terça-feira, 24 de julho de 2018

eclipse

andaram me perguntando, fui pesquisar. pelo que entendi, eclipses são espécie de portal, momentos de guinada na vida. um pouco antes de ele se formar, você sente como se algo grandioso estivesse prestes a acontecer. no caso do lunar, deve-se tomar cuidado para não entrar em brigas desnecessárias. o universo vai te testar, as pessoas parecerão mais irritadiças. tomar cuidado para não desviar o foco. é momento importante para a concentração, é época confusa.

na análise astrológica, o eclipse não afeta qualquer pessoa. só aquelas cujo mapa contenha signos e ângulos que façam aspectos com a lua, que estará a 4 graus de aquário (basicamente, planetas e ângulos próximos de 4 graus nos signos de ar ou nos de qualidade fixa: aquário, libra, gêmeos, escorpião, touro e leão). no meu caso, significa 4 planetas: lua, urano, saturno e plutão.

não é à toa a sensação que tenho tido nos últimos dias. não me lembro quando foi a última vez em que me havia envolvido em discussões virtuais. daí, veio uma semana passada, outra hoje. uma sobre o que a pessoa chamou de preconceito contra crianças, outra sobre a luta antimanicomial.

entro de férias na sexta, e parece que tudo acontecerá neste fim de semana. já comprei o tecido, mas não deu tempo de mandar fazer a roupa. não estou mais nervosa com o abate ritualístico. mas também não sei se me deixarão participar do ritual todo.

pipoca tem aparecido para mim a todo momento. mas, claro, estamos entrando em agosto.

leão começou, para nossa alegria.

comecei a arrumar fotos antigas. fiz atendimento de tarô ontem, para uma pessoa que aguardava há muito tempo. o jogo foi conciso. até o próprio tarô apareceu nele.

sábado, 21 de julho de 2018

príncipe de espadas

noite difícil de dormir. esta semana, consegui organizar-me, para dormir cedo e, né, acordar cedo. esta noite, fui dormir às 3h. às 7h já estava desperta. e com muitas dores no corpo. fiz atividades físicas todos os dias e não bebi. orgulho. sentindo-me quase no AA.

fazia tempos que isso não acontecia, mas tenho sentido preguiça de sexo casual. a parte do sexo, especificamente, não é ruim, só não tenho tido paciência para todo o resto. a saída pro bar, ouvir as pessoas falarem. outro dia, percebi-me parada em frente à moça, em total silêncio, enquanto ela me atualizava de como tinham sido os dias dela, me falava de seus sonhos e de alguma coisa do ambiente. eu acenando com a cabeça e tomando um copo atrás do outro, esperando a hora de estarem as duas bêbadas o suficiente para ir para minha casa. e, daí, a função de não querer que ela fique no dia seguinte. aquele café da manhã constrangido, somado a minha insatisfação por ela não se oferecer para lavar a louça.

talvez esteja direcionando a libido para trabalhos emocionais. tenho andado encantada pelo tantra.

na semana passada, fui ao terreiro e ao barracão. nesta, não irei a nenhum. ontem, foi show da Letrux. hoje, Johnny Hooker mais um aniversário para ir.

preciso comprar tecido para fazer minha roupinha. tenho pensado em como ficarei depois que tiver de raspar a cabeça. talvez volte a usar chapéus.

a escrita está fluindo. faltam 6 capítulos. 16 já escritos. nem acredito que estou quase lá. esta semana, a professora comentou, casualmente, que, durante uma confraternização, um colega falou do meu livro. fiquei bem emocionada. ele era uma das pessoas mais quietas dos cursos que fiz, nunca criticava meus textos. já imaginava que ele os detestava. às vezes, minha insegurança surpreende-me. é difícil produzir arte. você põe muito de você. se dá errado, não é só um trabalho que não deu certo. é parte de você que falhou.

o hortelã reproduz-se continuamente. tudo que faço é regar todos os dias. o alecrim é sempre a mesma planta, que prospera. as outras não sobrevivem. nenhuma outra erva. deve ter algum significado.

esta semana, passei por um momento pitoresco. descobri, por acaso, o instagram de uma cantora nova, que ouvi esses tempos. comecei a segui-la. fiquei surpresa com o visual roqueiro, destoante da música calma, doce. doce como ela. senti como se estivesse platonicamente apaixonada por ela. talvez seja indício de que não estou mais apaixonada por ninguém. amém, né.

o orixá atendeu meu pedido. aquele caldo de cana grosso. mãe diz para eu parar de agradecer. mas não posso. a vida está boa, em paz. por favor, não vamos deixar nenhuma mulher estragar isso. tarô tem-me guiado nesse processo. tenho gostado de jogar antes de sair de casa. daí ele me vem com mensagens cifradas, que entendo, automaticamente, na hora em que a situação se apresenta.

só não me ajudou muito na indecisão da semana passada. aceitei como um sinal de que não deveria decidir, mas abraçar as duas opções. vai dar trabalho, mas melhor do que tomar uma decisão insegura.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

8 de paus

foram dias intensos? foram. estou escrevendo? não.

mas que outro bloqueio você sente? o criativo. você está com chakra básico bloqueado. precisa de um exorcismo.

o nome técnico foi ´parir´. pari uma lua vermelha de dor. me puseram dentro de um pentagrama de pessoas, dentro de uma casinha minúscula de madeira. gritei até arranhar a garganta.

de que cor está teu coração? é da cor da pedra? não, é salmão. salmão misturado com branco leitoso.

não peça mais desculpas. sinta raiva. sabe, a raiva ajuda a gente se mexer.

a cigana disse que renasci. mas não renasci, não. ainda há pedaços do ser dentro de mim. devia ter andado descalça depois. mas calcei o sapato e dirigi. me tremendo toda. garganta doendo. brindei. não ouça músicas velhas. ouça coisas novas.

a mãe de santo me chamou para conversar. eu vou. já aceitei. a hora chegou.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

marte em virgem conjunto com o meio do céu

adoro pesquisar. mas, no meu tempo. sem regularidade, mas sempre em progressão. gosto de fazer cursos mais para ver outras pessoas, ser inspirada por elas. principalmente, quando estou desmotivada.

gosto de garimpar música. conhecer música nova é como me atualizar das notícias do jornal. toda semana, ouço toda a lista de sugestões do Spotify. toda. guardo as de que gosto em uma playlist. depois, volto na lista e ouço os álbuns inteiros. também ouço as bandas que tocam em festivais.

faço isso com filmes também. sou um pouco menos regular do que com música (porque dá trabalho baixar torrents, e filmes tomam mais tempo para conhecer). baixo as estreias da semana. não tenho o menor pudor de largar um filme no começo, se não me cativou. baixo também os filmes de festivais (tipo Oscar e Cannes).

tenho mania de somar números. por exemplo, a placa do meu carro e meu apartamento somam 5: número da mudança, do prazer e da liberdade. não somo todos os números o tempo todo, faço isso mais quando não estou entendendo a situação. no geral, sou boa em ler as pessoas. quando não consigo, uso essas ferramentas. quando a pessoa está na minha casa, peço para ela tirar uma carta do tarô. quando estou na rua, tento perguntar sobre o mapa astral dela ou, quando quero ser discreta, a data do aniversário. e presto atenção nas informações que ela me dá referentes a números: "dois anos atrás fiz tal coisa", "tinha idade tal quando aconteceu isso".

também tenho mania de ler as palavras de trás para frente, principalmente quando não as conheço. faço isso com nomes também, tentando entender o significado deles. é interessante observar a influência que os nomes têm na personalidade. não sei dizer se os nomes a influenciam ou se a escolha do nome foi baseada em algum conhecimento da personalidade.

acho que talvez essa seja uma razão por que as pessoas me acham muito calada. se estou falando, não tenho tempo de observar essas coisas. gosto de falar mais para ouvir a opinião dos outros ou para organizar meu próprio pensamento (raciocino melhor quando comunico as ideias: pela escrita ou pela fala - tive um orientador na faculdade que nunca entendia isso e me pressionava para adiantar o argumento de cada capítulo antes de ser escrito.. eu explicava que não sabia, que ia organizar as anotações e ver no que iam dar, mas ele achava ruim).

sempre gostei de escrever. escrevi meu primeiro "livro" aos 12 anos. uma amiga fez a arte da capa. o fundo era azul. eu era introspectiva e popular. na escola, fui eleita representante de turma diversas vezes. inspirava confiança e era simpática, apesar de quieta. uma vez, não querendo que o ano letivo terminasse, errei questões da última prova intencionalmente, para ficar de recuperação. a professora percebeu e ficou brava.

amo estudar. mas preciso estar perto de pessoas que me motivam. acho que por isso tenho facilidade em lidar com pessoas consideradas chatas ou difíceis. adoro pessoas criativas. mesmo que antipáticas.