quarta-feira, 8 de abril de 2020

lobisomem na pandemia

a primeira semana de quarentena foi a de compreender o que estava acontecendo, ler as notícias, fazer previsões, organizar a rotina. resolvi estender a yoga de 3 para 6 vezes na semana. pus os estudos acumulados em dia. terminei o curso de cristais. no final, estava com dores musculares constantes e estressada, com a cabeça cheia. chorosa e de TPM. resolvi dar uma relaxada. a professora de yoga orientou que eu não precisava fazer a série completa todos os dias, que algumas posturas já seriam o suficiente, que era para eu ouvir o corpo.

então, na semana dois, ouvi o corpo, que nunca queria fazer a série completa. só quis um dia. como resultado, voltei a dormir mal. comecei a receber muito trabalho, que foi acumulando-se, porque tive dificuldade em acessar os sistemas eletrônicos porque meu computador é diferente do do trabalho. alguns arquivos do pendrive simplesmente não abriram. esses foram alguns perrengues da semana dois.

no domingo, acordei cheia de energia, depois da conjunção exata entre júpiter e plutão em capricórnio. levantei cedo. fui tomar banho no lago. pessoas sem noção fazendo churrasco, como em um domingo qualquer. tomei meu banho, que deve ter durado uma hora, longe de todos, dei mais umas voltas de carro e retornei.

me percebi apaixonada platonicamente por uma pessoa que conheci nesses tempos. era um match antigo, acho que de outubro. tínhamos trocado duas ou três frases, até eu conhecer a ariana, com quem estive envolvida até fevereiro. e, agora, redescobri a moça das duas ou três frases, logo que reinstalei o programa. uma tentativa de contato um mês antes, que respondi agora e que tem preenchido os dias solitários.

usei minha tática de sempre, de sensualizar logo no início. ela correspondeu e me chamou pra sair. e veio a quarentena oficial, que fechou os bares e os estabelecimentos comerciais, em geral. não nos encontramos. e, assim, fiquei louca por ela platonicamente. mulher da minha vida. onde você esteve esse tempo todo? hehe

na outra semana, a paixão era paixão boa. nesta, é paixão angustiada, de não saber quando vou vê-la. tive vontade de trocar vírus com ela. mas sei que seria irresponsável.

ela me lembra muito a mulher que me apresentou à Bethânia. talvez isso explique a rapidez com que me conectei com ela. os olhos são parecidos, o jeito simples, a segurança. eu adoro gente que não se intimida por mim.

trabalhei pouco esses dias, mas tenho tido muitos atendimentos de tarô e happy hours, quase toda noite. quando não é isso, são os trabalhos do terreiro, que tem andado muito ativo nesses tempos, grazadeus.

a terapeuta não está bem, parou de atender. entendi que preciso passar por isso tudo sozinha. se há uma coisa que não tenho sentido é tédio. enlouqueço em alguns dias. me divirto sozinha em outros. tenho estudado, assistido a filmes e ganhei trabalhos diferentes, que têm tomado meu tempo, porque me demandam aprender coisas novas.

é muito triste a situação de pandemia, minha vida está toda revirada, mas de um jeito que não é totalmente ruim.

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