sexta-feira, 20 de setembro de 2013

keep your heart



acordei com essa música na cabeça. que tocou naquele dia, em que afogava as mágoas com essa pessoa. tocou bem em um momento íntimo. e, chorei. mas, foi bom, foi catártico. até porque não a ouvia há tanto tempo.

então, hoje, tirei todas as músicas do ipod, essas que ouvi nesses últimos tempos. vamos marcar esta nova fase com novas músicas. inaugurada por essa.

I´m gonna keep your heart
With the world all falling apart
I´m gonna keep your heart

o bom de ter um "Exército" (adoro dizer isso, para irritar Simone) é que, quando você tem uma baixa, há sempre um soldado para tomar o posto. é isso, então, que tenho feito. te substituído por essas letras e números e demais signos do zodíaco, como você diz. mas, não pense que tem sido ruim. é só minha forma de fazer as coisas.

tipo, toda vez em que você me dava um perdido. ou, quando me irritava com algum daqueles comentários absurdos que você gostava de fazer. convocava o próximo soldado. ia lá, fazia essas coisas que me fazem sentir-me bem. mas, não para vingar-me de ti. não, não. era só para ficar bem. eu ficar bem. para, depois, conseguir falar contigo como se nada tivesse acontecido. para você não ver o quanto eu tinha ficado mal.

ontem, foi a despedida da amiga cancerariana. ela vai para a terra da cerveja, do chocolate e da batata frita. acho que ficará bem. hihihi mas, de verdade, foi muito triste ter de ir lá, dar esse último abraço. ela falou daquela minha foto indecente, que saiu no jornal. eu ri. falamos mal do amigo-ali-G, que nem se dignou a aparecer. falamos da Indonésia, de durian. ouvimos música, conversamos.

e, assim, todo mundo vai embora. não entendo. talvez, por isso, tenha optado por ficar. esperar. as pessoas vão, elas vêm. e, eu estou sempre aqui. esperando quem estiver disponível, quem quiser vir, quem quiser ficar.

não ia te pedir para ficar. assim como não esperava que você me pedisse isso.

naquela conversa, sabe, acho que, no fundo, esperava ouvir outras respostas. inclusive, não sei se você fez de propósito (eu acho que fez), mas, das 4 coisas que te pedi (e com as quais você assentiu), você quebrou uma, nem uma hora depois. olhei para ti, e você continuou, como sempre fazia quando te pedia para não fazer alguma coisa. enfim. você queria saber. não tenho certeza ainda, mas acho que foi esse momento.

e, tudo bem. eu te aceito como você é. não pense que quero te mudar. e, tanto não quero, que vou te deixar ir. porque nunca te deixaria relacionar-se comigo sem te transformar inteira. assim como não ficaria em uma relação que me fosse inócua. você quer fazer as coisas do teu jeito? bem vinda ao mundo. eu também quero. a moça ali do lado também quer. a tua ex também quer. sabe, o mundo não gira a teu redor. e, se você realmente quiser relacionar-se com alguém, futuramente, terá de aprender a negociar, barganhar. leve esse aprendizado e, da próxima vez, faça direito. e, lembre-se de mim. <3

mas, confesso que meu coração apertou quando você usou a palavra "relacionamento". sabe, naquele dia, quando eu saía de casa, conversando com marido, explicando que estava indo "terminar com T2", marido perguntou "terminar o quê?" nós rimos. era bem isso. não fui lá terminar nada. só fui lá dizer que não estava mais dando conta. porque queria, justamente, começar.

mas, ó, não pense que foi tudo ruim para mim. como te disse naquele dia, quando era bom, era ótimo. é só que não havia mais como sustentar aqueles momentos intermináveis, esperando você decidir-se. quando eu te dizia que aquelas coisas que você fazia eram ruins para mim. que você ainda teve a indignidade de dizer que eram de propósito! fiquei possuída de ódio.

de todo modo, sim, também aprendi muito contigo, não pense que não. o bom foi muito bom. mas, veja, a amostra grátis acabou. agora, como diz uma amiga minha, if you like it, then you shoulda put a ring on it. (você, inclusive, teria adorado o show - a baterista era uma super dyke)

Nenhum comentário:

Postar um comentário