. você não queria resolver a situação. você só queria parar de me ver. pronto, conseguiu. mas, né, não precisava ser assim. era só dizer: oi, sinto muito, não dá mais, não estou dando conta. seria doloroso da mesma forma, mas um pouco mais elegante, sabe? inclusive, mais honesto. até mais maduro.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

depressão de fim de ano

não é minha culpa que a pessoa não gosta de mim, sabe? você estava lá, você viu que não foi nada do que eu fiz, nem cheguei a ser desagradável. só discordei da pessoa. porque ela estava errada. e, você sabe disso. sei que você sabe. agora, que tipo de pessoa vira para ti e diz "sabe, gosto mais dela do que de você." quem diz isso? imagina a cena, você sentada com duas amigas e diz para uma que prefere a outra. que comentário é esse. não tenho culpa se a pessoa gosta mais de uma amiga do que da outra. aliás, isso ocorre naturalmente. também tenho minhas preferências.

sei lá, talvez seja a tal da teoria da amiga-enfermeira confirmando-se, de que pessoas inseguras sentem prazer em minar a autoestima de pessoas seguras. nesse caso, não só isso, como deixá-la extremamente desconfortável durante 3 longos dias. minha sorte é que, sabe, todos os amigos da pessoa gostam de mim e fizeram de tudo para compensar aquela baixaria do bar, mesmo sem saber.

e, sim, fui e beijei a guria. já havia sido xingada por algo que nem havia feito. mas, vamos deixar claro que isso aconteceu depois de eu saber que, rá, não sou a amiga favorita. oras, você tampouco é o meu. e, essa mágoa que sinto é proporcional ao tanto que havia gostado de ti. vá ser amargurado. eu, pelo menos, estou tentando sair da minha. sem muito êxito, sabemos. mas, vai que.