sexta-feira, 20 de maio de 2016

sem estômago

ontem foi um dia difícil, preciso admitir. voltei ao trabalho, achei que estivesse pronta. tive de dar umas voltas, descer na pracinha, sentar no banco, ver as árvores, sentir o vento, respirar.

fui para casa na hora do almoço, para esperar a hora da terapia. não conseguia comer. resolvi beber. bebi 4h de estômago vazio. fiquei visceral, emocionada, puxei o romantismo guardado lá no fundo e enviei mensagens e mais mensagens. disse o que estava engasgado. mexi bem fundo na ferida. ouvi as músicas.

à noite, fui encontrar uma amiga querida, certa de que levaria uma bronca. é muito legal surpreender-se com as pessoas. ela me fez tão bem, mostrou que devo ter paciência comigo.

minha ideia inicial era deixar toda a dor vir à tona, de uma vez, para conseguir superar mais rápido. mas, chega uma hora em que não dá, é demais. acho que esse momento aconteceu ontem.

hoje, acordei aos prantos, juntei todas as memórias e escondi em um canto do armário. não sei mais o que fazer com os planos para o fim-de-semana, mas decidi permitir-me mudar de ideia, se precisar, e deixar para decidir na hora, a depender de meu humor.

sabe, primeiro, arrependi-me das coisas que fiz ontem. depois, lembrei-me daquela ex, que brigou comigo quando expressei como me sentia nas redes sociais e não em mensagem direta para ela, depois que terminamos. não sei se teria mudado alguma coisa na nossa relação, mas guardei esse conselho. então, de certa forma, posso dizer que tudo que precisava foi dito. tudo que estive sentindo.

e, assim, o amor e o sentimento são nossos. a gente deve fazer o que quiser com eles. eu quis dar para ela. e o que foi dado não é mais meu. ela pode até jogar tudo no lixo se quiser. eu fiz porque precisei. e espero que isso ajude a curar-me.

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