terça-feira, 15 de dezembro de 2015

já em ritmo de fim de ano

o fim de semana foi bem agitado, começando pelo show da Gal Costa. mas que mulher mais fina! e a voz continua poderosa.

no sábado, foi aniversário da amiga da sereia. fomos ao churrasco com o pão de alho que salgamos demais (:(). no caminho, no metrô, ainda encontrei uma amiga que não via já há alguns meses.

no domingo, aconteceu a comemoração, organizada pela família, do aniversário da sereia. foi feijoada, comi um monte, conversei com as tias (rs), irmã, todo mundo.

como havia muitos programas, não deu tempo para assistir a muitas coisas, exceto uns canais de youtube que descobri apenas tardiamente. os episódios são curtinhos, então deu para assistir a anos de publicações. hehe

ontem, ainda consegui ir para o bar e fazer compras para a confraternização de hoje, com o grupo que quero que seja meu novo foco de investimento em termos de amizades. hehe tomara que eu não estrague minha (já clássica :D) salada de cereja. hihi

muito animada para as próximas semanas. este ano começou super mal, nem imaginava o quanto as coisas poderiam mudar. mudei de casa (para "minha" casinha); comecei a descobrir traços de espiritualidade em mim (ou, pelo menos, uma conexão mais forte com o universo); encontrei essa mulher maravilhosa que me faz questionar e reinventar-me a todo tempo; conheci, finalmente, Fernando de Noronha; dei uma depurada nas amizades, deixando para trás (não sem dor, claro) pessoas tóxicas; resolvi algumas questões herdadas do ano passado e, agora no finzinho, ainda consegui reequilibrar minhas contas. mal vejo a hora de comemorar o Reveillon. sinto que este será diferente dos outros.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

férias merecidas e necessárias

dizem para tomar cuidado com o que pedimos. pois eu agradeço. haha

tinha-me dado este segundo semestre de 2015 de férias dos estudos. abri espaço para os hobbies (academia, cozinhar, Astrologia, costura, cinema), para encontrar os amigos, enfim, para ter essa vida que as pessoas têm quando estão com a vida estabilizada. havia-me dado conta de que nunca havia dado uma trégua de buscar o crescimento profissional. até cheguei a mudar as metas, mas nunca deixei de estudar, seja para a faculdade ou o mestrado, seja para concurso público.

o resultado do experimento destes últimos meses foi que me entediei, como quem se cansa das férias, desejando voltar para a rotina. senti saudades de estudar. como não sabia bem o quê, aproveitei que as reflexões desses tempos indicaram a área de regulação, e comecei por aí, há cerca de uma semana. e pois que, um dia atrás, soube da publicação do Edital para o concurso da ANAC. achei graça e agradeci ao universo pelo direcionamento de meus estudos. tão mais fácil fazer as coisas com uma meta.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

o terceiro olho

ainda é pouco perceptível externamente, mas sinto as coisas mudando em mim. este ano tem sido bastante intenso, com algumas mudanças de parâmetros, que me têm obrigado a reorientar a forma de enxergar as coisas.

no domingo, por exemplo, pela primeira vez, enxerguei-me por dentro. por mais metafórico que soe, pareceu tão real que ainda não sei precisar se aconteceu mesmo ou se foi imaginado.

já havia decidido que, nesse ritual, faria diferente. começou com a palestra, em que a matriarca enfatizou a importância de manter os olhos fechados - instrução que segui. foi um pouco confuso no começo, quando começou a cair uma tempestade - o que até combinou com o momento de homenagem a Iansã. entrei como em um susto. entrei na paranoia, achei que fosse passar mal. cheguei a ir ao banheiro, mas só choreeeeeeei. voltei, deitei-me, fechei os olhos e embarquei em uma viagem que sinto que me deixará marcada por muitos anos.

enxergava pessoas, que vinham, olhavam-me e "diziam" coisas sem pronunciar palavras. minha mente ainda estava lá, eu começava a racionalizar o que estava acontecendo, até ouvir uma voz dizendo "pare. deixe acontecer. entregue-se". percebi de onde vinha meu medo: de estar em uma festa, com desconhecidos, fora da consciência e correndo riscos reais. foi importante, pois, naquele dia, tinha consciência de que não corria esses riscos, que não seria perigoso deixar-me ir. sabia que não ia morrer e que nada de ruim aconteceria. e foi assim que fui.

alguns momentos foram angustiantes, amainados pela proximidade física das outras pessoas, que, como eu, espremiam-se naquele pavilhão. a sensação do cobertor da pessoa a meu lado esquerdo, o choro da guria do lado direito - por mais dor que emanasse - tranquilizavam-se, lembravam-me de que eu não estava sozinha na experiência.

junto com as cores que vinham, mudavam, mesclavam-se - como em uma viagem de LSD, dessas de filme mesmo -, aparecia uma luz, que batia em minha testa, que me ofuscava um pouco. nessas horas, não resistia e abria os olhos, para conferir se o sol havia aparecido. fiz isso umas três vezes, até convencer-me de que nada no ambiente exterior havia mudado, estavam todos deitados, nenhum movimento, nada acontecendo. era como se estivéssemos todos em uma matrix.

não tive coragem de tomar outro chá. fiquei ali, deitada, tentando processar o que havia acontecido, forçando minha mente para não perder a memória de nenhum episódio. prestei atenção em meu corpo, em como me sentia. estava tão relaxada. regozijava-me pensando em qual havia sido minha proposta de reflexão para aquele dia em contraste com as descobertas que acabei fazendo, que não tinham nada a ver com aquele assunto.

foi intenso, bonito. tive vontade de abraçar as pessoas no final (o que acabei fazendo com algumas "vítimas" que só tinham a intenção de me dar um tchauzinho haha). mal vejo a hora de voltar. queria ir na próxima semana, mas decidi fazer as coisas com calma, sem deixar esses momentos atrapalharem minha vida social. vamos encontrar esse equilíbrio.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

qual é sua desculpa

sexta, então, de cabelo pintado, teve encontro com os amigos, com drinks de rum colombiano. depois, fomos a uma festa em um espaço muito bom, mas que vendia long neck a 10 reais. daí, irritei-me com um cara que filmava os amassos que minha amiga dava no amigo dele. quando o abordei, a criatura ainda teve a petulância de dizer que era tarde, pois ele já havia enviado o vídeo ao amigo. o que, obviamente, era mentira. fiquei paralisada de ódio, sem saber o que fazer, até que surge na minha frente, do nada, uma das gurias da ayahuasca, toda vestida de cobra. demorei para reconhecê-la. encarei como um sinal para ficar zen.

no sábado, assisti a Awake - a vida de Yogananda. o filme é lindo demais. além da história, a fotografia é maravilhosa. o guru previu a morte da mãe dele e a dele mesmo. acreditava que podemos controlar nosso corpo a ponto de conseguir dormir vários dias, ficar acordadxs vários dias e decidir a hora da morte. as imagens eram de meditações em montanhas e praias, do olhar penetrante de Yogananda e de seu carisma em palestras pelo mundo.

depois, fui ao festival Cinema e Transcendência, onde vi um espetáculo circense com bambus, que foi lindo. o filme da noite era Fogo ardente. o documentário demonstrava o "ativismo espiritual", em que as pessoas usam a religião para protestar. os pontos altos foram a ideia sul-africana de que "tudo que é teu é meu" e o princípio da desobediência civil (que eu não sabia que era budista).

no domingo, participei de uma oficina de Instagram. fui na expectativa de tirar selfies melhores (haha), mas aprendi coisas de que não sabia que precisava, como escolher temas para fotos. fiquei com vontade de fazer curso de fotografia.

depois, aproveitei o Picnik - desta vez, de fora da estrutura, o que foi bem mais agradável. já estava a ponto de desistir dessa festa, pois acho tudo caro, ruim e sujo. sentamos nas mesinhas embaixo dos eucaliptos, consumimos cerveja dos ambulantes e vira e mexe aparecia uma oferta bem ali, em nossa mesa. adorei a iniciativa, principalmente da caipirinha de 5 reais feita por dois adolescentes.

ontem foi também o dia do show do Morrissey. foi bem intenso. ele começou com o super hit Suedehead. achei ótima a estratégia, de já ir aplacando a ansiedade da plateia. no decorrer do show, foram transmitidas imagens de violência contra negros, pessoas em passeatas, animais. em uma das duas únicas músicas dos Smiths tocadas, Meat is murder, congelou no telão o texto "Qual é sua desculpa? Carne é assassinato". achei bem forte. isso somado ao cartaz, na entrada do evento, de uma vaca com os dizeres "Não mate". Quando pedi para a segurança me liberar para ir bater a foto, ela comentou que também teve de abster-se de carne naquele dia. parece que o próprio produtor do show teve de pagar aos ambulantes de churrasquinho para não venderem naquela noite. hehe

e a alta sociedade gótica brasiliense estava toda lá. foi divertido rever as pessoas. há gente que não muda nunca. o que chega a ser reconfortante.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

eu e Câncer, Câncer e eu

Casa 7 em Câncer. pode ser ruim, mas pode ser bom. hehe  essa tendência a querer cuidar demais das pessoas, de tolerar comportamentos do tipo "birra", de fazer vista grossa para respostas mal criadas. no geral, é bom ser assim. você evita brigar por bobagem. só que, né, mesmo sem brigar, é importante pontuar isso para os outros, olha, achei errado o que você fez. se não, corre o risco de a situação repetir-se, se não souberem que foi algo que te incomodou. algumas pessoas ouvem numa boa, refletem. outras ainda ficam brabas contigo, por ter apontado uma atitude delas. e tudo bem. o processo é delas.

hoje, então, os planos são retocar a tinta do cabelo, escolher uma roupa bonita e sair para dançar com os amigos, depois de muito tempo. espero que não chova muito (haha), mas, mesmo se chover, vamos lá.

às vezes, é bom dar um tempo das relações. é como viajar, mas sem sair da cidade. vai cada um para um lado, a gente põe as coisas em perspectiva, descobre o que era só mimimi, o que estava errado de verdade. tanta coisa acontecendo, tanta gente interessante no mundo e você se envolvendo com as questões dos outros, com o mau humor dos outros. já li que nos encontramos quando estamos só. pois eu me encontro mesmo quando estou rodeada de amigos. 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

pizza e pendências

adoro as promoções da Domino´s. faz uma das melhores pizzas, em minha opinião, e entrega duas pelo preço de uma às terças-feiras, ou seja, uma pizza de lá sai pelo preço de uma pizza trash. hehe

depois da pizza, vi uns filmes bobos e dormi cedo.

hoje, foi o encanador verificar o problema da descarga, só que falta uma peça para consertar. tudo bem, pois a manhã em casa permitiu-me acordar às 10h (hihi). até a dor nas costas melhorou. ainda, deu tempo de fazer a unha (que pintei no trabalho, pois sou dessas), arrumar a casa, lavar roupa, arrumar a máquina de costura e, assim, completar todas as tarefas do dia, me liberando para a naite. \o/

terça-feira, 24 de novembro de 2015

gatos e costuras

têm aparecido gatos novos no jardim. para o gato grande, é maravilhoso: novas amizades. para o pequeno: problema, confusão, acesso de raiva. em primeiro lugar, ela fica parada no jardim, não se move, para não perder posições estratégicas. fica naquele jogo de quem é mais durão e permanece na mesma posição por mais tempo. o que seria problema só dela se eu não tivesse de ficar junto - no caso, com a coleira, já que ela andou aprontando umas comigo.

em segundo, fica altamente estressada, ainda que tente não demonstrar. daí, perco a paciência, chamo-a para ir embora e ela, para não "perder o jogo", ignora-me. tenho de arrastá-la embora enquanto o outro gato vem logo atrás, como se rindo da cara dela, por haver abandonado o posto.

daí que, ontem, como de hábito, tirei a coleira no elevador. só que, ao chegar no andar, ela ameaçou voltar ao térreo. e como fazer para convencê-la de deixar a raiva para trás e voltar para casa? não adianta explicar (por sons) que estava na hora de comer. tentei de tudo, até intimidá-la para voltar. e a bicha estava tão braba que nem tive coragem de pegá-la no colo (já apanhei muito em situações similares). o drama foi solucionado quando surgiu um inimigo ainda maior, o vizinho de andar. aí, sim, saiu correndo para a porta de casa.

voltei a costurar. a tentar, pelo menos. a diarista regulou a agulha da máquina para mim. só que a linha está muito velha - arrebenta toda hora. depois, ainda tive a proeza de entortar a caixa da bobina. de todo modo, a tentativa meio frustrada empolgou-me e encasquetei que vou terminar de costurar essa saia e prosseguir no projeto.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

cigana

o fim de semana não foi como esperado, mas foi bom. na sexta, assisti a "Upstream color", que foi bem viagem, mas bonito.

no sábado, fui à Feira dos Goianos fazer compras. hihi

almocei feijoada e assisti a "A pigeon sat on a branch reflecting on existence", que adorei. depois, fui ver a banda de jazz cigano de um amigo, no Clube do Choro. incrível eu nunca ter ido lá. o lugar é ótimo, você senta a uma mesa, com serviço de bar e tudo, e assiste ao show, no palco. a banda dele, Gypsy Jazz Club, é maravilhosa. foi assim que descobri o nome de meu tipo de jazz favorito e que adoro Jango Reinhardt.

no domingo, cozinhei, fui ao bar e pedalei pela cidade. foi relaxante e sinto que, enfim, livrei-me do estresse da semana passada.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

dia cinco

engraçado como são as coisas. ontem, não tinha nada bom para escrever. daí recebi uma notícia maravilhosa à noite e, hoje, uma que, na verdade, era de ontem. hehe

esta noite, sonhei que tomei ayuasca antes de dormir. e dormi. só me dei conta no dia seguinte, quando acordei, sentindo-me ótima.

foi só um sonho, mas acordei super bem.

hoje, fui à academia, pela quinta vez nesta semana. satisfeita.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

prateleira nova

vamos continuar o projeto de só falar das coisas boas que têm acontecido.

ontem, consegui sair mais cedo do trabalho para resolver pendências na rua. à noite, permiti-me ir ao bar, já que estarei impossibilitada no fim de semana.

não fui trabalhar hoje, de manhã, pois marquei serviço de "instalação" de uma prateleira que não havia dado certo. agora, deu. resta descobrir que plantas podem ficar no quarto.

consegui, enfim, reservar hotel para o fim do ano. muito feliz com isso. comemorei aumentando os pesos na academia e almoçando sushi. hihi

terça-feira, 17 de novembro de 2015

morte do ego

assumi a missão de arrumar as coisas. consertar as coisas da casa, organizar os afazeres, reequilibrar as contas, cuidar direito da pele.

a consequência é que isso nos torna mais exigentes com os outros. e, também, mais estressadxs com eles. hehe

mas vou tentar manter a paz.

ontem, resgatei meu anel, há meses "perdido" na casa de um amigo. cheguei em casa e deparei com as louças da família, que me haviam prometido. foi lindo. agora, tenho todo tipo de travessa - inclusive aquela (não sei nem o nome) para molhos e sopas. os gatos amaram as embalagens.

assisti a Ayuasca: vine of the soul. emocionei-me com o tanto que me identifiquei com a experiência de uma das protagonistas. ela também teve uma quase-morte. o xamã explicou que isso ocorre quando o efeito vem muito forte e que significa a morte do ego.

fiz uma janta gostosa para mim. marquei consertos para amanhã - o que significa que passarei a manhã em casa. <3

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

o segredo

a experiência da semana passada combinou-se com esse documentário, baseado em um livro. nele, defende-se a ideia da lei da atração, de que atraímos o que emanamos. a lição é pensar positivo, para atrair coisas boas. no que diz respeito aos relacionamentos, devemos investir em nós mesmos e manter o foco nas qualidades dx parceirx, em vez de ficar reclamando de seus defeitos.

aplicando os ensinamentos, posso dizer que o fim de semana foi muito bom. na sexta, jantei em um de meus restaurantes favoritos e ainda ganhei um monte de presentes - inclusive, um edredom, de que estava precisando urgentemente. no sábado, fiz trilha e nadei em uma cachoeira, o que foi relaxante, até certo ponto (e vamos parar por aqui heh). o resto da tarde passei no bar - depois de uma semana sem beber. à noite, sushi.

no domingo, comi panetone de doce de leite de café da manhã, fiz compras e preparei as coisas para a semana, arrumei a casa e saí para comer pizza com um amigo. gato grande fez novas amizades. ficou tão contente que nem quis passear.

dormi cedo. acordei tarde. dormi bem. acordei super animada. comi direito, arrumei a casa, fui à academia, até aumentei os pesos.

tentarei aplicar isto nesta semana. confira comigo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

não vou, não vou, não vou

sentindo-me forte. ontem foi um daqueles dias em que me entregaria aos vícios. quartas-feiras são sempre difíceis. mas, consegui controlar-me. fiz tudo que precisava: trabalhei, cozinhei, lavei roupa, fiz a unha, pintei o cabelo. e choreeeeeeei. e passou. hehe

foi difícil dormir, muito difícil. liguei o ar, deitei-me cedo, assisti a um filme. acordei de um pesadelo. dei uma volta, li umas coisas. voltei a dormir. tive mais pesadelos. mas, como me permiti levantar às 10h da manhã, consegui descansar. foi bom.

notícias boas hoje. sinto-me muito poderosa por ter conseguido resistir aos "instintos". vou conseguir retomar o controle das coisas. parar de sofrer por bobagem. resgatar quem eu sou (era?).

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

aos trancos

depois dessa chacoalhada do fim de semana, que me fez prometer (a mim mesma) que tomaria jeito, comecei a semana obstinada a reconstruir-me. o que significa prestar atenção à alimentação, ser mais comprometida com a academia e cuidar melhor da casa.

não está sendo fácil. hehe  já tive dois convites para beber cerveja, vindos de pessoas que não encontro há um tempo - ou seja, muito tentador. poderia simplesmente ir e não beber, mas não vou correr o risco, né? tipo ir lá comer pizza bem ao lado do bar favorito. não vou.

é difícil demais mudar hábitos. não vou colocar minha (atualmente pífia) força de vontade à prova. são os primeiros dias. segunda e terça. hoje é quarta. vou sobreviver.

tenho dormido mal e ouvido Bethânia. o choro diminui a cada dia. a meta é dormir toda a noite de quinta e acordar sorrindo na sexta. vamos lá.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

uma quase morte

tenho frequentado rituais de Santo Daime. fui meio que levada pelas circunstâncias. algumas coincidências apontaram para lá, então resolvi experimentar. achei que fosse só aquela vez, como fui uma vez para um terreiro de Umbanda. mas fui surpreendida e não consigo mais parar de ir. estava sentindo-me muito conectada à natureza, senti muita paz. até ontem. o que começou sendo uma experiência leve foi tornando-se, com o tempo, intensa e até um pouco sombria. o ápice foi ontem, quando entrei na paranoia de que ia morrer. vomitei e chorei sem parar. houve um momento em que uma das ajudantes se aproximou de mim e segurei nela, quis dizer que eu sentia que ia morrer, mas fiquei paralisada, aceitei o lenço que ela me ofereceu e fiquei lá, tentando não sujar a saia que havia tomado emprestada. já me haviam alertado que não devemos trocar olhares com as pessoas, mas, sei lá, talvez por meu estado (ou minha paranoia a respeito de meu estado), algumas pessoas pareciam olhar-me intensamente. eu tentava desviar, olhava para baixo, para cima e, quando voltava à direção delas, lá estavam os olhares.

o sol na cara, as crianças gritando, correndo, aquele senhor de cabelos brancos, a bronca que levei matriarca. senti-me tão errada, tão arrogante e tão frágil. o efeito do chá não passava, já haviam tocado o sino para a segunda rodada. não passava. entrei na paranoia de que não ia conseguir dirigir de volta para casa.

enfim. consegui. não dormi esta noite, mas consegui, sobrevivi. e voltarei.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

o que você demora é o que o tempo leva

vamos aproveitar a noite, já que não vamos dormir, né? já ouvi pássaros da Asa Sul cantarem e gente saindo de casa às 5 da manhã. coisa que costumava fazer. adoro acordar cedo. gostaria de resgatar esse hábito, mas seu porém é estragar as noites - consequentemente, a vida social.

ah, a vida social. eu sem pessoas não sou ninguém. entro no ciclo de introspecção e autopiedade, remoo as mágoas, sinto saudades de coisas sobre as quais nem deveria mais pensar, obrigo-me a reavaliar minha vida, começo a achar tudo errado, nessa minha tendência à autocrítica. afinal, foram 20 longos anos aprendendo a fazer isso, sem saber que havia outra saída.

e, agora, deparar com alguém que passa por esse mesmo processo. dói. (ou, como diriam, tudo em mim dói. e dói mesmo. a dor das coisas, dos valores deturpados, da priorização das coisas erradas, da hiprocrisia, da ideologia sem o respaldo da prática. isso tudo me dói muito.)

hoje, encontrei dois amigos. o almoço foi particularmente bom. é muito bom (e quase inédito) sair com pessoas que gostam de você de verdade. te ajuda a reconectar-se, lembrar-se de quem você é. não aquele personagem que você se torna nas relações.

sou isso, essa bagunça cheia de sentimentos, que dói por tudo, que desmorona por qualquer gesto, que está tentando fazer as coisas funcionarem, que já desistiu das soluções radicais e tomou encontrar a felicidade por missão de vida. não vou desistir. não vou. ainda que tenha recaídas, que me sinta só, no meio de toda essa gente, dessas promessas, desses convites, desses ´eu te amo´ vazios.

a amiga da noite tentando convencer-me de que esse feriado de quatro dias será bom, poderemos sair, espairecer, ver gente, conversar, dançar, sentir a liberdade. espero que seja sim. vou pintar o cabelo, vestir a melhor roupa, tentar esquecer, tentar não sentir. de certa forma, tentar meditar.

já que não dormirei esta noite e a cerveja está prestes a acabar, daqui a pouco, vou à concessionária tentar resolver o problema do som do carro. resolver pendências. fazer o dia passar.

na noite passada, sonhei que estudava Astronomia. foi tão lindo. as aulas eram em inglês - língua que eu não entendia direito. mesmo assim, sentia-me tão à vontade. foi tão forte que fui pesquisar hoje. não há curso na UnB. só aquele online da USP que já me comprometi em fazer. Astronomia. parece tão certo. estudar Física. <3

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

hello

a verdade é que a semana foi boa. estava ainda sequelada com a intensidade da experiência do fim-de-semana anterior, que me deixou meio mole e com dor de garganta. não pude, então, ir à academia, o que é algo que sempre mexe com meu equilíbrio. além disso, descobrir que é isso aí, nunca poderei nadar nem fazer yoga. tanta gente vive com coisas tão piores, então resolvi não entrar naquele ciclo de sentir pena de mim mesma.

a sexta foi ótima, com o encontro na pizzaria, ao som (na minha cabeça) de Adèle, que surgiu com essa música monstra que me chacoalhou, como uma música que representaria algo que está para acontecer. difícil explicar, mas o sentimento vem-me mais ou menos assim.

e vamos parar por aqui, pois não é bom ficar falando de coisas ruins. elas acontecem, a gente tenta lidar com elas e pronto. meu atual mantra.

nada como 12h de sono e uma cachoeira para reenergizar. depois, cerveja para espantar as dores, uma breve "festa" meio que por acaso e um jantar maravilhoso, feito por minha nova chef favorita.

domingo foi dia de acordar com a tal da música, como que um tapa na cara. que, depois, foi amenizado por um longo banho de banheira, conversas - até certo ponto - produtivas, um novo tapa na cara (porque precisa e porque, aparentemente, sou obrigada), um pôr do sol no deck e uma passadinha nesse café.

as coisas desmoronando e eu aqui, fingindo que a vida continua, trabalhando e tentando entrar nesse equilíbrio da distância e da frieza. vou sobreviver? vou sim.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

raivosa e injustiçada

como lidar com tanta raiva? parece que, desde que larguei os remédios, tenho andado com os hormônios (os ruins) à flor da pele. não deve ser por acaso. meus episódios de borbulhar de ódio têm sido cada vez mais frequentes. parei de tolerar coisas que deixava passar, em prol da boa convivência.

como se estivesse levando tapas na cara de alguém me dizendo "mexa-se, garota. vai deixar essas pessoas fazerem/falarem isso?" uma sensação meio de injustiça, de eu estar fazendo minha parte, de ser legal, de boas, e ficar levando umas patadas meio aleatórias. na verdade, como se isso estivesse ocorrendo há muito tempo, e só agora tomei consciência. mais ainda, comecei a revidar.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

sopa de abóbora

a tônica da semana, então, é mudar o foco para mim. parar de entender as pessoas, as atitudes que elas tomam. eu sou tão boba. fico tentando compreender todo mundo, usar empatia para justificar o que elas fazem. procuro entender o que elas sentem, o que as motiva. e, com isso, acabo sentindo junto com elas. ou *achando* que sinto. porque há pessoas que parecem ser tão egoístas que, enquanto você imagina que agem por dor, tristeza, elas estão apenas buscando satisfazer seu ego e suas próprias vontades.

tocou-me muito quando me disseram que, se determinada pessoa acha mesmo todas as coisas que me foram ditas, ela não deve enxergar nada de mim, nem minhas qualidades, nem o esforço que faço para deixá-a tranquila, à vontade e - no que está a meu alcance - feliz.

não dá para ser assim. ater-me a ajudar os outros porque, afinal, sempre cuidei de mim sozinha. preciso dos amigos pelo carinho, pelo afeto, mas, em relação às questões mais, digamos, básicas, sempre me virei. mesmo quando todos se viraram - no caso, para o outro lado.

não foi coincidência que tudo começou a ruir justo agora. as coisas não acontecem todas ao mesmo tempo por acaso. aliás, a meu ver, nada é tão fortuito assim. quase uma religiosa, veja só..

e a surpresa boa, no meio de tanta sujeira que me tem aparecido, tem sido a aproximação dessas pessoas e minha guinada na forma de entender a forma como nos relacionamos. sinto até que tirarei grandes amigas de saldo.

e eis que, ontem, a noite foi maravilhosa. claro que só até determinado momento, no meio da noite, quando acordei (como tenho acordado *todos os dias*) com um cassetada do que vinha chamando de intuição, mas que agora entendo que vem de minhas capacidades cognitivas básicas mesmo, obrigando-me a acordar, doer e aceitar que as pessoas que a gente ama não são lindas só porque gostamos delas. as pessoas são más, egoístas. e a culpa não é tua. e não há nada que você faça de errado. temos mesmo de ser quem somos. e, se os outros não apreciam, está na hora de virar esse foco para outro lugar/pessoa, i.e., para onde haja futuro.

sábado, 3 de outubro de 2015

stay with me, ´cause you´re all i need

fazia tempo que nao me sentia tão só. minha vida estava perfeita. casa, gatos, amigos, uma namorada linda.

daí, de repente, uma coisa estraga e parece que todo o resto desmorona junto.

passei a semana ouvindo as músicas de Sam Smith. desde que essa amiga me mostrou aquela, que lembrava esse nosso momento.

as pessoas lá curtindo nosso status de relacionamento sério, você se esforçando para realizar minhas vontades.

eu só percebi hoje. e estou ansiosa por hoje, à tarde. não sei nem o que esperar.

mas te agradeço por estar tentando.

serve sim.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

saudades do que não foi

não foi bom dirigir até o hospital, sentindo dor, chorar duas vezes na sala de espera (e angariar solidariedade de outras pessoas), lidar com médico arrogante e mal intencionado, que me fez perder tempo fazendo exame desnecessário, mas, agora que o calcanhar está quase bom, dá para dizer que a experiência não foi de todo ruim. foi bom passar os últimos dois dias em casa.

estudei Astrologia, cozinhei, assisti a uns tutoriais de corte e costura, bebi cerveja, fiz a unha, assisti a Star Wars, pintei o cabelo e ainda ganhei companhia - o que foi meio inesperado.

olhando fotos de outras pessoas, tive saudade da vida que não vivi. aquela que tinha escolhido, com tanta veemência, mas que deixei para trás, priorizando coisas que faziam mais sentido para mim. que ainda fazem, na verdade, mas que me fizeram escolher. escolher a vida que tenho, hoje, e deixar aquela outra, que vinha com um preço altíssimo, mas que, claro, traria tantas coisas que pareciam boas. e que ainda parecem, sob os olhos de outras pessoas.

tenho investido mais em hobbies e coisas que me deixam feliz e creio que isso me tem deixado ainda mais sensível. tem-me feito refletir sobre o que me move, o que espero das coisas, das pessoas.

uma grande amiga afastando-se, e eu não podendo fazer nada. tão difícil deixar as pessoas irem.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

a vida é muito louca

este ano tem superado o anterior em quase todos os aspectos. foi estranho constatar isso somente hoje, após ouvir uma banda indicada pelo Spotify que lembrou uma música que ouvia sem parar há cerca de um ano, quando me havia mudado para um apartamento lindo, mas todo errado. dá para pensar nele como uma transição.

transição de um cargo para outro em meu órgão. para uma relação complicada com uma colega de apartamento para outra que fez tudo valer à pena. para desistir das dietas loucas. para depurar quem são amigos de verdade. para dar um tempo de concursos. para um amor tranquilo novamente. para bagunçar a vida buscando um sentido.

em termos de ano de Peixes, acho que foi mais um ano de questionamentos, de bagunçar tudo, jogar a vida para o ar e começar a compreender o que é real, necessário.

e daí que, hoje, vejo sentido em quase tudo. um novo amor, voltar a estudar com paixão, a empolgação com os esportes, casa nova, vontade de acordar para ir trabalhar.

como tudo muda. como a Astrologia funciona. hehe

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

a doida dos signos

foi bem difícil voltar de uma viagem maravilhosa e voltar aos estresses cotidianos. problemas de família, de trabalho, falta de mantimentos, comprar ração dos gatos, ir atrás do cartão bloqueado por causa das compras da internet (como se tivesse sido a primeira vez..).

mas, parece que a situação está voltando a organizar-se. decidi acordar mais cedo para tomar café em casa. tão bom passar um momento extra comigo mesma e com os gatos! dá tempo até de lavar a louça e deixar a casa arrumadinha. dá mais vontade de ficar em casa, depois do trabalho. por isso e por causa das tais compras da internet - no caso, quatro livros de Astrologia. um mundo novo abrindo-se. novas análises, perspectivas. é tão bom estudar o que gostamos.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

já houve um sentido

meu primeiro dia de férias. dia de preguiça, recuperando-me do fim de semana agitado. festival Latinidades, balada eletrônica, DR e pazes, filme ruim, galeto para almoço, uma voltinha inesperada no Pontão e encontro com amigos.

dormi 13 horas. foi maravilhoso, tive sonhos ótimos. acordei de sopetão e fui almoçar na Bellini, na vã esperança de ainda haver café da manhã. tinha coisas para fazer à tarde, mas fiquei com tanta preguiça que optei por ler bobagens na internet e rolar na cama junto com os gatos. daí, saí a pé, parei em uma lanchonete, tomei 500ml de um suco maravilhoso, comi, voltei e fiz tudo outra vez. hehe

assisti a um filme lindo, A thousand times goodbye. Juliette Binoche faz o papel de uma fotógrafa de pessoas em regiões em estado de guerra, como Paquistão, Congo e Quênia. o marido, que fica em casa cuidando das filhas, não consegue lidar com o trabalho dela, que corre risco de vida nas missões. as escolhas que ela faz são surpreendentes. o final é maravilhoso. uma boa forma de soltar aquele choro engasgado.

fez-me pensar sobre minha escolha (anterior) de carreira, sobre o que me motivava. eu poderia ter sido uma dessas pessoas. sempre foi meu sonho conhecer a África. algo deu errado no meio. nunca soube direito o quê. talvez tudo. adoro as teorias, as ideias de como devem ser as coisas, os filmes sobre esses assuntos. porém, de alguma forma, percebo que minha personalidade me impede de ir adiante, de ultrapassar as barreiras necessárias para conseguir chegar nesses lugares. veja bem, não seriam férias. aquela missão no Togo, que quis tanto. minha chefe não me liberou. é sempre assim.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

modo férias

último dia de trabalho até meu "reveillon". nem acredito. cheguei a minha mesa, e havia mais trabalho. pensando seriamente em ignorar. hehe

é muito bom fazer planos de férias e de viagem. ainda que as coisas não corram tão bem, você multiplica os dias de férias, pensando onde vai ficar, com quem, o que vai fazer.

meu plano é passar o dia de hoje pesquisando fotos de praias, pensando no fim do inferno astral que se aproxima e no presente que me comprei e que já está a caminho.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

amigas inseparáveis

(que coisa louca.. esta postagem era de 10 dias atrás e apareceu como sendo de hoje..)

a vida está boa. você mora sozinha em teu próprio apartamento, que é bonito e espaçoso. tem um trabalho que é ok (preenche os requisitos de um trabalho bom). vive com dois gatos que ama. tem uma namorada linda e fofa. vários amigos que se importam. familiares que visitam com certa regularidade. férias programadas para uma praia paradisíaca. está meio dura, é verdade, mas tudo em decorrência das coisas boas que têm acontecido.

e você está feliz? não. quero apresentar minha amiga a vocês: a depressão.

da próxima vez em que for reclamar da vida, pense em como seria ter as coisas que todos dizem que você precisa para ser feliz só que não ser.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

tentando sair da Matrix

nem acredito que preguei os quadros na parede. casa finalmente pronta. entrou o último cheque do aluguel antigo. conta totalmente negativada, mas com perspectiva de melhoras no mês que vem. tive até de ir ao sushi favorito comemorar (pobre, porém ryyyka!)

recebi gente em casa, oficialmente, pela primeira vez. foi divertido. conheci "o músico mais famoso da África", Fela Kuti, que amei. servi cueca virada para os convidados.

sábado foi difícil sair da cama. assisti a filmes antigos maravilhosos e irritei-me ao ir ao festival de blues do parque - onde estava com a cabeça, eu que detesto blues?

enfim. conversas, banhos quentinhos de banheira, comidinhas e uma nova receita de panquecas. pena que a parte boa da vida sempre passa tão rápido.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Grigris e Mimi

é tanta felicidade que nem cabe em mim. muito bom recarregar as baterias depois de uma semana meio pesada. essas reflexões sobre o conservadorismo atual. percebi algo que havia feito errado: estava ouvindo, na rádio, as notícias da Câmara e do Senado, em vez de ouvir música nos trajetos casa-trabalho-academia. e, deu nisso. agora, é voltar a ouvir música, reinserir arte na vida, porque ninguém merece tanto coxinha na vida.

então, esses dias foram de recolhimento, reflexão, conversas, cerveja, comidinhas feitas em casa e muito amor. <3  acho que nunca havia feito estrogonofe de frango antes. rs  mas, nem ficou ruim. ela linda com aquele vestido do dia em que nos conhecemos. nem me lembrava do tanto que era bonito. vestido e tênis, toda linda. só de vê-la já fiquei emocionada. nem precisava da espuma de banho de mel - não precisava, mas amei. :D

vi dois filmes maravilhosos: Trois coeurs e Grigris. O primeiro tem Charlotte Gainsbourg e Catherine Deneuve e conta um triângulo amoroso envolvendo duas irmãs. O segundo ocorre no Chade e também narra um romance, só que menos, digamos, convencional.

ontem, consegui, finalmente, definir a posição dos quadros. fiquei tão feliz! hoje, vou medir as distâncias direitinho (virei essa pessoa! haha) e pregá-los. quero ver se recebo os amigos em casa no próximo fim de semana. e, aproveitar para reorganizar a vida, a cabeça. está tudo bem. é só não ouvir a Rádio Câmara.

terça-feira, 9 de junho de 2015

a maldição da intuição


amanheci precisando fazer algo diferente. mudei a cor do lápis de olho para lilás. comi um pão de queijo de café da manhã.

saindo de casa, o zelador perguntou se eu era responsável pela mancha de ketchup (que eu achava que era sangue) espalhada pela parede da escada. levei o maior susto, "claro que não". ele disse que estava brincando. mas acho que não estava.

ou só estou neurótica. coisas acontecendo, eu sentindo, mas sem saber o que são. coisas ruins, no caso.

e daí que preciso dormir, para voltar ao "normal", fechar o corpo. só que, óbvio, nessas fases, não consigo. ansiedade pululando.

alguém resolveu usar uma serra elétrica (ou algo assim) às 6 da manhã. e, assim, acordei. e, assim, começou/acabou meu dia.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

sapatonices


nem dá para acreditar. quem diria, eu uma autêntica sapatão.

faz cerca de três meses que você apareceu na minha frente, do nada, olhou-me nos olhos e deixou-me hipnotizada desde então. as mensagens fofas (e abundantes!). teu jeito diferente, tão especial.

nosso primeiro encontro meio que decidido na última hora. teu cabelo desgrenhado naquele coque, com o colar de olho de boi, você sentada com perna de chinês em cima da cadeira, derrubando tudo de cima da mesa. o jeito como você puxou minha nuca quando me inclinei para te beijar. você na minha casa, naquela noite perfeita.

o café da manhã na padaria. você com o cabelo solto, todo louco, mesmo depois de ter secado com o secador do gato grande. a despedida no ponto de ônibus.

aquelas milhões de fotos que você tirou naquele dia e enviou, indicando que estava pensando em mim. gostei tanto daquele poema nas paredes (?) da UnB. mostrei para todo mundo. hihi

nosso segundo encontro, você suuuuper atrasada, perdida na minha quadra. o teu sumiço de uma semana. quase surtei junto. tua psicóloga não acreditando em meu envolvimento em tão pouco tempo. "somos lésbicas, é normal!".

aquele sábado em que tua irmã e tua mãe me explicaram o que acontecia. chorei tanto. ouvi aquela música de que você não gosta. ouvi sem parar naquela noite. havia criado expectativa de ir te visitar no domingo. mas não rolou.

as tuas mensagens. os telefonemas de horas. eu fazendo mudança e esperando a hora em que você telefonaria. foram férias emocionais tão intensas! cuidando da casa e te esperando.

a tua voz. acho que soube que a história iria mesmo acontecer quando nos falamos ao telefone. tua voz calma, tranquila. tão contraditória. nosso encontro quase furtivo no dia do aniversário de tua mãe. aquela foto louca tua de cabeça para baixo, à la Francesca Woodman. eu chorando descontrolada, de emoção, bem boba e dramática.

a partir desse dia, perdi todo o controle. já sabia que não haveria mais volta. o que me deu muito medo, pois não sabia por quanto tempo você ficaria internada. era como manter um relacionamento a distância.

e daí que, hoje, você está aqui. às vezes, nem acredito. no tanto que é bom e no tanto que você me tornou mais lésbica. rs

sexta-feira, 22 de maio de 2015

vale fim de semana

é o que sempre digo: a vida seria ótima se não fossem as pessoas. tudo lindo, tudo certo, feliz. mas, não. vamos dar uma mexidinha aqui, você não pode ser feliz assim. senão, vamos entediar-nos, perder os amigos, não será bom. vamos pôr um pouco de emoção nisto aqui. que tal se não nos virmos neste fim de semana? não, ok, até podemos, mas só no domingo, que tal? não seria maravilhoso? um vale fim de semana.

mas, por quê, você marcou alguma coisa? não, só queria te fazer sofrer. gosto de quando você sofre, faz parecer que você gosta mais de mim.

então, é isso. vamos nos jogar porque é isso que temos para o fim de semana.

terça-feira, 19 de maio de 2015

(8)666

depois da maré depressiva (que me rememorou esta noite, durante um sonho), finalmente, os dias bons. nem dá para acreditar. culminando no curso que acho que me permitirá vencer o grande temor de meu atual trabalho. agora, só falta a lupa, para conseguir enxergar as planilhas. cheguei a pensar que estava ficando meio cega. mas, é muito doido, é só ficar uns dias sem ir trabalhar (férias, cursos, etc.) que volto a enxergar bem. até tontura (e possibilidade de labirintite) cheguei a ter.

daí, vem esse curso, pelo qual muito tive de lutar (em meu trabalho, quase não autorizaram minha matrícula), com essa professora maravilhosa. ontem, foi um dia muito especial. ainda que, hoje, quase tenha brigado com uma colega de curso impertinente que não parava de fazer perguntas - combinações óbvias: impertinentes perguntadorxs, gente que fala muito *e* alto, etc.

não sei se estou mais contente por haver dormido na sala nas últimas noites (por ter recebido visita no sábado, tido preguiça de reorganizar a sala e aproveitado a oportunidade de dormir com vista diferente - no caso, a linda árvore de bem-te-vis que cobre a janela).

por falar nisso, achei surreal (e familiar) saber que minha privacidade é toda invadida com essas pequenas janelas. logo agora, que me mudei para um apartamento com menos exposição, só que, né, no segundo andar. que é conveniente para descer\subir com os gatos, mas não para a privacidade.

o inverno aproximando-se, o clima melhorando. tudo maravilhoso. só falta o dinheiro.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

minha primeira vez

foi minha primeira vez em um sanatório. estava tão nervosa que mal dormi na noite anterior (acordei várias vezes). pus despertador, mas acordei uma hora antes. assisti a um filme de terror, para tentar gastar um pouco da adrenalina. comprei chocolates e cigarros e fui.

o Waze levou-me para o local, mas não conseguia encontrar. não sabia qual seria a fisionomia, se de uma casa, de uma clínica.

não me deixaram entrar. fiquei presa do lado de fora até ser autorizada por alguém de dentro. esperei horas no sofá, para ser atendida pela psicóloga de família - pré-requisito para visitas. estava super ansiosa. tomei banho de manhã, coisa que nunca faço. borrei todo o batom, na pressa de não atrasar-me.

fui atendida 40 minutos atrasada. mas, tudo bem. entrevista de trabalho sempre foi bem pior.

o almoço custava 50 reais. achei absurdo. mas, ofereceram-me biscoito peta (que amo), suco de uva, chocolates e melancia. em resumo, não morri de fome.

mas, foi tudo muito estranho. uma mulher havia-se jogado da escada na noite anterior e não parava de implorar por gardenal. outra chorava. outra estava com o vestido todo molhado.

e, todos, todos, eram muito carentes. não sabia o que fazer, estava assustada, não queria fazer nada errado, mas também não sabia a etiqueta do lugar.

saí de lá e tomei várias cervejas, para acalmar-me. passei na padaria e enchi-me de salgadinhos. nem fui à academia. comecei outro filme de terror. e, agradeci nunca haver sido internada. institutos medievais. cura gay, hospícios. mas, estou tentando resignar-me, pois parece que é o que temos para 2015.

sábado, 18 de abril de 2015

finalmente, em casa


primeiro dia de férias (novamente). só tenho vontade de ficar em casa, organizar as coisas, beber vinho, furar paredes e comer damascos.

louca para sair para dançar. só não sei como será com esta barriga de grávida, de tanta cerveja que bebi nessas últimas semanas. haha

a vida está boa. os amigos estão um pouco invejosos. o que compreendo. pois, eu estou tranquila. sair, ficar em casa, tanto faz. casa que está bem longe do que gostaria. ainda assim, estou adorando estar aqui. os gatos também.

hoje, decidi que serrarei a porta do quarto eu mesma, para instalar a portinha deles. estou avançando na bricolagem. pela primeira vez, instalei a máquina de lavar e o varal de teto. confesso que gastei muitas horas (e cervejas) na tarefa. desanimei, quase desisti. mas, deu certo. não está maravilhoooooso, mas já dá para pendurar as roupas. hehe

minha casa toda velhinha. toda minha. <3

terça-feira, 7 de abril de 2015

chuva e vodka

hoje, seria aniversário de Billie Holliday, a maior cantora até Amy Winehouse, em minha opinião. (toda vez, escrevo o nome dela Whinehouse, o que até faz certo sentido..hihi)

foi dia, também, de ir à imobiliária quitar as dívidas e as multas por rescindir o contrato. foi assim que descobri que não havia pagado o mês passado. ainda não entendi como. conferi meu extrato bancário. e, foi isso, não paguei. lembro-me de haver digitado o código de barras. não sei o que houve. sei lá, devo ter atingido o limite do cheque especial, aquele limite que aumentei, no mês anterior, para a metade de meu salário.

e, foi assim que, de uma vez, preenchi 5 cheques, totalizando quase dois salários. pensei que tudo bem, posso pedir novo empréstimo (muito embora a parcela final do último só vença no mês que vem). mas, o pior de tudo, mesmo, foi a cara do corretor, tentando conseguir descontos, condições melhores de pagamento. deve ter feito tudo isso só pela minha expressão, já que não implorei (não muito) por isso. foi bem tenso. no final, poderia ser só dinheiro. mas, foi, também, a pena que esse corretor sentiu desta pessoa emotiva, de férias, fingindo ser esfinge, meio inabalável, só que não. sabe?

pois bem. como diz a amiga-pisciana, foi assim que fomos criadas. para sentir, mas não demonstrar. para aguentar as barras. para dar conta.

e, é isso, pois, que estou mantendo o semblante sereno. sem drama mesmo. afinal, é só dinheiro. a vida está boa. isso.

sábado, 28 de março de 2015

algo pelo que lutar



eu sei que não dá para amar alguém assim, tão rápido. mas, assim, fico preocupada. eu sabia que não seria fácil. mas, ultimamente, só penso nisso. se você está bem.

queria tanto, tanto, tanto, tanto te ver.

falei com tua mãe hoje.

fiquei pensando em como você está. queria te levar um chocolate.

passei o dia ajudando uma amiga na mudança. eu adorei. foi um dia ótimo.

mas, há essa intuição. e, é isso. tinha certeza de que algo ruim havia acontecido. é essa nossa conexão.

quero tanto que você fique bem, logo.

I say "love don't mean nothing
Unless there's something worth fighting for"
It's a beautiful war


When I hold
The warmth of your body
There is nobody
That I'd rather hold
Shattered and cold


The tip of your tongue
The top of your lungs
Is making me crazy

terça-feira, 17 de março de 2015

emocionalmente adolescente

foi só pedir. a vida é linda. o universo é lindo. obrigada.

espero que ela não esteja lendo isto. cedo demais para abrir-me assim. mas, estou super pronta para apaixonar-me. prevejo algumas dificuldades. o que, claro, é sempre um afrodisíaco eficiente para mim. prevejo, também, muitos textos melosos. pelo menos, por um tempo. não me abandonem.

por hora, vamos pensar naqueles detalhes. coisas que realmente importam. tipo a forma como ela me puxa pela nuca. a pele. o cabelo desgrenhado. tão jovem. tão linda. tão diferente. fazia tanto tempo que não tinha vontade de chorar ao despedir-me de alguém.

sexta-feira, 6 de março de 2015

pode vir

sentindo falta de arte na vida. o plano das aulas de canto precisa esperar minha situação financeira reestabilizar-se. enquanto isso, fiquei saudosa da época da faculdade.

à época, xinguei muito, até porque foi dolorosa em vários aspectos, mas foi período muito frutífero. lia tudo que aparecia, fiz várias matérias da Filosofia, esgotei os créditos livres, fiz matérias que nem constaram no currículo, fiz disciplinas duas vezes, ainda que tivesse passado com nota alta, só porque achava que o segundo professor seria melhor. fazia parte do coro da universidade. toda noite de quinta, cantávamos e, depois, íamos àquela adega na Asa Norte, que já fechou. tomávamos vinho e discutíamos o que havíamos lido naquela semana.

estudava loucamente, trabalhava para pagar as contas e, nos fins de semanas, saía pela cidade de ônibus, caminhava por aí.

daí, arrumei outro emprego, fiquei "séria", viajei pelo mundo, aprendi mais sobre as pessoas (essas coisas que não aprendemos nos livros).

música erudita tocando, vinho, macarrão e uma grande amiga. conversar sobre a vida, as coisas, brincar com os gatos. mas, como somos descontroladas, ainda conseguimos ir para o bar, e ela, obviamente, não foi para a aula. falamos sobre nossos projetos, nossos planos para as férias. esbarrei em um dos gatinhos desses tempos. achei-o ainda mais fofo desta vez. hihi

acordei leve. acho que se relaciona a algo que vinha sentindo, mas que só entendi ontem, quando verbalizei. estou desapaixonada. mas, no bom sentido. sinto-me livre emocionalmente. bem pronta para um novo amor. sensação boa.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

maratona cinéfila

detesto fazer exame de sangue. nem pela história do sangue (nem olho quando colhem o meu), mas pelo preparo. três dias sem beber (ok, não é sacrifício enorme, mas tenho de policiar-me para não esquecer e aceitar algum convite para happy hour), planejar a última refeição da noite anterior, acordar na hora certa para estar no laboratório 12h depois e aguentar toda aquela fila de mau humor, por não ter comido. a de hoje, por exemplo, durou mais de uma hora, agravada pelo fato de que a atendente não conseguia passar minha carteirinha do plano de saúde e ameaçava, caso não conseguisse, não me deixar fazer o exame.

ainda consegui a proeza de ter insônia na noite anterior e de pôr o despertador para as 9h, esquecendo-me do período máximo de 14h para o jejum. acordei, por acaso e por sorte, às 7h, e recobrei os sentidos. corri. deu tudo certo. nem acreditei.

um dos motivos da insônia foi o filme Unbroken. a história, real, relata a vida desse piloto que sofre um acidente de avião, na II Guerra, e passa por todo tipo de perrengue. o filme é tão real que você vê até as feridas no rosto dos personagens em decorrência da superexposição ao sol. foi bem difícil interrompê-lo para ir dormir.

também, assisti a Ida, que super mereceu o Oscar de melhor filme estrangeiro. a melhor frase, para mim, foi da tia da freira, dizendo que voto de castidade não é sacrifício verdadeiro se a pessoa nunca transou.

gostei de Whiplash apesar das críticas que li, de que só um baterista ruim, que não sabe segurar as baquetas, sangraria de tanto tocar.

o apartamento está lindo. já escolhi as cores. pena que me deram alergia.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

peixe voraz

que loucura de Carnaval. nem sei por onde começar (nem se devo hehe). a gripe deu uma trégua, e a cerveja ajudou a escamotear a dor de garganta. pus a peruca rosa e me joguei.

pensando bem, acho melhor nem relatar o que aconteceu. haha

foram muitas emoções. para o bem e para o mal. mas, acho que as boas superaram as ruins.

que saudade da purpurina. que pena que as pessoas não são soltinhas daquele jeito o ano todo.

fiquei impressionada com um amigo. perdi-me das pessoas com quem estava e parei ao lado dele por uns 10 ou 15 minutos. ele deve ter beijado uns 4 que passaram por nós. achei tão lindo. homem é tão mais desenrolado. as mulheres sentem ciúme, precisam de um pouco de romance. mas, claro que não todas. para nossa felicidade.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

um lugar na Terra

terminei o My French Film Festival deste ano, que é esse festival anual de filmes de língua francesa. é gratuito, e os filmes ficam disponíveis em streaming durante um mês. achei o de 2015 ainda melhor do que nos outros anos. em particular, o filme Une place sur la têrre.

não sei se o filme é maravilhoso mesmo ou se fui eu que me identifiquei com o personagem principal. ele presencia uma tentativa de suicídio e acaba sentindo-se conectado à guria. ele é um fotógrafo super talentoso (obviamente, não é isso que nos aproxima.. hehe) que não se esforça muito para ser reconhecido. o filme trata da relação dele com essa mulher e com uma criança de quem ele cuida enquanto a mãe vai trabalhar/sair.

terminado o festival, comecei a assistir aos filmes que concorrem ao Oscar. comecei com Birdman. Achei incrível. Iñárritu nunca decepciona. A história é até comum, trata da vida de um daqueles atores de um filme só que tenta resgatar a carreira. Só que, além de contar com Naomi Watts, que amo, tem uma sensibilidade misturada com humor negro.

ontem, comecei Boyhood. confesso que sou fã inveterada de Patricia Arquette, o que faz valer o filme. que não é ruim. mas, até agora, achei meio que mais do mesmo. a ver.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

reflexões febris

comprei os ingredientes para o suco verde e o sopão. agora, só falta preparar tudo. blargh. não seria tão ruim se não estivesse doente. mas, acho que faz parte. sei que ninguém entende minha resistência em tomar remédios para ficar boa logo, mas interpreto a doença como um sinal. um sinal para parar o que você está fazendo, descansar, chorar, assistir a filmes, beber um monte de suco, cortar o álcool (rá) e, principalmente, refletir.

essas últimas semanas foram esquisitas. um misto de alegrias de pré-Carnaval com tristeza por coisas que não posso mudar. briguei com minha mãe (de novo..). aprontei todas. disse a alguém coisas que não devia - e, agora, estou tendo de lidar com as consequências (rere, bem feito para mim). no último sábado, bebi durante 12h. nem sabia que era capaz. não me lembro de metade das coisas que aconteceram, mas lembro-me de quem me trouxe em casa (ainda bem).

daí, fiquei doente. não posso ir trabalhar nem ir à academia. preciso prestar atenção na alimentação, para não deixar minha dieta feminista perder o controle.

fizeram macarrão para mim. assisti a quase todos os filmes do My French Film Festival. fui ao médico. acharam que eu estava com dengue. quase ri. já tive dengue duas vezes, sei bem que isto não é dengue. é só o momento de refletir. acho que andei meio desenfreada nas últimas semanas. e, como semana que vem é Carnaval, é bom parar um pouco. antes que tudo piore.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

dieta feminista

desisti do regime. comecei um novo método: a dieta feminista. haha  não está dando muito certo, já ganhei um quilo. mas vou dar mais um tempo.

basicamente, resume-se a aceitar-se. vestir-se da forma que te deixa mais bonita, com o peso que você tem, do jeito que está. comer saudável, salada, frutas, granola. abolir refrigerantes. preferir cervejas boas, vinho e destilados. respirar fundo e treinar fazer uma cara de sedutora. haha é estranho, essa parte tem sido a mais difícil! é desafiador achar-se bonita quando tua barriga marca nas roupas. talvez eu precise de roupas novas.

além disso, tenho ido à academia, religiosamente, todos os dias. até a aula de abdominais tenho frequentado. alongo-me todos os dias. estou conseguindo fazer movimentos que nunca imaginei que pudesse, com meu problema de coluna. 

a outra vantagem da academia, além de fortalecer, etc etc, é o efeito que faz no humor. chega aquele dia, o desânimo tomando conta, vou lá e gasto toda a energia que teria para reclamar da vida. volto ao trabalho morta, só esperando a hora de ir embora. daí, chego em casa e só penso em resolver o que preciso para ir dormir. não dá tempo para pensar. nem no Carnaval. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

eclipse



as aulas de canto ainda não saíram do plano das ideias. enquanto isso, retomei minha paixão por decoração.

neste momento, estou na meditação das cores, das combinações. vou às lojas de tintas e fico tão emocionada que faço amizade com as pessoas na rua, entro nos estabelecimentos, brinco com os gatos que perambulam.

as luminárias. não sei se vão combinar, se vão dar certo. dá um friozinho na barriga.

quero deixar a casa nova linda e diferente. enquanto não posso pagar um arquiteto, para quebrar todas aquelas paredes e expor os basculantes, pesarosamente fechados com gesso.

meu quarto será o de frente à árvore. não tenho dinheiro para trocar os armários nem as portas. então, vou pintar tudo. deixar tudo colorido. em um processo similar àquele apartamento que criei, no nosso casamento.

só que, agora, o projeto será todo meu. frio na barriga de ficar ruim. tipo de descobrir que sou feia por dentro. não sei se isso faz sentido.

a única marcenaria, porque urgente, será a escadinha para o gato grande subir na janela. porque ninguém merece morar em um lugar sem acesso à parte principal da casa.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

não pode: mentir

o fim de semana foi um agito, a começar pela peça Desbunde, que foi maravilhosa. imagine homens dançando de salto alto, fazendo todo tipo de estripulia, pulando corda, dando estrelinhas!

depois, foi o rolê dos bares, até parar nessa balada, onde fiz um romance com uma guria doida. (novidade)

quatro fatias de pizza, um telefonema e 8h de sono depois, rolou o churrasco, que foi a pior parte do fds. gente chata, música ruim, as ex das ex tudo de cara feia. de lá, passei em mais dois eventos, causei com umas gurias que tenho certeza de que se amam, mas não admitem (tentei fazê-las ver isso, sem sucesso) e arrumei uma história engraçada, que rendeu uma noite, digamos, diferente.

no domingo, estava só o caco, ainda comi demais no almoço (era galeto, não resisti!), dei uma passada muito rápida no bloco de pré-Carnaval, mas suficiente para pessoas me odiarem, "você não disse que não viria?". oras, não ia, mas fui. isso não é bom? não, não é.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

I miss your ginger hair

sonhei contigo. foi sonho bom. mas, você era tão pequena, tão magrinha. pegava em teus cabelos. tínhamos uma DR (para variar). eu dizia que te amava. eu te perguntava o que você sentia. você, como sempre, não conseguia (ou não queria) falar. todo mundo interferindo na conversa. pedi para que saíssem da sala. sentamos no chão, perto da janela. batia um sol, de leve.

passaram horas. você já estava impaciente. chamamos todos para almoçar.

acordei e ouvi uma música, meio que sem querer. uma daquelas tuas músicas.

bateu uma saudade. te enviaria uma mensagem. você ia fazer-se de difícil. eu ia insistir. a gente ia encontrar-se, ter uma noite maravilhosa. você acordaria passando mal, de ressaca. não ia conseguir comer de manhã, só tomar café preto, fazendo cara feia por não haver açúcar. ia ficar de mau humor.

mais tarde, sairíamos para almoçar. você ia comer demais. depois, ficar passando mal. eu ia te deixar em casa, porque você não gosta de transar de dia. daí, eu voltaria para casa, já chorando de saudade.

domingo, 18 de janeiro de 2015

vencendo os medos

tipo um daqueles passos do AA. foram quatro conversas esta semana. agora, só falta uma. não sei por que têm acontecido neste momento. já consultei os astros. não me disseram nada.

aliás. acho que, depois daquele churrasco, gastei minha vontade de fazer mapas. muitas pessoas, muitas energias. irritou-me. estranho, né?

tipo enjoar de cerveja de boteco. inventei, agora, de só querer tomar Heineken - porque não tem conservantes. sei lá se é por isso. deve ser o suco verde que passei a tomar de manhã.

conversar com as pessoas. fazer as pazes com 2014.

estou tentando. tenham paciência.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

teu telefone irá tocar


a metade da diversão foi a fila. a outra foi, bem, jogar calcinha na protagonista, bater fotos proibidas, beber escondido e, no final, mostrar os peitos para ela.

precisava fazer isso.

marido gostou. disse que eu tinha mesmo de mostrar, pois os meus são mais bonitos do que os dela.

senti-me tão xófen.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

our day will come



poderia estar almoçando. mas, estou aqui, de short e sutiã, neste calor, bebendo esta garrafa, guardadinha há cerca de 2 meses. esperando.

esperando a retrospectiva que eu não queria fazer.

a socióloga, a cantora lírica, a jornalista, a advogada.

fora as que voltavam.

as noites na banheira, os drinks de que cada uma gostava, aquela semana em que consegui sair com as quatro. quinta, sexta, sábado e domingo.

aquele dia em que me esqueci de pôr fronha nos travesseiros. a cama de costas para a janela. eu sendo sóbria.

nosso aniversário juntas.

foram tantas histórias que poderiam ter sido. só que, né, faltava algo.

esse algo que me apareceu no fim de ano. estava sentindo-me viva de novo. acordei feliz no dia seguinte. inclusive, te agradeço. você nem sabe, mas fez-me sentir essas coisas. quase me curou o desânimo.

se, alguma vez na vida, tive dúvidas de que, bem, dinheiro não traz felicidade, esses últimos fatos fizeram seu papel. porque, agora, só penso em estar com os gatos. nisso e em tudo que poderia ter sido.

nunca serei monogâmica. nunca serei feliz. nunca encontrarei paz. nunca deixarei de ser dramática. hehe

a retrospectiva, como tudo na minha vida (hihihi), não deu certo. nem nós. porque não vou dar certo. não vou evoluir, não vou mudar, não vou superar esse carma. não vou, não vou. sabemos disso.

por mais que eu finja. que vá à academia. que vá trabalhar.

meu compromisso com a vida é cuidar dos dois seres que adotei e que acompanharei até seus últimos dias. quando eles partirem, irei junto. já sabemos disso, está marcado.

enquanto isso, bebemos no chão da sala, saímos com todas essas histórias que poderiam vir a ser, ter sido, com a falta de amor próprio, cercada de todas essas coisas que não têm importância nenhuma. nenhuma. esperando o verão terminar. e, passar o Carnaval. para parar de fingir que tudo vai bem. que não volto para casa, todos os dias, e conto as horas para voltar a dormir. só para ter todos os pesadelos outra vez.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

ano novo, vida velha

dormi 12 horas. acordei cedo. vesti-me, maquiei-me. tomei café da manhã. fui trabalhar. a chefe elogiou meu cabelo. li o jornal. fui à academia. fui a um restaurante que passava um documentário sobre os White Stripes. almocei sashimi. o garçom derrubou shoyo em minha saia de fundo branco.

passei a última semana em recesso. não fiz nada, só descansei, assisti a filmes, saí, tomei banhos de piscina e de lago.

não encontrei diversão. foi igual a hoje. igual a amanhã.