sexta-feira, 29 de junho de 2018

sdds bruxarias


faz umas duas semanas, tenho me percebido travada. por exemplo, no trabalho, preciso passar em um departamento, que, teoricamente, guarda os meus certificados dos últimos anos, dos quais preciso para tirar a licença quinquenal e para ser promovida. talvez esteja só com medo de fazer a conta e perceber que não fiz as horas necessárias. mas, ainda que não tenha feito, é melhor saber do que não saber. se não for, não serei promovida nem terei a licença. a amiga já ofereceu a casa na praia por 3 meses. de todo modo, não teria coragem de deixar os gatos por tanto tempo. mas seria importante saber se tenho os requisitos. mas não vou. simplesmente, não vou.

outra questão eram os gatos. vacina vencida. descobri ontem à noite. entrei em pânico. senti-me a pior tutora do mundo. mandei mensagem para a clínica. consegui marcar para hoje. para o vet explicar que a vacina não é bem anual. que, para a pequena, basta uma a cada 1,5 ano. mas foi um alívio. o gato grande com o nariz vermelho. achei que estivesse febril. mas está todo serelepe, junto com o pequeno, passeando pelo corredor.

e, como tudo acontece na lua cheia, uma das companhias do Daime apareceu, perguntando por que não tenho ido. o último ritual a que fui: em dezembro do ano passado. ela me indicou um ilê perto da minha casa.

e daí que hoje é lua cheia e tudo que queria era um ritual para ir. uma amiga quis vir aqui para o tarô, mas eu já tinha tomado uma cerveja. outra me convidou para ir à casa dela, aprender mais sobre as plantas. eu com a arruda e o capim limão moribundos. mas não dava. hoje era dia de cuidar dos gatos, que achei que precisariam de mim. tenho passado tempo demais fora de casa.

vontade de escrever, mas não coisas que combinam com o livro.

ontem, vi um edital para autorxs LGBT. queria muito estar com tudo pronto. mas há de surgir outros. mantemos a esperança. tudo isso não terá sido em vão. não terá. nos protegei de todo mal. viva são miguel.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

sacerdotisa


dias loucos. não sei como cheguei em casa ontem. o retrovisor pra dentro. a mensagem no celular "cadê você, bora truvar", e eu respondendo que sim sem nem me tocar.

fugindo de algumas pessoas. e encontrando a pessoa com quem sonhei. ela tomava vodka. só que, na realidade, era eu que tomava. paramos e conversamos. me atualiza. menina, nem te conto. e contei. acho que o dia de ontem se resumiu a esse contar. que ainda estou processando.

o livro está andando. só faltam 7 capítulos. as pessoas gostaram do último. a colega perguntou se eu não gostaria de escrever textos informativos sobre gênero, para distribuir no hospital. eu gostaria.

veio a lua cheia, em capricórnio. só me dei conta disso hoje, quando tive vontade de me enfurnar em casa outra vez para ouvir Bethânia em looping.

ouvi o novo disco inteiro da Lykke Li. umas 3 vezes.

os gatos estão carentes. preciso parar mais em casa. me liga.

terça-feira, 19 de junho de 2018

confessionário



vou só admitir, pra ver se passa: estou muito apaixonada. não sei o que faço. penso em você o tempo inteiro. toda hora. até sem querer. em coisas bobas. completamente arrebatada. por favor, me conte quais são teus defeitos. me tire desta morte lenta. 

não tenho vontade de conversar com mais ninguém. se não estou com você, só quero ficar só, descobrindo músicas. 

a lua cresce amanhã. vamos mentalizar. pra essa dor passar. ou pra você me ligar. 

´As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse, não´

segunda-feira, 18 de junho de 2018

vênus em leão + lua em escorpião



pronto, tá escrito. amanhã, arrumamos as referências, revisamos, essas coisas.

faltarei a yoga outra vez, mas, pelo menos, saí para dar uma caminhada. a garganta está quase boa, mas resolvi não arriscar. porque, né, ashtanga.

sábado foi a estreia do tarô. estava um pouco ansiosa e preocupada por estar doente. mas acho que não atrapalhou. foi ruim a parte da música. acho que meus ouvidos ´surdos´ ficaram ainda piores. adorei que era gyspy jazz. mas estava alto e me desconcentrou. uma mulher disse que tinha ido pela astrologia, que considerava mais ´racional´. daí me viu e decidiu pedir as cartas também. comigo. gostei.

ouvi histórias fortes. fiquei com a sensação de que, como o trabalho estava sendo cobrado, as pessoas o levaram mais a sério. ouvi coisas de doença e de morte. me senti pressionada com a responsabilidade. fiz dois jogos sobre o mesmo tema para essa pessoa. os dois penderam no mesmo sentido. ela perguntou se eu tinha certeza, se não queria fazer outro. eu disse que não. estava dito. essa tem sido minha experiência com o tarô. se você o irrita, ele muda a resposta, fala o que você quer. para de funcionar.

saí de lá e chorei.

vênus em leão com lua em escorpião ou TPM?

no domingo, acordei cedo, arrumei as coisas, almocei cedo. havia combinado de encontrar a amiga às 13h. 12h12 ela me liga dizendo que não estava bem. queria ver o jogo, não tinha companhia. nem TV. sentei e chorei. alguns minutos depois, arrumei outra companhia.

vênus em leão com lua em escorpião ou TPM?

dei um conselho que tem sido o meu conselho deste ano: não fique na dúvida, vá lá e pergunte. meu mapa escorpiônico se treme todo. mas tenho feito assim.

foi assim com esse amor pisciano do passado. ela era a melhor amiga da minha então namorada. tinha acabado de voltar da europa. vamos, quero te apresentar. não sei bem como era a amizade delas, mas aconteceu alguma coisa naquela noite. trocamos uns beijos, as três. e foi isso.

anos depois, voltei a SP, combinamos de nos ver. ela estava lá, linda e magnética como sempre. mas levou uma amiga. e não estava, digamos, tão receptiva. beijei a amiga dela, enquanto ela foi ao banheiro. ela voltou, viu a cena, puxou a menina pelo braço, saíram do bar e passaram uns 10 minutos do lado de fora, conversando e fumando. voltaram sorrindo. eu ia dormir na casa dela. ela não tocou mais no assunto. fui embora.

agora, voltei lá. ela estava empolgada, cheia de planos para nós. na primeira noite, me levou a um bar palestino. foi de bicicleta. me resumiu tudo que eu tinha perdido dela dos últimos anos. falou dos gatos, do trabalho, dos sonhos, dos projetos, de tudo. programou todos os meus dias lá. no último dia, antes de você pegar o avião, a gente pode ir almoçar no Mooca. você conhece lá? sei de um restaurante bom, você vai gostar.

no dia seguinte, íamos ver um filme. ela se enrolou em casa, trabalhando. eu estava nas compras. precisava chegar cedo, para pegar o ingresso. não ia dar. posso ir a sua casa e conhecer os gatos. pode ser. levo bebidas. e algo pra gente cozinhar. pode ser.

tinha passado o dia pensando nela. e percebi que, toda vez que vou lá, volto apaixonada outra vez. mesmo beijando outras bocas. passei o dia pensando em como dizer isso pra ela. resolvi não dizer assim. dei apenas, digamos, um sentido para meu autoconvite. ela riu. melhor a gente sair para algum lugar. desmarcou.

no dia seguinte, ela ia tocar nessa festa. eu tinha cancelado todas as minhas intenções de ir. mas a outra amiga, a do beijo antes do cigarro, queria muito ir. eu estava com ela, não tinha como explicar. então fomos. na festa, evitei-a ao máximo. ela me evitou nos dias que seguiram.

e foi isso. e olha que nem disse como me sentia em relação a ela, só perguntei se estava sendo muito direta me convidando assim para ir à casa dela.

é ruim ser rejeitada? sim. mas muito melhor do que iludida. meu mantra deste ano. não vou mais perder tempo ficando na dúvida. até porque tenho percebido que as pessoas esperam essa liderança de mim. que é um papel que exerço confortavelmente. a rejeição é ruim, dói. vou chorar depois. mas passa.

uma amiga me dedicou o meme ´o neymar tudo que acontece ele deita e chora parece eu´.

domingo, 17 de junho de 2018

essa nossa vênus


não consegui escrever. não consegui. a aula é na terça. terei, então, dois dias para parir algo. vai rolar. gostava de ter aulas na quinta, porque, daí, tinha 5 dias. mas 5 dias pouco antecipados. não gostava dos textos das colegas, das críticas. a professora havia advertido. mas era o dia que tinha.

agora, reorganizei para ir às terças.

crush combinou com outra pessoa hoje. não é problema, às vezes, sou eu que não posso. mas, né, não precisava ter sido tão específica. só dizer hoje não posso. essas indelicadezas.

conheci um cubano. que odiou a estada no Brasil. vai embora daqui no dia do meu aniversário. por que escolheu esse dia? porque foi o dia indicado por minha avó, que já morreu. daí o copo d'água na mesa. por isso que te perguntei, se você não ia invocar os mortos, como guias. primeiro, você invoca os teus, depois, eu os meus.

moço, não invoco morto nenhum. aqui, lidamos só com as energias fluidas. se os mortos estiverem presentes, sim, serão invocados.

saí de lá exausta. com vontade de chorar. feliz, satisfeita por ter feito. mas completamente exausta. as outras pessoas saíram normais. uma disse que havia desenvolvido já uma ´casca´. ela disse assim.

vênus está, enfim, em leão. adivinha quem mais tem vênus em leão. bethânia. ora, ora.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

concentração


hoje é dia de preparação para minha iniciação nas artes das cartas. levei o computador para aumentar a memória, que está linda em um tera. melhor do que um computador novo. vou aproveitar para ficar em casa e escrever.

fiquei meio doente, exatamente como um ano atrás, fb acabou de me lembrar. o técnico do computador reparou. não adiantou explicar que estou doente. ele acha que preciso me fortalecer. pensei na mãe ruth.

esta semana foi particularmente intensa, estou tendo dificuldade em separar o que é emocional do hormonal. teoricamente, TPM começa hoje.

tenho tido sonhos perturbadores. os gatos têm feito uma corrente na minha cama todas as noites. exceto por esta. acordei na madrugada, e o gato pequeno estava sozinho, no sofá. chamei, mas não veio.

as cartas estão praticamente todas decoradas. memorizei mais alguns jogos também. muito orgulho de finalizar essa etapa. semana que vem, já estarei pronta para estudar os outros 3 baralhos. muito feliz com esse progresso.

adoro abraçar as pessoas. mas ruim ficar com o perfume delas impregnado.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

tenha calma


"se você for
o que é de vidro quebra no meu coração"

uma vida baseada em interessar-se por alguém, fazer campanha, ir lá conhecer, conseguir a atenção da pessoa e.... perder o interesse.

a vênus entra em leão amanhã, vamos sentir todx juntxs como é ser assim. apaixonar-se e desapaixonar-se. interessar-se por várias pessoas ao mesmo tempo. não conseguir estabelecer o foco. deixar as pessoas decidirem por você. e aí, não querer mais.

por isso que vamos seguir o conselho de mãe ruth, manter a vida organizada, porque toda a força se esvai nas questões emocionais. vamos canalizar sentimento em arte.

enquanto isso, me liga? é lua nova, quero você na minha vida neste ciclo. até quando der. vamos viver isso tudo logo, antes que acabe?

terça-feira, 12 de junho de 2018

amar sem temer



minha declaração do dia das namoradas vai para a desconhecida que me beijou no show do Johnny Hooker, quando tocava essa música. um amigo disse que pensou em filmar o episódio, mas não o fez por não saber o contexto. o contexto era: uma semana pesada emocionalmente, limpando energias remexidas, me emocionando no show, adorando as músicas e ovulando.

a moça desconhecida que me encontrou no domingo, de quem sei quase nada, mas que faz aniversário logo depois do meu, que está em um seminário sobre feminismo porque hoje nada mais é do que uma data comercial. abaixo o patriarcado e o capitalismo.

"já estava te vendo há um tempão, você não parava de chorar, fiquei com vontade de te abraçar." que me reconheceu no domingo, eu distraída, que me beijou mais duas vezes, que anotou o número do telefone, que manda mensagem de bom dia.

bom dia. ótimo dia pra você.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

escorpianas raivosas

não sei quando começou minha fama de destruidora de casamentos. mas, assim, para mim, a história está completamente superada. claro que eu ia te cumprimentar. achei deselegante você sair na hora em que cheguei. foi bem climão. daí, depois, todo lugar pra que eu olhava, lá estava você, meio de rabo de olho. daí chego no banheiro, sozinha na fila, e você para atrás de mim. eu, no teu lugar, se quisesse evitar a pessoa, teria virado as costas e ido embora. mas você parou atrás de mim. nós duas lá paradas. os longos 47 segundos até você responder. "você falou comigo?" "sim, acabei de te dar oi." e uma cabine liberou.

fui fazer as contas. faz 3 meses desde que vi a figura pela última vez. ela ainda me procurou um pouco depois disso, com a desculpa de sempre, de que achava ter esquecido alguma coisa na minha casa. mas eu estava determinada, já havia jogado fora tudo que ela deixou pra trás. até os presentes. só guardei o caderno florido, porque gostei e porque ganhei em um contexto de desculpas, não no contexto do nosso relacionamento.

então, até pelo tempo e por nós todas termos já estabelecido relações novas, entendi que a história estava superada para todas. superada emocionalmente, digo, porque tudo que fiz foi conhecer alguém que estava em um relacionamento aberto. inclusive, foi ela que me procurou. e disse que você estava ciente de tudo.

não tenho culpa se ela quis terminar contigo para ficar comigo. claro que adorei, era isso que eu queria. mas também queria que a história durasse mais. a figura entrou na maior crise de ciúmes com as coisas que você fazia para machucá-la. eu tentei ajudar, mas chegou uma hora em que não consegui mais. a ajudei nos rituais, o da aliança, o da mudança de casa, tudo. até quando estava exausta, depois daquele carnaval cheio de emoções, recebi-a em casa, porque ela não queria dormir só nenhum dia.

daí, dois dias depois, na casa das amigas dela, ainda tive de ouvir que você havia mandado jogarem tarô para, então, descobrir que eu queria separar vocês duas. mas é claro que eu queria isso, desde a primeira noite com ela, que eu achava que seria o início de um casinho, mas que foi o começo de uma paixão louca. ela atrasou umas 2 horas, eu estava super impaciente. era dia das bruxas. era tarde. fui buscá-la na estação de metrô, a maior ventania. uma cena meio de filme. ela cortou meu cabelo. bebemos vinho. aquele mapa todo escorpiônico. ela tirando a roupa ali, na sala. os beijos estalados, escoradas na parede. eu não conseguia dormir, de tão extasiada. não conseguia tirar as mãos dela. eu que nunca gosto de dormir abraçada. me senti tão à vontade. não tinha mais volta.

depois, ela me propondo namorar bilateralmente (vocês duas, de um lado, eu e ela, de outro). como nosso acordo era que eu poderia ficar com quem eu quisesse, fiquei com todo mundo que consegui. o que, no caso, foram 4 pessoas: capricórnio, áries e duas de touro. minha vida nunca foi tão movimentada quanto aqueles meses (e os de agora também, pensando bem). ela tinha crises de ciúmes. além disso, falava da relação de vocês como se estivesse definhando mesmo.

depois de uma de nossas brigas, que, segunda ela, foi influenciada por algo que você falou, sobre eu estar com ela para passar o tempo até encontrar alguém que ficasse só comigo, expliquei que não voltaria mais à situação anterior, que sentia que ela não estava conseguindo equilibrar as duas relações. achei ruim você ter marcado o chá de casa nova na véspera da minha viagem, quando esperava uma noite de despedida. você já havia reclamado que ela tinha passado o fim de semana todo comigo. enfim. decidi que não ia mais passar por isso. avisei a ela que poderíamos manter uma relação casual, mas que só assumiria algo mais sério quando ela estivesse solteira.

nesse dia, ela saiu da minha casa e terminou com você. só soube disso dias depois. e foi assim que começamos a namorar. bem antes de mudar status de facebook e tudo mais. tentamos ser discretas. você reagiu mais quando assumimos em público, o que aconteceu, de minha parte, em reação às mensagens que você me mandou, que me demandaram respirar bem fundo antes de responder. e foi mais ou menos aí que toda a tua crise de ego começou.

e, assim, mesmo depois de tudo que aconteceu, é interessante notar que nós nem brigamos efetivamente. para você ter ideia, as pessoas do meu convívio pessoal nem sabem quem você é. você que saiu em campanha para nos difamar. o que deixou ainda mais explícita a tua posição de moça do coração partido. e eu sinto muito por isso. mas queria pontuar que a culpa não é minha. e que, quando sentir de me cumprimentar, eu vou responder.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

a culpa é do vinho

queimando a largada desde 1976.

cansada, com olheiras, dor nas costas. pintei o cabelo de um azul mais bonito. ficou bom. amém.

lua em áries e brigando com amiga desorientada. tenho andado em movimento de "cair na real". totalmente impaciente. meta: levar todo mundo junto.

não sei como vai ser no domingo. mas já desmarquei o pós-rolê de amanhã. vamos dormir cedo, porque hoje não vai dar. a noite será longa. não sei como vou fazer com a coluna. talvez dê uma volta de bicicleta depois do trabalho, para "alongar". cheia de programas para o fim-de-semana, mas morta de cansada e sem conseguir dormir.

ai, ascendente em capricórnio.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

not your dog (9 de espadas)



a noite foi de terror noturno. muitos comprimidos para dormir. quase 8 da manhã e sentia dor no corpo todo. aprendi que firmar os bandas protege um pouco a coluna quando o professor de yoga força as posições. fiquei exausta na aula, quase não consegui terminar a série. o bom é que consegui meditar sem esforço. cheguei em casa leve. o sono, porém, não acompanhou.

atrasei-me para a reunião sobre doenças. as pessoas gostam de tirar sarro de mim quando descobrem coisas ruins sobre gatos, tipo, que são transmissores. daí, preciso lembrá-las que nós, humanos, também somos.

passei na padaria favorita para comprar lanches, para receber azamiga mais tarde. qual não foi minha surpresa em deparar com essa mulher por quem tenho andado interessada. a primeira vez em que a vi foi no Seu Estrelo. a segunda, em um bar, uns 2 meses atrás. a 3a esses dias, em um café que acabou de abrir na minha quadra. e hoje. ela perguntou meu nome e anotou corretamente, sem pedir para soletrar. ou seja. me conhece. para ser justa, fb já me sugeriu sermos amigas. acho que sei o nome dela (na hora, fiquei tímida de perguntar.. fiquei falando das músicas, ela me indicou a playlist.. chama-se Sol... nesse momento, tocava Cucurrucucu Paloma, que é uma de minhas favoritas no mundo, na voz de Caetano, que é, né, um de meus leoninos favoritos.. ela repetiu meu nome na despedida.. pensei em perguntar o nome dela nessa hora, mas fiquei com receio de estar me atirando em cima dela.. o que poderia ser um problema, considerando a vibe virginiana dela - que adoro, por sinal).

desbloqueei o capítulo do livro. quando vi, já estava escrito. foi tanta emoção. ainda precisa de alguns ajustes, mas está quase pronto.

os óculos chegaram. estou animada para voltar a ler livros.

conversei com o amigo da santeria. e lembrei uma das razões que me tem afastado do candomblé. mesmo com o chamado. mesmo com tudo que a mãe falou. de que alguém da minha família provavelmente frequenta ou já frequentou, que não começaria na base da hierarquia (não que isso me incomodasse). não é tanto pelos banhos, velas, roupas, comidas, preceitos. além da dedicação de frequência, há a questão do recolhimento de 21 dias, para fazer a cabeça. sinceramente, acho que eu ia era perder a minha. deve ser lindo, um processo de iluminação. mas não sei se dou conta. não neste momento, pelo menos. mas, quem sabe a santeria.

tenho andado com receio de mexer com essas coisas depois de todas as confusões envolvendo os boatos sobre minhas supostas bruxarias. me sinto super poderosa quando me imputam esses atos. mas, gente, às vezes, as coisas que queremos acontecem mesmo. não precisa acender vela, não. poderíamos chamar de acaso, mas também não é bem assim. o pensamento, a intenção têm força. os ritos são importantes para moldar essas energias, para evitar os desperdícios. mas elas existem, estão aí soltinhas, para quem quiser usar. repare.

e, voltando ao assunto taurinas, lembrei uma história truncada recente. a gente não teve nada, na verdade. mas foi assim. um match em um aplicativo. estava de férias, as amigas não queriam sair. chovia. passei a noite de sexta em casa. passamos horas trocando mensagens. ela era religiosa, budista. já havia captado todo o meu interesse. acreditava em carma e nessas coisas todas. combinamos de nos ver no dia seguinte. depois, ela ia viajar, por uns 10 dias, com a família. daí, voltaria, para, logo depois, viajar no carnaval. umas horas depois dessa conversa, perguntou se eu ia esperar por ela. achei graça. respondi que a gente precisava se conhecer primeiro.

ela chegou na hora. eu adoro gente pontual. disse que não havia comido nada durante o dia, de ansiedade para me ver. eu achei fofo. a conversa fluiu igual havia fluído no dia anterior. ela me comprou uma rosa. pode ser cafona, mas eu gostei. viemos para minha casa. eu a achei meio intensa. ela disse que é porque é filha de exu. foi embora de manhã. viajou e me mandava mensagens engraçadas. tipo ´saudades de fazer amor com você´. achei engraçadas porque, né, exu. mas respondi. ela vinha mais forte nos finais de semana (quando eu estava ocupada, com outras pessoas). um dia, ainda durante essa viagem, me disse que não ia dar mais, porque eu demorava 2 dias para responder as mensagens dela. o que nem era verdade. argumentei. ela assentiu. passaram-se os 10 dias, perguntei se ela já estava de volta. disse que estava no Uber para casa e que não conseguia sentir raiva de mim. não entendi. ela não explicou.

viajei de férias. ela começou a curtir e comentar as fotos. disse que estava indo para São Paulo também. dispus-me a dar dicas de lugares para conhecer. ela me bloqueou em todas as redes. fim.

só queria contar essa história agora porque acho importante.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

isso é mais do que indecisão

vamos deixar tudo registrado aqui, para me ajudar a processar melhor e para que eu releia de tempos em tempos, para não esquecer.

nossa história começou quando te vi naquele bar. já tinha te visto outras vezes, mas me interessei naquele momento, naquela "abertura cósmica", como você diria. um mês depois, demos match no aplicativo. nesse momento, já sabia que alguma coisa ia rolar. você demorou uma semana para passar teu telefone, cheguei a achar que você fosse canceriana, lembra? (não que seja tempo demais, era só que eu já sabia que a história ia se desenvolver). falou de uma mulher que a gente tinha tido em comum (parece que você ficava com ela antes de eu a conhecer e, depois, ficou com ela outra vez - e, acrescentando um capítulo que talvez seja novo pra você, ainda fiquei com ela de novo. inclusive, precisei mencionar a história. ela realmente não ficou com uma boa impressão tua. falou as coisas meio por alto, mas parece que você foi a primeira mulher dela, e eu, a segunda. ela disse que foi bom me conhecer naquela época, que ajudei a curá-la ou algo assim).

você vinha toda toda pelas mensagens. eu estava adorando, adoro gente direta e que diz o que quer. só que, por alguma razão, você não marcava o encontro. minhas amigas diziam que você devia ter problemas sérios de autoestima, que talvez se sentisse intimidada por mim. eu tentava, então, fazer o jogo e esperar o teu tempo. um dia, já era tarde, você me convidou para ir a tua casa (e quase mudou de ideia várias vezes). a gente trocou uns beijos. você disse que não queria transar, que queria ir com calma, mas me levou pra tua cama.

o segundo encontro foi um outro processo. até conseguirmos marcar um jantar na minha casa. você quase mudou de ideia outra vez. eu já estava irritada, tinha passado o dia cozinhando. já estava quase desistindo, me arrumando para o carnaval, e tocou a campainha. apesar desse início, essa noite foi boa. não consigo lembrar se você dormiu aqui ou não. acho que não.

depois, você disse que era melhor sermos só amigas, que achava que a gente não tinha a ver. daí, no mesmo dia, nos encontramos no bloquinho, no meio da multidão, imagina, vários blocos concomitantes e nós nos esbarrando. trocamos uns beijos, e você disse que ia voltar para os teus amigos. fui pra casa. pouco depois, você disse que queria me ver. você foi a minha casa. foi bom. você foi embora.

no dia seguinte, a mesma ladainha: acho que não dá, vamos ser amigas. de noite, a mesma coincidência: nos encontramos em um dos milhões de blocos, no meio da multidão. quais eram as chances? sério mesmo, faça a conta. mas, dessa vez, eu não quis. porque foi demais ouvir dois dias seguidos que você não estava a fim.

um ou dois dias depois, você me procurou. mandou alguma bobagem de internet. que foi solenemente ignorada. depois, veio perguntar se não podíamos ser amigas. eu disse que tudo bem, que só não havia respondido à mensagem porque não tinha texto.

um tempo depois, esbarrei na minha ex na rua, numa dessas coincidências, tipo as nossas do carnaval (se ela ainda ler isto daqui, vai ficar sabendo agora e terá a primeira coisa *real* que poderia usar contra mim). retomamos o relacionamento. uns dias depois, claro, você apareceu. começou toda a ladainha. eu disse que não queria voltar àquele padrão, que, inclusive, estava com outra pessoa. você perguntou o que eu queria. te disse como estava me sentindo, que estava apaixonada, que queria namorar você. você me mandou aquela música da Bethânia, que falava sobre essas questões, como se em homenagem aos meus sentimentos (e não aos teus, como você tentou insinuar outro dia - inclusive, só soube agora que você se sentia da mesma forma [?] que eu). isso foi uma sexta. daí você desapareceu. na segunda-feira, você mandou uma mensagem aceitando a minha proposta. mas disse que a gente não podia se encontrar naquele dia, que estava ocupada, mas que me avisava quando pudesse.

esperei na maior paciência. o dia foi quinta-feira, às 10 da noite. estava voltando da rua quando você me procurou. passei na tua casa, que era próxima à minha. você havia voltado atrás, tinha dúvidas. entreguei teu presente de aniversário. trocamos alguns beijos. na hora de se despedir, você encheu meu rosto de beijos. exatamente como você fez no domingo.

depois disso, percebi que não podia mais ficar no relacionamento em que estava. ela já estava irritada porque eu não mudava o status no facebook. coisa que eu nunca teria aceitado no lugar dela. (se você estiver lendo isto aqui, me perdoe.)

e aí nós duas conversamos, você disse que não dava. e foi isso.

passou um mês, mais ou menos, veio a lua cheia e você. a mesma ladainha. ficamos de nos encontrar. mas você nunca marcava. daí se mudou. sempre muito ocupada. no auge da minha irritação, estipulei, na minha cabeça, um prazo de 9 dias. e você sumiu. te bloqueei em todas as redes.

passaram-se alguns meses. resolvi a história comigo mesma e te desbloqueei. no dia seguinte, estava saindo para encontrar uma mulher nova (era sábado, à noite), e você manda mensagem. respondi educadamente.

chegou dezembro. estava namorando outra pessoa já, e você apareceu explicando-se e dizendo que, naquela época, havia me dado tudo que você tinha. achei super bonito. foi uma conversa bonita.

dias depois, estava viajando e havia brigado com essa namorada. você apareceu, mandou música da Bethânia, ficou pirando em alguma foto que eu havia postado e, junto disso, né, a ladainha. eu disse que poderíamos ter um lance outra vez, se você quisesse, mas que não ia passar mais por toda a coisa virtual, que parecia mais um relacionamento à distância (só que entre pessoas que moram na mesma cidade - inclusive, no começo, éramos, praticamente, vizinhas).

voltei de viagem, te mandei mensagem, e você.. sumiu.

meses depois, me chamou para ir à Chapada. eu disse que podia em finais de semana, mas você queria só se fosse no meio da semana.

depois, machuquei as mãos. você viu a foto nas redes e veio oferecer ajuda. eu disse que precisava de ajuda para lavar a louça. você me sugeriu usar luvas de borracha.

depois, veio avisar que estavam vendendo ingressos para o show da Bethânia. perguntei se era um convite. não era.

dois meses depois, fui ao show com um amigo. você me viu (eu não te vi). você mandou mensagem. começou a ladainha. a gente marcou de se encontrar. era para ter sido almoço. você passou o dia enrolando. eu já estava irritada. na verdade, lá pras 16h, já havia desistido. combinei de ir encontrar a crush-atleta. daí, tipo, no mesmo segundo, você apareceu e marcou. precisei reorganizar a agenda. foi por isso que me atrasei.

comprei uma latinha de cerveja para tomar no caminho, para não chegar tão irritada. você perguntou se eu tinha bebido. tinha bebido essa latinha. eu não estava bêbada. estava irritada. com essa situação toda. com você não saindo do celular. com você indo catar uma flor pra dar pra novata do teu centro que estava no bar. fiquei tentando ser empática, imaginando que você estivesse com ciúmes. da moça que me abraçou por trás naquela hora, da mulher da outra mesa com quem eu já tinha ficado (e que achava que tinha sido a figura lá do ano passado, por quem me interessei depois de você).

mas, olha, neste momento, não estou mais conseguindo me colocar no teu lugar. depois de tudo isso, vir me dizer para sermos amigas. meu bem, você não consegue ser minha amiga. eu não sei o que rola direito. eu me sinto, sim, atraída por você. ter te visto naquele dia reavivou meus sentimentos. mas não consigo lidar com você me querer às vezes sim, às vezes não. alguns dias atrás, você veio dizer que concordava com minha percepção de que temos uma coisa cármica, uma coisa meio inevitável. rola esse magnetismo.

veja bem, não estou aqui te pedindo em casamento. só quero que você decida se você quer ficar na minha vida ou sair. porque esse meio termo não vai rolar mais. você precisa amadurecer. é por isso que sempre digo que sair com mulheres mais velhas não resolve essas questões. outro dia, foi a crush-poeta ligando e mandando mensagens de madrugada e, depois, dizendo que eu a inspiro a ser tão impulsiva. como se a responsabilidade fosse minha. mulheres "maduras" adolescentes. vocês duas.

e, assim, na prática, mesmo depois de tudo que você vinha falando sobre responsabilidade afetiva, percebi você não mudou nada. sério mesmo. mas eu, sim.

terça-feira, 5 de junho de 2018

6 de copas


remexemos em todos esses sentimentos. o dia ontem foi de convulsão emocional. reli algumas coisas do passado, revivi a última semana. amanhã, a lua míngua.

ontem, na yoga, o professor falava que não é importante ser eficiente, fazer bem. só importa ser feliz.

resolvi fazer uma força-tarefa para organizar minhas anotações de tarô. a meta é resumir a papelada toda em 4 páginas. o evento será daqui a 2 semanas. tenho respeito demais pelas ferramentas para usá-las sem estudar. acho um sacrilégio e um menosprezo ao trabalho alheio. se vou usar, vou aprender antes. confio na minha intuição, sim. mas não vou usar as cartas se elas não forem o veículo. e, se elas forem, vou aprender a dirigir. isso me dá segurança e me faz feliz.

falamos sobre as bruxarias. não considero que a gente só seja as coisas. a gente precisa agir, fazer. eu não faço. não sei se por rebeldia, por descrença. definitivamente, ateia não sou. percebo as coisas que acontecem e entendo meu poder pessoal. mas, não dá, não vou seguir ritos que não fazem sentido. não fazem. o que faz sentido pra mim é chegar na casa da amiga-bruxa, a gente se abraçar e ela enfiar um raminho de arruda no meu cabelo e eu acordar feliz e em paz. é ir tomar banho no lago ou em uma cachoeira e chorar até secar. é ressuscitar a lavanda indo contra as indicações do floricultor. é meditar e reverenciar o sagrado sem precisar seguir determinados ritos. é me relacionar com as cartas sem precisar limpá-las com fumaça. é fazer meu altar em cima do roteador. dá certo. pode testar.

ontem, o moço da santeria me procurou. perguntou se tenho ido ao ilê (provavelmente, ele sabe que não). não tenho, mas você pode me levar. a vizinha do txai também pergunta. as pessoas perguntam. eu não sei. estou confusa.

estava mexendo em coisas antigas e percebi que o capítulo do livro no qual travei baseia-se na Temperança. ora, ora. essa carta com a qual tenho dificuldades.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

meus amores escorpiônicos

aqui estou eu editando as últimas postagens. autocensura mesmo. é bom saber que as pessoas leem, mas é ruim saber que elas podem se magoar com as coisas. então, melhor precaver.

eu gosto de você. tenho gostado das coisas que você tem dito. quero que sejam verdade.

mas, é isso. eu gosto das nossas conversas. amo os silêncios. acho que não consigo tê-los com mais ninguém. eu gosto da forma como me olha. eu adoro os seus olhos. e o cabelo. e todo o resto.

temperos


ontem, ouvi que estou mais "temperada". a pessoa quis dizer equilibrada, mas gostei da polissemia.

touro, bom, é o signo mais cármico pra mim. primeiro, porque minha mãe. segundo, pelas experiências passadas. principalmente a de touro com ascendente em áries (igual, né, minha mãe). nove meses de muito melodrama. estava apaixonadésima, como sempre. depois de uma dessas brigas, nos reencontramos e me declarei pra ela. falei tudo, disse que a amava. ela ficou apavorada. sumiu uma semana. daí bateu na minha porta e disse que me amava também. mas não podíamos namorar, ela ia embora. era sensato, mas um golpe no coração. e ela foi mesmo. passou um ano fora.

quando voltou, eu estava com outra pessoa. cheguei a procurá-la quando fiquei solteira. ela disse que não queria passar por toda aquela dor de novo. e eu pensando que a gente ainda fosse se acertar. hoje, passa reto, nem sequer cumprimenta. a última vez foi no Carnaval. decidi respeitar e fingir que não conheço. acho triste.

domingo, 3 de junho de 2018

encruzilhadas


estava tocando esta música na rádio, quando saí de casa.

sempre odiei metalinguagem. mas adoro saber que pessoas leem isto daqui. quando descubro, começo a conversar com elas. mas só por um tempo. porque, depois, esqueço.

e gostei. das conversas de limpeza energética. dos beijos pela metade, na ´encruzilhada´. das histórias todas. mesmo você falando da tua ex. e eu evitando o assunto. depois (muito depois) percebi que a moça ao lado não era quem eu pensava. nós tivemos um lance, mas não era quem eu achava que era. só percebi bem depois. você estava no banheiro. ela me viu, sim. mas não gosta de falar comigo.