segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

doze

não entendo. de verdade. aquele filme já estava marcado, para ver com essa amiga. perguntei se você queria ver-me depois. você me deu um "talvez". o filme terminou à meia-noite e meia. não tive coragem de te telefonar àquela hora.

no sábado, havia a confraternização. estava marcada já há semanas. então, te perguntei se você queria ir ao cinema no domingo. você disse "talvez".

no domingo, você me perguntou se iríamos mesmo ao cinema. confirmei. você queria ver o filme que vi na sexta. e, fica furiosa por ter-se guardado para vê-lo comigo. sendo que isso não havia sido combinado. nem teria como. você criou essa expectativa. nosso compromisso era de "talvez" ir ao cinema. e, assim, vendo o quanto você ficou transtornada com a situação, ainda me dispus a ir ver de novo, contigo. mas, você não quis. e, me xingou. e, descobriu que me odeia.

assim, na verdade, até entendo. era só o pretexto. ainda que completamente forjado.

só achei que não precisava. não precisava receber aquelas 12 mensagens. doze. me esculhambando. porque fui ver o filme com minha amiga. que, inclusive, você conhece. cujo nome só não mencionei porque, você sabe, sempre que você se envolve com alguma amiga minha (ou amigo), alguma coisa de ruim acontece comigo.

e, foi isso. passei a semana passada inteira tentando conversar. você aparece no dia com mais de uma hora de atraso, bêbada. daquele jeito.

você não queria conversar. você não queria resolver a situação. você só queria parar de me ver. pronto, conseguiu. mas, né, não precisava ser assim. era só dizer: oi, sinto muito, não dá mais, não estou dando conta. seria doloroso da mesma forma, mas um pouco mais elegante, sabe? inclusive, mais honesto. até mais maduro.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

depressão de fim de ano

não é minha culpa que a pessoa não gosta de mim, sabe? você estava lá, você viu que não foi nada do que eu fiz, nem cheguei a ser desagradável. só discordei da pessoa. porque ela estava errada. e, você sabe disso. sei que você sabe. agora, que tipo de pessoa vira para ti e diz "sabe, gosto mais dela do que de você." quem diz isso? imagina a cena, você sentada com duas amigas e diz para uma que prefere a outra. que comentário é esse. não tenho culpa se a pessoa gosta mais de uma amiga do que da outra. aliás, isso ocorre naturalmente. também tenho minhas preferências.

sei lá, talvez seja a tal da teoria da amiga-enfermeira confirmando-se, de que pessoas inseguras sentem prazer em minar a autoestima de pessoas seguras. nesse caso, não só isso, como deixá-la extremamente desconfortável durante 3 longos dias. minha sorte é que, sabe, todos os amigos da pessoa gostam de mim e fizeram de tudo para compensar aquela baixaria do bar, mesmo sem saber.

e, sim, fui e beijei a guria. já havia sido xingada por algo que nem havia feito. mas, vamos deixar claro que isso aconteceu depois de eu saber que, rá, não sou a amiga favorita. oras, você tampouco é o meu. e, essa mágoa que sinto é proporcional ao tanto que havia gostado de ti. vá ser amargurado. eu, pelo menos, estou tentando sair da minha. sem muito êxito, sabemos. mas, vai que.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Barbatuques

o amor, a carência, as mudanças, o estudos, o melhor vinho, horas gastas na academia e a insônia. os contatos para a próxima viagem, os elogios inusitados, um soldado israelense (taurino, obviamente), o pesadelo de ontem, as  saudades infinitas e o amor verdadeiro, não convencional, eterno e puro.

eu sinto, você sente.

os aniversários, os almoços nos finais de semana, os desencontros, o sono profundo de noite, que me tem impedido de sair. a sensação de dever cumprido, o trabalho bem feito, a expressão de satisfação do chefe, a surpresa da taurina-7 (ou-sei-lá-que-número) quando saí do armário (para ela), a vizinha do andar, oferecendo gelo e ferro de passar roupa (!), às 2 da manhã (!) - ou sempre que você precisar, como assim, nunca nos vimos antes -, baixar todas as músicas do Lollapalooza - para conhecer bandas novas, por que não.

a cantada na rede social, com aquela música extremamente vulgar que você adora. mas, não gostei da foto. beleza é tudo, tudo mesmo. o que seria do mundo sem a beleza, sem a admiração, sem a vontade de olhar, de estar perto.

vamos ver só as coisas boas, só a parte bem sucedida da prova, só o que deu certo. o resto, o resto ignoramos. altivamente. porque ninguém merece ser infeliz. não por vontade própria. eu acho.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

frágil e egocêntrica

você vende teu computador para a pessoa. daí, a pessoa te revela que você se esqueceu de apagar vários arquivos pessoais. e, ainda, tira sarro de alguns sites favoritos que você havia marcado.

você encontra a pessoa e pergunta se ela não poderia simplesmente apagar teus arquivos em vez de ficar mexendo neles. a pessoa diz que fará quando tiver tempo. você pergunta quantos minutos ela vai gastar com o COMMAND + A e o COMMAND + DEL. ela não responde.

uma semana depois, vocês se encontram, e você consegue convencê-la a deixar que você mesma apague os arquivos. ela te alerta para você não apagar as pastas dela. você seleciona as tuas pastas e apaga os arquivos.

daí, a pessoa se dá conta, tarde demais, que foi algum arquivo importante de trabalho no bolo. você tenta acalmá-la e sugere um programa de recuperação de dados. a pessoa está tão transtornada que não consegue nem baixar o programa e pede tua ajuda. você instala o programa e pergunta qual era o tal arquivo do trabalho, mas a pessoa não se lembra nem do nome do arquivo, nem da pasta onde estava, nem do tipo de arquivo (!) e te dá ordens de recuperar de volta todos os arquivos apagados. você explica que não recebe ordens. ela pede por favor. você pergunta, mais uma vez, qual é o arquivo que está faltando. ela não te responde e, novamente, te manda recuperar todos ou vai levar o computador no técnico. então, leve no técnico.

daí, a pessoa começa a gritar e te chamar de egocêntrica (!). você avisa que, se ela não parar de gritar, vai colocá-la para fora da tua casa. daí, a pessoa joga uma cadeira em cima de ti (!).

e, eis que essa foi a segunda vez em que fui agredida fisicamente esta semana. devo estar com aparência de frágil. quer dizer, agora, mancando e com o lábio superior cortado, com certeza.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

sexo com amor

o trabalho, agora, é desapaixonar-se. em outra cidade, não dá. sabia que isso poderia acontecer, mas, sinceramente, não achei que fosse. fazia tanto tempo que não nos víamos. sei lá, as pessoas mudam muito com o tempo. estava mesmo pessimista. mas, ai, tinha esquecido o quanto ela é alta. daí, veio a forma como ela pegou em mim, para me desviar de um buraco na calçada. tive arrepios. fiquei repetindo para mim mesma para não relaxar. se acontecer alguma coisa hoje, será só diversão.

daí, vem o "senta aqui do meu lado". daí, não aguentei. comecei a responder. só que veio esse assunto tenso, dessa amiga em comum, ela lá, desflorando o rosário, e eu tentando ser compreensiva e ouvir, ainda que não estivesse em condições de dar bons conselhos (em parte, por causa do álcool), só conseguia prestar atenção no quanto ela é fofa, como fala de um jeito fofo, como eu a queria naquela hora. só que nada.

em algum momento, todo mundo resolveu mudar de mesa, vamos para uma menos isolada, para ver o povo. e, foi assim que, enquanto ela foi ao banheiro, a amiga dela me beijou. e, nossa, rolou uma super química. claro que tive de perguntar para ela se concordava, depois dessas duas experiências que me provaram que química é algo surpreendentemente unilateral.

só sei que ela volta do banheiro e puxa a amiga em um canto, para uma DR. não entendi nada. achei que ela não estava mais a fim, sei lá, já tinha desistido mesmo. daí, elas voltam, ela se senta do meu lado e me beija. e, só. "eu só faço sexo com amor."

e, só, nada. ela, aparentemente, está furiosa comigo. tentei explicar que não teria beijado a amiga dela se soubesse que ela estava a fim. inclusive, depois, minhas amigas me contaram que, quando fui ao banheiro, rolou a conversa do "e, aí? se você não se mexer, nós vamos sair para dançar." só que, né, a figura ainda se fez de tímida! e, eu lá, impaciente, esperando. e, ela ainda me diz que quis aceitar aquele convite, de anos atrás, mas que não dava conta de trios. e, tudo bem, esqueça a ideia da triangulação com a amiga. exatamente como naquela época. essas ironias.

agora, é só desapaixonar. essa arte na qual tenho me tornado especialista. a de apaixonar-me e de desapaixonar-me. porque, não dá. ainda que tenhamos o mesmo ascendente e a mesma lua. ainda que ela seja linda. não vou entrar em uma história à distância. não vou investir. caso encerrado.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

vivendo e apanhando

uma loucura. literalmente. apanhei de uma guria na balada. ela estava sendo muito assediada, dava para ver que estava irritadíssima. resolvi ser solidária. disse algo do tipo "hoje está difícil mesmo", e ela me dá uma resposta malcriada, com algum palavrão, que achei completamente desnecessária, então comecei a dizer para todos os homens que passavam para irem atrás dela, porque ela estava a fim. tá, não foram todos, falei para uns 2 ou 3. e, pronto. daí, estava com meus amigos quando, do nada, levo um soco na cara. um so-co. quem faz isso? meu sangue ferveu de um tanto, estava tão indignada quanto certa de que ia quebrar a cara daquela pessoa, enquanto minha boca sangrava, e os amigos dela se enfiavam no meio de nós, para evitar o troco que ela bem merecia. o amigo dela veio tentar desculpar-se por ela, minha vontade era usar meus anos de prática de kung fu nele mesmo. ódio. 24 horas de ódio, com a boca inchada, que não me deixava esquecer. a balada da melhor música do universo acabou ali.

coisas que só São Paulo faz por você.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

não mate o mensageiro

você decide ajudar a pessoa, e ela fica com ódio de você, que só levou as informações. no lugar dela, eu teria gostado de saber. tive muitas dúvidas sobre se deveria me meter na situação ou não. na hora, resolvi que sim, afinal, já estava bem envolvida na história toda. coloquei-me no lugar dela e pensei que, se fosse eu, teria sido muito grata pela atitude. só que há coisas que as pessoas parecem não querer enxergar.

no fundo, acho que toda essa reação agressiva e negativa dela se relaciona à vontade de ignorar tudo isso, tentar eximir-se da culpa pelos acontecimentos trágicos das últimas semanas. quantas vezes não repeti que ser mãe é diferente de ser motorista. mas, a pessoa não quer ver, não quer aceitar. e, tudo bem. cada um que lide com os problemas, principalmente com aqueles  que viu desenvolver sem fazer nada para impedir. e, eu, realmente, não tenho mesmo nada a ver com isso.

olhando as coisas neste momento, parece-me que a decisão de me meter na história foi errada. estaria até arrependida se não fosse minha sensação de dever moral de fazer isso. foi a primeira vez em que ela me chamou de amiga. e, realmente, esse é o tipo de coisa que faço pelos amigos. mas, amigos mesmo, sabe? aquela chacoalhada que você dá na pessoa, sabendo que ela achará ruim, mas que é quase um dever, até porque é para o bem dela.

e, assim, não gostou? ignore. ponto. finja que não aconteceu. o quê, não se sente culpada pela situação? então, ótimo. vire a página.

só que não, né? ela está morrendo de culpa. o que acho digno, demonstra que, apesar de über irresponsável, não é má pessoa. justamente por isso, não consegue encarar os amigos, esses de verdade. porque nós sabemos. estávamos lá o tempo todo. vimos a história desenrolar-se – cada um, um pedaço dela.

vá, vá lá fazer novos amigos. crie uma imagem sobre si mesma para eles. você já está até diferente, imagino que deva estar acreditando na máscara que acabou de inventar. de uma pessoa injustiçada, que sofre sem nenhuma razão.

e, se tudo isso não bastasse, há a história do melhor amigo, que, segundo ela, negou as coisas que havia me contado. sinceramente, não sei em quem acreditar. não entendo porque ele faria isso até porque sei que ele gosta de mim. estávamos em contato esses dias por uma preocupação em comum, ao meu ver: nossa amiga. ela fugiu de nós dois o fim-de-semana inteiro. daí, vem a conversa dos dois em que ele supostamente disse que eu havia inventado as histórias. tipo, por que eu faria isso? sinceramente.

não tenho estado muito bem esses dias. estou com essa cicatriz horrenda no meio da cara, usando os óculos de sol de outra pessoa. ainda sentindo os efeitos dos massacres que foram as provas dos últimos finais de semana. tentando lidar com essa saudade que me esmaga a vontade de fazer qualquer coisa produtiva. tenho-me forçado a arrumar a casa, organizar os arquivos de computador, as fotos. ah, as fotos. como foi doloroso. mas, agora, estão todas lá, categorizadas. assim, não preciso correr os risco de esbarrar nessas lembranças não intencionalmente.

agora é tentar olhar para frente, pois há um monte de gente linda para ver neste fim-de-semana, coisas para conhecer. e, essa grande amiga, dessas de verdade, que, quando não concordam com algo, falam as coisas na nossa cara, sabe?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

aquela passadinha

era para ser um fim-de-semana tranquilo, afinal, faria prova no domingo, o dia todo. mas, começou com a saidinha de sexta, "só uma passadinha, não posso ficar até tarde", nem eu queria, mas, sabe como é, cerveja, conversas, esbarrar nessas pessoas, e cheguei em casa de madrugada. no sábado, foi o tempo de acordar cedo, indignar-me e voltar a dormir, até a hora do almoço, a feijoada de todo sábado, fazendo um esforço homérico para entender espanhol de Montevidéu (ou de qualquer outro lugar, tando fazia, né). então, vamos conhecer a torre digital. só que não. fechada por três meses. já virou um mito. então, vamos a esse festival gastronômico no calçadão. claro que não íamos comer, depois de tanto feijão, mas tomamos todas, que é o que sabemos fazer. "mas, preciso estar em casa às 20h, certo?" só que não, né. só recuperei meu carro umas 20h30. então, vamos dar uma passadinha ali, para alimentar meu vício (cachorro quente). daí, esbarro nessa guria. que inusitado. ensaiamos ver o filme alemão do festival, mas, rá, os ingressos estavam esgotados. dormi o mais cedo que consegui, para acordar às 5h, para fazer prova. minha sorte é viver com uma gata-pequena-bagunceira, que me acordou na hora certa (fiz a maior confusão nos relógios com o horário de verão), roendo a alça do meu sutiã.

a prova estava até oquei. voltei cedo, bebi meia garrafa de vinho e terminei a sessão temática de filmes que havia começado na sexta. a prova da tarde poderia estar pior, pois sabia, pelo menos, responder uma das questões discursivas. o ruim foi ter passado a limpo a questão que eu não sabia no espaço da questão que eu sabia. foram 20 linhas desperdiçadas e riscadas, e a resposta que era para ser a mais completa espremida em 10.

não era para ser. respirar, meditar e aceitar.

a festa da noite foi de excessos, em todos os sentidos. doces, espumante, cerveja, carnes, fotos pornográficas e as amigas lésbicas chamando minha atenção para aquela guria, olha, ela só olha para você. não, gente, nós nos conhecemos, ela gosta de mim e tal, é hétero. não, não é. então, tá. daí ela senta do meu lado. ei, ela ficou toda em cima de ti, e você não deu a menor bola. então, vamos dar bola para ela. carona, tá, te levo em casa. sim, anote meu número. oquei, trocamos uns beijos.

mas, a história da noite foi o namorado da amiga-escorpiana-bêbada explicando que não era machista nem nada - peraí, preciso de mais cerveja para ouvir o final dessa frase -, mas que tinha achado super legal a gente se beijar na festa do cinema. moço, não, não beijei tua namorada (e, se beijei, que ruim para mim, nem aproveitei, já que nem lembro). vocês se beijaram sim, eu vi. ela está sabendo desta conversa? sim. tá, você vai me fazer uma proposta? não. daí, não entendi. daí, acordei e pensei será que ele estava me liberando para ficar com ela. será? seria bom, eu ia gostar.

sábado, 19 de outubro de 2013

dormir para viver

não há como o fim de semana começar mal após 12h dormidas, acordando com os dois felpudos na cama, com torradas feitas do bolo que passou do ponto, com requeijão em barra (desejo da semana), café de verdade finalmente e um convite para almoçar, compensando o outro desmarcado às 8 da manhã (!).

é incrível o efeito que o sono tem sobre mim. os dias em que estou mais feliz são aqueles oriundos de uma semana de 8h diárias de sono. a vida fica linda, fico altamente sociável e sorridente. a dieta entra nos eixos. aliás, emagrecer em si já me deixa megafeliz. ver o corpo delineando-se, os músculos abdominais emergindo (só que lááááááá do fundo.. hehe). sem contar que é uma delícia ouvir música eletrônica na hora do almoço, na academia (ainda que seja bate-cabelo).

estou com um pouco de dor nos músculos das costas, mas é aquela dor maravilhosa da transformação. só dá vontade de tomar café e assistir a filmes. se não fosse a saudade, poderia dizer que a vida está bem boa.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

esteira

nunca perca a esperança. uma noite despretensiosa de quarta. poderia falar mais, mas, depois que você sabe que a pessoa te lê, precisa tomar cuidado com o que pensa.

de todo modo, é sempre refrescante sair com pessoas novas. novos assuntos, novos problemas, novas manias, novos bares, novas dinâmicas e, principalmente, humor diferente. como isso faz falta. e, o que é melhor, alguém que não te julga por beber. "inclusive, já estou bêbada." a pessoa já sai de cada bêbada. achava que só eu fazia isso.

"mas, me conta, como é essa coisa do amor livre?" "acho que sou ninfomaníaca." daí, de repente, você se sente normal. a pessoa está lá, achando-se super doida, e você, tentando consolar, põe-se o desafio de contar alguma esquisitice pior. resolvido pela história da esteira.

prometi que contaria aqui. aqui está.

namorada de muitos anos atrás. morava com a mãe. já havia ido à casa algumas vezes, mas nunca dormido lá. até que resolvemos fazer um churrasco, chamar os amigos. tinha acabado de descolorir o cabelo. fizemos churrasco vegetariano. bebemos todas. eu bebi todas e um pouco mais. era jovem, não tinha tanta prática. enfim. dormimos no quarto dela.

no dia seguinte, já em casa, ela telefona e pergunta, meio sem graça, se me lembrava do que havia feito. claro que não. eu havia feito xixi na esteira (dessas de exercícios) da mãe dela - que, claro, ficava no quarto da mãe, que, óbvio, estava lá, na hora. depois que ela me disse isso, realmente, veio-me a imagem onírica de pânico da mãe, puxando o lençol para cobrir-se, enquanto eu abaixava as calças. uma cena tosca. que me faz rir há 10 anos. fina que sou, pedi desculpas à mãe. e, nunca mais voltei lá. né.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Merlot

há dias em que tua popularidade está em baixa. não há jeito. claro que não ter dormido minhas 8h da beleza-e-da-sanidade não ajuda. mas, valeu à pena. hihihi

opa. acabo de receber um convite. nem tudo está perdido. ia até pintar as unhas, após 10 dias. mas.

retomamos amanhã. não perca a esperança.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

esses marginais

dias definitivamente intensos. marcas no chão da sala que só o marido conseguiu tirar, roubo do celular e um idiota acessando minha rede social para digitar "pipoco" no meio da madrugada (e os meninos achando que fui roubada pela guria que estava pegando hahaha), DR sem sentido com meia dúzia de mulheres que havia acabado de conhecer, desencontros por causa da subtração do telefone, novas saias esperando para ser usadas, o melhor almoço dos últimos tempos, uma segunda-feira atípica, boa até certo ponto, mas que me levou até a Vara da Infância, esse lugar onde pensei que nunca fosse pôr os pés. muita raiva. o que não fazemos por amor. a história desenrolando-se exatamente da forma como você previu - e com testemunhas. e, sem bons prognósticos - ao que tudo indica, a história vai continuar naquele curso mesmo, até atingir o final trágico que você também já previu.

agora, é fazer aquilo que faço bem: juntar as bagunças e rearrumar tudo porque domingo é dia de prova e passar a mão na cabeça das pessoas é hábito que ainda não cultivei.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

cadê meu capricórnio

é só uma passadinha, não vai atrapalhar os estudos e, olha, começa cedo, 19h. só que nunca é só uma passadinha. só que eu nunca aprendo. mantêm meu copo cheio, e esqueço até de ir ver a exposição, que deveria ser o motivo de estar lá. só que não era, até isso era mentira, como sabemos. daí que o copo estava sempre cheio e "não pode entrar com bebida, senhora" e já eram 22h, e já estava convidando todo mundo para estender a noite na minha casa, por quê, porque sou sem noção, mas, ainda bem, há gente que não. "peraí, todo mundo aqui vai trabalhar amanhã cedo, seria irresponsável, vamos combinar isso em um dia em que possamos quebrar tudo com responsabilidade", só que, claro que isso também era mentira, a julgar pelas mensagens, cerca de meia hora depois. "venha para cá". não, não vou, não fui. 23h e eu na minha cama, como uma mulher responsável que não sou.

como no fim-de-semana, as pessoas indo filmar nesse hotel-fazenda (nunca tinha ido, sempre tive medo de hotéis-fazendas, assim como de cruzeiros, imaginando a taxa de crianças per capita), "você não quer ir junto? há piscina". claro, maria piscina não resiste a uma água, vesti o biquíni e óbvio que fui. e, enquanto as pessoas trabalhavam, bebi toda a cerveja do bar, conheci o proprietário, briguei com o proprietário (que disse que me daria um "banho de cerveja" [!]), que nos convidou para passar a noite, por que não? claro que podemos. os gatos ficam sem comida, mas, né, a cerveja, a piscina.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

nossos cárceres

não entendo essa implicância em relação a "luxos" de presidiários. se a pena é de reclusão, deveria ser só isso. não digo que acho justo que pessoas que cometeram crimes terríveis sofram pouco pelo que fizeram e tudo mais, mas, além de ser a lei, acho que não há nada mais terrível do que cercear a liberdade de alguém. seja por doença, seja por prisão.

sempre tive o pensamento de que, se por alguma injustiça da vida, eu fosse acusada e condenada à pena de reclusão por um crime que não cometi, preferiria morrer. trocar o duvidoso pelo certo, o certo ruim. dizem que, quando as coisas acontecem, mudamos de ideia. só que, hoje, minha ideia é essa.

então. mesmo que eu quisesse, que te odiasse, que achasse justo, não te mataria. nem você, nem ninguém. espero que tenha sido só o álcool. ou, os espíritos, esses nos quais você acredita.

se você morresse, independentemente da causa, faria muita gente infeliz. eu certamente. e, sabe, esse episódio me fez crescer ainda mais a vontade de te apresentar a um novo mundo, o que me mostraram quando passei por uma fase, digamos, parecida com a tua.

bem, eu espero que seja fase. então que, hoje, minha meta é te provar que a vida pode ser boa. quase o tempo todo. que as pessoas são boas, que nos amam e nos fazem bem. você merece. você é linda. você é perfeita.

pode passar horas falando dos teus defeitos, mas percebeu que pelo menos a metade deles nem era defeito para mim? claro que você gosta de Renato Russo e chocolate, mas vou fingir que não lembro. mas, chocolate. essa realmente me pegou de surpresa. haha

mas, bem. não sei ainda como. mas sinto que vai acontecer. estava lendo sobre nossos ascendentes, outro dia. o teu ascendente, pela descrição, só aparece de tempos em tempos, intercalando, principalmente, com a lua. ou, talvez, seja só comigo. o que conotaria que, de alguma forma, mexo com teus sentimentos. espero que para o bem.

o meu diz que só me permito as empreitadas das quais sei que darei conta, pois não sou de desistir na metade. o que faz muito sentido para mim. ainda que me permita mudar de ideia - o que, para mim, é sempre o mais difícil. mas, se mudo de ideia, mudo tudo a minha volta para adequar.

e, assim, não sei explicar, mas sinto que dou conta de ti. só que, né, não depende só de mim. não vou gastar a vida tentando te seduzir. depende de você querer, de você deixar, deixar-me te mostrar uma coisa nova, uma vida nova, perspectiva, paixão. acho, sim, que te falta paixão, entusiasmo. que, inclusive, estão bem aqui.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

uma ode à solidariedade

"I wish some day
I can clear you out
wash all this pain
´cause my love is so much bigger
than every pain you have"

corrigi a gramática e a ortografia. espero que não se importe. eu achei lindo. adoro receber declarações, principalmente as escritas. normalmente, sou eu quem as escreve.

desculpa por ter quebrado a porta do teu carro. foi sem querer. juro. há coisas que me tiram do sério. e, nem tinha a ver contigo. estou nutrindo esse ódio, que havia dado uma trégua no fim de semana. mas, que voltou. principalmente porque. bem, você sabe porque.

para mim, é bizarro estar nessa situação.  já devo haver estado antes, mas não com toda essa consciência, não com essas pessoas todas tão perto. mas, como você mesma disse, é esse o preço que pagamos por sermos livres, por fazermos o que queremos. e, claro que elas não entendem que o inimigo não sou eu, mas o que elas fazem com seus próprios sentimentos e o poder que elas dão para as outras pessoas. inclusive, para mim - que nem uso para nada, pois nem me interessa.

vejam. não estou querendo roubar a namorada/a ex/a futura de vocês. não quero roubar ninguém. mas, claro que aceito compartilhar. sou generosa.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

baculejos



touro com ascendente em peixes. não fica muito mais cármico do que isso. 

na sexta, não conseguimos ver o filme (que eu, secretamente, nem queria ver mesmo, preferiria ter partido direto para os drinks, o que acabou acontecendo), então sentamos e, de repente, olho a minha volta e percebo que estou em uma mesa de taurinas. sendo que só percebi isso quando a taurina-de-batom (desisti das letras e dos números, já me perdi) surgiu, do nada, e me beijou o rosto. não sei explicar o que acontece, mas aceito. 

o outro episódio, anterior a esse da mesa, foi daquela na fila para o filme, me interpelando, assim, do nada também, querendo saber meu nome. fiquei sem reação e comecei a rir, meio nervosa, me perguntando por que ela não saberia quem eu era. tipo, sinto como se fôssemos já quase amigas. a taurina-puppy (só para irritar Simone, que detesta essa expressão - mas, veja, não é puppet, certo? é puppy, é carinhoso, apelido de menina)

na mesa, depois, amiga-enfermeira aparece e me apresenta a melhor amiga dela, a taurina-do-nome-bonito. "nem se empolgue, ela é hétero". como se existissem mulheres héteros. alguém me disse isso ainda outro dia. 

a noite terminou com Simone aparecendo do nada e eu, aparentemente (porque não lembro), a engasgando com um cubo de gelo que tentava fazê-la engolir. "vamos sair daqui." não lembro o que houve, mas não encontrei mais ninguém que estava na mesa, então saí sem despedir-me mesmo, daquele modo que sempre fazemos quando nos encontramos por acaso.

o sábado foi gasto na feijoada, com caipirinhas, risadas e telefonemas de puppies. até chegar a noite, quando me arrastaram para essa festa derrota na casa de alguém, que capitalizei por encontrar a amiga-arquiteta, que está ainda mais bonita. conversamos sobre piqueniques e a fôrma de cubos de gelo em formato de caveira que ela queria dar para mim de aniversário.

depois, resolvi ir à outra festa, para a qual havia ganhado convite na noite anterior, só que depois de errar o caminho por uma longa hora e meia. tinha marcado de encontrar T3, a taurina-pisciana, mas não conseguia enxergar ninguém, então esperava as pessoas virem falar comigo. duas das quais eram esse casal, com o qual nunca consigo marcar encontros, então já fui pensando que seria uma boa oportunidade, rodamos a festa, desviando de todos esses cineastas e pessoas de roupa de gala, quase morri quando vi o decote da guria, que ia até a cintura, fiquei interessada em saber se ela estava de sutiã, "não, não tem como, ia aparecer", então passei a pensar em outras coisas que gostaria de perguntar, até que, no meio do caminho, parei no bar e, quando me dei conta, os dois haviam sumido. 

fui dançar e, de repente, avistei T3. trocamos uns beijos, mas acho que ela estava braba. tanto que resolvi ir ao bar outra vez e, quando voltei, ela havia sumido. ah, lembrei. propus a ela beijarmos a guria-cineasta de cujos signo e nome não me recordo. ia rolar, eu queria, mas estamos falando de taurinas, esses bichos doidos e possessivos e ciumentos. também sou, mas acho que em um grau um pouco mais ameno. 

no caminho para o bar, esbarrei em alguém que acho que posso, talvez, haver arregimentado para minha tropa. ela me contava que era policial e trabalhava com todas essas coisas interessantes, falando baixo e calmamente, com um olhar quase canceriano, e eu só me recordava da amiga-libriana-barraqueira contando que eu precisava pedir que me fizessem um baculejo, eu nunca mais olharia para as fardadas da mesma forma. mas, ela não me contava o signo, queria que eu adivinhasse. errei quatro vezes. quando perguntei se era leão, ela virou as costas e me deixou sozinha na fila do banheiro. claro que, quando esbarrei nela mais tarde, puxei-a pelo braço e disse que tinha certeza de que era leão. ela fez a mesma cara de canceriana e, daquele jeito calmo e plácido, reiterou que não. então, trocamos contatos. 

pouco depois, encontrei a amiga-escorpiana-bêbada (combinação perigosa: escorpião + álcool), ela também havia adorado o vestido verde e estava me achando muito gostosa (coisa que repetiu à exaustão, fazendo-me criar expectativas), então aproveitei para pegar bastante nela também. enquanto nos apalpávamos, ela comentou que achava super doida a guria que havia dito que não podia mais sair com a outra porque estava apaixonada. eu ri, mas concordei. é bem doida mesmo. 

daí, olho para o lado e percebo que já era dia, e alguém que não conhecia me chamava para entrar na piscina. tirei os sapatos e as pulseiras e atendi, claro. o melhor banho de piscina. até Simone entrou. foi a primeira vez. aliás, foi a primeira vez de Simone em várias coisas. alguma coisa está acontecendo, talvez seja a taurina-puppy. que, segundo ela, é reverberação do meu "harém" taurino. mas, eu discordo. inclusive, acho que essa história é toda dela, não me sinto de forma alguma relacionada ainda que, na prática, esteja envolvida muito, mas muito, muito, muito mais do que gostaria. é brasília. já aceitamos. 

depois dessa breve parada de 4h em um lugar ali por perto, fomos almoçar no nosso restaurante tradicional, com os vestidos completamente encharcados, botas desamarradas, chocando toda a alta sociedade dourada. ficamos um tempo na varanda, mas, por causa do sol, tivemos de entrar, até porque havia ar condicionado. avistamos um outro casal de mulheres, lindas, apaixonadas, o qual não conseguíamos evitar encarar. na hora de ir embora, elas passaram por nós e sorriram. sorrimos de volta. Simone queria saber qual das duas eu queria, mas, oras, para que escolher.

na saída, descendo as escadas, dois caras nos pararam, perguntando a Simone se ela não se lembrava da mão amiga na piscina da festa. rimos, e eles perguntaram se trabalhávamos com design, o que prontamente confirmamos. até porque adoro mentir para desconhecidos. tipo T1, a primeira taurina, que disse que era garota de programa. até usei com T2, que, carmicamente, me deu a mesma resposta que eu havia dado a T1 "contanto que não me cobre". ninguém cobrou. quer dizer, só eu, quando me apaixonei e estraguei tudo. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

keep your heart



acordei com essa música na cabeça. que tocou naquele dia, em que afogava as mágoas com essa pessoa. tocou bem em um momento íntimo. e, chorei. mas, foi bom, foi catártico. até porque não a ouvia há tanto tempo.

então, hoje, tirei todas as músicas do ipod, essas que ouvi nesses últimos tempos. vamos marcar esta nova fase com novas músicas. inaugurada por essa.

I´m gonna keep your heart
With the world all falling apart
I´m gonna keep your heart

o bom de ter um "Exército" (adoro dizer isso, para irritar Simone) é que, quando você tem uma baixa, há sempre um soldado para tomar o posto. é isso, então, que tenho feito. te substituído por essas letras e números e demais signos do zodíaco, como você diz. mas, não pense que tem sido ruim. é só minha forma de fazer as coisas.

tipo, toda vez em que você me dava um perdido. ou, quando me irritava com algum daqueles comentários absurdos que você gostava de fazer. convocava o próximo soldado. ia lá, fazia essas coisas que me fazem sentir-me bem. mas, não para vingar-me de ti. não, não. era só para ficar bem. eu ficar bem. para, depois, conseguir falar contigo como se nada tivesse acontecido. para você não ver o quanto eu tinha ficado mal.

ontem, foi a despedida da amiga cancerariana. ela vai para a terra da cerveja, do chocolate e da batata frita. acho que ficará bem. hihihi mas, de verdade, foi muito triste ter de ir lá, dar esse último abraço. ela falou daquela minha foto indecente, que saiu no jornal. eu ri. falamos mal do amigo-ali-G, que nem se dignou a aparecer. falamos da Indonésia, de durian. ouvimos música, conversamos.

e, assim, todo mundo vai embora. não entendo. talvez, por isso, tenha optado por ficar. esperar. as pessoas vão, elas vêm. e, eu estou sempre aqui. esperando quem estiver disponível, quem quiser vir, quem quiser ficar.

não ia te pedir para ficar. assim como não esperava que você me pedisse isso.

naquela conversa, sabe, acho que, no fundo, esperava ouvir outras respostas. inclusive, não sei se você fez de propósito (eu acho que fez), mas, das 4 coisas que te pedi (e com as quais você assentiu), você quebrou uma, nem uma hora depois. olhei para ti, e você continuou, como sempre fazia quando te pedia para não fazer alguma coisa. enfim. você queria saber. não tenho certeza ainda, mas acho que foi esse momento.

e, tudo bem. eu te aceito como você é. não pense que quero te mudar. e, tanto não quero, que vou te deixar ir. porque nunca te deixaria relacionar-se comigo sem te transformar inteira. assim como não ficaria em uma relação que me fosse inócua. você quer fazer as coisas do teu jeito? bem vinda ao mundo. eu também quero. a moça ali do lado também quer. a tua ex também quer. sabe, o mundo não gira a teu redor. e, se você realmente quiser relacionar-se com alguém, futuramente, terá de aprender a negociar, barganhar. leve esse aprendizado e, da próxima vez, faça direito. e, lembre-se de mim. <3

mas, confesso que meu coração apertou quando você usou a palavra "relacionamento". sabe, naquele dia, quando eu saía de casa, conversando com marido, explicando que estava indo "terminar com T2", marido perguntou "terminar o quê?" nós rimos. era bem isso. não fui lá terminar nada. só fui lá dizer que não estava mais dando conta. porque queria, justamente, começar.

mas, ó, não pense que foi tudo ruim para mim. como te disse naquele dia, quando era bom, era ótimo. é só que não havia mais como sustentar aqueles momentos intermináveis, esperando você decidir-se. quando eu te dizia que aquelas coisas que você fazia eram ruins para mim. que você ainda teve a indignidade de dizer que eram de propósito! fiquei possuída de ódio.

de todo modo, sim, também aprendi muito contigo, não pense que não. o bom foi muito bom. mas, veja, a amostra grátis acabou. agora, como diz uma amiga minha, if you like it, then you shoulda put a ring on it. (você, inclusive, teria adorado o show - a baterista era uma super dyke)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

lua demoníaca

uma das gurias com quem Simone está saindo mora em outra cidade, mas está no movimento de vir para cá. Simone está tensa, pensando nas consequências de relacionar-se (casar-se, na verdade..) com uma pessoa ciumenta. sempre defendi que, como a balança de poder pende mais para cá, ela pode fazer suas exigências - uma delas sendo o amor livre. pegar ou largar.

enfim. sempre fui a maior defensora dessa relação, com a forasteira. até que, ontem, entre uma cerveja e outra, ela resolve me mostrar o mapa da guria. foi, assim, instantâneo: a tríade psicopata. perfeita. sol, ascendente e lua. fiquei chocada. nunca tinha visto isso na prática. e, nem entendo tanto assim de Astrologia. mas, de alguma forma, pelo que tenho percebido, minha intuição tem ajudado a preencher algumas lacunas de conhecimento desses temas. há algumas configurações, por serem muito terríveis ou muito benéficas, que você acaba decorando. essa, claro, era uma na qual sempre reparava.

ou, era o que eu achava. acordei hoje, li a citação dela de Faroeste Caboclo e dei-me conta de que, sim, conheço outras pessoas com essa configuração. inclusive, alguém muito próximo, de quem gosto muito. chocada outra vez. sem saber se digo a Simone que vá lá, tente a relação com a forasteira, vai que os outros elementos do mapa anulam essa tendência da guria, vai que eu li tudo errado, vai que Astrologia é mesmo uma balela. vai que meu amigo é mesmo uma boa pessoa. mas, e se não for. e, se não forem. como ignorar uma coisa que você vem defendendo há anos, como uma religião. justo na hora em que te mostrou algo importante sobre alguém. e, ignorar a intuição. que tipo de espiritualidade é possível ter se você não acredita no incorpóreo.

então que o ano de virgem, como um todo, acabou. oquei. só que justamente para inaugurar o da lua em virgem. a frieza dos sentimentos. razão na emoção.

pra tu ver. sempre pode piorar. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

nunca serei poeta

o dia de ontem passou como um vendaval. não deve ter sido por acaso que caiu aquele pé d´água. foram minhas emoções revirando-se. certeza.

era uma decisão difícil, mas só de aceitar, pois já estava tomada há muito tempo. há exatos dois meses. "não vai durar." quantas pessoas me disseram isso. quantas. "já está ruim no início, imagina depois." "saia enquanto você ainda está no controle" (ênfase no *ainda*..) "você não precisa passar por isso" "nossa, a julgar pelo jeito como você está, ela deve ser muito gostosa!" (hahaha esse era o meu favorito)

sabe essas relações que te estragam toda para as relações seguintes, que te enchem de traumas? pois é, a última duradoura, sim, me estragou de várias formas (tipo ficando com minhas amigas e deixando minha colega de apartamento dar em cima dela), mas me consertou de várias formas. uma delas (e isso é bem piegas) foi ao ensinar-me a amar (eu avisei). amor completo, inteiro, sem poréns, sincero, real. se é para fazer, fazer direito. lição de vida mesmo. amar por inteiro.

e, foi isso que fiz. joguei-me de cabeça. desde o princípio. quando era bom, era ótimo. fazia toda a chateação, todos os jogos, tudo valer à pena. já sabia o que me esperava depois desses momentos e procurava manter a paciência. até porque me parecia o único modo de conseguir levar uma relação com alguém tão mais nova. então, deixava-a espernear, fazer charme, fingir que era moderna e ocupada, que tinha uma vida incrível. deixe-a. deixei, deixei mesmo. sob o protesto de várias pessoas (a quem sou grata mesmo assim! hihihi). mas, entendam, eu queria mesmo fazer isso. na hora, era ruim, irritava. mas, são as jovens. elas precisam disso. faz com que se sintam poderosas, sabe.

e, como ela gostava disso.

até isso eu achava fofo.

só que chegou o tal momento. foram dois meses. o primeiro foi tão conturbado, com nossa total falta de sincronia. nossa comunicação truncada. as mentiras. não, vamos esperar o segundo. ele veio, e as coisas melhoraram muito. cheguei até a pensar que poderia dar certo. esperava só o momento certo para começar a retomar o controle da situação. ela até pediu desculpas. que eu, obviamente, não aceitei.

e, deixei-a ir. com o coração partido. completamente apaixonada por essa pessoa tão cheia de defeitos. tão já sofrida com tão pouca idade. que me inspirava um instinto protetor quase animal. que me enchia de ternura. que me arrepiava só pela forma de olhar nos olhos, apertando-os, sempre com aquela expressão de braba. aquela expressão de braba do primeiro encontro, naquele café. que me deixou muda. que me tirava o fôlego toda vez.

e, daí, choveu. chorei no bosque. chorei em casa. levaram-me para beber cerveja e nadar e falar sobre as paixões. levaram-me para o show. bebi mais cerveja, me perdi. tomamos banho de chuva. comemos cachorro-quente. cheguei em casa, chorei e dormi. e, acordei ainda mais dramática. só que cheia de planos.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

sem equilíbrio

você tem razão. sou completamente descontrolada. não, você diz "desequilibrada". só que meu desequilíbrio é só físico - isso de ficar caindo toda hora e tal (lembrei daquele dia no restaurante, quando tombei a cadeira para o lado enquanto tentava impressionar a guria - definitivamente, deixei uma impressão -, e do dia em que caí de quatro no estacionamento do trabalho, na frente do chefe, que veio, junto com a recepcionista, perguntar se deveriam chamar uma ambulância enquanto eu só me perguntava se minha saia havia levantado, quanta gente estava testemunhando minha humilhação, que neurônio me faltava para eu ser assim).

o mental é só descontrole. essa indecisão virginiana, que me atormenta. penso, penso, penso, penso e, na hora de agir, faço tudo diferente. estou tentando ser inteligente ("você só é inteligente quando não pensa"). então, vem essa intuição, que me toma, e vou lá e ajo sobre ela. claro que imagino uma coisa e, chega a hora, faço outra que pega todo mundo de surpresa, inclusive a mim.

vai sair com essa roupa? que formal, vamos encontrar uma coisa mais sexy. daí, já viu. visto uma roupa sexy, me dão cerveja e, bem assim, fico toda sensualizante e esqueço tudo o que tinha para dizer.

daí, acordo no outro dia rindo de mim mesma, me achando meio doida, mas nem por isso arrependida.

mentira. já me arrependi. claro. marte em virgem. que delícia.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

manifesto contra a superficialidade

“Esta é a tua vida. Faça o que ama e faça-o com frequência. Se não gosta de algo, mude-o. Se não gosta do teu emprego, largue-o. Se não tem tempo suficiente, pare de assistir a TV. Se está procurando o amor da tua vida, pare; ele estará te esperando quando você começar a fazer as coisas que ama. Pare de analisar tudo, todas as emoções são bonitas. A vida é simples. Quando comer, aproveite cada mordida. Abra tua mente, teus braços e teu coração para coisas e pessoas novas, somos todos unidos em nossas diferenças. Pergunte à próxima pessoa que vir qual é sua paixão e compartilhe teu sonho inspirador com ela. Viaje com frequência; perder-se vai te ajudar a encontrar-se. Algumas oportunidades só aparecem uma vez, aproveite-as. A vida é sobre as pessoas que conhecemos e o que criamos com elas, então levante-se e comece a criar. A vida é curta. Viva teu sonho e compartilhe a tua paixão.” (Manifesto Holstee)

estava aqui, lendo esse novo site favorito, que me traz sempre muita inspiração, e deparei com esse texto. doeu. percebi o quanto não tenho seguido minha paixão nesses tempos, ainda que a sinta.

a vida é curta demais para remover o pendrive com segurança ou para parar no quebra-molas. ou, para fingir que gosta ou que não gosta de alguém. para fazer as coisas pela metade. para nutrir relações superficiais. para magoar as pessoas que você ama. para viver fugindo da realidade, para evitar sentir dor.

tenho pensado muito no que a amiga-enfermeira me ensinou, sobre haver pessoas que se deleitam em desmantelar nossa segurança. que, mesmo que inconscientemente, sentem raiva de ser inseguras e, sem saber como melhorar a própria autoestima, lançam-se a tentar minar a dos outros.

tenho pensado, também, nessa epifania da semana passada. sem parar. e, preciso agradecer por aquela conversa. ela mudou minha vida. redescobri minha paixão. quer dizer, ela já estava lá, só descobri que ela existe, sim. minha vida acabou de ser ressignificada. de repente, tudo está diferente.

tenho tido muita vontade de ler essas coisas. tenho evitado assistir a filmes, para ter mais tempo para as leituras. anos de terapia economizados. a vida é simples.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

carmicamente conectadas

o teu carma é igual ao meu. em parte, pelo menos. na parte de precisar ajudar os outros e precisar estar perto de pessoas. somos grandes líderes. vamos enriquecer com as mulheres (mãe ou esposa).

tendemos a nos prender nos vícios. nossos filhos nascerão doentes ou com muitos problemas. acho até que você devia deixar de lado essa ideia de gerar. você nem era para gostar de crianças.

em outras vidas, éramos muito apegadas às coisas. tivemos muitos romances. por isso, somos assim. mas, precisamos parar. é hora de experimentar outros tipos de amor, desses desprendidos. desses que vêm e vão. quando forem, precisamos transformá-los em amizade, o que deveria ser nossa verdadeira meta - o que é difícil para nós, pois estamos sempre procurando mais. claro que elas nos procuram também. hihihi

somos muito, muito teimosas. mas, já sabíamos disso. eu e minha mãe, a primeira taurina com áries da minha vida, brigamos uma vida por causa disso. ela me ensinou a brigar e a ser forte. pois, era uma briga injusta, ela do alto de sua autoridade, e eu precisando melhorar minhas defesas, para contornar minha situação vulnerável. o que me lembra outra coisa que temos em comum - não de outras vidas, mas desta mesmo -, que é o desprezo pela autoridade. isso nos traz muitos problemas. só que temos motivo para sermos assim. motivo justo. eu acho.

sabe, esse nosso ego, meu e teu, ele é gigante. é fofo ver isso em outra pessoa. essa sobrevalorização de si mesma, de suas capacidades. tanta coisa ainda para aprender. mas, acho que é da idade, essa sensação de poder. eu gosto. tem uma beleza ingênua.

é, também, importante que aprendamos a aceitar o mundo, as pessoas. nem tudo precisa ser do nosso jeito. não que haja algo errado com ele, mas há muitas outras verdades por aí. é verdade, confie em mim. rarará

temos essa visão da vida como algo interconectado. temos interesse pela ciência. ou deveríamos ter. hehe  eu não tenho tanto assim. mas, sim, as coisas são conectadas. não acredito no acaso. as coisas são como elas têm de ser.  sei que você também acha.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

livin' la vida loca

só faltam 10 quilos. 10. nem acredito. 10 para toda a vida. meta que, obviamente, não atingirei na data prevista. mas, não faz mal. a vida está boa. leve, definitivamente leve. apesar das brigas intermináveis. de ser chamada de "descontrolada" por alguém que bate o carro toda vez que briga comigo. ora pois.

pode até ser que eu esteja meio descompensada mesmo, com esses hormônios errados, mas, sério, vamos combinar.

e minha tez continua péssima, não sei mais o que fazer. o bom é que posso ficar falando tez para as pessoas. "é que minha tez está ruim". aliás, não sei se gosto mais de tez ou de cútis.

acabaram com minha sobrancelha. ela, que já era quase invisível. não existe mais. sou a mulher sem sobrancelha.

ontem, fiz carne de porco. passei maaaaaaal. ainda bem, emagreci. rarará

hoje, quase não comi. fora aquele ovo, o fofo, o que não sei fazer e, não sei por que, acho delicioso. é só um ovo, mas é aquele.

poderia comentar mais uma ou outra coisa, mas estou me sentindo discreta hoje. hihihi  além de má amiga, por ter perdido o aniversário da minha irmãzinha, amiga-publicitária.

o fim de semana passado foi uma loucura. explico depois. não fique quase magoada. vou compensar. volta logo.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

eterna involução

minha dieta é tão doida que consigo emagrecer bebendo cerveja e comendo pão. não, pior do que pão: cachorro quente. ah, e batata frita no sábado. pão com batata frita e cerveja.

mas, descobri o segredo: é só não comer mais nada. rarará

esta terça nunca teve tanta cara de segunda. mas, agora, minha calça verde tem uma mancha de superbonder. sofri, não estava pronta para desapegar-me dela. ainda que me traga lembranças muito duras. é só uma manchinha, mas, está lá.

dói-me muito quando alguma coisa estraga. é tipo uma planta que morre. queria ser desapegada. pelo menos, dos objetos. mas, não consigo. se deixo ir, sinto saudades. e, procuro. daí, volta tudo, quase na mesma intensidade.

por isso que sigo aquele preceito de nunca ignorar algo que exista, pois nosso subconsciente (ou seria inconsciente? nunca sei os nomes) é muito poderoso e maligno. e, assim, prefiro aceitar as coisas que têm de ser. exceto as que tentam deixar. deixar de ser, me deixar, abandonar. só aceito acrescentar, nunca subtrair. infinitamente.

vocês já sabem. é o carma.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

é só pelas árvores (e pelos gatos)

hoje? hoje é dia de ficar em casa e chorar e ser dramática e beber vinho sozinha e ouvir essas músicas. porque esta semana é a do trabalho e dos estudos. queria que fosse como a passada - a semana dos amigos.

esta, esta é a da TPM, que achava que nem tinha mais, com esses remédios e tal. mas, estou de TPM, não resta dúvida.

voltando para casa, ontem, pensei no que poderia fazer para melhorar o humor. algo que me fizesse bem. fora o banho da beleza já programado. não havia nada. já havia feito exercícios, estudado, arrumado a casa, escovado os gatos, comido direito. o que faltava? sushi. sim, sushi - o antídoto para TPM. e foi uma noite divertida, a comida estava ótima, tomamos espumante, foi tudo ótimo.

daí, acordo morta de fome outra vez (sintoma número 1 da TPM). até comi salada ainda que não fosse o dia dos carboidratos.

não há mais nada a fazer. nada. a não ser abrir esse vinho, reservado para um dia especial. pois, hoje é o dia. que eu dedico a todas as meninas de 21 anos. *meninas*. e a todos os amores deixados. e a todas as mulheres suicidas. que continuam telefonando (hoho). e a essa minha rotina que, vou falar, não faz o menor sentido.

eu odeio meu trabalho. hoje, eu odeio. eu odeio fazer subsídios para reuniões. hoje, eu odeio.

então, vamos terminar essa garrafa até alguém telefonar. ou, até terminarmos a garrafa de vodka. ou vamos para o 5uinto. será?

preciso de um - só um - motivo para dormir e acordar e ir trabalhar amanhã. fora as árvores. rarará

hoje, caiu uma árvore gigantesca em cima de um carro. perda total. daí, juntou esse grupo de pessoas, que ria, batia fotos e, do nada, caiu uma semente gigante na cabeça de alguém. eu ri. a vingança da natureza.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ingênua e feliz

estava ali, sem conseguir mais estudar Contabilidade, procurando alguma coisa interessante para passar o tempo e deparo, da análise dos astros, claro, com:

"Deve aprender a assumir a responsabilidade pelo seu controle emocional, assumir a autonomia pelo seu potencial psíquico, abrindo-se para a capacidade de autotransformação interior, desapegando-se de tudo aquilo que não corresponde aos seus valores."

controle emocional. quando? não controlo minhas emoções, elas me controlam. sou controlada, tomada, arrebatada. só posso ser imatura. não sei o que mais pensar disso. até porque, nesses tempos, minha intuição tem-me levado a lugares inéditos. e, estou gostando.

a parte de assumir a autonomia por meu potencial psíquico, não sei. não sei o que isso quer dizer. hihi espero que seja essa história da intuição. porque a abertura para autotransformação, ela está acontecendo. há algo de muito diferente acontecendo já desde meu último inferno astral. mentira, já desde abril, acho.

sobre o desapego, o material parece-me bem distante.. mas, acho que posso dizer que exerço desapego total ao que não corresponde a meus valores. se não acho a pessoa digna, não falo mais. se a data não faz sentido, não comemoro. se testa em animais, não compro.

só me abro, realmente, - e, essa abertura é total e incondicional - para aquilo em que acredito. e, sabemos, não acredito em quase nada. não acredito em deus, não acredito em amor eterno, não acredito em família - muito menos em instinto materno -, não acredito no trabalho, não acredito na Medicina nem na ciência, em geral.

acredito em algumas pessoas. aliás, acredito em todas, até que me decepcionem. já ouvi mais de uma vez que sou ingênua. não sei se concordo inteiramente. o que faço, sim, é dar a qualquer pessoa todo o benefício da dúvida. sempre acho que está falando a verdade, que tem boas intenções, que gosta de mim, que tem valores, que é digna. até, né, que me prove o contrário.

há essas situações que te fazem questionar determinadas atitudes. tenho esse "talento", digamos assim, de perceber incongruências, tanto no que é dito como no que é feito. nem me considero detalhista nem nada, mas há algumas pequenas coisas que entregam quase todo mundo que tenta ser fals@. e, elas não passam despercebidas. não por mim, acho.

mas, em relação às pessoas, posso dizer que sou até bem paciente. espero uma falha. outra. outra. até ter certeza. por isso que não me entendo uma pessoa ingênua. percebo esses deslizes. apenas busco não reduzir a pessoa a um ou outro erro que talvez não tenham tanta importância. e, até chegar àquele ponto de não haver mais conserto, eu acredito, me entrego, sou honesta, digo o que quero, o que sinto, me envolvo, crio afeições, cuido, me preocupo. me importo.

sem isso, a vida não teria sentido. o mundo, para mim, é esse monte de situações acontecendo, todos imersos em seus microcosmos, microproblemas, microtudo. que não vai a lugar nenhum, não vem de lugar nenhum. acordar, comer, vestir-se, ir trabalhar, voltar, comer, dormir. isso não é vida.

vida é entrega, amor e prazer. o resto é o que fazemos entre uma felicidade e outra.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

in the lake



não importa o que aconteça, sempre guardarei aquele momento no lago. eu morrendo de medo de cair durante a trilha e passar o maior vexame. você segurando minha mão. você usando meu biquíni. aquela água gelada. você ligando para teu pai, perguntando se ele não queria fazer almoço para nós. para ti e tua amiga. os beijos molhados, de sereia. eu tentando te abraçar e equilibrar-me para não ser levada pelas "ondas". você quase morrendo na subida de volta. a tua "saída de banho" de vestidinho. você enrolando as coisas na toalha, para não molhar minha bolsa.

ainda que alguma coisa tenha acontecido naquele almoço. queria muito entender. queria te entender. não para te manipular, te seduzir. para saber mais sobre você. quero saber tudo. nem precisa ser assim, de uma vez. por mim, pode durar uma vida, a vida que você estiver disposta a me dar. quero aprender a ser paciente, como você é.

e, assim, eu me lembro de tudo. de todos os detalhes. das roupas, das datas, dos horários, dos lugares, da maquiagem, do que você disse e em que ordem. da forma como você me olhou. do teu humor, que está sempre diferente. dos sorrisos que você tenta disfarçar.

juro que estou tentando criar codornas. viver o momento, aproveitar o dia. o que não consigo evitar, por mais que tente, é esperar te ver novamente, logo, o quanto antes. te abraçar, sentir teu cheiro, pegar no teu cabelo. não-tem-como. não tem.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

dever de casa

esta é minha semana da inteligência emocional. os astros dizem que saberei enxergar minhas relações com mais clareza. além disso, com os trânsitos da Casa 11, pessoas me procurarão mais, inclusive, me pedirão ajuda. também corro o risco de envolver-me em relações platônicas, tanto de minha parte quanto das outras.

dia desses, esbarrei na vizinha da schnauser simpática enquanto o gato grande passeava. conversamos um pouco sobre trabalho, academia, felicidade e ela me fez muitos elogios. aparentemente, está achando-me super bonita e magra e radiante, minha pele nem está flácida com todo esse peso perdido, o cabelo novo ficou super bom, nossa, você nem devia emagrecer mais, está ótima assim. fiquei, basicamente, agradecendo. ela não é feia, mas, digamos, está em outro momento da vida. claro que me esqueci de perguntar o signo. hihihi  mas, aposto que é virginiana.

ontem, T4 (taurina 4) pediu que eu fizesse seu mapa astral. foi muito do nada. já queria fazer há algum tempo, mas achava melhor não, até porque não consigo evitar apaixonar-me pelas pessoas se gosto do mapa. como sabemos, isso já aconteceu mais de uma vez. e, no caso dela, minha política tem sido de manter-me meio distante, ainda que ela sorria muito para mim, me dê presentes e beijos e goste de "pegar" em mim. aliás, essa história do toque é uma coisa que acho que nunca vou desenvolver. não que não goste, bem pelo contrário, gosto tanto que, se a pessoa me desperta algum interesse, acabo gostando mais do que devia. e, fico confusa. queria investir na história, mas não estou pronta para envolver-me com pessoas casadas, dessas com família e tudo mais. minha vida já comporta confusão o suficiente.

a história de hoje foi da diarista-amiga, pedindo dinheiro emprestado para fazer um curso. não há como dizer não. o que me deixa até feliz, por estar cumprindo minha tarefa astral da semana.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Valerie



o difícil é chegar no trabalho como se nada tivesse acontecido, toda arranhada, com cara de ressaca, despenteada, e cheia de coisas para fazer. sem comentar essas coisas todas, engasgadas.

poderia falar minhas impressões. mas, não, não conto. você não fala, eu não falo. sei que você sente. sinto também. está acontecendo. mas, tudo bem, podemos fingir que não. eu aceito.

vamos falar sobre shows, sobre música, sobre trabalho, sobre gatos, sobre esmaltes. e, tanto faz. mesmo. porque, para mim, o que importa é justamente aquilo que não é dito.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

"bandiputa"

acabo de ver as fotos dos babados de sábado. confesso que estão bem engraçadas. acho que, por muito tempo, vou olhar para elas e rir. mas, impublicáveis. é sempre perigoso me largarem bêbada sozinha em um lugar. me sinto obrigada a fazer nov@s amig@s. e, tenho-me impressionado com a quantidade de pessoas que falam japonês.

e, de todos, o diálogo mais surreal aconteceu ao encontrar essa geminiana-leonina super doida. fui cumprimentá-la e dei oi para as amigas dela. daí ela vira para mim e diz que uma das gurias era sua namorada. olhei para a guria e disse "oi, namorada." ela me olha e diz "não, eu consegui, estou namorando!" fiquei meio sem saber o que dizer, então dei parabéns. e, ela, então, me pede para demonstrar mais entusiasmo. (!) não entendi se ela queria me causar ciúme ou só estava muito boba apaixonada. só sei que, mais para o final da noite, estava lá conversando com essa outra pessoa e, quando ela foi ao bar, a geminiana-leonina vem atrás de mim para me dizer que conheço a melhor amiga da ex dela. (!) então, tá. duas informações que mudaram minha semana.

a outra história foi essa amiga de um amigo, por quem marido se apaixonou. ficou chocado com o quanto ela era bonita (acho que estava bêbado). tá, ela não era feia, mas não era para tanto. resolvi puxar papo. enfim. no dia seguinte, nos esbarramos nesse bar. era aniversário dela. pensei em ir dar parabéns, mas a amiga ciumenta me fitava de forma quase agressiva. achei melhor deixar estar. até porque já chega de virginianas. por esta vida.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Réquiem para outro sonho

obrigada por estragar meu domingo. e, olha, eu sei quem é nossa "admiradora secreta". o que me doeu foi saber, assim, com todas as letras, que você não está do meu lado. na verdade, pensando bem, talvez nunca tenha estado.

nós nunca seremos amigas. não enquanto você me encarar como uma rival, até em relação à astrologia.

não vou entrar nessa guerra que você nos preparou. vou dar um tempo. vou te considerar uma baixa e vou fazer como você disse, vou buscar consolo nos braços de 10. meu exército de 10. meu harém. chame o que quiser. porque, para mim, a vida é feita só de momentos mesmo. você já sabe que não tenho sonhos, ambições, não imagino um futuro brilhante, não acho que minha existência contribua para a humanidade e tudo mais. só faço todas essas coisas que faço para sustentar esse meu "vício". que eu chamo de prazer. e felicidade. deve parecer muito pouco para ti, ser feliz só com isso. pois, vá, fale de mim para essas pessoas, discuta os rumos que acredita que deveria tomar em minha vida. igualzinho ao que aquelas gurias fizeram contigo, no Rio, lembra? mas, saiba que é justamente nessa hora em que você mistura nossas energias. até porque esse meu "vício", sabe, ele também é teu.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Tolstoi

descobri essa banda, The Cults, que tenho ouvido sem parar, daquele jeito, obsessivo. não, estava ouvindo. enjoei hoje. como estou enjoando de algumas coisas. como sempre enjoo. por que sou assim? por que estou matando minha violeta, presente da taurina número 4, a taurina do trabalho?

preciso voltar para elas. para 3 e para 4. 1 não quer mais saber de mim. e, nem eu dela, na verdade. quer dizer, a encontraria, sim, para passar a noite bebendo vodka e falando sobre suas tentativas de suicídio. e, seduzindo todos os caras do bar. era legal. mas, não tenho mais paciência.

minha paciência é toda gasta com essas situações, que, espero, estão me tornando uma pessoa melhor. uma pessoa mais tranquila, menos irritada, menos braba, menos exigente com os outros, menos nervosa, menos ansiosa. estou, sim, um pouco menos ansiosa. apesar da lua cheia, que me dá calafrios só de pensar. nessas horas, penso em júpiter e em netuno. sim, netuno, que me toma, me carrega e me joga no futuro, só que sem ansiedade. me sentindo particularmente feliz. apesar daquele beijo anônimo de sábado e de tê-la chamado pelo nome de outra.

desculpa. eu faço essas coisas. nem sou uma pessoa má. não dessa forma, não com quem não merece. e, a gente mal se conhece. nem saberia como te fazer mal. nem gostaria.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

fim de semana dos pais

acordo às 5 da manhã de tanta dor na garganta, mas uma dor peculiar, como se houvesse um calo na úvula, que doía toda vez em que engolia. passei no serviço médico do trabalho e conheci essa médica espetaculosa, que me passou altas dicas de unhas e esmaltes e ainda me deu um dia de atestado "ah, você nem dormiu de dor, para que ir trabalhar?" realmente. para quê?

então, passei o dia em casa, medicada. lavei roupa, cozinhei, costurei, escovei os gatos, assisti a muitos filmes. tudo em silêncio e tomando chazinhos de limão e de camomila (para me deixar menos elétrica e conseguir ficar quieta, convalescendo). claro que recebi vários convites para sair. ainda não sei como, mas resisti. principalmente, depois da bronca do marido "não vai tomar cerveja nesse estado, né?" como aprendi que ele entende de minha saúde como ninguém, fiquei em casa.

mas, tá, dor de garanta, rouquidão e tudo mais. a gente sabe muito bem qual foi a causa disso tudo. o que não nos impede de continuar fazendo. porque somos (eu e eu) irresponsavelmente descontroladas.

no sábado, acordei quase renovada, suficientemente para passar o dia nesse almoço, com essa amiga de quem tenho me aproximado muito nesses tempos e que me tem recordado do valor da amizade.

o dia terminou divertido, em outro rumo, e acordei, no domingo, e me joguei nessa prova, que estava dificílima, mas que nem me importa, já que o que queria mesmo era não passar, para não ter outro dilema em minha vida, já que nem quero trabalhar nesse órgão embora não me importasse de receber o salário.

o almoço pós-prova foi inusitado, com essas pessoas que, como eu, não têm pai.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

para-para-paradise



completamente encantada com o trabalho novo. ainda que me irrite com o excesso de reuniões e, principalmente, com a visão mercadológica do tema por parte de alguns, hoje em dia, finalmente, é um grande prazer acordar e vestir-me para ir trabalhar. não só pela causa, que apoio incondicionalmente, mas pela paixão que se vê no olhar dos colegas, o desprezo pelos formalismos, a consciência de que o que importa mesmo é o conteúdo, acreditando que nosso esforço vale à pena.

esses dias, aconteceu um bazar (que ocorre de mês em mês), e comprei dois pares de sapatos por 100 real. pensa em uma pessoa feliz. hihihi

há a academia também, que virou um grande vício. a ponto de, inconscientemente, cantarolar as músicas nos finais de semana e, em dias como hoje, quando acordo.

sem contar que o lugar é lindo, arborizado, cheio de flores, pássaros e gatos. a comida do restaurante é ótima e barata.

podia morar aqui.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

saudades de quando era leve

o aniversário foi despretensioso e lindo. começou na quinta, com amigos queridos indo me consolar. chorei, e eles me deram cerveja. dançamos, paqueramos todo mundo, nos divertimos. daí, quando todos já tinham ido, chorei, chorei, chorei. acordei e chorei mais um pouco. arrumei a casa, cozinhei, vi filmes.

à noite, fomos todos para o bar, onde começaram algumas confusões (conforme eu havia antecipado a semana inteira - um dos principais motivos por que não quis fazer festa), mas, enfim, é aquela eterna briga com hora marcada. ainda assim, valeu à pena, apesar de um ou outro comentário desagradáveis. mas, acho que mereço - normalmente, sou eu quem os faz. hihihi

o sábado começou com essa feijoada e as melhores conversas. o domingo foi comemorado no restaurante, com aquela vista linda, um vinho delicioso. mais um estresse à noite, claro, porque faz parte. o que é uma pena. podia ter sido perfeito. quase foi. mas: só quase.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

amor leonino

está escrito lá: as mulheres tiram-me do eixo, os amigos são quem importa mesmo. e, aí, eu vou, me apaixono, grito Jerônimo, vou lá e falo para elas e elas ficam apavoradas. mas, o que fazer. essa sou eu. bom dia. não é que eu seja doida e descontrolada. sou exagerada e intensa, combinação difícil para pessoas discretas, de pés no chão. não sei onde anda meu ascendente em capricórnio nessas horas, tendo a achar até que ele não sabe lidar com sentimentos, pois, nesses assuntos, ele é totalmente ausente.

andei pensando, nessas últimas semanas, no que deveria fazer diferente e tudo mais. daí, ontem, marido me soltou uma dessas que ele faz daquele jeitinho dele, despretensioso, e que poderia ter sido um cliché se não tivesse sido a resposta a todas essas angústias: siga teu coração. e, meu coração, sabe, ele é grande, cabe muita confusão, muitos sentimentos contraditórios, sem contar que ele muda de ideia, toda hora, porque eu deixo. não posso correr o risco de perpetuar uma ideia ou um sentimento que já se foi, só para ser coerente.

e, nessa incoerência, estou aqui amando todas vocês. por hora, apaixonada mais por uma, depois, mais por outra. e, percebo, há pessoas que não sabem lidar com isso. e, tudo bem. porque esse amor, vocês sabem, ele é meu.


terça-feira, 30 de julho de 2013

estrela cadente

daí, a pessoa não olha na tua cara para evitar teu decote, e você se sente charmosa. hihihi  como disse aquele cara, que se abaixou no gramado, onde você estava sentada, e brindou na tua garrafa de vinho e disse que você era muito "hermosa", assim, em espanhol, e veio apresentar-se. seria um sonho uma mulher fazer isso. porque não, são todas "difíceis", "complicadinhas", "se valorizam".

tá.

enquanto isso, vou levando uma centena de tocos, pois, como diz a amiga cancerariana, se não estou passando o rodo, estou levando todos os tocos do mundo.

tipo esse de sábado. fui chamada de "estrelinha". na hora, até ri. queria mesmo ser estrela. pena que, agora, ela não me quer mais, pois queria ser uma estrela, pelo menos, para alguém. mas, assim, não ia sair de onde estava, às 4h da manhã, naquele estado, para passar na casa dela. até porque sou estrela, né? rarará

engraçado, também, foi encontrar essa ex de 10 anos atrás. mais ainda foi reconhecê-la por baixo da máscara, só pelos olhos. fiquei tão perplexa que tive de ir falar com ela, abraçar, perguntar da vida. foi bonito.

sábado, 27 de julho de 2013

um desejo

o que queria, hoje, era comprar umas verduras orgânicas, fazer uma sopa, sentar, conversar, brincar com os gatos, testar novas maquiagens, ler as novidades astrológicas, lavar a louça que está ali, desde ontem, dar o "banho da beleza" em você, pintar tuas unhas, saber no que tem pensado nesses últimos dias, como foi o trabalho.

saber o que acha das coisas, do que tem medo, se gostou do esmalte novo. sabe, essa vida simples, sem pensar no que poderia ter sido ou no que será. sem grandes expectativas mesmo, sem sonhos. só o prazer do momento. daí, na segunda, eu ia trabalhar, fazer exercícios e todas essas coisas e, quem sabe, te ver no próximo fim de semana outra vez.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

pronta para as conjunções

daí chega aquela mensagem que muda o teu dia..

realmente, às vezes, não é muito bom ser eu.. sofrendo com nada errado, fora minha ansiedade e esse entusiasmo exagerado, quase doente..

vendo as fotos de sábado, minha cara de acabada, denunciando a noite anterior, quase não dormida por causa do almoço, que se estendeu quase até de noite, quando houve aquela outra festa, e eu precisando ir dormir cedo, mal me aguentando de olhos abertos, tendo de ignorar todas aquelas ligações..

daí, claro, chega domingo e acordo frenética, telefono para todo mundo (mesmo, TODO mundo para quem poderia ligar naquele dia), assusto as pessoas, mas descolo um outro almoço, que tomou um rumo que eu realmente não havia sido capaz de antecipar, mas que, nem por isso, foi ruim.. foi até bem bom.. só preciso controlar esses meus hormônios..

alguma coisa está errada.. não, na verdade, alguma coisa está muito certa, o que me deixa insegura, não estou acostumada a ser feliz. talvez seja mesmo esse Júpiter instigando Juliete ou quem sabe a inauguração do mês leonino.


domingo, 21 de julho de 2013

cafeínas, endorfinas e taurinas


sempre tenho medo de dizer o quanto as coisas estão boas porque, sempre que faço isso, elas ficam ruins. mas, continuo fazendo. fato é que esse inferno astral está sendo, na verdade, o paraíso astral. já sei que os astros me punirão por estar dizendo isso, mas precisava tirar isso do peito. ho ho ho

a semana terminou muito perfeita, com amor, compromissos cumpridos, frequência impecável à academia (mesmo com a tosse que me fez inchar com um xarope milagroso que cheira a esgoto [!]), dieta, 5 dias sem beber, tudo lindo. daí, você dá aquela passadinha em uma festa de aniversário, que se mostrou um dos melhores eventos desses tempos, combina de ir fumar charutos cubanos na casa de alguém, ensina o amigo-pisciano como fazer amigos e influenciar pessoas e descola mais uma taurina. e, óbvio, mais uma briga com Simone.

e, confesso que me frustrei por não ter estendido o assunto com o casal que se apresentou como "Simone" e "Jean-Paul". mas, até aí, nem a piada dos "oximoros nas axilas" eu peguei.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

todas as quadraturas

o problema é essa minha atração fatal por pessoas divertidas. ou que saibam divertir-se (e enquanto o façam..)  simplesmente, não resisto.. é quase infantil..

nunca vou evoluir..

estarei sempre nesse meio termo entre touro e peixes.. só que mais para touro, aspirando a câncer.. repetindo sempre os mesmos erros.. e, lembrando todos aqueles diálogos.. e, o quanto foi engraçado.. o quanto ela é divertida.. o quanto me apaixono por todo mundo.. até amo.. só que não agora. agora, só amo uma.. não tenho orgulho de dizer isso, afinal, amor livre era para ser amor por várias.. sendo que até que sinto, só que pelos amigos, não pelas mulheres..

justo o que, teoricamente, desvia-me do projeto final, da missão.. já sei que vou morrer só.. o que não será muito diferente de como tenho vivido.. pelo menos, quando escolho.. estar só em uma multidão.. há poucas sensações mais confortáveis do que essa.. igual a estar de tampão de ouvido no trabalho, com aquelas semibaias..

é incrível.. ontem, era domingo, aquele dia feliz e, à noite, recordava-me da comida do restaurante do trabalho e da academia, da sensação de esgotamento físico, das músicas..

não era para ser, mas, obviamente, o ano de virgem não era mesmo de virgem. óbvio que não, era de touro.

domingo, 7 de julho de 2013

peixes x touro: 2 a 2


fazia tempos que não tinha um desses domingos perfeitos, preguiçosos, ouvindo Hindi Zahra (por indicação da amiga-publicitária) e Tulipa Ruiz na cama, com os gatos.. após essa semana que começou como várias outras, passou por um começo de final atribulado e está terminando como deveriam ser todos os finais..

passei a semana estudando carma na astrologia (sendo que o plano inicial era estudar contabilidade pública...), o que parecia ter-me feito muito mal, a julgar pelo meu estado nesses dias.. mas, ok, ter ido dormir tarde naquele dia não fez bem, ainda que a noite tenha sido divertida.. principalmente, depois da noite anterior, daquele "tapa na cara", justo no dia em que me havia preparado para.. sei lá, hoje, olhando para trás, percebo que nem sei direito o que eu queria..

mas, nada como uma noite de sábado, em que tudo começa a dar "errado", quando, na verdade, saiu toda certa, só que de forma bem inesperada.. assim, você descobre a melhor companhia para sair,  o que surpreende por ser justo aquela pessoa que estava ali o tempo todo.. e, ainda, quebra aquele mito de nunca conhecer pessoas interessantes em determinados tipos de festas.. aquele e vários outros..

poderia agradecer ao destino, mas agradeço a mim mesma (rsrsrs), por ter seguido as orientações do universo e agido como quero ser daqui para frente e, quem sabe, quebrar essa maldição e tornar-me um pouquinho mais netuniana

quarta-feira, 3 de julho de 2013

ouvindo o universo

inferno astral inaugurado. check.

ontem, resolvi estudar os nódulos lunares e aprender sobre as relações cármicas. claro que descobri que estou fazendo tudo errado. justo quando tentava, enfim, organizar as coisas.

se bem que, pensando melhor, devia mesmo haver alguma razão por que, toda vez em que estou prestes a completar esse trabalho "sísifico", uma das pedras rola montanha abaixo. pelo menos, agora, sei a razão.

e, claro, ontem, estava tendo pensamentos errados, sobre coisas quebradas que, talvez, pudessem ser reatadas. daí, você chega lá, pronta para entregar-se ao acaso, ao destino, tentando evoluir desse carma maldito, e, tchanam, te empurram morro abaixo. mais uma vez. o que te mostra que você estava errada, não era aquele o caminho. estava custoso demais. o caminho certo é o do desprendimento, o de deixar-se levar.

mas, tá tudo bem. agora, eu sei. não tem mesmo nada a ver com você.

inclusive, nem é você.

sábado, 29 de junho de 2013

somos todos colonizados

o pior não é nem redefinir e redecorar todas as senhas outra vez, é ter de ir até o shopping para poder obter um novo chip e, agora, ter de decidir se vale à pena gastar mais de 1.000 reais em um aparelho que é sonho de consumo de 99% da população, sendo que uma minoria enfática está disposta a fazer qualquer coisa para realizá-lo, inclusive enfiar a mão na tua bolsa.

se você abrir meu armário, ficará surpreso, primeiro, com a quantidade de roupas (hihihihi), depois, com a quantidade de artigos de "marca". logo eu, que detesto consumo de massa, que uso os sapatos mais surrados (sério, meus tênis já têm furo na sola), sim, eu mesma, que tenho peças que existem há mais de 10 anos e que continuam lá, perfeitas. existe uma diferença entre comprar um artigo na Zara (que, além de explorar trabalho escravo, produz roupas que desbotam na 2a lavagem) e de uma loja boa. claro que não vou adquirir nada que tenha a logomarca estampada para todos verem, afinal, não sou paga para fazer propaganda e se há uma coisa que abomino é ser relacionada a um objeto. ainda que adore as coisas da Apple. se pudesse, adquiriria os eletrônicos anônimos para os outros, sem nome nem nada.

passei os últimos 5 anos com o mesmo aparelho celular (da Apple - uma das marcas que realmente duram). o computador ainda funciona. claro que o celular começou a dar problemas, ficou ultrapassado. daí, foram 3 meses com o celular mais moderno no mercado (como o anterior foi a sua época) e minha surpresa com a reação das pessoas.

desde o princípio, o Iphone me seduziu por sua proposta multifacetada - ainda que minha principal demanda fosse apenas um aparelho que fundisse telefone com agenda eletrônica (algo que sempre usei, desde a adolescência). mas, veja, não é uma questão de status. o aparelho celular é um mero objeto. é caro, mas meu carro, por exemplo, custa dezenas de vezes mais e ninguém está nem aí para ele (ninguém fora eu <3). tenho peças no meu armário que não custam muito menos do que o celular (compradas na promoção Lápis Vermelho, claro). mas, não se vê gente te admirando por isso. por você ser "ric@" ou disciplinad@ para juntar dinheiro para comprar coisas boas para você. o interesse é saber a que grupo você pertence, se você deixa de fazer a viagem dos sonhos para comprar um celular, se você frequenta as festas mais hipsters, se você é popular.

no final, pode reparar, é tudo uma questão de posição na sociedade - o que nem tem tanto a ver com dinheiro. e, depois, ainda temos de ouvir que devemos ser quem somos na essência, independentemente dos padrões. uma grande bobagem. se você é indignado, se questiona os modelos que nos são impostos, você sabe exatamente do que estou falando. e tem um Iphone também.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

apesar de você

quantos foras você consegue levar na mesma semana? todos. segundo a amiga-escorpiana, pois não existe limite para foras. você deve continuar levando (pois, significa que continua tentando). daí a pessoa marca na quinta. fura na quinta. marca na sexta. fura na sexta. logo na sexta. e, arrumar algo para fazer assim, de última hora? claro que até os créditos do celular acabaram. e que o site do banco não abre. e que você se programa para almoçar com essas pessoas, mas nem isso deu certo. tudo bem, o almoço não foi exatamente perdido, mas o que fica é que *não deu certo*. nada. nem o presente que você passou a semana preparando. nem a dieta. nem o pescoço parou de doer, desde sábado - sábado!

daí, você abre aquele site sem noção de astrologia e descobre que está tudo péssimo mesmo, não é pessoal. e que tudo ficará bom amanhã. então.

então, vamos parar de chorar e dormir que amanhã vai ser outro dia.

terça-feira, 11 de junho de 2013

excesso de tolerância

olhando para trás, posso dizer que o último fim-de-semana foi espécie de rito de passagem para várias coisas. vários processos simultâneos, que meio que estão se fechando, confluindo para o mesmo lugar. não sei bem qual lugar, mas, apesar do nervosismo com tantas novidades, sinto-me até bem confortável. como se a vida se tivesse simplificado por si só, sabe? um daqueles momentos de limpeza, de deixar para trás o que já havia caducado. infelizmente. porque, para mim, o que caducam são as instituições, nunca os sentimentos. que, inclusive, tornam-se mais fortes com a falta - pelo menos, no primeiro momento. porque sei que, daqui a algumas semanas ou meses (ou dias, o que seria bem mais plausível, pelas razões óbvias), sem ver, sem lembrar-me de sentir, sem ouvir falar, talvez os sentidos se esqueçam do que a memória não consegue.

espero muito que isso aconteça. ainda que duvide.

mas, é isso. a escolha veio de fora. não sei nem dizer se acho completamente descabida. cada um lida com o que consegue. e, eu, como sabemos, aguento lidar com muitas coisas. feliz ou infelizmente.

domingo, 26 de maio de 2013

cenoura, abóbora e berinjela

nada como sopa feita na hora. principalmente, minestrone em um dia frio, tentando, enfim, me recuperar da urucubaca que me deixou 2 semanas doente e me fez perder todos os eventos sociais - que, óbvio, foram muitos. sem contar os convites para saidinhas. quantas sextas-feiras fiquei sem opção e fui àqueles mesmos lugares de sempre.. daí, pimba, você adoece e todo mundo quer sair contigo.

o lado bom desses dias em casa é testar receitas novas e baixar muitos filmes. só neste fim-de-semana, devo ter baixado uma centena (sem exagero).

hoje, além da sopa, fiz uma torta de berinjela, que ficou até boa, e tentei fazer um creme de chocolate (acho que não cozinhei os ovos o suficiente). mas, o chocolate quente de ontem ficou perfeito. e tão simples! só cacau, leite, creme de leite e adoçante.

e, com toda essa confusão, ainda estou conseguindo emagrecer e estudar. assim, embora essas semanas não se tenham saído como previsto, posso dizer que têm sido bem proveitosas.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Darwin awards

na falta de assuntos "publicáveis", decidi aderir ao Ana-lifestyle e engajar nos assuntos gastronômicos.  hoje, por exemplo, consegui comer uma bandeja inteira de frango assado. tudo bem que, se você tira a pele, sobra 1/3 da ave. fiz vagem sauté com alho, para acompanhar. de sobremesa, tentei um capuccino com o tal chocolate do capeta, mas ficou meio estranho. deve ser a falta de açúcar. ah, fiz, também, um brownie com farelos. claro que, agora, a ideia também me parece ridícula, mas, por alguns instantes, enquanto batia a massa, parecia certa.

no fundo, o que tudo isso evidencia é, conforme bem observou minha enfermeira oficial, que estou melhorando - se consigo já pensar nos prazeres da carne. no caso, do chocolate. só que não me iludo, principalmente após a cena estilo Requiem para um sonho do coquetel que ingeri pela manhã. sei que tudo isso é falso, plástico, e que, por dentro, continuo chorando de dor, deitada na cama assistindo a todos os filmes que consigo. mas, o importante é não cometer o mesmo erro de semana passada, quando, achando que já estava bem, resolvi sair no frio, conversar com todas as pessoas presentes no CCBB, tomar cerveja e, não contente, passar no super para comprar mais antes de voltar para casa. quase digno de prêmio.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

aerada

tudo em paz, enfim.. nem acredito que sobrevivi à semana passada.. ainda mais tendo somatizado todos os estresses.. imagina, torcicolo junto com uma super gripe.. alguns dias de cama, sendo cuidada  por uma enfermeira carinhosa e prestativa, que até compras de super fez para mim.. se não fosse pelo mal estar, até poderia chamar de férias..

agora, é tentar resolver tudo que está errado.. minhas taxas sanguíneas, exames alterados, anemia e sei lá mais o quê.. isso sem contar com o gato grande, que teve um treco na sexta de noite, passou super mal, chorou, me deu um puta susto! falta, ainda, levá-lo para mais exames e encomendar aquele remedinho homeopático do finado vet..

o novo coleguinha de apartamento chegou, e o clima, aqui, é completamente outro.. nem parece a mesma casa.. parece que até o ar circula melhor..

na medida do possível, o fim de semana foi bem bom.. até me rendeu uns charutos cubanos - na hora certa, meu estoque havia recém-terminado..

então, hoje, consegui enfim terminar um resumo que estava interrompido há uma semana, voltei para a academia, as compras de super foram feitas e já comecei a resolver a vida.. me sinto em paz..

quarta-feira, 15 de maio de 2013

solidão

no último encontro do grupo de estudos, vimos normas de conduta ética no serviço público.. a amiga-pisciana achava graça de todos aqueles artigos exprimindo "o óbvio".. hoje, penso que uma das coisas que mais me dóem é perceber o quanto isso não é óbvio e que, ainda que você tente explicar, quase ninguém percebe..

lealdade deve ser um dos valores que mais pesam para mim

n substantivo feminino
1    respeito aos princípios e regras que norteiam a honra e a probidade
2    fidelidade aos compromissos assumidos
3    caráter do que é inspirado por este respeito ou fidelidade


e, não tem jeito, na maioria das situações não tem como ficar neutra.. até porque não tomar um dos lados, na maioria das vezes, corresponde a tomar o outro lado.. 

por exemplo, quando você presencia uma injustiça.. dizer que aquilo não tem nada a ver com você e fingir que não viu te torna conivente com quem a praticou..

para mim, lealdade significa escolher o lado. poder contar com alguém é saber que a pessoa estará lá não importa o que acontecer. nem que seja para te repreender. amigos deviam ser justamente aqueles que nos ajudam a crescer, não que dão as costas quando estamos sofrendo, alegando não querer envolver-se. 

claro que é só minha visão de mundo. do meu mundo. que, pelo que tenho visto, é cada vez mais só meu. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

enchendo os pulmões

agora sim. a prova passou, já posso respirar. o fim de semana foi intenso. e lindo. realizei o sonho de ir a um show da Vanessa da Mata. ela é incrível. ela consegue renovar até aquela música que você não aguentava mais ouvir tocar. acordei ainda emocionada.

o domingo no parque foi lindo. depois, foi lindo. agora, está lindo. férias. muita louça para lavar. a geladeira não tem mais comida. preciso lavar o edredom, escovar os gatos, me arrumar para ir à academia. agora, minhas preocupações são essas. :)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

factótum

daí, a última coisa que faltava aconteceu: invoquei minha personalidade Chinaski, que não para em nenhum emprego. e, juro que não foi culpa minha. claro que, se a pessoa me chama para conversar e me dá a opinião dela, sinto-me à vontade para emitir a minha. tive de repetir que, olha, não estou tentando te ofender nem nada, só estou sendo sincera. não consigo ser diferente. algumas pessoas se irritam com isso. só que eu gosto.

uma vez, ouvi de alguém e, recentemente, li que eu "don't take shit from nobody". e, que isso, obviamente, incomoda muita gente, essa segurança de caráter. olhando assim, até dá para entender que não sou uma pessoa briguenta. sou assertiva e segura. algumas pessoas interpretam isso como arrogância. discordo. mas, respeito a opinião dos outros, da mesma forma como respeito demais a minha.

em conclusão, acho que você tem razão. alguma coisa está acontecendo, mesmo, no universo. a transformação está tomando conta. me disseram que é o sol em áries, que também inspira batalhas, mas, sobretudo, o início de processos, situações. e, às vezes, como conversava com esse colega de trabalho logo antes de sabermos que a mãe dele morreu, para começar algo novo, é doloroso, mas temos de abrir mão de algo que já não se encaixava bem. aquela fôrma que mudou, que se tornou desconfortável.

isso e aquela observação do astrólogo, que me irritou em princípio, mas que tem me perseguido desde então, de que, ó, percebo que você é uma pessoa muitíssimo inteligente, mas, principalmente, quando não pensa.

pois que, hoje, estou tentando ser só coração.