era para ser um fim-de-semana tranquilo, afinal, faria prova no domingo, o dia todo. mas, começou com a saidinha de sexta, "só uma passadinha, não posso ficar até tarde", nem eu queria, mas, sabe como é, cerveja, conversas, esbarrar nessas pessoas, e cheguei em casa de madrugada. no sábado, foi o tempo de acordar cedo, indignar-me e voltar a dormir, até a hora do almoço, a feijoada de todo sábado, fazendo um esforço homérico para entender espanhol de Montevidéu (ou de qualquer outro lugar, tando fazia, né). então, vamos conhecer a torre digital. só que não. fechada por três meses. já virou um mito. então, vamos a esse festival gastronômico no calçadão. claro que não íamos comer, depois de tanto feijão, mas tomamos todas, que é o que sabemos fazer. "mas, preciso estar em casa às 20h, certo?" só que não, né. só recuperei meu carro umas 20h30. então, vamos dar uma passadinha ali, para alimentar meu vício (cachorro quente). daí, esbarro nessa guria. que inusitado. ensaiamos ver o filme alemão do festival, mas, rá, os ingressos estavam esgotados. dormi o mais cedo que consegui, para acordar às 5h, para fazer prova. minha sorte é viver com uma gata-pequena-bagunceira, que me acordou na hora certa (fiz a maior confusão nos relógios com o horário de verão), roendo a alça do meu sutiã.
a prova estava até oquei. voltei cedo, bebi meia garrafa de vinho e terminei a sessão temática de filmes que havia começado na sexta. a prova da tarde poderia estar pior, pois sabia, pelo menos, responder uma das questões discursivas. o ruim foi ter passado a limpo a questão que eu não sabia no espaço da questão que eu sabia. foram 20 linhas desperdiçadas e riscadas, e a resposta que era para ser a mais completa espremida em 10.
não era para ser. respirar, meditar e aceitar.
a festa da noite foi de excessos, em todos os sentidos. doces, espumante, cerveja, carnes, fotos pornográficas e as amigas lésbicas chamando minha atenção para aquela guria, olha, ela só olha para você. não, gente, nós nos conhecemos, ela gosta de mim e tal, é hétero. não, não é. então, tá. daí ela senta do meu lado. ei, ela ficou toda em cima de ti, e você não deu a menor bola. então, vamos dar bola para ela. carona, tá, te levo em casa. sim, anote meu número. oquei, trocamos uns beijos.
mas, a história da noite foi o namorado da amiga-escorpiana-bêbada explicando que não era machista nem nada - peraí, preciso de mais cerveja para ouvir o final dessa frase -, mas que tinha achado super legal a gente se beijar na festa do cinema. moço, não, não beijei tua namorada (e, se beijei, que ruim para mim, nem aproveitei, já que nem lembro). vocês se beijaram sim, eu vi. ela está sabendo desta conversa? sim. tá, você vai me fazer uma proposta? não. daí, não entendi. daí, acordei e pensei será que ele estava me liberando para ficar com ela. será? seria bom, eu ia gostar.
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