sexta, então, de cabelo pintado, teve encontro com os amigos, com drinks de rum colombiano. depois, fomos a uma festa em um espaço muito bom, mas que vendia long neck a 10 reais. daí, irritei-me com um cara que filmava os amassos que minha amiga dava no amigo dele. quando o abordei, a criatura ainda teve a petulância de dizer que era tarde, pois ele já havia enviado o vídeo ao amigo. o que, obviamente, era mentira. fiquei paralisada de ódio, sem saber o que fazer, até que surge na minha frente, do nada, uma das gurias da ayahuasca, toda vestida de cobra. demorei para reconhecê-la. encarei como um sinal para ficar zen.
no sábado, assisti a Awake - a vida de Yogananda. o filme é lindo demais. além da história, a fotografia é maravilhosa. o guru previu a morte da mãe dele e a dele mesmo. acreditava que podemos controlar nosso corpo a ponto de conseguir dormir vários dias, ficar acordadxs vários dias e decidir a hora da morte. as imagens eram de meditações em montanhas e praias, do olhar penetrante de Yogananda e de seu carisma em palestras pelo mundo.
depois, fui ao festival Cinema e Transcendência, onde vi um espetáculo circense com bambus, que foi lindo. o filme da noite era Fogo ardente. o documentário demonstrava o "ativismo espiritual", em que as pessoas usam a religião para protestar. os pontos altos foram a ideia sul-africana de que "tudo que é teu é meu" e o princípio da desobediência civil (que eu não sabia que era budista).
no domingo, participei de uma oficina de Instagram. fui na expectativa de tirar selfies melhores (haha), mas aprendi coisas de que não sabia que precisava, como escolher temas para fotos. fiquei com vontade de fazer curso de fotografia.
depois, aproveitei o Picnik - desta vez, de fora da estrutura, o que foi bem mais agradável. já estava a ponto de desistir dessa festa, pois acho tudo caro, ruim e sujo. sentamos nas mesinhas embaixo dos eucaliptos, consumimos cerveja dos ambulantes e vira e mexe aparecia uma oferta bem ali, em nossa mesa. adorei a iniciativa, principalmente da caipirinha de 5 reais feita por dois adolescentes.
ontem foi também o dia do show do Morrissey. foi bem intenso. ele começou com o super hit Suedehead. achei ótima a estratégia, de já ir aplacando a ansiedade da plateia. no decorrer do show, foram transmitidas imagens de violência contra negros, pessoas em passeatas, animais. em uma das duas únicas músicas dos Smiths tocadas, Meat is murder, congelou no telão o texto "Qual é sua desculpa? Carne é assassinato". achei bem forte. isso somado ao cartaz, na entrada do evento, de uma vaca com os dizeres "Não mate". Quando pedi para a segurança me liberar para ir bater a foto, ela comentou que também teve de abster-se de carne naquele dia. parece que o próprio produtor do show teve de pagar aos ambulantes de churrasquinho para não venderem naquela noite. hehe
e a alta sociedade gótica brasiliense estava toda lá. foi divertido rever as pessoas. há gente que não muda nunca. o que chega a ser reconfortante.
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