terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

sobre diferenças

você não acha que deveria reconsiderar teus padrões de preferências? por que não investe em relacionamentos com pessoas da mesma faixa etária?

gente, sério. quem escolheria, deliberadamente, relacionar-se com alguém muito mais nova? sério mesmo.

nos últimos três anos, foi o que me apareceu. hoje, peguei-me tentando justificar que foram elas que vieram atrás de mim. haha claro que correspondi, mas, né, não é algo de que fui atrás ativamente. e, assim, em termos de maturidade e experiência de vida, não posso falar muito bem das duas últimas histórias com mulheres da minha idade, infelizmente. pelo menos, se você está com uma pessoa de 20 e poucos anos, dá para justificar certas atitudes. e é muito mais difícil explicar para uma mulher de 30 ou 40 que ela não está agindo de forma madura (e preciso notar a ironia de falar isso no dia em que fui chamada de "infantil", mas, enfim).

é, sim, muito mais fácil estar com alguém parecida com você. para amor, para amizade, para trabalho, para tudo. tenho uma colega de trabalho, por exemplo, que dá muita dor de cabeça por essas questões. demorei para perceber qual era a minha dificuldade com ela. em uma reflexão de ayahuasca, intuí que ela tinha uma percepção própria das coisas, do ponto de vista do que ela viveu. não adianta tentar mostrar para ela que há outras formas de encarar as nossas tarefas. ela reina lá, absoluta, do alto da arrogância típica das pessoas jovens (que eu já vivi também). não querendo colocar-me em um lugar mais alto. apenas reconhecendo que há processos pelos quais as pessoas precisam passar. se você já passou por alguns deles, precisa ter paciência com os outros. e é o que tenho exercitado. junto com o reconhecimento de minhas fraquezas e das coisas que pretendo mudar em mim.

mas, é isso. aquela primeira apareceu na minha vida meio do nada. tive muitas dúvidas no começo. mas acabei seduzida pelo interesse e pela insistência dela (não só por isso, mas por isso também). resolvi dar uma chance. dei. durou. daí veio mais essa outra. e foi bom também. mas, é isso, rolam sempre aqueles embates. você enxerga a pessoa esperneando. é difícil não se envolver no padrão. às vezes, a gente sucumbe. é um esforço fenomenal não entrar na espiral de sentimentos e projeções. você ouve as "críticas" (mais "xingamentos", na verdade kkk) e repete pra si mesma "isso não é meu, não vou levar para o lado pessoal". mas é muita energia ruim para reciclar. o bom é que você sempre sai mais forte da experiência. eu saí.

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