terça-feira, 14 de outubro de 2014

minha vida de Adèle




o ano nem acabou, mas é como se já tivesse terminado. feliz 2015. aquele momento de deixar as mágoas para trás, de relembrar os dramas e os desencontros. a satisfação de ter agido da forma que quis, ter seguido a intuição. mesmo com todo o sofrimento que veio junto. pois, até hoje, prefiro arrepender-me do que fiz a do que não fiz. e fiz muito este ano. me joguei. falei para uma pessoa nova que a amava. escrevi cartas de amor (amor mal do século). chorei, chorei. incomodei os amigos. aprofundei as amizades. retomei contato com pessoas com quem não falava há anos.

as férias começam em novembro, e sinto como se fossem férias de fim de ano mesmo. quero brindar com alguns dos melhores amigos. só que com uísque porque não sou obrigada.

e o filme, ah, ele será o filme de nossa história. ainda que, para ti, não haja "nós" (mesmo com você adorando falar "a nossa relação..."). pois, para mim, aconteceu. foi real. foi lindo.

e acabou.

de todo modo. obrigada por fazer parte. eu gostei. até da tua sepultura.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

agora, foi

demorou. foi o tempo necessário. esperei, te esperei.

só que, hoje, acordei e senti que acabou. sou assim, lenta mesmo. fiquei negando durante as últimas semanas. esperei, esperei. mas, foi.

tudo bem. agora, vamos dar um jeito nas coisas. esperar o luto. juntar os pedaços. dar um tempo da rebound. não ia apaixonar-me por ela. no fundo, acho que já sabia disso. e, agora, ela olha para mim e sinto quase pena. mas, a culpa não é só dela. eu não ia conseguir.

ainda me dói ouvir as músicas, passar por aqueles lugares, encontrar teus amigos, ver as fotos. vou apagar todas hoje. as do celular, as do computador. mas vou ouvir as músicas durante esta semana. até gastar. não vou beber, vou só chorar, sentir tudo. e te arrancar de mim. à força mesmo.