você vende teu computador para a pessoa. daí, a pessoa te revela que você se esqueceu de apagar vários arquivos pessoais. e, ainda, tira sarro de alguns sites favoritos que você havia marcado.
você encontra a pessoa e pergunta se ela não poderia simplesmente apagar teus arquivos em vez de ficar mexendo neles. a pessoa diz que fará quando tiver tempo. você pergunta quantos minutos ela vai gastar com o COMMAND + A e o COMMAND + DEL. ela não responde.
uma semana depois, vocês se encontram, e você consegue convencê-la a deixar que você mesma apague os arquivos. ela te alerta para você não apagar as pastas dela. você seleciona as tuas pastas e apaga os arquivos.
daí, a pessoa se dá conta, tarde demais, que foi algum arquivo importante de trabalho no bolo. você tenta acalmá-la e sugere um programa de recuperação de dados. a pessoa está tão transtornada que não consegue nem baixar o programa e pede tua ajuda. você instala o programa e pergunta qual era o tal arquivo do trabalho, mas a pessoa não se lembra nem do nome do arquivo, nem da pasta onde estava, nem do tipo de arquivo (!) e te dá ordens de recuperar de volta todos os arquivos apagados. você explica que não recebe ordens. ela pede por favor. você pergunta, mais uma vez, qual é o arquivo que está faltando. ela não te responde e, novamente, te manda recuperar todos ou vai levar o computador no técnico. então, leve no técnico.
daí, a pessoa começa a gritar e te chamar de egocêntrica (!). você avisa que, se ela não parar de gritar, vai colocá-la para fora da tua casa. daí, a pessoa joga uma cadeira em cima de ti (!).
e, eis que essa foi a segunda vez em que fui agredida fisicamente esta semana. devo estar com aparência de frágil. quer dizer, agora, mancando e com o lábio superior cortado, com certeza.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
sexo com amor
o trabalho, agora, é desapaixonar-se. em outra cidade, não dá. sabia que isso poderia acontecer, mas, sinceramente, não achei que fosse. fazia tanto tempo que não nos víamos. sei lá, as pessoas mudam muito com o tempo. estava mesmo pessimista. mas, ai, tinha esquecido o quanto ela é alta. daí, veio a forma como ela pegou em mim, para me desviar de um buraco na calçada. tive arrepios. fiquei repetindo para mim mesma para não relaxar. se acontecer alguma coisa hoje, será só diversão.
daí, vem o "senta aqui do meu lado". daí, não aguentei. comecei a responder. só que veio esse assunto tenso, dessa amiga em comum, ela lá, desflorando o rosário, e eu tentando ser compreensiva e ouvir, ainda que não estivesse em condições de dar bons conselhos (em parte, por causa do álcool), só conseguia prestar atenção no quanto ela é fofa, como fala de um jeito fofo, como eu a queria naquela hora. só que nada.
em algum momento, todo mundo resolveu mudar de mesa, vamos para uma menos isolada, para ver o povo. e, foi assim que, enquanto ela foi ao banheiro, a amiga dela me beijou. e, nossa, rolou uma super química. claro que tive de perguntar para ela se concordava, depois dessas duas experiências que me provaram que química é algo surpreendentemente unilateral.
só sei que ela volta do banheiro e puxa a amiga em um canto, para uma DR. não entendi nada. achei que ela não estava mais a fim, sei lá, já tinha desistido mesmo. daí, elas voltam, ela se senta do meu lado e me beija. e, só. "eu só faço sexo com amor."
e, só, nada. ela, aparentemente, está furiosa comigo. tentei explicar que não teria beijado a amiga dela se soubesse que ela estava a fim. inclusive, depois, minhas amigas me contaram que, quando fui ao banheiro, rolou a conversa do "e, aí? se você não se mexer, nós vamos sair para dançar." só que, né, a figura ainda se fez de tímida! e, eu lá, impaciente, esperando. e, ela ainda me diz que quis aceitar aquele convite, de anos atrás, mas que não dava conta de trios. e, tudo bem, esqueça a ideia da triangulação com a amiga. exatamente como naquela época. essas ironias.
agora, é só desapaixonar. essa arte na qual tenho me tornado especialista. a de apaixonar-me e de desapaixonar-me. porque, não dá. ainda que tenhamos o mesmo ascendente e a mesma lua. ainda que ela seja linda. não vou entrar em uma história à distância. não vou investir. caso encerrado.
daí, vem o "senta aqui do meu lado". daí, não aguentei. comecei a responder. só que veio esse assunto tenso, dessa amiga em comum, ela lá, desflorando o rosário, e eu tentando ser compreensiva e ouvir, ainda que não estivesse em condições de dar bons conselhos (em parte, por causa do álcool), só conseguia prestar atenção no quanto ela é fofa, como fala de um jeito fofo, como eu a queria naquela hora. só que nada.
em algum momento, todo mundo resolveu mudar de mesa, vamos para uma menos isolada, para ver o povo. e, foi assim que, enquanto ela foi ao banheiro, a amiga dela me beijou. e, nossa, rolou uma super química. claro que tive de perguntar para ela se concordava, depois dessas duas experiências que me provaram que química é algo surpreendentemente unilateral.
só sei que ela volta do banheiro e puxa a amiga em um canto, para uma DR. não entendi nada. achei que ela não estava mais a fim, sei lá, já tinha desistido mesmo. daí, elas voltam, ela se senta do meu lado e me beija. e, só. "eu só faço sexo com amor."
e, só, nada. ela, aparentemente, está furiosa comigo. tentei explicar que não teria beijado a amiga dela se soubesse que ela estava a fim. inclusive, depois, minhas amigas me contaram que, quando fui ao banheiro, rolou a conversa do "e, aí? se você não se mexer, nós vamos sair para dançar." só que, né, a figura ainda se fez de tímida! e, eu lá, impaciente, esperando. e, ela ainda me diz que quis aceitar aquele convite, de anos atrás, mas que não dava conta de trios. e, tudo bem, esqueça a ideia da triangulação com a amiga. exatamente como naquela época. essas ironias.
agora, é só desapaixonar. essa arte na qual tenho me tornado especialista. a de apaixonar-me e de desapaixonar-me. porque, não dá. ainda que tenhamos o mesmo ascendente e a mesma lua. ainda que ela seja linda. não vou entrar em uma história à distância. não vou investir. caso encerrado.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
vivendo e apanhando
uma loucura. literalmente. apanhei de uma guria na balada. ela estava sendo muito assediada, dava para ver que estava irritadíssima. resolvi ser solidária. disse algo do tipo "hoje está difícil mesmo", e ela me dá uma resposta malcriada, com algum palavrão, que achei completamente desnecessária, então comecei a dizer para todos os homens que passavam para irem atrás dela, porque ela estava a fim. tá, não foram todos, falei para uns 2 ou 3. e, pronto. daí, estava com meus amigos quando, do nada, levo um soco na cara. um so-co. quem faz isso? meu sangue ferveu de um tanto, estava tão indignada quanto certa de que ia quebrar a cara daquela pessoa, enquanto minha boca sangrava, e os amigos dela se enfiavam no meio de nós, para evitar o troco que ela bem merecia. o amigo dela veio tentar desculpar-se por ela, minha vontade era usar meus anos de prática de kung fu nele mesmo. ódio. 24 horas de ódio, com a boca inchada, que não me deixava esquecer. a balada da melhor música do universo acabou ali.
coisas que só São Paulo faz por você.
coisas que só São Paulo faz por você.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
não mate o mensageiro
você decide ajudar a pessoa, e ela fica com ódio de você, que só levou as informações. no lugar dela, eu teria gostado de saber. tive muitas dúvidas sobre se deveria me meter na situação ou não. na hora, resolvi que sim, afinal, já estava bem envolvida na história toda. coloquei-me no lugar dela e pensei que, se fosse eu, teria sido muito grata pela atitude. só que há coisas que as pessoas parecem não querer enxergar.
no fundo, acho que toda essa reação agressiva e negativa dela se relaciona à vontade de ignorar tudo isso, tentar eximir-se da culpa pelos acontecimentos trágicos das últimas semanas. quantas vezes não repeti que ser mãe é diferente de ser motorista. mas, a pessoa não quer ver, não quer aceitar. e, tudo bem. cada um que lide com os problemas, principalmente com aqueles que viu desenvolver sem fazer nada para impedir. e, eu, realmente, não tenho mesmo nada a ver com isso.
olhando as coisas neste momento, parece-me que a decisão de me meter na história foi errada. estaria até arrependida se não fosse minha sensação de dever moral de fazer isso. foi a primeira vez em que ela me chamou de amiga. e, realmente, esse é o tipo de coisa que faço pelos amigos. mas, amigos mesmo, sabe? aquela chacoalhada que você dá na pessoa, sabendo que ela achará ruim, mas que é quase um dever, até porque é para o bem dela.
e, assim, não gostou? ignore. ponto. finja que não aconteceu. o quê, não se sente culpada pela situação? então, ótimo. vire a página.
só que não, né? ela está morrendo de culpa. o que acho digno, demonstra que, apesar de über irresponsável, não é má pessoa. justamente por isso, não consegue encarar os amigos, esses de verdade. porque nós sabemos. estávamos lá o tempo todo. vimos a história desenrolar-se – cada um, um pedaço dela.
vá, vá lá fazer novos amigos. crie uma imagem sobre si mesma para eles. você já está até diferente, imagino que deva estar acreditando na máscara que acabou de inventar. de uma pessoa injustiçada, que sofre sem nenhuma razão.
e, se tudo isso não bastasse, há a história do melhor amigo, que, segundo ela, negou as coisas que havia me contado. sinceramente, não sei em quem acreditar. não entendo porque ele faria isso até porque sei que ele gosta de mim. estávamos em contato esses dias por uma preocupação em comum, ao meu ver: nossa amiga. ela fugiu de nós dois o fim-de-semana inteiro. daí, vem a conversa dos dois em que ele supostamente disse que eu havia inventado as histórias. tipo, por que eu faria isso? sinceramente.
não tenho estado muito bem esses dias. estou com essa cicatriz horrenda no meio da cara, usando os óculos de sol de outra pessoa. ainda sentindo os efeitos dos massacres que foram as provas dos últimos finais de semana. tentando lidar com essa saudade que me esmaga a vontade de fazer qualquer coisa produtiva. tenho-me forçado a arrumar a casa, organizar os arquivos de computador, as fotos. ah, as fotos. como foi doloroso. mas, agora, estão todas lá, categorizadas. assim, não preciso correr os risco de esbarrar nessas lembranças não intencionalmente.
agora é tentar olhar para frente, pois há um monte de gente linda para ver neste fim-de-semana, coisas para conhecer. e, essa grande amiga, dessas de verdade, que, quando não concordam com algo, falam as coisas na nossa cara, sabe?
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
aquela passadinha
era para ser um fim-de-semana tranquilo, afinal, faria prova no domingo, o dia todo. mas, começou com a saidinha de sexta, "só uma passadinha, não posso ficar até tarde", nem eu queria, mas, sabe como é, cerveja, conversas, esbarrar nessas pessoas, e cheguei em casa de madrugada. no sábado, foi o tempo de acordar cedo, indignar-me e voltar a dormir, até a hora do almoço, a feijoada de todo sábado, fazendo um esforço homérico para entender espanhol de Montevidéu (ou de qualquer outro lugar, tando fazia, né). então, vamos conhecer a torre digital. só que não. fechada por três meses. já virou um mito. então, vamos a esse festival gastronômico no calçadão. claro que não íamos comer, depois de tanto feijão, mas tomamos todas, que é o que sabemos fazer. "mas, preciso estar em casa às 20h, certo?" só que não, né. só recuperei meu carro umas 20h30. então, vamos dar uma passadinha ali, para alimentar meu vício (cachorro quente). daí, esbarro nessa guria. que inusitado. ensaiamos ver o filme alemão do festival, mas, rá, os ingressos estavam esgotados. dormi o mais cedo que consegui, para acordar às 5h, para fazer prova. minha sorte é viver com uma gata-pequena-bagunceira, que me acordou na hora certa (fiz a maior confusão nos relógios com o horário de verão), roendo a alça do meu sutiã.
a prova estava até oquei. voltei cedo, bebi meia garrafa de vinho e terminei a sessão temática de filmes que havia começado na sexta. a prova da tarde poderia estar pior, pois sabia, pelo menos, responder uma das questões discursivas. o ruim foi ter passado a limpo a questão que eu não sabia no espaço da questão que eu sabia. foram 20 linhas desperdiçadas e riscadas, e a resposta que era para ser a mais completa espremida em 10.
não era para ser. respirar, meditar e aceitar.
a festa da noite foi de excessos, em todos os sentidos. doces, espumante, cerveja, carnes, fotos pornográficas e as amigas lésbicas chamando minha atenção para aquela guria, olha, ela só olha para você. não, gente, nós nos conhecemos, ela gosta de mim e tal, é hétero. não, não é. então, tá. daí ela senta do meu lado. ei, ela ficou toda em cima de ti, e você não deu a menor bola. então, vamos dar bola para ela. carona, tá, te levo em casa. sim, anote meu número. oquei, trocamos uns beijos.
mas, a história da noite foi o namorado da amiga-escorpiana-bêbada explicando que não era machista nem nada - peraí, preciso de mais cerveja para ouvir o final dessa frase -, mas que tinha achado super legal a gente se beijar na festa do cinema. moço, não, não beijei tua namorada (e, se beijei, que ruim para mim, nem aproveitei, já que nem lembro). vocês se beijaram sim, eu vi. ela está sabendo desta conversa? sim. tá, você vai me fazer uma proposta? não. daí, não entendi. daí, acordei e pensei será que ele estava me liberando para ficar com ela. será? seria bom, eu ia gostar.
a prova estava até oquei. voltei cedo, bebi meia garrafa de vinho e terminei a sessão temática de filmes que havia começado na sexta. a prova da tarde poderia estar pior, pois sabia, pelo menos, responder uma das questões discursivas. o ruim foi ter passado a limpo a questão que eu não sabia no espaço da questão que eu sabia. foram 20 linhas desperdiçadas e riscadas, e a resposta que era para ser a mais completa espremida em 10.
não era para ser. respirar, meditar e aceitar.
a festa da noite foi de excessos, em todos os sentidos. doces, espumante, cerveja, carnes, fotos pornográficas e as amigas lésbicas chamando minha atenção para aquela guria, olha, ela só olha para você. não, gente, nós nos conhecemos, ela gosta de mim e tal, é hétero. não, não é. então, tá. daí ela senta do meu lado. ei, ela ficou toda em cima de ti, e você não deu a menor bola. então, vamos dar bola para ela. carona, tá, te levo em casa. sim, anote meu número. oquei, trocamos uns beijos.
mas, a história da noite foi o namorado da amiga-escorpiana-bêbada explicando que não era machista nem nada - peraí, preciso de mais cerveja para ouvir o final dessa frase -, mas que tinha achado super legal a gente se beijar na festa do cinema. moço, não, não beijei tua namorada (e, se beijei, que ruim para mim, nem aproveitei, já que nem lembro). vocês se beijaram sim, eu vi. ela está sabendo desta conversa? sim. tá, você vai me fazer uma proposta? não. daí, não entendi. daí, acordei e pensei será que ele estava me liberando para ficar com ela. será? seria bom, eu ia gostar.
sábado, 19 de outubro de 2013
dormir para viver
não há como o fim de semana começar mal após 12h dormidas, acordando com os dois felpudos na cama, com torradas feitas do bolo que passou do ponto, com requeijão em barra (desejo da semana), café de verdade finalmente e um convite para almoçar, compensando o outro desmarcado às 8 da manhã (!).
é incrível o efeito que o sono tem sobre mim. os dias em que estou mais feliz são aqueles oriundos de uma semana de 8h diárias de sono. a vida fica linda, fico altamente sociável e sorridente. a dieta entra nos eixos. aliás, emagrecer em si já me deixa megafeliz. ver o corpo delineando-se, os músculos abdominais emergindo (só que lááááááá do fundo.. hehe). sem contar que é uma delícia ouvir música eletrônica na hora do almoço, na academia (ainda que seja bate-cabelo).
estou com um pouco de dor nos músculos das costas, mas é aquela dor maravilhosa da transformação. só dá vontade de tomar café e assistir a filmes. se não fosse a saudade, poderia dizer que a vida está bem boa.
é incrível o efeito que o sono tem sobre mim. os dias em que estou mais feliz são aqueles oriundos de uma semana de 8h diárias de sono. a vida fica linda, fico altamente sociável e sorridente. a dieta entra nos eixos. aliás, emagrecer em si já me deixa megafeliz. ver o corpo delineando-se, os músculos abdominais emergindo (só que lááááááá do fundo.. hehe). sem contar que é uma delícia ouvir música eletrônica na hora do almoço, na academia (ainda que seja bate-cabelo).
estou com um pouco de dor nos músculos das costas, mas é aquela dor maravilhosa da transformação. só dá vontade de tomar café e assistir a filmes. se não fosse a saudade, poderia dizer que a vida está bem boa.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
esteira
nunca perca a esperança. uma noite despretensiosa de quarta. poderia falar mais, mas, depois que você sabe que a pessoa te lê, precisa tomar cuidado com o que pensa.
de todo modo, é sempre refrescante sair com pessoas novas. novos assuntos, novos problemas, novas manias, novos bares, novas dinâmicas e, principalmente, humor diferente. como isso faz falta. e, o que é melhor, alguém que não te julga por beber. "inclusive, já estou bêbada." a pessoa já sai de cada bêbada. achava que só eu fazia isso.
"mas, me conta, como é essa coisa do amor livre?" "acho que sou ninfomaníaca." daí, de repente, você se sente normal. a pessoa está lá, achando-se super doida, e você, tentando consolar, põe-se o desafio de contar alguma esquisitice pior. resolvido pela história da esteira.
prometi que contaria aqui. aqui está.
namorada de muitos anos atrás. morava com a mãe. já havia ido à casa algumas vezes, mas nunca dormido lá. até que resolvemos fazer um churrasco, chamar os amigos. tinha acabado de descolorir o cabelo. fizemos churrasco vegetariano. bebemos todas. eu bebi todas e um pouco mais. era jovem, não tinha tanta prática. enfim. dormimos no quarto dela.
no dia seguinte, já em casa, ela telefona e pergunta, meio sem graça, se me lembrava do que havia feito. claro que não. eu havia feito xixi na esteira (dessas de exercícios) da mãe dela - que, claro, ficava no quarto da mãe, que, óbvio, estava lá, na hora. depois que ela me disse isso, realmente, veio-me a imagem onírica de pânico da mãe, puxando o lençol para cobrir-se, enquanto eu abaixava as calças. uma cena tosca. que me faz rir há 10 anos. fina que sou, pedi desculpas à mãe. e, nunca mais voltei lá. né.
de todo modo, é sempre refrescante sair com pessoas novas. novos assuntos, novos problemas, novas manias, novos bares, novas dinâmicas e, principalmente, humor diferente. como isso faz falta. e, o que é melhor, alguém que não te julga por beber. "inclusive, já estou bêbada." a pessoa já sai de cada bêbada. achava que só eu fazia isso.
"mas, me conta, como é essa coisa do amor livre?" "acho que sou ninfomaníaca." daí, de repente, você se sente normal. a pessoa está lá, achando-se super doida, e você, tentando consolar, põe-se o desafio de contar alguma esquisitice pior. resolvido pela história da esteira.
prometi que contaria aqui. aqui está.
namorada de muitos anos atrás. morava com a mãe. já havia ido à casa algumas vezes, mas nunca dormido lá. até que resolvemos fazer um churrasco, chamar os amigos. tinha acabado de descolorir o cabelo. fizemos churrasco vegetariano. bebemos todas. eu bebi todas e um pouco mais. era jovem, não tinha tanta prática. enfim. dormimos no quarto dela.
no dia seguinte, já em casa, ela telefona e pergunta, meio sem graça, se me lembrava do que havia feito. claro que não. eu havia feito xixi na esteira (dessas de exercícios) da mãe dela - que, claro, ficava no quarto da mãe, que, óbvio, estava lá, na hora. depois que ela me disse isso, realmente, veio-me a imagem onírica de pânico da mãe, puxando o lençol para cobrir-se, enquanto eu abaixava as calças. uma cena tosca. que me faz rir há 10 anos. fina que sou, pedi desculpas à mãe. e, nunca mais voltei lá. né.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Merlot
há dias em que tua popularidade está em baixa. não há jeito. claro que não ter dormido minhas 8h da beleza-e-da-sanidade não ajuda. mas, valeu à pena. hihihi
opa. acabo de receber um convite. nem tudo está perdido. ia até pintar as unhas, após 10 dias. mas.
retomamos amanhã. não perca a esperança.
opa. acabo de receber um convite. nem tudo está perdido. ia até pintar as unhas, após 10 dias. mas.
retomamos amanhã. não perca a esperança.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
esses marginais
dias definitivamente intensos. marcas no chão da sala que só o marido conseguiu tirar, roubo do celular e um idiota acessando minha rede social para digitar "pipoco" no meio da madrugada (e os meninos achando que fui roubada pela guria que estava pegando hahaha), DR sem sentido com meia dúzia de mulheres que havia acabado de conhecer, desencontros por causa da subtração do telefone, novas saias esperando para ser usadas, o melhor almoço dos últimos tempos, uma segunda-feira atípica, boa até certo ponto, mas que me levou até a Vara da Infância, esse lugar onde pensei que nunca fosse pôr os pés. muita raiva. o que não fazemos por amor. a história desenrolando-se exatamente da forma como você previu - e com testemunhas. e, sem bons prognósticos - ao que tudo indica, a história vai continuar naquele curso mesmo, até atingir o final trágico que você também já previu.
agora, é fazer aquilo que faço bem: juntar as bagunças e rearrumar tudo porque domingo é dia de prova e passar a mão na cabeça das pessoas é hábito que ainda não cultivei.
agora, é fazer aquilo que faço bem: juntar as bagunças e rearrumar tudo porque domingo é dia de prova e passar a mão na cabeça das pessoas é hábito que ainda não cultivei.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
cadê meu capricórnio
é só uma passadinha, não vai atrapalhar os estudos e, olha, começa cedo, 19h. só que nunca é só uma passadinha. só que eu nunca aprendo. mantêm meu copo cheio, e esqueço até de ir ver a exposição, que deveria ser o motivo de estar lá. só que não era, até isso era mentira, como sabemos. daí que o copo estava sempre cheio e "não pode entrar com bebida, senhora" e já eram 22h, e já estava convidando todo mundo para estender a noite na minha casa, por quê, porque sou sem noção, mas, ainda bem, há gente que não. "peraí, todo mundo aqui vai trabalhar amanhã cedo, seria irresponsável, vamos combinar isso em um dia em que possamos quebrar tudo com responsabilidade", só que, claro que isso também era mentira, a julgar pelas mensagens, cerca de meia hora depois. "venha para cá". não, não vou, não fui. 23h e eu na minha cama, como uma mulher responsável que não sou.
como no fim-de-semana, as pessoas indo filmar nesse hotel-fazenda (nunca tinha ido, sempre tive medo de hotéis-fazendas, assim como de cruzeiros, imaginando a taxa de crianças per capita), "você não quer ir junto? há piscina". claro, maria piscina não resiste a uma água, vesti o biquíni e óbvio que fui. e, enquanto as pessoas trabalhavam, bebi toda a cerveja do bar, conheci o proprietário, briguei com o proprietário (que disse que me daria um "banho de cerveja" [!]), que nos convidou para passar a noite, por que não? claro que podemos. os gatos ficam sem comida, mas, né, a cerveja, a piscina.
como no fim-de-semana, as pessoas indo filmar nesse hotel-fazenda (nunca tinha ido, sempre tive medo de hotéis-fazendas, assim como de cruzeiros, imaginando a taxa de crianças per capita), "você não quer ir junto? há piscina". claro, maria piscina não resiste a uma água, vesti o biquíni e óbvio que fui. e, enquanto as pessoas trabalhavam, bebi toda a cerveja do bar, conheci o proprietário, briguei com o proprietário (que disse que me daria um "banho de cerveja" [!]), que nos convidou para passar a noite, por que não? claro que podemos. os gatos ficam sem comida, mas, né, a cerveja, a piscina.
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