segunda-feira, 21 de março de 2011

cinefilia

olha, de filmes, o que gostei mesmo foi de The fighter. Lembrou-me muito Pergunte ao pó, de Fante. Sério mesmo. Aquela história de "Como assim você não conhece Arturo Bandini, autor de 'O cachorrinho que riu'?". O irmão de Micky (que, aliás, parece o Matthew McConaughey, só que feio), vivendo da fama do passado, estava impagável. Ele e a namorada linda ruiva apesar do quê de australiana, sempre séria - principalmente xingando e socando as irmãs bizarras do namorado. Pra completar, a trilha sonora. Gente, fazia quanto tempo que não ouvia Whitesnake? Tive até de cantar a música (mesmo sem saber a letra) no karaoke de sexta-feira.

O discurso do rei achei uma bobagem. Claro que adoro biografias, mas más atuações (foi mal, eu achei) estragam qualquer filme. Até a Helena Bonham Carter estava ruim. A mesma coisa dá pra dizer de Charlie St. Cloud. Gente, o que eram aquelas músicas (principalmente no início)? Parecia filme da Disney. Daí aquela história previsível, com heróis e o mais irritante moralismo norte-americano. Ainda bem que não gastei dinheiro pra ver no cinema.

Do documentário Exit through the giftshop eu adorei. Principalmente porque, no início do filme, você não entende direito que o propósito é tirar um sarro daquele francês sem noção teletransportado da década de 1970. Quando isso fica claro, a parte esquisita do filme começa a fazer sentido e daí você entende a piada e pode até aproveitar a introdução à arte de rua (que, aparentemente, não pode ser chamada de "grafite").

Winter's bone tem seus momentos. A guria atua bem, achei. Mas, como gosto de assistir aos filmes sem antes ler a sinopse ou do que tratam, confesso que passei a maior parte do tempo tensa, esperando que ela sofresse algum tipo de violência (fora ser espancada pelas 3 mulheres).

Wicker Park, sim, surpreendeu. Mas achei a história meio mal contada. Aquela atriz fazendo cara de psica desde o início deixou meio óbvio que havia alguma coisa errada. Tudo bem que você não sabe o quê, mas eu gosto mesmo é das surpresas.

Agora o destaque vai pra Dogtooth. É um filme turco sobre um pai maluco que prende a família em um casarão no subúbio, justificando que gatos assassinos podem matá-los se saírem de lá e que só está preparado para encará-los quem já tiver o dente canino permanente (o que enseja uma das melhores cenas do filme, com a menina se socando até o dente cair). As bizarrices são inúmeras. Vale à pena até pela criatividade.

Um que não estou conseguindo terminar é Gasland: é tipo um filme do Michael Moore, daqueles bem naifs, sabe?

Bem, por hora, é isso. Vou terminar de ver os que concorreram pra comentar o resto. Enquanto isso, por favor, vá assistir a Dogtooth.

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