segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

sonhando em ser planta

podia estar descansando depois de um dia de trabalho, mas estou ouvindo um disco budista, chorando, cozinhando e arrumando a casa. comprei ganchos para consertar os sutiãs (que nem sei mais se têm conserto). comprei potes e óleos essenciais para meus (não) xampus. comecei a terapia. fui a uma entrevista de emprego. troquei as bocas de jacaré (adoro esse nome! haha) para as prateleiras daqui de casa. só falta achar a coragem para pegar a furadeira e pregar tudo. fui à academia. almocei sushi. odeio minha vida. encomendei três camisetas - uma delas de raposa <3

lavei minhas sandálias. piquei um quilo de batata. ganhei um texto chamado ´Onde a ciência e a religião se chocam´. chorei na terapia, chorei em casa, chorei no carro, chorei na rua. estou apaixonada pelo disco novo.

senti muito tesão no ritual de ontem. ao mesmo tempo em que me esquivava de pessoas com essa energia. talvez fosse eu, talvez as pessoas só me sentissem. a novata do meu lado não parava de me fazer perguntas. e eu só queria ficar em silêncio. nem na fogueira consegui ficar. foi a primeira vez, na semana, em que conseguir deitar, de olhos fechados, e sentir paz. pena que acabou tão rápido. quase chorei quando terminou. queria morar lá. agora, acho que entendo essas pessoas que largam tudo e mudam-se para um templo, mosteiro ou sei lá.

quero transformar minha casa em um jardim. deixar a natureza tomar conta. como no filme a que assisti, sobre a paisagista de Versailles. mexeu comigo o pensamento de que a natureza é a religião mais universal. preciso perguntar para essa pessoa quem foi que desenvolveu essa ideia. vou cobrar direitos autorais.

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