não ia falar até porque, né, era para ser uma época mais racional. mas, como sempre foi, nunca consegui conciliar, o lado direito e o lado esquerdo, é sempre 100% um ou 100% outro, nunca se misturam, essas coisas minhas, que não consigo largar.
daí sexta-feira assisti a esse filme lindo, Butterfly (Hu Die), e chorei sem parar. acordei sábado toda inchada, fui fazer prova e todo mundo achando que eu estava nervosa, que havia dormido pouco. mas não. era só porque chorei toda a sexta-feira, nem consegui estudar direito. sábado, chorei um pouco mais. o que não me impediu de ser racional no domingo de manhã outra vez.
sabe, nem foi tudo isso. era só que você me fez sentir essas coisas, que não sentia desde aquela primeira. você foi a primeira desse jeito desde então. a gente nem conseguia conversar. não sem beber. mas, depois de passado o rito, era bom. até acabar.
houve essa época, em que as coisas foram meio que se exaurindo. você sabe do que estou falando, você percebeu. tentei disfarçar, queria espremer, pra ver se saía mais. e a gente começou a brigar. e daí não deu mais. quando perdemos a única coisa que tínhamos de bom, era hora de ir embora.
e não pense que não penso em voltar. ainda que saiba que nunca seria pleno. seria sempre só esse pedaço. que, atualmente, era o dobro do que consigo com qualquer pessoa. qualquer pessa faz... 10 anos? não sei. talvez esteja sendo injusta. com você e com as outras.
e só te escrevo isso porque me devo isso. preciso pôr pra fora. ainda que você não leia. pois, na próxima sexta, quero chorar por outra.
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