quinta-feira, 7 de junho de 2018

not your dog (9 de espadas)



a noite foi de terror noturno. muitos comprimidos para dormir. quase 8 da manhã e sentia dor no corpo todo. aprendi que firmar os bandas protege um pouco a coluna quando o professor de yoga força as posições. fiquei exausta na aula, quase não consegui terminar a série. o bom é que consegui meditar sem esforço. cheguei em casa leve. o sono, porém, não acompanhou.

atrasei-me para a reunião sobre doenças. as pessoas gostam de tirar sarro de mim quando descobrem coisas ruins sobre gatos, tipo, que são transmissores. daí, preciso lembrá-las que nós, humanos, também somos.

passei na padaria favorita para comprar lanches, para receber azamiga mais tarde. qual não foi minha surpresa em deparar com essa mulher por quem tenho andado interessada. a primeira vez em que a vi foi no Seu Estrelo. a segunda, em um bar, uns 2 meses atrás. a 3a esses dias, em um café que acabou de abrir na minha quadra. e hoje. ela perguntou meu nome e anotou corretamente, sem pedir para soletrar. ou seja. me conhece. para ser justa, fb já me sugeriu sermos amigas. acho que sei o nome dela (na hora, fiquei tímida de perguntar.. fiquei falando das músicas, ela me indicou a playlist.. chama-se Sol... nesse momento, tocava Cucurrucucu Paloma, que é uma de minhas favoritas no mundo, na voz de Caetano, que é, né, um de meus leoninos favoritos.. ela repetiu meu nome na despedida.. pensei em perguntar o nome dela nessa hora, mas fiquei com receio de estar me atirando em cima dela.. o que poderia ser um problema, considerando a vibe virginiana dela - que adoro, por sinal).

desbloqueei o capítulo do livro. quando vi, já estava escrito. foi tanta emoção. ainda precisa de alguns ajustes, mas está quase pronto.

os óculos chegaram. estou animada para voltar a ler livros.

conversei com o amigo da santeria. e lembrei uma das razões que me tem afastado do candomblé. mesmo com o chamado. mesmo com tudo que a mãe falou. de que alguém da minha família provavelmente frequenta ou já frequentou, que não começaria na base da hierarquia (não que isso me incomodasse). não é tanto pelos banhos, velas, roupas, comidas, preceitos. além da dedicação de frequência, há a questão do recolhimento de 21 dias, para fazer a cabeça. sinceramente, acho que eu ia era perder a minha. deve ser lindo, um processo de iluminação. mas não sei se dou conta. não neste momento, pelo menos. mas, quem sabe a santeria.

tenho andado com receio de mexer com essas coisas depois de todas as confusões envolvendo os boatos sobre minhas supostas bruxarias. me sinto super poderosa quando me imputam esses atos. mas, gente, às vezes, as coisas que queremos acontecem mesmo. não precisa acender vela, não. poderíamos chamar de acaso, mas também não é bem assim. o pensamento, a intenção têm força. os ritos são importantes para moldar essas energias, para evitar os desperdícios. mas elas existem, estão aí soltinhas, para quem quiser usar. repare.

e, voltando ao assunto taurinas, lembrei uma história truncada recente. a gente não teve nada, na verdade. mas foi assim. um match em um aplicativo. estava de férias, as amigas não queriam sair. chovia. passei a noite de sexta em casa. passamos horas trocando mensagens. ela era religiosa, budista. já havia captado todo o meu interesse. acreditava em carma e nessas coisas todas. combinamos de nos ver no dia seguinte. depois, ela ia viajar, por uns 10 dias, com a família. daí, voltaria, para, logo depois, viajar no carnaval. umas horas depois dessa conversa, perguntou se eu ia esperar por ela. achei graça. respondi que a gente precisava se conhecer primeiro.

ela chegou na hora. eu adoro gente pontual. disse que não havia comido nada durante o dia, de ansiedade para me ver. eu achei fofo. a conversa fluiu igual havia fluído no dia anterior. ela me comprou uma rosa. pode ser cafona, mas eu gostei. viemos para minha casa. eu a achei meio intensa. ela disse que é porque é filha de exu. foi embora de manhã. viajou e me mandava mensagens engraçadas. tipo ´saudades de fazer amor com você´. achei engraçadas porque, né, exu. mas respondi. ela vinha mais forte nos finais de semana (quando eu estava ocupada, com outras pessoas). um dia, ainda durante essa viagem, me disse que não ia dar mais, porque eu demorava 2 dias para responder as mensagens dela. o que nem era verdade. argumentei. ela assentiu. passaram-se os 10 dias, perguntei se ela já estava de volta. disse que estava no Uber para casa e que não conseguia sentir raiva de mim. não entendi. ela não explicou.

viajei de férias. ela começou a curtir e comentar as fotos. disse que estava indo para São Paulo também. dispus-me a dar dicas de lugares para conhecer. ela me bloqueou em todas as redes. fim.

só queria contar essa história agora porque acho importante.

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