segunda-feira, 23 de maio de 2016

o sofrimento que a gente cria

o fim de semana não foi ruim. tive meus momentos, principalmente, ontem, no final do dia, ao voltar para casa. mas, acho que dá para dizer que o saldo foi positivo.

sábado foi dia da espiritualidade. domingo, de encontrar e conhecer pessoas. acordei cedo, animada para ir à promoção de uma de minhas (ex) lojas favoritas. não encontrei nada. haha  então, passei na padaria, comprei um monte de fritura e levei para o picnic das feministas no parque. estava passando uma bateria de samba. virou nossa música de fundo. soltamos bolhas gigantes de sabão. foi bem lúdico. hihi

de lá, fui almoçar no Piauíndia com uma amiga, que estava com visitas de Recife - entre elas, a escritora de um livro que li recentemente. confesso que a comida não me caiu muito bem (eu que não sou fã de comida indiana). mas fiquei feliz de ter ido, principalmente porque sempre quis conhecer esse tão badalado restaurante.

depois, participei de uma oficina de bambolê. gente, foi tudo de bom! todo mundo rindo, como criança.

daí, fiz umas compras. adquiri um vestido e mais algumas camisetas lindas.

mas, o grande momento, mesmo, foi sábado. conheci duas gurias que trabalham no Vale do Amanhecer, uma leonina e uma aquariana. achei-as super fantásticas e interessantes. a gente falou sobre relacionamentos e chamados espirituais. tive vontade de voluntariar-me para trabalhar no santuário. quem sabe não é meu chamado, com o sol na casa 8? ainda preciso pensar, mas confesso que não é uma ideia exatamente recente.

durante o trabalho, tive algumas reflexões bem produtivas - o que foi bem inspirador, depois de um mês e meio de ausência. acho que a mais importante (será?) foi a relativa a meu apego. percebi que sofro (!) de excesso de liberdade. tenho um emprego super estável, que não me demanda muito, mas que me proporciona todo o dinheiro de que preciso para viver e fazer minhas coisas. tenho um apartamento todo meu. minha família é distante, mora longe, ou seja, não tenho obrigações familiares. não tenho amigos muito carentes, desses que demandam muita atenção. a verdade é que, se eu resolver enclausurar-me durante uma semana (só indo trabalhar, claro), provavelmente, ninguém estranharia. e, percebi que não sei o que fazer com esse excesso de liberdade. 

a ironia é que eu mesma criei essa situação. lembro-me de quando me mudei para meu primeiro apartamento, depois que saí do pensionato. foi um período, digamos, meio dark (rsrs), em que resolvi não divulgar meu endereço nem meu telefone (era época dos telefones fixos..). passei muito tempo ´foragida´. até resolver voltar para o convívio social.

hoje, tenho tudo. tenho toda a autonomia, toda a liberdade de que preciso. e, vira e mexe, percebo-me inventando apegos, amarras. e, isso é muito louco. ser uma mulher livre que se sente prisioneira da própria liberdade.

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