estou parada à mesa, tomando meu café às 6h30 da manhã, comme d'habitude, e o gato pequeno (ou, melhor dizendo, o gato pançudo e agressivo) deitado no chão, a meu lado. não me deixa fazer carinho. daí corre pra arranhar o sofá. grito de longe pra ela parar e ela vem me atacar daquele jeito apelão, mordendo forte e arranhando. isso que, desde o último banho, não deixa mais ser escovada e, esta noite, acordou-me enfiando a pata pela fenda da cabeceira, arrancando meus cabelos. isso depois de um dia ótimo e afetuoso. realmente não sei mais como a fazer feliz.
e comecei a ver O retrato de Dorian Gray, daquele livro que nunca consegui terminar. acho que Oscar Wilde devia tentar escrever microcontos. mas, até aí, acho que nunca gostei de literatura inglesa.
a dieta de líquidos começou ontem, no banho, de água gelada, tomando sopa. acho que sou capaz de fazer qualquer coisa comendo: pendurar roupa no varal, dirigir, passear com os gatos, trocar de roupa. e daí fui dormir esfomeada e sonhando com lojas francesas à la Fauchon, que ficavam no Park Shopping. havia uma gigante italiana cheia de trufas enormes e que vendia um licor similar a lemoncello, mas originário de algum lugar de que derivava o adjetivo "fabiano" e que era para ser a bebida hype do momento. nesse mesmo sonho, a amiga-contadora aparecia aqui em casa, para morar comigo, com o detalhe de ter um bebê. e eu não sabia como explicar para ela que tenho alergia. a crianças em geral. de qualquer idade. sou uma educadora de *gatos*. o que é bem diferente. gato tem um pensamento muito específico e um instinto de morte não reprimido. eu gosto.
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