sábado, 21 de maio de 2016

a volta a deus


o dia de ontem não começou tão bem quanto havia terminado o anterior, mas acho que dá para dizer que foi superado. cheguei cedo ao trabalho, tentei concentrar-me no que tinha para fazer. com a dificuldade, resolvi descer do prédio e dar uma caminhada. parei na Catedral de Brasília. ainda não me havia dado conta do quanto era perto. entrei lá, pela primeira vez em anos. acho que desde que vim conhecer a cidade, em uma viagem de infância. sentei-me no banco e desabei. foi catártico. até desconcentrar-me pelas vozes de um batalhão de crianças, que faziam excursão naquele momento. tomaram toda minha atenção, até diverti-me. e, bem assim, quando dei por mim, estava de bom humor outra vez.

voltei para o trabalho e já me esperavam para a reunião. o que a coordenava tinha tatuado, no braço, ´make good art´. achei tão inspirador! lembrei-me de meu plano de aprender a pintar. talvez seja um excelente momento para ir atrás disso, agora que os cursos de astrologia em conformidade com o ativismo quântico e de corte e costura já estão para começar. quero tentar ir nessa oficina amanhã, de manhã, só que será bem no horário do bazar de uma de minhas lojas preferidas.. :$  vamos ver se dá para conciliar. fora o picnic das novas amigas feministas, que me têm feito tão bem nestes tempos!

ontem, ainda consegui ir para a academia, fazer a aula de 1h inteira e sair super feliz, de bom humor. a tarde passou rápido, com as tarefas novas da manhã. daí, foi só o tempo de passar em casa e dar uma ajeitada no visual, ouvindo esse disco maravilhoso dos Raveonettes que o Spotify me indicou. decidi até mudar a cor dos cabelos, estou só esperando o verde sair. já sei qual será o novo tom, mas não posso contar ainda, é surpresa. hehe

vou tatuar os braços também e fazer, finalmente, a sobrancelha. deste ano não passa. é ano de oxalá, e minha revolução solar será em leão. a instabilidade e a tristeza desses últimos meses não fazem o menor sentido em relação ao que leio que o universo guarda para mim.

daí, passei na marcha contra Temer, que estava decepcionantemente vazia. deu um pouco de desalento, mas fiquei feliz por ter ido mesmo assim. depois, no jantar, esse amigo me encheu de elogios, disse que eu estava com um semblante bem sereno, mesmo dadas as circunstâncias. foi a 2a pessoa que me disse isso esta semana. de resto, das coisas que ele me disse, fiquei bem feliz em ouvir a opinião dele sobre eu ser uma pessoa muito alegre, que tem o poder de elevar a autoestima das pessoas. e foi, então, que tive a epifania de que, nos últimos meses, quando me diziam que eu colocava a autoestima das pessoas para baixo (coisa que eu nunca entendia como), na verdade, era a minha que era empurrada para baixo.

uma percepção bem dolorosa, mas que, de alguma forma, aliviou algum nó, propiciando-me uma ótima noite de sono. agora, é preparar-me, porque vou reencontrar minha querida Ayahuasca. quero absorver tudo que ela tem para me dizer. porque, quando ela me disse que eu precisava terminar meu relacionamento, eu virei as costas para ela. pois, agora, é momento de voltar lá, pedir desculpas e começar a exercitar minha gratidão.

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