quarta-feira, 1 de março de 2017

um agradecimento à taurina-escorpiana

sobrevivi ao Carnaval. certamente, a parte mais difícil foi a expectativa, antecipar situações chatas que poderiam acontecer, pessoas a encontrar. pus em prática o silêncio sobre as coisas que não queria que acontecessem. não citava nomes, não falava no assunto, para não chamar a energia. e parece que deu certo.

consegui passar pelos 20 dias de férias, indo a todos os bloquinhos de pré-Carnaval e ao Carnaval, sem esbarrar na ex. quando me roubaram o celular no primeiro dia, ainda pensei que poderia ser o universo evitando nosso contato, já que não temos mais nenhuma rede social em comum.

espero, francamente, que ela esteja bem. claro que chegou a passar pela minha cabeça que algo ruim pode ter acontecido, ela ter sido internada outra vez, essas coisas. mas pensei que isso não deve ser mais problema meu e também que, se fosse o caso, a família dela daria um jeito de me encontrar. então, com esse pensamento, permito-me sentir alívio. não nos vemos desde o dia 8 de fevereiro. não nos falamos desde o dia 9. e quero que continue assim, pelos próximos, sei lá, 6 meses, se possível.

não guardo nenhuma mágoa. continuo achando-a linda, mesmo nas confusões sagitarianas dela. quero que ela seja feliz, que encontre outro alguém, que consiga terminar a faculdade, que seja promovida no trabalho. acho que a gente pode tornar-se amigas no futuro, se ela controlar os, digamos, impulsos dela.

sabe, tenho dificuldade em não ser amiga das ex. fora a primeira, sagitariana também, com quem acho que não tenho mais nada em comum, há a taurina-má, que parece que só irrito, então já meio que desisti de tentar. a gente se encontrou no Carnaval, eu a tirei por causa da fantasia, e ela, para variar, irritou-se comigo. não consigo não irritá-la, não sei como melhorar nossa comunicação (mas talvez ela mesma não queira isso).

agora, a taurina-escorpiana, toda complicadinha, mas que ganhou o status de meu amor de Carnaval. hehe toda indisponível, toda cheia dos melindres, dos jogos, dos mistérios. mas a gente se divertiu. foi muito gostoso conversar com ela nessas últimas semanas. os beijos eram muito bons. senti uma sintonia muito legal, que não sentia desde a minha ex. isso foi muito bom para mim. particularmente, porque consegui mudar o signo. as últimas todas - as principais, pelo menos - envolviam sagitário ou peixes.

a primeira mulher com quem, digamos, me relacionei, depois do término, era pisciana. ela era uma pessoa legal, a gente se deu bem, mas penso que era muito cedo, havia terminado o namoro fazia tipo 2 semanas. não quis nem que ela ficasse depois. daí ela me procurava, sem me dar o tempo de que precisava, para processar o que acontecia, daí não consegui mais.

daí a professora da UnB. de História Medieval - ´porque adoro dragões´ -, que pessoa mais incrível. câncer com ascendente em sagitário. eu já estava apaixonada. ela era linda, divertida, independente. a gente tinha viagens planejadas para a Chapada. ela havia acabado de voltar de férias justo do Ceará, que é esse estado que eu amo. podia ter sido. mas, eu não consegui. ela não entendeu nada. espero que não me odeie. e não sei bem se foi algo que ela fez ou se foi só meu coração louco.

e houve, claro, a pisciana-leonina-feminista maravilhosa. em quem esbarrei ontem, por sinal. ela continua linda, mas essa foi a história que não foi.

essa e a da leonina com ascendente em sagitário. eu brochava com ela não se arrumando para nossos encontros. foi algo que descobri sobre mim: se a pessoa não se arruma (não precisa ser maquiagem necessariamente), fico com a impressão de que ela não se valoriza, o que afeta a forma como a vejo também.

todas tentativas válidas. até os encontros casuais - a virginiana e a canceriana que nunca ligaram depois. a canceriana-virginiana que estabeleceu quase uma relação virtual, mas que só fui conhecer pessoalmente esses dias.

e, muitos, muitos encontros, matches, conversas que não fluíram, histórias que não foram recíprocas.

mas a última foi especial porque foi a primeira vez em que consegui me envolver. não sei bem dizer se estive realmente apaixonada, mas eu tava empolgada. tava feliz. como não me sentia há tempos. adorava a atenção, a forma como ela me cortejava. o uso das palavras. a vênus em gêmeos. ela com o ascendente igual a minha lua e a lua igual a meu ascendente. dava certo, fluía. a gente já estava se acertando na cama. o beijo encaixava, a pele dela era absurdamente macia, não conseguia ficar um centímetro longe quando ela estava aqui.

foi tudo muito bom. não pensava muito se a história ia realmente evoluir para algum lugar, eu tentava viver o momento. mas, né, daí a guria surtou. me diz que está emocionalmente indisponível. eu não entendo muito bem o que isso pode significar além de estar apaixonada por outra pessoa, o que, levando em consideração as coisas que ela me disse, não seria bem o caso. eu estava de boa com nossa relação-rebound.

daí ela vem com o texto de ´melhor pararmos por aqui´. daí me beija no Carnaval e aparece na minha casa toda linda de vestido, perfumada. daí, no dia seguinte, todo o texto outra vez. daí, né (claro), esbarra em mim no meio daquela multidão do último dia, chega por trás, me abraça ´isso sou eu sendo carinhosa´. não soube nem como reagir. então, decidi esperar. esperá-la me procurar. mas, mesmo que esse dia não chegue, consigo já visualizar o papel que ela teve na minha vida, de cortar meu vínculo com a situação anterior, me mostrar que estou pronta para sentir por outras pessoas, que as relações podem ser leves, divertidas. que há tanta coisa por aí.

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