segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

saudades do rei

descobri que o cabelelero não abre às segundas. só por isso resolvi que vou comer só o macarrão da sopa. e são 19h e até agora não passei mal. and counting. faz mais de 24h que não passo mal. até acordei com medo de comer (estômago vazio não passa mal - é só não beber água). mas, aparentemente, já vou monstruar. ainda assim, recuso-me a acreditar que tudo isso era "só" TPM.

pra compensar, assisti a um filme ridículo, Room in Rome. arrepiante de tanta vergonha alheia. uma minimulher alien com cara de que foi subnutrida na infância, com um topete gigante e um vocabulário amoroso, fazendo par romântico com um cliché ambulante, tudo ao som da fantasmagórica trilha sonora original. só que fantasmagórica no pior sentido. Sério, prefiro tomar picolé Yopa.

domingo, 30 de janeiro de 2011

intoxicated

Então o amigo-engenheiro está no Egito, sem internet, no meio da confusão. Que cousa isso. Acho que até gostaria de estar no meio da revolução. Já era hora, néam?

Ontem que achei que me recobrava da intoxicação tive uma recaída. Assim, meu spa continua. O pior é que nem acho que estou ficando magra. Minha barriga está toda inchada. O olho do gato grande também. Mas pelo menos agora já consigo me abaixar e tenho andado menos zonza.

Deve ter sido o chá que ganhei da vizinha. Apesar do calor, acho que fez bem.

Fez bem também assistir a The Town. Ao contrário de Somewhere e do final de Capitu. Acho que encerrei um capítulo da minha vida. Talvez até vá ao médico amanhã.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

bad medicine

passo mal e depois tomo cerveja. isso mesmo, faço o que eu quiser. especialmente considerando minha equipe de enfermeiras de plantão. acho que estou gostando de ficar doente. nem tenho chorado muito.

mas realmente nunca tomei tanta água de côco na vida. devo estar bem hidratada. mas pelo menos estou ficando mais magra, como diz minha vizinha. que provavelmente me observa pela janela. estava passeando com o gato pequeno e chorando copiosamente por uma razão que me escapa neste momento quando ela aparece procurando seus óculos que supostamente havia deixado cair na grama, à noite. (!) ajudei a procurar. pedi desculpas pelo comentário maldoso bem-intencionado do outro dia. ela teve uma crise que jura que não tem nada a ver com o que eu disse. mas me senti culpada. sou meio insensível às vezes, mas não é por mal, sempre me uso como medida, tipo, não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você e vice-versa. daí viro insensível. a insensível que chora o tempo todo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

manhã Tchaikovsky

poizé. eu nunca fico doente - pelo menos, não de gripe e essas coisas - mas estou sempre alimentarmente intoxicada! nunca vi. tudo bem que abuso, mas tenho muita dificuldade em jogar comida fora.

então. havia esse presunto. estava na geladeira já há mais de uma semana, eu sei. estava com uma cor estranha, eu sei. estava grudento também. mas o cheiro estava bom. não tinha como saber. daí acordei passando mal. e fiz um misto quente de café da manhã.

a parte boa é que o presunto acabou. o queijo também, mas queijo nunca estraga. como dizia meu pai, laticínio não estraga, se transforma..

     leite  iogurte  queijo  queijo curado  ...

mas já tinha jogado fora as azeitonas e a granola no outro dia. realmente, o mercado não pensa em consumidores que moram só. já fazem a minha felicidade pacotinhos de meia dúzia de ovos. agora, pão, só congelando.

acho que a parte boa de ficar doente é que você é obrigada a descansar e se divertir (a.k.a. ver filmes). já baixei todas as legendas para todos os filmes. só preciso descobrir qual é a pala do meu pen drive que jogo as coisas no lixo mas elas continuam no pen drive, só que na pasta "lixo" (?!). daí tenho que ligar meu pen drive gigante (o pc) pra conseguir apagar o lixo secreto (que o mac não lê - e não apaga).

como estou doente e dá muito trabalho levar a régua lá pra trás pra ligar o pen drive gigante, fico assistindo a Black Swan, porque, aparentemente, o final de Un prophète também é secreto já que está sem som. É bom que vou guardar todos os finais de filmes para ver no fim-de-semana: já tem Capitu e vou aproveitar pra guardar o de Black Swan também.

Aliás, que filme bem lindo. Claro que você põe uma das atrizes mais lindas, com um de meus compositores favoritos, com uma das músicas mais lindas feitas na face da terra (sei que é cliché, mas eu gosto), então ela abre a boca e eu começo a chorar. Talvez estivesse precisando disso. Sempre acreditei na Doença como caminho, que é esse livro de autoajuda que uma psica me indicou e que há anos já não sai mais da minha cabeceira. Mas a lição é bem simples: se teu corpo te pede para parar, é melhor parar mesmo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

love for sale

sei que é errado, mas tenho me sentido excepcionalmente feliz. não há nada de novo, mas o apetite voltou, junto com a calma, a vontade de ficar em casa, de ler, estudar. esses dias, cheguei a pensar em ir ao cinema sozinha, coisa que não cogitava desde..... desde você sabe.

queria saber o que desencadeou isso, pra fazer mais. pela primeira vez, me sinto como me sentia há uns dois meses, quando tudo parecia certo ou, pelo menos, no caminho certo. hoje até ouvi Billie Holliday.

talvez sejam os filmes e o fato de estar evitando assistir ao final de Capitu.

Direito Constitucional já está quase no fim.

acho que deve ser a proximidade da prova. poder me organizar, planejar os estudos. agora dá menos preguiça.

e enjoei de Malbec (pensava não ser possível).

daí hoje cheguei em casa e comi uma lata de sardinha e chocolate. super tem cara de TPM, mas não era época.

resolvi pendências na rua, até consertei a porta do carro, há dois meses travada.

acho que é mais um pressentimento. tomara que dure.

sábado, 22 de janeiro de 2011

divas

Então. Adoro saber segredos, adoro essas coisas bem cruas e reais. Mas ainda estou para aprender a guardá-los. Tento avisar às pessoas, mas parece que aí é que elas querem mais me contar. Então contem. Juro que vou tentar guardar junto com.... nada. Não guardo nada, nem objetos, nem lembranças. Não, as da mente, sim, só não guardo as materiais. Com exceção de uma pasta, com memórias de uns 20 anos. Que de tempos em tempos vou lá pra jogar fora o que não faz mais sentido. Sim, me arrependo às vezes, mas acho que a vida é um pouco assim, você faz na hora o que faz sentido, você até sente remorso por algumas coisas, sofre, mas depois passa. Tudo passa.

Descobri alguém que ama Gilda como eu. DIVA. Rita Hayworth e Bette Davis. Se não fosse a mentalidade dos homens, eu super podia ter nascido naquela época. Com certeza ia andar de vestido longo de fenda lateral pra toda parte. Ia vestir um espartilho e me sentir sempre magra e elegante. E ir fazer compras no super.

Estou vendo Scott Pilgrim vs. the world. É muito fofo. Michael Cera deve ser uma das maiores revelações cinematográficas desses tempos. Sempre vou me lembrar dele com aquele treco atoalhado na cabeça (como é o nome disso?) em Juno.

Agora desagradável foi o comentário de "Você tirou licença para entrar no facebook?". Não devia me irritar com esse tipo de coisa, mas a verdade é que concordo com ele. Às vezes alguém precisa te dar uma bronca mesmo, a amiga-social tem razão.

Fora isso, atrapalhou a noite a notícia do gato da vizinha, que teve o pênis amputado (!!!) por conta de problemas renais. Dá vontade de ir na clínica e amputar o do médico também. "Não faz diferença, apenas ele vai fazer xixi como uma fêmea." Então por que você não experimenta?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

o "sonequinha" morreu. engordei 0,5Kg após perder 1Kg na semana passada. podia ser pior, eu sei, mas ainda assim é irritante. tenho que aprender a não tragar a cigarrilha. e parar de ter esses sonhos eróticos. me confundem.

mas pelo menos tive o 1o dia de bom humor na semana. calma, enfim. os estudos estão rendendo outra vez. economia vai sendo absorvida, sim, pouco a pouco, mas pelo menos já se vê progresso.

claro que influencia a cara de pânico dos colegas na sala de estudos. adoro ser a única pessoa calma. me deixa mais confiante.

tenho bebido os melhores vinhos. de repente vem daí esse meio quilo. merecido, mas valeu à pena.

a leitura do jornal está quase em dia. os gatos estão felizes e escovados. isso depois do susto de hoje, quando o gato pequeno rasgou um saquinho de sachê e me surpreendeu mastigando as bolinhas cheirosas. consegui recuperar a maioria delas, mas algumas viraram lanche mesmo. tomara que nada de mau aconteça.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

love and other catastrophes

veja bem.. no fundo, no fundo, eu realmente não me importo.. eu choro é por mim, pelo que não foi, pelo que queria que fosse, pelo que você não foi, pelo que você não me deu, pelo que você me tirou..

I wanted you forever. mas agora que não nos temos mais, tanto faz com quem você estiver, sei que ninguém vai te ter como te tive, sei que há coisas que ninguém vai te dar, aliás, nem eu nem ninguém, você talvez.

talvez.

os gatos estão bem. I still love you, mas cada vez te quero menos, penso menos em você.

minha ansiedade ironicamente melhorou. estou apaixonada. pelas pessoas, pelas coisas, pela música. a minha paixão que você sempre sufocou. acho que vem daí toda essa euforia. o amor calmo que você me deu não serviu pra ninguém. nem pra mim, nem pra você.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

dazed & confused

sim, continuo conhecendo gente de câncer. não sei, não entendo. aliás, "não sei" é a resposta do momento. não sei o que estou sentindo, não sei o que está acontecendo, não sei o que quero, não sei se isso é certo. but feels good.

não queria chatear as pessoas que estão no meio disso. acho que é por isso que não gosto de mentir. imagina, administrar centenas de segredos. por isso que acho que às vezes é mais fácil simplesmente não tocar no assunto. você não me pergunta, eu não te pergunto.

e de repente comecei a sentir outra vez um ímpeto de arrumar as coisas, até dei banho no gato grande.

muita vontade de fazer uma coisa, mas estou treinando para ser moderada. a vida é minha, tenho de conseguir controlá-la. há os objetivos. que eram o que devia importar mais neste momento. mas é difícil fingir que determinados sentimentos não estão acontecendo. e devo estar emanando alguma coisa, considerando a cena do elevador. tipo, você não era hetero??? não sei porque me surpreendo, but I do.

claro que essas coisas todas só acontecem quando não é o momento. pior ainda é ficar esperando por uma coisa que aconteceu e que queria que acontecesse de novo. por que você não simplesmente me liga? ou passa aqui. sim, vamos fumar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Sou emotiva, sonhadora, romântica, sensível, receptiva, frágil, fácil de magoar, muito insegura. Tenho um lado maternal, protetor, preocupado com o bem estar dos outros, sou grudenta, chantagista na parte emocional, sou muito sensível a pidões. Sou infantil e inconsequente, eterna insatisfeita. Sou muito dócil e meiga. Tenho muito medo de perder as coisas e a afeição das pessoas. Não tenho bom gosto, sou desligada ao me arrumar.


Tipo, não, né? Preciso avisar àquele tal cientista pra limpar a luneta dele, que esse novo planeta que ele viu foi é um meteoro. 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

need to hear a symphony.. oh oh..

um ataque de ansiedade, será que existe isso??? se não, significa que estou apaixonada??? e, se estou, por quem???

meu deus. o que há de errado comigo?

sim, vc tem razão, eu devia estar concentrada nos estudos e no meu luto. mas não pense que sou viúva alegre, pois não há alegria, só, hmmm, outra coisa. até porque há coisas a que não resisto. a gente sabe disso.

e, de alguma forma, estou cerceada por capricórnio e câncer por todos lados. não sei o que quer dizer, mas, contanto que não seja nem gêmeos, nem sagitário e nem aquele outro signo que não vamos mencionar, acho que tudo bem. vamos ver o que essas pessoas têm a dizer. mas, daqui pra frente, quando conhecer alguém, já vou perguntar "câncer ou capricórnio", só pra fingir que sou adivinha.

quase chorei na padaria com o coleguinha dos olhos de tigre. acho que foi a 1a pessoa com quem consegui realmente conversar. depois, com a outra amiga, ao telefone, que prometeu que não vai dar em cima de mim. melhor assim, né? toda vez em que conhecer uma mulher é melhor já avisar "por favor, não dê em cima de mim. sabe, eu não resisto, mas não quero isso. estou de luto."

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

war on terror

quero dizer que acho errado. a partir de hoje, ninguém mais me procura, pelo menos até, né, resolvermos essa história. não vou fumar com ninguém, eu nem fumo, nunca gostei, não quero, já tentamos uma vez, não deu certo, pra que insistir. e pode se mudar pro prédio do lado, não vou sair de casa 2 da manhã, muito menos para fumar. muito menos com você. isso, você mesma, isso aqui é pra você.

estou ultracarente, oh, que novidade, as amigas não me aguentam mais dizendo isso. mas carência não é loucura, a gente só cai no poço uma vez. e eu saí, rápido até, ok, né, I'll give you that, mas cair rápido outra vez, jamais. nunca mais.

até podemos ser amigas, mas só se você conseguir se controlar e não fizer como daquela vez em que nos encontramos no bar (sempre no bar...). e daí gastei muito tempo tentando explicar pros outros o que aconteceu, sendo que nem eu entendi, como assim you took me for granted, lista negra pra você, pra sempre.

estou agora, como sabemos, experimentando essa outra história e, sabe como sou, preciso gastar isso, "até a última gota", como dizia aquele meu professor de literatura, olhando pra mim, eu com olhos marejados e pensando em como odeio ser assim. preciso parar de sentir essas coisas, não é normal, mas, sabe, tenho sido muito fiel às coisas de que gosto, meio monogâmica até, pelo menos até enjoar. é bem verdade que não cheguei a enjoar de você, especificamente, mas enjoei desse seu jeito, da forma como fico perto de você, do seu desprezo, não, não, não, as regras da casa são as mesmas para todas, ou você se adapta a elas, ou não entra. neste caso, na verdade, não precisa nem tentar, já até arrastei o sofá pra frente da porta.

e já chega todo mundo vindo me falar de você. realmente, acredito no destino, só que o nosso é uma pra cada lado, você pro lado do mal, eu pro lado do bem.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

BFF

sei que devia estar estudando os efeitos do choque de juros do FED na década de 1970, mas vim aqui pra dizer que, cara, eu não ia falar, mas você também não ia, né, criar uma situação chata. amizade é uma coisa delicada, não dá pra ficar confundindo a cabeça das pessoas. é por isso que sou contra ficar com amigas. mas se há uma coisa que mulher ama é um drama.

e odeio quando vêm me dizer que, nada disso, nada estava acontecendo, isso é coisa da sua cabeça, porque eu estava lá e, ultimamente, eu tenho sido a pessoa mais sóbria e (só por isso) sã do grupo. posso até ser meio lenta pra perceber duas mulheres se pegando no meu colo (!!!), mas sou muito boa com alguns tipos de sutilezas, especialmente os dessa natureza. acho que é mesmo a experiência (dada a minha pouca idade.........).

então, né, vamos deixar tudo bem claro, inclusive que, se há uma coisa para a qual eu não tenho tempo neste momento, é lesbian drama.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

212

very, very naughty

senti saudades da professora de inglês agora. ia ver um filme, mas chegamos atrasadas, então tivemos de tomar um duche de leche tentación no freddo. gente, orgasmo aquele sorvete. sorvete de almoço. e conversas sobre política, machismo e encontrar o coleguinha que agora está em toda parte. engraçado isso, agora preciso descobrir o que ele está querendo me dizer.

um convite de trabalho, uma festa de aniversário, um reencontro doloroso. chorei no bar de novo. tipo, de molhar a camisa da pessoa. nem um pouco fino, mas necessário. às vezes é melhor deixar que todos saibam mesmo. pelo menos pra não ter de explicar outra vez. "ué, você veio só?" "sim, agora sou só eu." "ótimo, agora podemos sair juntos pra badalar". maybe.

sábado, 8 de janeiro de 2011

lover of hair and beast alike

meu cabelo está colado na cabeça. encontrei um copo de bar no chão do meu carro. descobri que há uma razão porque a primo piato basicamente não existe mais.

ontem foi um dia muito estranho. acho que estou fazendo uma nova amizade na aula. tudo questão de afinidades espirituais e consumistas.

quase não consegui comer, mas gastei 6 cupons. muita emoção.

chegaram o xampu e o sabonete novos. agora tenho sabonetes para até 2020.

música ruim, bebida ruim e noite ótima. mulheres muito loucas miando e tentando beijar as amigas. não pode. mas há poucas coisas de que gosto mais do que plantar uma mesa com 6 lésbicas em um bar hetero. alguém precisa dominar o mundo.

às vezes o tempo voa. você olha no relógio, 12h30, dois minutos depois, 5h, como assim, e 1, 2, 3 e 4? a ansiedade baixou. acho que foi, hmm, não sei bem.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

virei tímida

você sabe que está de tpm quando tem um dia ótimo e chega em casa e chora. por que estou chorando? não sei!!!

acho que foi o primeiro dia do ano (he he he) em que consegui acordar antes do despertador.

agora quer deixar uma mulher feliz é ela descobrir que está mais magra um dia antes de monstruar. não fica melhor do que isso. até fiquei sem apetite. (mas depois comi 47 uvas)

e fiz uma coisa que queria fazer. achei que não fosse conseguir, mas consegui. claro que ia conseguir. só não consigo entender.

o gato grande passou o dia trancado no armário do corredor. não vi quando saí de casa. coitado. passou fome e sede. e eu ali sendo feliz. resolvendo problemas de curva de phillips aceleracionista e islm-bp. e descobrindo todos os tipos de poderes constituintes.

muito perigoso esse meu estado. mas sei que vou amanhecer numa poça de sangue e tudo voltará ao normal.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

trabalhar para morrer

a tpm está me matando. ansiedade infinita. até tenho tomado menos café, mas nada parece ajudar. já fiz todos os tratamentos de beleza, tomei cerveja, comi chocolate, só não fiz exercícios, afinal, não pára de chover e não existe nada que eu goste de fazer que não seja ao ar livre. ganhei um monte de olhos de tigre. preciso comprar um requeijão, pra ter um copo de requeijão, onde pôr os olhos. vamos ver.

a aula foi ridícula. fiquei com raiva.

a água transbordou no banheiro outra vez. fui ao super. não sei como, mas consegui economizar. considerando que a metade do carrinho era de bebidas.

daí descobri que estou sem plano de saúde, after all. tomara que eu não morra nos próximos 15 dias. seria meio triste.

então. acho que vou ali retomar meus 100 anos de solidão.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

cio


Eu não ia falar, mas vou. É muito indignante alguém dizer que não se lembra de como foi a vez em que vocês ficaram, lembra, há muitos anos, na minha casa, a gente passeou com o gato grande, depois de ter ido na casa daquele casal de amigos, meio first (and only) date, em uma época em que eu namorava outra pessoa, que, inclusive, ficou muito indignada pelo acontecido, principalmente no dia seguinte, quando eu tentava convencê-la de que era apenas o que havia sido, acendo um charuto e a pessoa aparece, do nada, puxa uma cadeira e tira o charuto da minha mão. Ok, foi meio engraçado. Acho que se houve algum momento em que imaginei que essa namorada partiria para a violência, esse teria sido um dos principais. Esse e no dia em que ela teve a coragem de oferecer bebida pra outra em uma festa, do meu lado, só que aí quem foi violenta fui eu. Mas foi a última vez também. “Você sabe do que estou falando, né?” “Sim, também estou familiarizada com aquela mão pesada..” Muito fina, tapa na cara é uma violência com classe. Mas depois que você aprende a esmurrar sacos de pancada, é uma força quase incontrolável. Sempre me penso como uma pessoa fraca (fisicamente, pelo menos), mas acho que sempre impressiono com os vidros de azeitonas e coisa e tal. Claro que sou o oposto de musculosa, mas acho que a força vem de dentro mesmo ou pelo menos era isso que dizia meu instrutor. 
Mas eu me lembro de tudo, felizmente ou infelizmente, minha memória afetiva é de elefante, coisas de lua em escorpião talvez, até porque você só guarda rancor daquilo que se lembra. Não foi esse um caso de rancor, talvez mais uma chateação, a cena do charuto teria sido dispensável se não fosse o valor anedótico futuro. E sempre me diverte lembrar das minhas reações (ou falta delas, nesse caso). Me senti o próprio malandro, mas sem ter feito nada, nada fora do esperado, pelo menos. Quer dizer, não sei ainda se havia algo a ser feito ou dito, tipo ontem foi interessante, mas acho que nem gostei. Às vezes é melhor não falar. Quando é bom também. 
Mas eu sei os dias em que as coisas aconteceram, exatamente quantas vezes, a roupa que todo mundo usava, me lembro da frase dita despretensiosamente. Me lembro das consequências. Me lembro do que a namorada da outra achou, do chá jogado na cara, das razões, eu me lembro de tudo. 
E de pensar que tudo começou com a singeleza de um comentário de um estranho aleatório em uma festa em um dia em que minhas mãos estavam envoltas em band-aids porque as bolhas ardiam feito queimaduras, as orelhas ardiam com os brincos novos (beleza é sempre mais importante do que saúde), os lábios também por causa de algum batom que ainda não descobri qual, então continuo usando todos e os lábios estão sempre ardendo, o cabelo estava sujo (preguiça de ainda lavar o cabelo), vesti a roupa que deve ter sido a que mais usei nos últimos 5 anos, cheguei lá e aí veio esse comentário e assim, de repente, me senti bonita. 

domingo, 2 de janeiro de 2011

tigerlily

I can see you burning with desire for a kiss.. trá lá lá lá.. And in the crush of the daaaark.. I’ll be your light in the mist.. 
dia 1 esquisito, acho que chorei ⅔ das horas em que estive acordada. inclusive em público. isso dias depois de chorar em uma mesa com 20 pessoas no bar, depois de ouvir aquilo. mas acho que minha carência está começando a transparecer, algumas pessoas têm reagido. até arrumei um número de telefone. e uma nova amiga, acho. “respira, você ainda tem muito amor para dar” (enquanto soprava no meu ouvido ¿¿), só que não esse, esse fica guardado, pra eu gastar no jardim, jogar tudo na terra. estou até pensando em plantar as florzinhas que ganhei. não aquelas, aquelas morreram. outras, as florzinhas da minha avó. enquanto isso a isaura morre lentamente, por falta ou por excesso de água, nunca sei a diferença. 
I’ll take your apathy… I wouldn’t lie to your Blossom..

sábado, 1 de janeiro de 2011

elle s'appelle sabine

pronto. sobrevivi ao Natal, sobrevivi ao Reveillon. daí hoje acordei e fiz um daqueles nossos cafés da manhã tradicionais, que eu não tinha feito nenhuma vez desde 24 de novembro. mas nem foi bom. o queijo que você congelou estava com um gosto estranho. 
acho que daqui pra frente vai ser menos ansioso, o pior já passou. o pior nesse aspecto, porque se trancar no banheiro da festa pra chorar não é nem um pouco bom. agora preciso jogar fora a sacola dos presentes, comprar uma lapiseira que não tenha o teu nome e parar de olhar para aquelas fotos. 
conheci uma pessoa da Palestina. sempre quis conhecer alguém de lá. e aproveitei para dar abraços apertados em um monte de estranhos. daí olhei pro celular e lá estava a sua mensagem, aquela, e chorei como se fosse a primeira vez. claro que não foi a primeira, houve várias antes de você, haverá várias depois de você e eu vou continuar autista. 
minhas mãos estão machucadas, minhas orelhas inchadas, a alergia da boca voltou. não usei luvas, usei os brincos novos e o batom. terminei de ver The American, almocei no Submore, passei mal e choveu. meu horóscopo de 2011 não está promissor. mas acho que isso era esperado.