domingo, 31 de dezembro de 2017

bad poetry


que férias. que mal começaram. 

viagem boa é a que te faz sentir saudade de casa. 

quanta violência pode caber em uma única foto. depois daquela mensagem, à meia noite e meia. no meio da noite. sentiu-se como esses tubarões que têm a barbatana cortada, naqueles barcos em alto mar. chorando sangue enquanto afunda, agonizante. imagina que morrer por cortar os pulsos deve ser assim. mãos de barbatana cortadas. 

vai transformar todo esse sentimento em arte. assim que terminar de sangrar. 

quanto ódio condensado. só queria ver o mar. levou uma banda de Iemanjá. 

não pode rimar. mar - iemanjá - rimar.

cadê as letras maiúsculas

como salvar um dia: terminando outro capítulo. amém. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

calai, meu amor


às vezes, queria ser de minas só pra dizer que essa música é da minha terra.. hehe

o esmalte já se foi há muito tempo

hoje, o ser com quem mais me identifiquei foi um cachorro preto.. compartilhamos o almoço e alguns carinhos

choveu muito

comprei umas miçangas.. queria levar lembrancinhas pra zamiga, mas acabei ficando na praia até mais tarde.. não consegui pegar o uber na saída, peguei o ônibus, mas desci e parei na cervejaria no caminho.. conheci uma leonina com ascendente em áries.. e mais algumas pessoas.. ganhei metade de um pastel..

comi frutas de café da manhã.. e dois cafés com leite

comprei uma canga amarela de Ganesha também..

senti saudades da Chapada

senti saudades de casa.. não paro de pensar nos gatos.. até sonhei com Ludwig

fez muito frio

mas

vamos lá lavar o rosto e conhecer esse bar

não sei por que, mas me lembrei da professora perguntando cadê as letras maiúsculas

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

essa lua em touro


sim, muitas emoções. alguns sustos, algumas surpresas boas.

a vida anda muito agitada. acho que foi aquele momento inicial do ano, naquele movimento inicial da flecha no arco, sabe?

florianópolis continua linda. não canso de me emocionar. hoje, passei o dia ouvindo músicas de Iemanjá. foi um dia extraordinariamente leve. o que música não faz na vida da pessoa. até ri sozinha.

conheci o mercado municipal, que fica aqui do lado. dei uma volta, vi umas meninas cantando na rua. uma sincronicidade. fui elogiar, e uma delas disse que já tinha me visto. com certeza deve ter. gente como a gente vive se reencontrando.

amando meus dias aqui. hoje, até a escrita fluiu. o que me deixou com o humor extraordinário. apesar da água gélida.

a vida é muito boa. odoyá.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

mal educada e promíscua




está no quarto de hotel, escrevendo e jogando tarô. porque se irritou com um cara no café da manhã. é meio perturbada? talvez.

meu cunhado não entende por que sou tão revoltada. mas você (nós, néam) tem tudo.

tenho sim. tenho tudo. eu e quase ninguém (eu e você). e isso é revoltante sim. acho que nunca vou conseguir desfrutar de uma vida tranquila tão injusta.

aqui, no 5o andar de meu hotel mofado. com vista para o mar. internet, ar condicionado, café da manhã. é tudo muito errado.

hoje, vou sair de fones de ouvido, escutando Bikini Kill igual a uma adolescente. igual à adolescente que fui.

mas, o que importa é que o livro está caminhando. a meta é escrever, no mínimo, um capítulo inteiro esses dias. temos até sábado e o desafio já foi aceito.

vamos escrever todas as manhãs, depois do café, e todas as noites, quando chegar bêbada no quarto. minha mãe disse que eu poderia convidar alguém para vir dormir comigo. isso depois de ter me chamado de promíscua, no outro dia. tudo como se, né, eu precisasse de autorização para trazer gente para dormir comigo em qualquer lugar.

então, é isso. vamos pegar o biquíni, os fones de ouvido e aquela minha bunda grande que seduzia os caras na adolescência e ser promíscua, não vamos decepcionar a família.

sábado, 23 de dezembro de 2017

amor, vem cá


queria estar escrevendo meu livro. mas, estou aqui desejando que você seja muito feliz.

como estou sendo.

só não tanto quanto estaria se estivesse conseguindo escrever.

mas, vai rolar.

aqui, viciada nas amêndoas defumadas de minha mãe. depois da noite de denúncias de abusos. de meu pai, de meu avô, do marido espancador daquela amiga dela. estou me sentindo até mais leve. depois do banho de mar noturno com o cunhado. ascendente em câncer, despressurizando de medo.

quantos anos até elaborar. e falar do estupro de minha avó, bem assim, na mesa do jantar. ninguém negando. aquele clima de ´Festa de família´ de Thomas Vinterberg. mas você sempre teve bundão.

bem assim.

te desculpo, sim. mesmo que você não saiba por quê. pelo menos, agora, você sabe porque não fui ao hospital, não fui ao cemitério. não que precisasse me justificar. mas, agora está.

feliz natal para todas nós.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

tarô irritado

uma semana de paz no meio do turbilhão. dei aquele ultimato de cão raivoso. a pessoa tá lá, pensando (ou não).

e eu, tentando acalmar-me.

nesse ínterim, descobri um novo ilê. já marquei minha (primeira) consulta a búzios. a festa já tem data. é do orixá da casa, que, inclusive, nem conhecia. terei de ir.

para treinar, tenho jogado tarô todos os dias. o tarô não me aguenta mais. comecei a alternar os baralhos. mas já percebi alguns padrões - de cartas que se repetem. e, também, de o tarô falar sobre coisas absurdas (estudei que ele faz isso quando está ´irritado´ - tipo, menina, já disse o que tinha de dizer, agora, vou começar a despejar qualquer coisa aqui, até você parar).

preciso de baralhos novos.

enquanto isso, recuperei meu projeto principal e estabeleci a meta de escrever a cada 2 dias (porque preciso de um dia a mais para revisar, arrumar o vocabulário, incrementar as referências, coisas assim).

voltei a sentir-me inteira. com os textos irritados, o tarô irritado. e mais arte na vida. gente, o que é teatro na vida de uma pessoa.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

apanhando com amor

apaixonar-se, ser correspondida, namorar, tudo isso é muito bom. mas produzir, ir atrás dos sonhos também.

tenho refletido sobre a ideia de que há pessoas que não são ansiosas, mas animadas mesmo. desde que me entendo por mim, sou assim.

este ano, particularmente, passei muito tempo apagada, introspectiva, em silêncio. é como se os últimos meses estivessem agindo como compensação. é difícil, muito difícil dormir, estou sempre cheia de ideias, anseios, projetos, paixões.

vira e mexe, nos metemos nessas imbricações emocionais. acho que fazem parte da vida mesmo. inclusive, têm funcionado como momentos de grandes questionamentos, de verificar a distância do discurso para a prática.

tenho sentido minhas sombras bem fortes. antes, pela auto-observação. agora, pela reação das pessoas a minhas atitudes.

é muito difícil ser responsável o tempo todo. mas esta é a vida e o corpo que temos. o que você joga volta para você. tô entendendo. tô recebendo.

sinto que o importante é atravessar os processos com consciência. avaliar os prós e os contras. e fazer o que sugere a intuição. se as coisas não resultarem tão bem, pelo menos você fez o que quis.

aqui jaz. fez sempre o que quis.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

awful


você disse que nunca havia se relacionado com uma leonina. pois vou te explicar.

depois daquele ´tapa na cara´, que me derrubou, sim, levantei, arrumei o cabelo e continuei andando. porque a vida segue. e, assim, em algumas vezes, a gente sobe, em outras, a gente desce. e, ontem, é verdade, fui lá embaixo. entrei em contato com meu diabo. mas, não, não por sua causa, entendo isso. existe nosso carma. quantas vezes não fui essa pessoa que você foi. sei que tudo que aconteceu e está acontecendo comigo é meu. mas, olha, até pra mim, hoje, foi demais. você pode sair distribuindo afetos para quem você quiser. mas não me venha oferecer migalhas. e ser condescendente. pode não ter ficado muito aparente pelo meu semblante calmo e pela voz tranquila, mas essa fui eu sendo descontrolada. e eu só falei aquelas coisas todas porque eram as únicas que eu podia te falar. porque a gente se conhece muito pouco. e achei muito palha a forma como você está lidando com o ´final´ (com o qual, obviamente, ainda estou tendo dificuldades).

foi rápido demais. preciso de tempo, para apreender, entender e reagir. e, olha, eu estava quieta aqui, cozinhando nossas batatas. e me doeu muito a forma como você agiu. daí, ao mesmo tempo em que me senti exitosa por conseguir te atingir, me doeu te ver chateada. porque, até então, estava de boas em te ver esperneando e tentando me magoar. com muito sucesso, por sinal. mas eu estava levando.

confesso que pensei em guardar a resposta por mais uns dias, refletir melhor. mas a lua estava quase saindo de câncer. não teria momento tão bom nos próximos 28 dias. e foi isso.

obrigada por tudo. sinto muito. sinto amor. me perdoa. tuas roupas estão aqui, passadinhas.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

precisando de ar

acordei chorando. sonhei com automóveis, como sempre. saía do bar com as amigas. elas 3 indo em uma direção, eu em outra. não encontrei o carro. chamei o Uber. entrei, mas o motorista não se mexeu. ele tinha um ajudante, que combinava carona com outras pessoas. olhei para o motorista, ué, cheguei primeiro. ele assentiu, mas, com o olhar, expressou que não poderia fazer nada a respeito. era a segunda vez que isso acontecia.

foi a segunda vez que isso me aconteceu este ano, percebo. li, outro dia, que experiências em dupla simbolizam a totalidade.

passei por dois relacionamentos com pessoas que tinham a mesma questão. depois de cada um, fui rejeitada por duas pessoas diferentes da mesma maneira. mas o que todas as 4 tiveram em comum foi escorpião: mercúrio, ascendente, lua e sol. ainda não decifrei a mensagem, mas já vislumbro os padrões.

o carro, que é a carta com que mais sonho. as imagens duplas. escorpião. e minha indecisão.

acabei de ver minhas progressões para este ano: stellium em libra - vênus, mercúrio, marte e plutão. ascendente em aquário. não sei por que não vi antes.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

dores de cabeça

parei de escrever (1) porque estou com outro projeto de escrita, (2) porque estou completamente absorta na leitura de um livro (que tem tomado todos meus minutos livres), (3) porque resolvi reler o blog todo desde o (re)começo. haha

é como ler o blog de outra pessoa. só não vou dizer que estou gostando porque pareceria egocêntrico. mas está tomando meu tempo, digamos assim.

tenham paciência. já já eu volto.

nesse meio tempo, recomendo começar do (re)começo. :D

sábado, 2 de setembro de 2017

magnética

estou bem animada com a dieta nova. em primeiro lugar, perdi quase 2 Kg esta semana. em segundo, parei para analisar que saí do meu peso mais baixo deste ano (abril) a partir de junho (consegui manter em maio), ou seja, ganhei os quilos a mais em 3 meses. como o que a gente ganha fácil, a gente perde fácil, tudo indica que terminarei o ano com aquele peso recorde. claro que a nutri está bem mais animada do que eu, colocou uma meta de menos 10 Kg até o final do ano (o que seria, a princípio, metade da minha meta total para esta dieta - só que não a dela.. hehe)

ontem, consegui sair e fazer coisas sem prejudicar a dieta. exceto pela parte da salada, que ficou comprometida, segui o resto. é verdade que fui dormir com fome (haha), mas não foi tão difícil quanto eu imaginava. como já sabia que íamos comer, chamei as amigas para vir jantar aqui em casa. assim, pude controlar, pelo menos, essa parte da alimentação. servi água e suco na maior cara de pau. haha e funcionou. foi divertido, conversamos, rimos.

depois, fomos ver uma peça do Cena Contemporânea. Senti um pouco de sede, mas foi lindo ir a um programa às 21h de sexta sem sentir sono (e olha que a peça durou 1h e meia..) de lá, fomos a um bar de drinks encontrar outros amigos. claro que eu já estava com fome. mas, para isso, sempre temos pizza. Não havia salada, o que já esperava, mas fiquei bem satisfeita com uma fatia da pizza. Daí conseguir resistir à cerveja de sexta-feira e tomei um bloody mary (que, inclusive, é um drink que adoro e que não bebia há muito tempo). e água. e deu tudo certo.

é possível sim ser sociável com pouco álcool.

no início da semana, para escrever, abri um vinho (só consigo me inspirar quando estou com as emoções remexidas e, naquele dia, estava muita calma). o vinho resolveu. e escrevi. e todo mundo gostou. tanto que a professora me chamou para um café, no meio da semana, e disse que acreditava no meu livro. me deu o dela de presente e me incentivou demais a continuar. fiquei extática. sabe, esse projeto é a realização de um sonho.

mas, bem, essa garrafa de vinho, aberta na segunda, ainda está na geladeira. está no final, mas está lá. como deve a da mulher fina que sou hoje.

e eu tô é muito feliz. de ter feito atividades físicas toda a semana, de ter seguido a dieta e de ter bebido, até o momento, um drink de vodka sem açúcar e menos de uma garrafa de vinho. isso tudo sendo social, encontrando as pessoas e realizando minhas tarefas e meus sonhos.

é assim que percebo que vai dar certo. até as contas da casa consegui organizar esta semana (ainda nem estou acreditando). quero levar meus projetos para frente, quero conhecer Roma, quero visitar as amigas que moram em outras cidades, quero voltar a viver leve.

estou me sentindo bem, bonita e confiante. ontem, no teatro e no bar, senti de novo aqueles olhares bons das pessoas - rolou até um daqueles episódios de quando as meninas de uma mesa se cutucam e todas olham para você (ainda conferi umas 2x só para certificar-me se já conhecia alguma hihi).

nada como uma desinchada, um vestido bonito e a sensação de dever cumprido.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

brotando

está sendo uma lunação intensa. foram duas luas novas durante o sol em leão (em aquário - da libertação dos padrões). a semana passada já havia sido um pouco diferente, com tantas meditações novas aparecendo. hoje, resolvi experimentar a que organizam no meu trabalho. adorei. foi dessas que dão vontade de continuar, que você se sente meio frustrada quando dizem que o tempo acaba, sabe?

no domingo, reconheci que chegou a hora de agir. que meus últimos meses foram de interiorização e reflexão sobre os caminhos a seguir. sinto que já sei por onde ir. chegou, enfim, a hora de agir.

comecei a fazer forró em uma academia de dança. tenho-me sentido surpresa com o tanto que aprendi no semestre passado. hoje, um coleguinha me perguntou se eu era monitora ou aluna. haha <3

me sinto leve na aula de dança. fico extrovertida, sorridente, animada. é incrível o bem que me faz. fiquei muito feliz com a decisão de não mudar de dança, para ter a oportunidade de ganhar mais confiança nos meus passos.

a outra novidade foi a consulta à nutricionista. que eu tinha guardada desde dezembro do ano passado. neste ano, dei-me a chance de resolver minha questão sozinha. vi que não ia dar. então, fui lá.

a teoria dela é de que minha questão com a cerveja é busca por alegria. quanto menos alegre eu andar, mais cerveja beberei. hehe faz um certo sentido sim. estou ciente de que demorarei um pouco para romper esse padrão, mas estou confiante.

adorei a receitinha detox de água com limão e sal do himalaia no jejum. não é sacrifício nenhum. outro aspecto que adorei na dieta é tudo ser liberado, mas com consciência.

minha relação com as plantas melhorou. minhas mudinhas de temperos estão prosperando. aprendi a percebê-las, saber de quanta água precisam. e isso é lindo. é lindo ter ervinhas em casa. só de pegar no hortelã, o cheiro fica bem forte na mão, por bastante tempo.

as aulas de criação literária também estão fluindo bem. estou bem empolgada com o projeto de livro. já tenho os capítulos delineados e sinto que terei fôlego para mais de 200 páginas. seria a realização de um sonho. superei minhas inseguranças quanto a alguém querer publicá-lo algum dia. eu preciso escrevê-lo.

o tarô também evoluiu. terminei de estudar os arcanos maiores. já consigo fazer jogos de 3 cartas. fiz para algumas pessoas. estou empolgada. esse me parece outro caminho muito bom.

sinto-me realizada. mesmo com a vontade de morrer que tive com a última TPM. cheguei à conclusão de que a morte significaria mudança, apenas. tô pronta para mudar. na verdade, por dentro, já mudei. já sou outra pessoa. por isso, tenho andado me sentindo tão inadequada.

até as plantas já estão fluindo. eu também vou.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

eclipsada



"´Liberdade´ é apenas outra palavra para ´não tenho nada a perder´."

eclipse do sol em leão. eu só sinto calor e falta de vontade, falta de ânimo. arrumei essa aula de dança. só pensava nela nos últimos dias. daí chegou a hora e não tive vontade. passei o dia meio mole. insegura com o texto que precisei enviar. depois de ter descartado vários artigos para o site, no trabalho. confesso que gostei da tarefa. me senti bem. sempre fico confortável no papel de julgadora.

não me sinto mal com quem sou. fico apenas indignada de não receber o reconhecimento. eu me sinto bem, sabe? me sinto bonita, me sinto inteira. daí chego nos lugares e não sei lidar com o desmerecimento. não que eu precise disso para viver, mas de que adianta fazer sucesso para ninguém?

é uma vida sem sentido. e não há arte para expressar isso.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

feliz aniversário

não tenho hidratante, filtro solar, roupa limpa, escova de dente. mas tenho uma garrafa d'água, a roupa do corpo, alguém que topou me pagar uma bebedeira fiada, alguém que me pediu para voltar amanhã (às 8h, veja bem), dois gatos que ficarão sem jantar e um livro. é para o bem. temos fé

terça-feira, 4 de julho de 2017

introspecção


foi a lua nova mais introspectiva. foi quase um período de férias (inclusive, lembrou minha última segunda semana de férias, em que passei os dias na cama, dormindo e assistindo a filmes).

não sei o que desencadeou. tentei decifrar algum padrão astrológico, sem sucesso. o que houve de peculiar foi o ritual de luto que fiz no sábado. daí, no domingo, houve a Parada do Orgulho LGBTS, que imaginei tivesse roubado um pouco de minha energia. o fato é que ainda não cheguei a uma conclusão. mas foi uma semana meio introspectiva, meio TPM. com desejos de chocolate, filmes e banhos quentes. o frio também deve ter ajudado.

esta semana não está muito, muito diferente. é certo que ainda não voltei ao normal. saio para fazer as coisas e não vejo a hora de voltar. principalmente com o gato grande que criou o hábito de deitar na janela, ao sol, por alguns minutos, para, depois, pular no meu colo. pense em algo gostoso de inverno.

e os dias têm sido assim. quando estou bem descansada, tenho vontade de sair. daí, umas 2h depois, só penso em voltar para casa.

tenho até um pouco de receio de pensar no que essa próxima lua cheia me guarda.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

soldado abraçando moça


eu tentei. tentei até o fim. conversei, falei, expressei como me sentia. exercitei a empatia. tentei entender os sentimentos e as dificuldades da outra pessoa. mas, chegou a um ponto em que todo esse sentimento bom, generoso, começou a se transformar. no lugar, foi surgindo raiva, ressentimento, desprezo, julgamento. comecei a ficar irritada e impaciente. e fui desapaixonando-me. até conhecer alguém.

geralmente, esse é o momento em que sei que o amor acaba, quando ele se transfere para outra pessoa. sol em capricórnio, ascendente em touro e lua em leão. inclusive, parece bem mais compatível. claro que já temos todo o cenário da problemática que me espera. mas, como sabemos, se há uma coisa à qual não resisto é ser cortejada. e decidi que vou deixar acontecer.

gostei da forma como ela me fez me sentir. gostei até da carteirada de "sou doutora em Antropologia e estudo esses temas" enquanto eu tentava, pobremente, trazer os argumentos da última autora lésbica negra que eu tinha lido. gostei das tatuagens, gostei da forma como ela se sentou do meu lado e, bem direta, perguntou se eu era lésbica. gostei até de ela achar que eu era geminiana (porque me fez me sentir inteligente haha).

e foi assim. foi assim que terminou teu prazo. no último domingo, dia 18. pacientemente, contei os 10 dias. até doente fiquei, de tanta apreensão. ainda resisti mais um dia, com receio de estar sendo intransigente com o tempo. e foi o dia (dia e meio, na verdade) de que precisava.

eu desejo que você seja muito feliz. que tenha todo o amor do mundo. que seja quem você é. que seja inteira. que viva bem. amém.

nos vemos em outra vida. hehe

segunda-feira, 29 de maio de 2017

a força da espiritualidade


eu poderia ter uma vida simplesmente confortável. minha casinha, meu emprego estável, meus gatinhos amorosos, amigxs por perto, companhia para fazer programas legais, uma cozinha completa para fazer almoços e jantares (para mim e para convidadxs), um carro para levar aos lugares - Uber se quiser sair e beber -, saúde para ter disposição para as coisas. tudo conflui. tudo material, isto é.

mas foi só chegar nesse ponto - reconhecê-lo, na verdade -, que minha vida deu um nó. como alcançar o sonho de vida que havia projetado na adolescência para perceber que nada disso traz felicidade? claro que essas coisas são importantes para amparar os projetos que a gente possa seguir. saber que o salário cairá na conta todo mês ajuda muito, traz estabilidade. mas a constatação de que a vida material estava cuidada me permitiu olhar mais fundo para as outras questões. como ser feliz com tanta coisa errada a nossa volta, incluindo ações nossas mesmo. claro que ter chegado onde cheguei, além dos privilégios de família branca de classe média (que, obviamente, pesaram muito nessa balança), contou com algum esforço de concentração de energia e intenção. as coisas não apenas aconteceram por acaso. mas, agora, algo falta. e é isso que tenho buscado nesses últimos dois ou três anos.

as pessoas que conheci, as experiências que vivenciei, os livros que li, as emoções que senti acho que se aproximam - em quantidade e qualidade - do conhecimento formal (intelectual) que adquiri ao longo de décadas. sinto-me em um intensivão de autoconhecimento. de me redescobrir. de experimentar ser outras coisas. por um lado é muito libertador, por outro, muito doloroso. porque resolvi entrar em contato com quem sou por inteira, o que, né, traz à tona muitos aspectos horrendos da personalidade, que são, inclusive, muito difíceis de admitir. olhar para esse lado mau na tentativa de trabalhá-lo, transformá-lo, é tarefa árdua e muito dolorosa. mudar os padrões. não voltar para o que fui aos 20 e poucos anos, quando era revoltada com o mundo.

não sou mais revoltada. talvez seja até um pouco resignada. minha postura hoje é mais de observar, entender como as coisas funcionam. para, então, prospectar formas de agir para mudar esse mundo.

na maior parte do tempo, fico em silêncio (as pessoas que me conhecem em contextos sociais, normalmente, não têm essa ideia, mas, na rotina, no dia a dia, consigo passar um dia inteiro sem pronunciar nenhuma palavra, exceto aquelas da polidez - bom dia, obrigada, etc.), observo. observo para fora e para dentro. o que está acontecendo? por que estão agindo assim? como estou sentindo-me agora? e, ultimamente, tem sido esse turbilhão. me arrumo, me maquio, me penteio, vou trabalhar simpática e educada, mas, no meu silêncio, uma tempestade interna de emoções e sensações. o choro esporádico que aparece sem muita introdução. a necessidade de respirar fundo, pôr um mantra para ouvir, acalmar a mente e o coração e fazer o que precisa ser feito.

estou buscando essa força, esse poder. nessa guerra contra o ego, contra os apegos. derretendo tudo em lágrimas. respirando fundo a cada passo em falso. e são tantos.

terça-feira, 23 de maio de 2017

uma cachoeira


posso até ser uma rocha, mas uma que chora todos os dias. em resumo, sou uma cachoeira. haha

a lua está minguando, quase nova. as coisas acalmaram-se. resolvi a questão do trabalho, sou toda alívio agora. voltei a meditar e voltei à dieta, depois de quase um mês de tensões, nervosismos e indecisões.

na aula de tarô, aprendi uma técnica - que, na verdade, referia-se à carta dos Amantes. quando você está em um dilema, elenca os prós e os contras dos dois (ou mais) lados da questão. daí, bem informada, decide. depois de decidir, não olha para trás. nunca mais. imagina que sonho.

passeei com o gato pequeno ontem. foi a primeira vez em que ela não reclamou de sair de casa. foi de noite, o que acho que ajuda. ela dava dois passos e se jogava na terra. rsrs foi fofo. foi rápido, mas foi bom. até para diminuir minha culpa, de não estar dando tanta atenção a esses gatos carentes e cheios de energia.

então vamos cuidar do que dá, né, que, amanhã, a lua entra em touro, para a nossa alegria. enxuga as lágrimas, respira e vai.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

é proibido cochilar


sim, foi uma semana intensa. como sempre é na lua cheia. parece que o mês fica juntando as questões todas, para virem à tona nessa semana em que a lua se opõe ao sol. sol e lua, um de frente para o outro. é a hora em que as emoções guardadas se escancaram. e assim foi a semana.

estou conseguindo manter-me calma (só os mantras salvam). comecei um livro novo. mas estou com um apetite absurdo. minhas sopinhas de vagem não estão segurando. pelo menos, não estou bebendo, o que ajuda (muito) a manter o foco. fiz as pazes com o menino do forró. o gato pequeno aprendeu a pular alto (me matando de fofura). assisti ao filme mais lindo, Lars and the real girl. voltei a trabalhar. as coisas parecem estar reorganizando-se. temos só mais uma noite de lua em aquário, da qual, claro, aguardo mais emoções. e, assim, podem vir. não tenho mais medo.

terça-feira, 11 de abril de 2017

firmeza com amor

é preciso muita força para se reconstruir. muita firmeza. muita paciência consigo mesma. posso até titubear, como aconteceu 10 dias atrás. não estou nem arrependida, foi bom ter acontecido e foi bom para perceber que tenho força sim. a noite foi ótima, foi muito bom te encontrar, naquele acaso. foi tudo ótimo. bom te ver, bom saber de você. nos divertimos juntas. mas, foi isso. te quero bem, muito bem, só não te quero aqui.

e o universo só me tem enviado sinais positivos. o fim da outra não relação e a geminiana-pisciana deusa aparecendo. daí, o reencontro, o outro término e a dor nas costas que, milagrosamente, desapareceu. d-e-s-a-p-a-r-e-c-e-u. depois de quanto tempo mesmo? um ano? é até difícil de acreditar.

para comemorar, no sábado, fiz minha estreia no Candomblé. conheci uma aquariana maravilhosa, logo que cheguei, na fila do banheiro. haha "você veio com quem?" "sozinha." "sério?" sério mesmo. fui sozinha. fiz amizades. encontrei algumas figuras do santuário. bebi (!), dancei. não consegui comer. na verdade, nem consegui levantar da cadeira. e foi lindo. senti-me tão à vontade. achei todo mundo tão lindo. foi bem emocionante. esse chamado de o quê, um ano já?

tenho sentido minha energia em aquário. na última aula de astrologia, vieram perguntar o que eu tinha em aquário. no mapa? nada, nadinha. louco, né? mas estou sentindo também. vontade de me doar, de cuidar, de mudar o mundo. vou, então, mudando o meu mundo, em silêncio. respirando, enxugando as lágrimas e seguindo. segue o baile, não é assim? é sim. tá seguindo.

você pode até curtir as coisas discretamente, mas, saiba, meu bem, estou vendo. estou te vendo. eu reparo, eu te enxergo. ho´oponopono. amém.

quinta-feira, 30 de março de 2017

luto e o amor que não foi


passou um vendaval. a poeira ainda está assentando. mas acho que já consigo vislumbrar um pouco o que ficou.

comecei a imersão nos estudos do tarô. uma das autoras que estou lendo já havia avisado que, quando começamos, as cartas começam a aparecer em toda parte - nos sonhos, nas intuições, nas coisas da vida. e fiquei tentando não entrar na paranoia, só as aceitar vindo. e refletir sobre o que elas querem dizer sobre mim.

daí, chegou o ritual de domingo. normalmente, medito boa parte do tempo, daí vou para a fogueira com o caderninho e anoto reflexões, intuições e visões que vieram durante o trabalho. só que, dessa vez, não consegui me levantar. fiquei paralisada na posição em que cheguei. não soube dizer bem o que havia acontecido, era um emaranhado de emoções e sensações. não consegui nem anotar - aliás, nem tive tempo, só consegui sair de onde estava uma vez, me arrastar, na verdade, para ir ao banheiro. daí, quando já estava indo embora, havia acabado de passar pelo portão, esse trabalhador com que tenho uma conexão mais forte me puxou pelo braço, me levou para um cantinho e me disse um monte de coisas. que só aumentaram minha confusão.

daí, passei esses dias todos tentando digerir tudo que aconteceu. a conclusão mais forte foi a de que não terminei de viver o luto pela passagem do Ludwig. como se eu tivesse me fechado emocionalmente em dezembro e janeiro. na verdade, acho que transferi o sentimento para aquilo que, na época, pareceu uma tentativa de reatar com a ex. comecei a sentir que estava apaixonada por ela outra vez, ainda que isso não fizesse nenhum sentido. daí resolvemos não continuar a história e conheci a outra figura. assim, fui transferindo as emoções de pessoa para pessoa. até que, nesses dias em que consegui me isolar, percebi que o fio que me puxava era o gato, não essas outras questões.

e foi assim que, 10 dias atrás, desmoronei. daí saí na sexta e tive aquela sensação de descontrole - que atribuí à lua em aquário. até que, no domingo, me veio o esclarecimento a respeito do que eu andava ignorando.

e aí veio essa conjunção de sol, lua, vênus, mercúrio e urano em áries e uma raiva à la TPM, com a qual tenho aprendido a lidar ficando em silêncio. silêncio esse que irritou a pessoa. tentei explicar ontem, mas não sei se ela estava ouvindo. aproveitei para falar de meus sentimentos por ela, que, inclusive, ficaram mais claros para mim nesse período (de só 3 dias, mas que ela sentiu como se fossem muito mais, enfim).

ela continua insistindo que a gente não dá certo pela falta de tempo, o que não faz nenhum sentido para mim, afinal, somos praticamente vizinhas, as duas trabalhamos no horário comercial, então não entendo mesmo. é verdade que estou cheia de atividades este semestre - os dois cursos de tarô, o de astrologia, as aulas de dança e pilates e o grupo de trabalho voluntário -, mas, fora os horários das aulas (que não duram tanto assim), meu tempo é até bem flexível, as coisas podem ser perfeitamente remanejadas. mas, não. ela quer enxergar assim. diz que gosta de mim, mas que é isso, que veio a minha vida só para mostrar que existem pessoas como ela no mundo.

e é isso. fica essa como a história que não foi. agora é buscar conforto no tarô e deixar o sentimento morrer.

quinta-feira, 16 de março de 2017

om gam ganapataye namaha sharanan Ganesha


resolvi tirar o resíduo que tinha das férias de 2016 este ano, antes do Carnaval. tinha feito planos de usar os dias para terminar a organização da casa, que havia começado no ano passado, depois de ler a maravilhosa Mágica da arrumação, de Marie Kondo. faltavam os arquivos eletrônicos - fotos, documentos digitais, HD externos, coisas assim.

mas, o universo tinha outros planos para mim. foi um período intenso de visitas, convites, gente aparecendo. cada dia, uma coisa diferente. começava o dia na rotina, tomava café tranquila, arrumava a casa e, quando via, estava almoçando com alguém inusitadx, conhecendo gente nova, indo a alguma festa ou bar à noite, amigos que moravam fora aparecendo.

e fui deixando-me levar. e foi tão bom. senti-me tão leve, como não me sentia há tanto tempo. senti-me mais leoa, mas intuitiva, mais solta, espontânea e, também, mais amorosa.

no Carnaval, para coroar esse momento, roubaram-me o celular, logo no primeiro dia. havia combinado de passar os dias com um amigo que também sumiu no primeiro dia (mas por uma boa razão rsrs). daí, o plano B era passar com as feministas. só que, né, sem celular, eu não tinha whatsapp. então, assim fui, sem whatsapp, sem uber, sem comunicação. e tudo deu certo. encontrei uma das meninas todos os dias de Carnaval. até a peguete encontrei, no meio da multidão, todas as vezes em que ela foi. consegui chegar em casa a salvo todas as noites, mesmo quando voltava sozinha (de ônibus, de táxi ou do que quer que fosse). levei alguns assédios, mas, assim, nada muito fora do habitual.

daí, quando tudo terminou, fui à primeira aula do curso de tarô das mulheres-bruxas. a primeira aula foi sobre o Louco. sobre ser leve e solta, sair sem rumo, deixar-se guiar pelo acaso. exatamente como havia me comportado nas semanas anteriores. a carta meio que deu um sentido para os acontecimentos e, também, para a sensação boa de liberdade que eu vinha sentindo.

depois disso, ainda aconteceu a viagem maravilhosa à Chapada e o ritual sobre parar de apontar para os outros e olhar para si mesmo. ouvimos mantras, um dos quais tocou agora mesmo, de uma playlist aleatória do youtube que pus para aliviar uma dor de cabeça. e lá estava o significado dele: remover obstáculos.

exatamente o que faltava na minha vida. exatamente o trabalho desta semana.

durante o ritual, voava uma borboleta pelo ginásio. pedi tanto para ela se aproximar. e, então, ela pousou no meu colchonete.

a gente pode sim. é só pedir. e, a deusa sabe o tanto que tenho pedido, me dedicado. vai dar certo. tem que dar. minha quadratura de plutão terminou em janeiro. pode ver como tudo começou a melhorar em fevereiro. astrologia é mesmo uma coisa linda. a vida é linda. sinto-me feliz outra vez. renasci. e, olha, se há uma coisa que aprendi bem nesta vida foi renascer.

então, boa tarde. prazer em conhecer.

quarta-feira, 15 de março de 2017

inspira, expira


tentando ser zen, né. tentando seguir o ritmo da pessoa. tentando ser calma, segurar todo esse sentimento. aceitando o que ela me dá, o que ela pode me dar. porque, agora sei, se deixar o tempo passar, ela vem. do jeito dela. mas vem.

encheu meu coração outra vez. transbordando de alegria, tentando conter toda essa emoção. escrevendo e apagando mensagens a toda hora. repensando como me expressar.

vai ter que dar. porque rola uma sensação muito louca de predestinação. desde aquele 5 de janeiro. sabe quando você bate o olho na pessoa e sente algo, mas não faz nada com aquilo? eu podia ter ido falar um oi, qualquer coisa. mas não era a hora. era um mês depois, dois meses depois. a hora era agora.

minha meta é só não estragar tudo com essa ansiedade, mesmo sentindo que posso "ver o futuro". porque a gente não precisa mesmo apressar as coisas. não vamos pular etapas desta vez. deixa rolar. respira.

quinta-feira, 9 de março de 2017

não me mande mais flores

essa planta que nasceu da semente que você jogou em mim eu já arranquei. só que, se você continuar trazendo água assim, todo dia, ela vai demorar ainda mais para morrer. você entende?

só me deixa. não vou te responder. só por aqui. todos os dias. até você entender.

deixa morrer. deixa morrer rápido. me deixa. me esquece. me deixa investir nessas outras histórias.

não quero saber de você. não quero saber se está bem, se está feliz. não quero saber. não me interessa mais.

me deixa. me deixa ir.

quarta-feira, 8 de março de 2017

leveza e delicadeza


eu tô tentando. tô te vendo, pode ter certeza. tô acompanhando. mas não vou, não vou, não vou dar o braço a torcer. você pode aparecer nos meus sonhos, você pode curtir tudo o que escrevo, você pode visitar meus pensamentos.

toda vez que você aparecer, vou te tirar. vou, vou, vou. vou sim.

vou sair com todas as mulheres que estão aparecendo. vou me entregar a uma por uma, vai ter de ficar um pedacinho, pelo menos um, para diminuir o que tinha te dado e que vou tomar de volta. vou sim, eu vou eu vou eu vou.

vou fazer um encanto, vou te tirar de mim.

quarta-feira, 1 de março de 2017

um agradecimento à taurina-escorpiana

sobrevivi ao Carnaval. certamente, a parte mais difícil foi a expectativa, antecipar situações chatas que poderiam acontecer, pessoas a encontrar. pus em prática o silêncio sobre as coisas que não queria que acontecessem. não citava nomes, não falava no assunto, para não chamar a energia. e parece que deu certo.

consegui passar pelos 20 dias de férias, indo a todos os bloquinhos de pré-Carnaval e ao Carnaval, sem esbarrar na ex. quando me roubaram o celular no primeiro dia, ainda pensei que poderia ser o universo evitando nosso contato, já que não temos mais nenhuma rede social em comum.

espero, francamente, que ela esteja bem. claro que chegou a passar pela minha cabeça que algo ruim pode ter acontecido, ela ter sido internada outra vez, essas coisas. mas pensei que isso não deve ser mais problema meu e também que, se fosse o caso, a família dela daria um jeito de me encontrar. então, com esse pensamento, permito-me sentir alívio. não nos vemos desde o dia 8 de fevereiro. não nos falamos desde o dia 9. e quero que continue assim, pelos próximos, sei lá, 6 meses, se possível.

não guardo nenhuma mágoa. continuo achando-a linda, mesmo nas confusões sagitarianas dela. quero que ela seja feliz, que encontre outro alguém, que consiga terminar a faculdade, que seja promovida no trabalho. acho que a gente pode tornar-se amigas no futuro, se ela controlar os, digamos, impulsos dela.

sabe, tenho dificuldade em não ser amiga das ex. fora a primeira, sagitariana também, com quem acho que não tenho mais nada em comum, há a taurina-má, que parece que só irrito, então já meio que desisti de tentar. a gente se encontrou no Carnaval, eu a tirei por causa da fantasia, e ela, para variar, irritou-se comigo. não consigo não irritá-la, não sei como melhorar nossa comunicação (mas talvez ela mesma não queira isso).

agora, a taurina-escorpiana, toda complicadinha, mas que ganhou o status de meu amor de Carnaval. hehe toda indisponível, toda cheia dos melindres, dos jogos, dos mistérios. mas a gente se divertiu. foi muito gostoso conversar com ela nessas últimas semanas. os beijos eram muito bons. senti uma sintonia muito legal, que não sentia desde a minha ex. isso foi muito bom para mim. particularmente, porque consegui mudar o signo. as últimas todas - as principais, pelo menos - envolviam sagitário ou peixes.

a primeira mulher com quem, digamos, me relacionei, depois do término, era pisciana. ela era uma pessoa legal, a gente se deu bem, mas penso que era muito cedo, havia terminado o namoro fazia tipo 2 semanas. não quis nem que ela ficasse depois. daí ela me procurava, sem me dar o tempo de que precisava, para processar o que acontecia, daí não consegui mais.

daí a professora da UnB. de História Medieval - ´porque adoro dragões´ -, que pessoa mais incrível. câncer com ascendente em sagitário. eu já estava apaixonada. ela era linda, divertida, independente. a gente tinha viagens planejadas para a Chapada. ela havia acabado de voltar de férias justo do Ceará, que é esse estado que eu amo. podia ter sido. mas, eu não consegui. ela não entendeu nada. espero que não me odeie. e não sei bem se foi algo que ela fez ou se foi só meu coração louco.

e houve, claro, a pisciana-leonina-feminista maravilhosa. em quem esbarrei ontem, por sinal. ela continua linda, mas essa foi a história que não foi.

essa e a da leonina com ascendente em sagitário. eu brochava com ela não se arrumando para nossos encontros. foi algo que descobri sobre mim: se a pessoa não se arruma (não precisa ser maquiagem necessariamente), fico com a impressão de que ela não se valoriza, o que afeta a forma como a vejo também.

todas tentativas válidas. até os encontros casuais - a virginiana e a canceriana que nunca ligaram depois. a canceriana-virginiana que estabeleceu quase uma relação virtual, mas que só fui conhecer pessoalmente esses dias.

e, muitos, muitos encontros, matches, conversas que não fluíram, histórias que não foram recíprocas.

mas a última foi especial porque foi a primeira vez em que consegui me envolver. não sei bem dizer se estive realmente apaixonada, mas eu tava empolgada. tava feliz. como não me sentia há tempos. adorava a atenção, a forma como ela me cortejava. o uso das palavras. a vênus em gêmeos. ela com o ascendente igual a minha lua e a lua igual a meu ascendente. dava certo, fluía. a gente já estava se acertando na cama. o beijo encaixava, a pele dela era absurdamente macia, não conseguia ficar um centímetro longe quando ela estava aqui.

foi tudo muito bom. não pensava muito se a história ia realmente evoluir para algum lugar, eu tentava viver o momento. mas, né, daí a guria surtou. me diz que está emocionalmente indisponível. eu não entendo muito bem o que isso pode significar além de estar apaixonada por outra pessoa, o que, levando em consideração as coisas que ela me disse, não seria bem o caso. eu estava de boa com nossa relação-rebound.

daí ela vem com o texto de ´melhor pararmos por aqui´. daí me beija no Carnaval e aparece na minha casa toda linda de vestido, perfumada. daí, no dia seguinte, todo o texto outra vez. daí, né (claro), esbarra em mim no meio daquela multidão do último dia, chega por trás, me abraça ´isso sou eu sendo carinhosa´. não soube nem como reagir. então, decidi esperar. esperá-la me procurar. mas, mesmo que esse dia não chegue, consigo já visualizar o papel que ela teve na minha vida, de cortar meu vínculo com a situação anterior, me mostrar que estou pronta para sentir por outras pessoas, que as relações podem ser leves, divertidas. que há tanta coisa por aí.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

não era amor, era cilada

na aula, o professor disse que uma das leis da vida é que todo buraco será preenchido. meio inspirada nessa ideia, joguei fora\doei todas as coisas da ex que estavam em minha casa e no carro. joguei fora os presentes, o presente de 1 ano de namoro, o último presente, a escova de dentes, as coisas que ela deixou para trás, tudo.

e, como mágica, apareceu um monte de gente nova. as feministas mais divertidas e animadas, muitos convites e encontros, em grupo e individuais. comecei um novo curso de tarô com umas mulheres lobas maravilhosas. e, no meio de tudo isso, ainda consegui me apaixonar outra vez. rsrs

uma amiga disse que invejava a minha capacidade de apaixonar-me com tanta facilidade. não sei se é para ter inveja, pois pode ser bem confuso, principalmente quando você está namorando e feliz no relacionamento. é algo só que não consigo evitar. estou sempre apaixonada. quer dizer, ou, pelo menos, digamos, encantada por alguém.

eu só penso em beijá-la, o tempo todo. desde o mágico match do Tinder. o match com a crush, como foi lindo. as conversas de horas. a vênus linda, o signo que eu amo, o ascendente lindo, tudo perfeito, compatível, o sorriso mais lindo. voltei a ser adolescente. as melhores férias.

não sei onde vai dar, se vai para frente, se vai durar. mas está sendo tão lindo, tão inspirador, tão bom sentir tudo isso. autoestima, a melhor droga.

preciso de sapatos novos para comemorar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

resgatando esse leão

explodindo de gratidão, depois desses primeiros dias de férias. a semana passada teve episódios um tanto quanto tensos, mas nada que menstruar no primeiro dia da lua cheia não ajude. hehe

nem acredito que entrei no ciclo da lua vermelha. nem acredito que todo aquele drama era só tpm.

contemplei a lua cheia em leão e agradeci, agradeci, meditei, agradeci.

a gente não precisa de muitos amigos, a gente precisa de gente de coração aberto para amar.

algumas pessoas voltaram, outras novas apareceram, aconteceu tanta coisa.

na quarta, começa meu primeiro projeto deste ano. não paro de pensar nisso.

na semana passada, no meio do caos, participei de uma constelação familiar, saí com as amigas, fui a um jantar, fui ao ritual, fui a mais uma aula maravilhosa de tarô (descobri a diferença entre inveja e cobiça.. hehe) e conheci pessoas bem incríveis, que me fizeram restaurar a fé no futuro, nas pessoas, em mim.

hoje, levaram-me para tomar sorvete, contemplar o lago pelo deck, interagi com os patos e fui apresentada a meu novo pintor favorito, Cícero Dias.

emagreci ainda mais - estou com o peso que tive em 2015. senti tanto orgulho disso.

estou assistindo a um filme que fala sobre valores, sobre agir de acordo com nossos princípios, não importando se todos estiverem contra nós.

é muita inspiração. muita vontade de viver. vontade de abraçar o mundo. de agradecer. de ser leão. de confiar, de irradiar alegria, amor.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

desapego


2016 passou e, junto com o amor da minha vida, levou todos os meus amigos. exatamente como a taróloga havia previsto. e o mais incrível é que não me sinto só. pelo contrário, nunca me senti tão.. não sei nem a palavra.. bem acompanhada?

tenho passado muito tempo sozinha, tenho feito coisas comigo mesma, até uma viagem. e já estou planejando outras. saio sozinha toda hora. ontem mesmo, escolhi um restaurante bem legal e me levei para almoçar. pedi o prato que queria, mesmo sabendo que não conseguiria comer tudo. depois, encontrei uma pessoa que, para minha surpresa, disse que eu era a melhor amiga dela. foi meio mágico.

eu não sei direito o que pensar, mas sinto um turbilhão de emoções boas, vontade de viver, de adotar outro gato, de conhecer gente.

aliás, conhecer gente é o que mais tenho feito. faço amizade em filas. as pessoas me pedem o telefone e assim vai. às vezes, a gente sai. em outras, eu vou só. e vou super feliz e leve.

nunca imaginei tudo isso. que isso tudo aconteceria e que eu acharia bom. a vida é mesmo muito louca.