domingo, 27 de maio de 2018

metódica


passei a semana exausta, resolvendo coisas da vida, fazendo atividades físicas, cozinhando, coisas assim. o grande momento foi a ida ao oftalmo, que prescreveu óculos de leitura. quase chorei de emoção quando me colocou as lentes nos olhos. foi mágico enxergar as letras pequenas. fui à loja de umas conhecidas e escolhi a armação. está lá para porem as lentes, mas guardei a foto dela em mim. toda vez que estou triste, olho a foto.

meu ascendente em capricórnio não me tem permitido usar o carro, com o caos que está para abastecer. por sorte, havia enchido o tanque um dia antes da confusão e, desde então, tenho evitado dirigir até lugares muito longes. esta semana, vou testar os transportes públicos e a bicicleta até o trabalho. tenho calafrios de me imaginar horas numa fila para comprar combustível (ou para qualquer outra coisa).

na sexta, foi aniversário da chefe. ia fazer outra coisa, mas passei lá. acabei ficando. enchi a cara. adoro as colegas de trabalho. é muito divertido estar com elas, mas só fora da repartição.

outro dia, crush disse que me acha metódica. acha minha casa muito organizada. tenho refletido sobre isso, mas talvez ela tenha razão, principalmente depois da reorganização dos últimos meses.

ontem, fui vê-la. tinha passado o dia meio doente, meio de ressaca. bebemos vinho, comemos pipoca, ouvimos músicas. ela foi me mostrar algo no celular, e apareceu a foto de alguém. não posso dizer que me irritei, penso só que brochei mesmo. sabe, estou cansada de confusões. fazia uma semana que a gente não se via. ela havia arrumado a casa. eu tinha me maquiado e atravessado a cidade para encontrá-la. mas também não saí de qualquer jeito. expliquei que estava desconfortável, que voltava outro dia. ela achou que foi nossa despedida. pude ver pela forma como ela me olhou entrar no carro. eu volto, moça. é só que hoje não dá pra mim, não assim.

vantagens de estar na casa de outra pessoa. quantas vezes não quis que alguém aqui em casa fosse embora, e a boa educação (+ fala de assertividade ou por compreensão das dificuldades de transporte) não me permitiu expressar.

senti falta da crush-poeta. mas não tenho coragem de telefonar, depois do ´sumiço´ de 2 semanas. que seria meu e dela, mas, né, ela sempre pode usar aquele argumento de que a última mensagem foi dela. o bom da crush-atleta é que ela não segue essas convenções (e, para o bem e para o mal, nenhuma outra, na verdade).

voltei para casa e dormi 12 horas. perdi a sessão de cinema aqui do lado de casa. arrumei as coisas, cozinhei. pus os torrents em dia. atualizei a lista dos filmes de Cannes, para baixar. foi dia bom, calmo. mas com vontade de procurar a poeta. e com receio meio de ser rejeitada, meio de ela vir muito forte outra vez. pareço ter o dom de fazer as pessoas que não me interessam muito apaixonarem-se por mim.

retoquei a tintura do cabelo. a cor não ficou boa. estou animada para o feriadão. vou organizar fotos e os arquivos do computador.

não estou emocionalmente indisponível, não é isso. é só que sinto sua falta. custa me telefonar? pode mandar mensagem também. apareça. estou te esperando.

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