ninguém quer uma relação. não, não. queremos divertir-nos. somos modernas. então, sejamos modernas. só que não. ah, não, você não pode tratar-me assim, está pensando o quê. essa objetificação das mulheres. não quero ser só um número. eu quero carinho. você já foi mais carinhosa.
não. quer dizer, fui, sempre sou no começo. daí, adapto-me. dizem que sou boa nisso.
essas meninas. não mulheres, meninas mesmo.
de quarta-feira para nunca. olha que bom.
não pode exigir nada? mas, oras, nunca pôde. a gente pede. é assim que conseguimos as coisas. um dia, você aprende.
agora, rude e agressiva foi demais. vindo de quem veio. que ironia.
o que aconteceu, sabe o que acho, é que aprendi a te tratar como você sempre me tratou. daí, você não deu conta.
naquele dia, só telefonei porque achei um absurdo você passar na minha frente e fingir que não viu. se eu não estivesse naquela situação, teria levantado e ido reclamar pessoalmente. daí, você mentiu, como sempre faz. e, assim, não tinha a menor pretensão de que fôssemos ficar juntas naquela noite. estava tudo bem. a história havia sido superada. depois daquele dia em que perguntei o que você queria e você deu-me a resposta de sempre: "não sei". pois, eu sempre sei o que quero. te propus, você aceitou. mas, depois, não deu conta.
uma menina. lindinha, mas uma menina.
a noite poderia ter sido boa. mas, daí, vem a DR. você ameaçando ir embora. ocupando dois terços da cama, para obrigar-me a te abraçar. você acha que não percebo.
agora, vamos aproveitar e fingir que está tudo bem. você segue do teu jeito, e eu, do meu.
olha como ficou bom assim.