sábado, 21 de junho de 2014

não é culpa minha

então, fazer o quê? então, vamos a esse aniversário, tomar espumante, dar em cima da namorada sapa do amigo gay da amiga (ai, as arianas). vir para casa com o bff, tomar todo o resto daquela vodka de 10 reais, enviar mensagens para todo mundo, gravar vídeos bêbados e dormir só de manhã, um em cada sofá.

e investir na taurina número 3.472. juro que não escolho, são elas que vêm. meu ímã para taurinas. depois dessa última, linda, perfeita, bem vestida, mas moderna demais. imagine alguém como eu dizendo isso. muito, muito, muito moderna mesmo.

não me entenda mal. você pode, sim, beijar quem você quiser. mas, precisava ser na minha frente? imagina uma pessoa com ódio, muito ódio. para mim, acabou ali. nem era só ciúme (embora fosse um pouco também - tenho-me descoberto uma pessoa ciumenta), era indignação. na minha frente, linda?

o bom é que, da mesma forma que elas aparecem em minha vida, desaparecem, sem deixar nenhum vestígio. nenhuma foto, nenhum esbarrão na rua, em lugar nenhum. como um crime perfeito.

mas, então, a taurina nova. linda, legal, tem projeto de vida e, rá, gosta de mim. que bom. e eu que dizia que só queria namorar.

era mentira. tudo mentira. eu só quero beber, investir no trabalho novo (que estou amando - isso é realmente novidade), aproveitar os dias em que a colega de apartamento viaja, para deixar tudo de pernas para o ar e dar festa quase todas as noites.

a taurina do trabalho. aliás, as taurinas do trabalho. você marca de ver o jogo com as colegas e, daí, percebe que são todas taurinas.

juro, juro que não escolho isso. meu ímã. devo ter alguma coisa para resolver com elas. talvez a história da minha mãe, minha primeira taurina e meu primeiro carma.

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