sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Transexual Transylvania

sei que estou devendo algumas explicações, mas prefiro ir direto aos fatos: estou namorando. isso mesmo, sou viúva alegre. aliás, acho que nem sou mais viúva. não sei se é um daqueles casos de "enterro" de sentimentos, mas olho para a ex e não sinto nada. NADA mesmo. chega a surpreender-me [N.T.: a prova está chegando, preciso readaptar-me às colocações pronominais, portanto, por favor, tenha paciência com o pedantismo.. ]. nem bonita a acho mais. deve ser porque ela continua bizarra como da vez em que surtou. não a reconheço mais, o que é estranho, porque olho pras nossas trilhões de fotos e choro toda vez. o vídeo de nossa família, que ela me deu de aniversário de casamento de 7 anos, um mês antes do surto. ao qual nem tinha dado muita atenção na época. e que agora é lindo. my sweet transvestite. agora entendi. e sei que estou atrasada, mas aqui está:

OBRIGADA.

e daí que havia coisas sem as quais me havia acostumado a viver. foi a 2a vez em que fiz isso. estranho pensar nas coisas de que abrimos mão para estar com alguém. claro que vale à pena. mas, depois que acaba, acho que essa constatação serve de consolo. o que eu não tinha com vc agora tenho com a outra. e vice-versa. o que faz muito sentido, especialmente, considerando esse meu vício, tipo, de chegar em um lugar e perguntar-me "quem é a pessoa que menos combina comigo?" e ir direto conversar com ela. pra me apaixonar por tudo que ela tem de diferente. mas com calma. pra ter tempo de assimilar. uma coisa meio vampírica mesmo. que pode valer pros dois lados, obviamente, mas que a maioria das pessoas não aproveita. penso que, talvez, seja essa a diferença entre ver a vida passar e participar dela.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

an education

a amiga-jornalista, after all, tinha razão. você se mete em uma história e já traça os cenários. se resolve entrar nela, tem de estar preparada para as consequências. até porque é muito irritante sofrer depois com consequências exatamente como as previstas.

anotar no caderninho: nunca, mas nunca mais sair com adolescentes. de idade ou de mente. como na conversa com a amiga-mergulhadora, se não tiver rugas, não converso. depois disso, se, em 15 min de conversa, a pessoa mencionar palavras como "balada" e "festa", ir ao banheiro e não voltar.

qual é o meu ímã de psicossapas eu não sei. deve ter a ver com minha democracia sentimental, isso de não fazer distinções entre as mulheres. lembrei-me de novo da conversa de ontem: sexo ruim é sempre melhor do que sexo com vibrador. eu acho.

agora preciso aprender a passar roupa. e nunca mais convidar uma virginiana para cá quando a casa estiver suja. isso e nunca atender a porta de calcinha e sutiã. acho que esse fim de semana está sendo, se nada melhor, educativo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

tempo é relativo

acordar, preparar o café, apertar e alimentar os gatos, arrumar a cama, me vestir, passar filtro solar no corpo todo, pôr a roupa na máquina de lavar, fechar as janelas.

ir ao cursinho, estudar a manhã toda. sair pra almoçar. voltar pro cursinho e estudar até não aguentar mais (pelo menos, até 19h).

voltar pra casa. escovar os gatos, pendurar a roupa lavada, lavar a louça, tomar banho, preparar a janta, descer com os gatos. depois disso:

segunda-feira - ir ao super
terça-feira - esfoliar o corpo e fazer as unhas
quarta-feira - depilar
quinta-feira - resolver alguma pendência em casa (ex: costurar um botão)
sexta-feira - noite livre (ufa)

daí, se marco alguma coisa com alguém, tenho de dar um jeito de acelerar esse processo ou (o que é pior) interromper os estudos antes da hora. até porque se arrumar é todo um processo, escolher a roupa, maquiar, dar um jeito no cabelo, etc. isso se o encontro não for na minha casa, porque, daí, ainda tenho de dar uma ajeitada nas coisas e depois pensar no que vou oferecer pra beber/comer.

então, por tudo isso, se você atrasa nem que seja meia hora, é chato pra mim. porque tive de adaptar todo o meu dia (que já é bem corrido) pra conseguir chegar a tempo. e eu sempre chego na hora.

é só isso, não é TOC.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

comedoras de aipo

pra mim, ficar adulta significa encarar as coisas de forma mais tranquila, racional. saber que nem sempre podemos ter o que queremos e que é isso aí, a gente sobrevive. saber ponderar curto prazo e longo prazo, pra conseguir decidir o que é melhor. as coisas boas vêm com preço, there's just no free lunch.

hoje, o gato grande veio me dar bom dia na cama. foi muito especial, deve fazer mais de um ano que isso não acontecia. deve ser consequência de minha nova técnica de saudar os bichos quando chego em casa: pego os dois no colo, um em cada ombro, e aperto-os e dou beijos nos dois ao mesmo tempo. faço isso pelo tempo que aguentar, pois eles nunca pedem pra descer do colo. momento meigo da volta ao lar. agora, estou testando ensiná-los a despedir-se: fico repetindo "tchau" e dando beijos e apertando até a hora de sair.

daí fomos nos pesar, como fazemos toda semana, e descobri que nós 3 emagrecemos. no caso do gato grande, fico preocupada, não quero ter menos dele!!! (meu trapinho..) no meu caso e no do gato pequeno, êxtase, né, não sei como estamos fazendo para emagrecer tanto sem fazer dieta. comemos tudo o que queremos (ela poderia até comer mais, principalmente fruta) e eu tenho bebido, tipo, quase todo dia. não muito, é verdade. e tenho tentado beber sem comer (he he he). agora pensa numa pessoa feliz. a última vez em que tive esse peso foi em 2009 (o que, claro, não significa que eu estivesse magra nessa época..)

agora fina é levar meu papo e minha pança pra beber cerveja chic e comer palitos de cenoura e aipo. isso enquanto era obrigada a ouvir histórias do tipo "meu pulso está doendo porque me amarraram na cama ontem". tudo bem que não machuquei as costas e o joelho jogando xadrez, mas, né, como dizia a amiga cientista-política, "desculpa, mas, é bom que fique claro, nossa amizade ainda não chegou a esse patamar".

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

se você quer me irritar.......

1. não chegar na hora (isso é muito importante e, normalmente, já basta, não precisa nem ler o n.2 - e, claro, vale o oposto também: se você marca às 21h e chega às 21h, já estou semiapaixonada....)
2. me desprezar (basicamente, é a única forma de me ofender, fora me tratar de forma patronizing)
3. ignorar o que digo
4. mentir (talvez esse devesse ser o 2o, na verdade.. porque estou sempre prestando atenção, então sempre noto as contradições.. não, sério, sempre.)
5. não se preparar para me encontrar (normalmente, gasto hoooooras me preparando para um encontro, escolho o perfume que acho mais adequado, penso na roupa apropriada pro lugar e, obviamente, costumo esperar que as outras também o façam.... é bobo pra muita gente, mas eu me importo..)
6. fazer pouco caso do meu tempo livre (que é mínimo, you know.....)
7. fazer pouco caso das datas festivas (porque adoro as comemorações)
8. não elogiar (adoro elogiar e ser elogiada, dar presentes.. as pessoas ficam felizes e pessoas felizes são mais amáveis)
9. ser mal educada (somos humanos, não precisamos ser mais selvagens do que somos)
10. gritar (minha audição, infelizmente - nessas horas -, é muito boa)

fora isso, genericamente falando, é só me tratar mal. basicamente, hoje, avaliando, não há nenhuma pessoa no meu círculo de amizades/conhecidos que me trate mal. talvez isso deva significar alguma coisa.

pronto, agora você já sabe como me tirar do sério. há outras formas, obviamente, mas você pode escolher duas ou três dessas e já vai ter atingido o objetivo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

i fly so high... then faaaaaall so low


nem dá pra dizer que não há nada de que não goste sobre ser solteira, pois adoro dormir sozinha. impressionante, como dizia minha ex-sogra, basta uma vez pra gente se acostumar a coisa boa. agora já até acho ruim se tiver de dividir a cama, tenho insônia e essas coisas.

mas há coisas como as datas comemorativas que são sempre mais difíceis. principalmente Valentine's Day / Dia das Namoradas, que, claro que beeeeem depois de aniversário e Natal, é minha data comemorativa favorita. nem me lembro quando foi a última vez em que passei sozinha, mas, definitivamente, faz mais de uma década. em uma, me lembro bem, bati o carro e arrumei encrenca com uma PF muito nervosa. foi engraçado ela me perguntando por que eu havia batido o carro e eu respondendo que tinha ficado a fim e ela me perguntando se eu estava doidona. nessas horas, como sempre,  havia namos-sagitário-2 para me salvar.

nem que seja comemorando com as amigas. mas sei que temos de aprender a nos divertir sozinhas. tipo, abrir a garrafa do vinho "especial" que está na geladeira há duas semanas, experimentar a nova marca de sardinha, apertar muito os gatos e lembrar de como o dia foi feliz hoje. preciso urgente encontrar a amiga-escorpiana, que sempre levanta os ânimos nessas horas. conversar sobre qualquer coisa e se esquecer do dia-a-dia. acredito nas amizades assim.

aposto que ela está sozinha hoje, mas não quero ligar em plena segunda-feira. até porque não me vou deixar abalar por coisas desse gênero, pois, como sabemos, a vida dá voltas mesmo. vou me lembrar das coisas boas que têm acontecido nos últimos dias. até porque, como dizia a amiga-cientista-política, às vezes, estamos em alta, às vezes, em baixa. como a vida.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

sei que é errado acordar suspirando, mas há uma música que não me sai mais da cabeça... culpa do amigo-biólogo, quero deixar claro...

"I try to discover
A little something to make me sweeter
Oh, baby, refrain..  from breaking my heart
I'm so in love with you
I'll be forever blue
That you give me no reason
Why you're making me work so hard......"

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

toma lá, dá cá

então tá. mas é bom que todas saibam, nada muda, o padrão será sempre esse. as coisas comigo sempre são intensas mesmo, para o bem ou para o mal. talvez em razão desse meu exagero inato, nem dou tanta bola assim para as palavras, daí todas essas hipérboles. pra mim, o que conta mesmo são os pequenos gestos, as coisas não ditas, a forma como as pessoas reagem a determinadas situações, o presente dado ou recebido, saber o cuidado que a pessoa teve ao se arrumar ou encontrar tempo pra te ver.
e é verdade que é raro me ver com ciúmes, tanto é que, quando isso acontece, todo mundo fica sabendo, até porque, né, não tenho nenhum problema em admitir essas coisas. (como sabemos, não tenho orgulho. he he he) daí, quando people play the games people play, o único resultado é me deixar irritada, quase ofendida mesmo. jura que você pensou que isso ia me tirar do sério? 

sem contar que sou dessas pessoas adeptas da reciprocidade: se trato alguém bem, espero tratamento, no mínimo, igual (cap.3 do Guia da Preservação da Autoestima, 3a ed.). 
isso, me sinto especial mesmo, vocês sabem disso. mas o lado bom é que não invisto em ninguém que eu não ache que seja especial também. até porque não gostaria de estar com alguém pra quem me sentisse insuficiente. pode parcer bobo, mas o que tenho de mais valor pra dar sou eu. o que costuma agradar. à maioria, pelo menos. e, se você for a minoria, sinto informar que não vai funcionar.
como dito em outras ocasiões, minha impaciência para lesbian drama beira ao intolerável mesmo. essa é uma das razões da minha dificuldade em me relacionar com pessoas inseguras, carentes e ciumentas. não quero ficar toda hora me justificando, falando o que sinto, telefonando. só quero que, quando nos encontrarmos, seja muito especial, que você fique feliz em me ver. como eu fico. e, quando disser que gosto de você, que isso baste. pra mim, romantismo não tem nada a ver com flores e chocolates. tem a ver com o significado que damos às coisas. o tempo, por exemplo. o meu, que é mínimo, se vou gastá-lo todo com você, talvez isso devesse dizer alguma coisa. mais do que dizer que sinto sua falta.
Agora, interrompemos nossa programação normal para dar um comunicado muito importante: primeiro, Mubarak renunciou; segundo, A Quem Interessar Possa, *não* estou ficando com a Raquel. O quê, não entendeu? Vou repetir: NÃO ESTOU FICANDO COM A RAQUEL.  


Qualquer dúvida, reclamação ou elogio, favor entrar em contato pelo nosso SAC, via comments. Pela sua atenção, obrigada.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

claro que eu ia publicar

queria simplesmente fechar tudo, parar de sentir, esperar secar, pra depois quebrar, entrar outra vez, só que devagar. devagar. há horas em que isso acontece. mas há horas em que não. há horas em que eu olho pra você e preciso fazer força pra te tratar... normal. pra ninguém perceber. porque meu coração dispara. toda vez. você sabe disso. fico desconcertada. não sei o que acontece, o que você fez, se fui eu que quis, mas você tem razão, está acontecendo. e tudo me faz olhar pra trás e pensar desde quando. desde o dia 1o. desde a festa. desde que você me deu feliz ano novo. esperei tanto aquele abraço. exatamente naquela hora. daquele jeito. desde que você me mandou a mensagem. e a outra. desde que te encontrei de bochechas rosadas na casa da amiga-fotógrafa. desde que seu rosto ardeu com o filtro solar. desde que você tomou o suco de agrião. desde que você inaugurou meu presente de aniversário comigo. desde que você não fumou. desde que você inaugurou o quarto de estudos comigo, a cozinha. passeou com os gatos. desde há muitos anos? i love you, i always have.
e eu não queria que você não se relacionasse com outras pessoas. acho que só queria que você não quisesse.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

dormindo com o inimigo

olha, são várias mulheres mesmo, incluindo a que amo, a de quem sinto saudades, a com quem, né, rolou o lance dia desses e aquela por quem estou apaixonada. o que estou tentando fazer, como vocês têm visto, é transformar toda essa confusão em amizade. com exceção da última, claro, porque não consigo não estar com ela. best sex ever, como diz a amiga-social. não tenho como fazer nada, não consigo nunca dizer não pra ela, chega a ser irritante. minhas pernas tremem. não sabia que se podiam sentir tantas coisas assim, em sequência. cem sequências de cem. por mais que ouvisse falar, nem acreditava que existisse, e não venha me dizer que é porque estou apaixonada, pois me apaixono por todo mundo, nunca ficaria com alguém que não me suscitasse uma vontade louca de me perder e, nessas vezes todas, nunca foi assim.

não achava *mesmo* que fosse possível. sendo que nem estava assim tão, né, decidida quando tudo começou, mas, logo depois da primeira vez, estava em estado de choque, tipo, de onde você surgiu, onde você estava esse tempo todo. será que sempre fui apaixonada por você mas não queria aceitar?

gente, sabia que isso ia acontecer, estou escrevendo como as pessoas felizes e apaixonadas.

desculpa.

parem de ler.

é verdade que te via na rua, esses anos todos, e vinha aquela dorzinha lá no fundo. mas achava que fosse saudade da nossa amizade, que você estragou. daí, olha a ironia, não podemos ser amigas, porque não confio em você, mas agora não tenho nenhum controle sobre o que sinto e o que penso quando você está perto. and so it happens que, com exceção da amizade, você pode ter tudo de mim.

meu deus, sou mulher de malandro.

mas quero dizer que você também é.

esta é pra você

sabe essas músicas que a gente deixa no repeat do iTunes?




What I'm saying, what i'm saying
What's the use between death and glory?
I can't tell between death and glory?
Happy endings, no, they never bored me
Happy endings, they still don't bore me
But they, they have a way
They have a way to make you pay 

And to make you toe the line
Sever the ties
Because I'm so clever
But cleverly wise
Fuck forever
If you don't mind
Oh fuck forever?
If you don't mind, don't mind, I don't mind, I don't mind

Oh what's the use between death and glory?
I can't tell between death and glory?
New labour and Tory
Pergatory and no happy families
Oh, so what I'm saying
What I'm saying
No, it's not the same
It's not supposed to be the same
You know about that way
The way they make you pay 

And the way they make you toe the line
Sever the ties
Oh, you're so clever, you're so clever
But you're not very nice 

So fuck forever
If you don't mind
Oh I'm stuck forever
In your mind, your mind, your mind

But have you heard about that way,
To make you feel I should soon make you pay
And to make you toe the line, line
I sever the ties
Oh well I never
Sever the ties
And fuck forever
If you don't mind
See I'm stuck forever
Oh I'm stuck n your mind, your mind, your mind
I never played this on the radio
I never played this on the radio

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

. . . . . . . . . . . levada pela correnteza

eu acredito nas paixões arrebatadoras. e sei que pessoas felizes e apaixonadas não escrevem bem.

então vou sentar aqui e esperar você acordar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

colheita de beterrabas

muuuuuuita cólica..... cabelos de várias cores espalhados pela casa.... copos de todos os tamanhos... unhas vermelhas borradas... esmalte roxo na perna (!)... mas tô linda

sério, o que aconteceu ontem?

a cabeça roda, as mãos tremem

acordar ao som de Daft Punk com cafuné, tomar café e levar um susto com o furacão que passou na minha vida. sério. mas foi bom.

não, terminou bom.