neo

dia de chuva e preguiça de cozinhar significam spaghetti de almoço. o fim de semana foi, digamos, cheio. a última sequela, fora minha cara de zumbi no trabalho, foi encontrar a chave do carro, perdida desde sábado, na ignição. carro novo, estacionado na rua. quando não é para ser, não é.

a parte que não foi de minha autoria foram as pérolas proferidas em estabelecimentos comerciais na cidade. na sexta, uma mesa de 5 mulheres ensandecidas ("sob efeito da caipiroska", explicou o gerente) perturbou a paz de metade do estabelecimento. daí, você pede auxílio ao gerente, e ele te informa que Brasil é isso mesmo, tudo bagunçado. mas, diz isso com uma cara de pesar, sabe? oras, Brasil é ele. repeti isso várias vezes. xinguei-o como uma mulher de tpm. namorada me xingou pelo barraco. até que o vimos ir falar com as damas, que pararam de gritar.

de nada.

no sábado, um garçom nos sugere vinho diferente do que havíamos escolhido. o preço é o mesmo? é, sim. só que, na conta, outro preço. questionado, nos trouxe o cardápio indicando que o preço do vinho que tomamos era aquele mesmo. rá, trouxas. não, senhor, não vou pagar nenhum centavo a mais. daí, o cara conserta a conta e ainda volta esbravejando como quem não lembrasse de que o erro foi dele mesmo.

a última foi nessa lanchonete, onde sempre peço dessas promoções de "combo" única e exclusivamente porque são mais baratas do que pedir um sanduíche e uma bebida, já que não vou comer a batata frita. e, daí que, ontem, a embalagem média da batata estava em falta, então eles acharam que tudo bem de cobrar pelo combo da batata grande. mas, eu nem quero a batata. eu sei, senhora, mas só podemos vender a promoção com a batata grande. mas, não precisa da embalagem, jogue a batata na bandeja, não vou comer mesmo. tive de chamar o gerente, mas só como ameaça, pois, de repente, o atendente resolveu a situação. só que, assim como o do vinho, com raiva.

qual é o problema. correndo o risco de parecer pretensiosa/arrogante, às vezes, sinto como se fosse a única pessoa que enxerga as coisas, sabe, algo como ver a matrix, ou ler pensamentos, ou ver fantasmas.